Gilmar sobre Janot: “Facínora” e “desprovido de condições para as funções”

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O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou um requerimento ao colega Alexandre de Moraes, que comanda o inquérito que investiga ameaças a integrantes da Corte, pedindo providências contra o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na quinta (26), Janot afirmou à Folha e a outros veículos de comunicação que chegou a ir armado ao tribunal para matar Mendes, em 2017. Entre as providências estudadas estão a retirada do porte de arma de Janot e a proibição de que ele visite a Corte.

Janot ficaria também proibido de chegar perto de qualquer lugar em que Gilmar Mendes esteja, já que confessou ter planejado dar um fim à vida dele. O ministro cuja morte foi planejada pelo ex-chefe da PGR defendeu novos critérios para a escolha do ocupante do cargo. “Talvez todos os juristas brasileiros devessem votar”, sugeriu Gilmar.

“Os senhores sabem que sempre fui, no STF, um crítico dos métodos do [Rodrigo] Janot. Era divergência intelectual, mas não imaginávamos que tivéssemos um facínora na PGR. Imagino que todos responsáveis por sua indicação devem pensar na alta responsabilidade de indicar alguém tão desprovido de condições para as funções envolvidas”, disse Mendes aos jornalistas presentes.

Mendes afirmou, no entanto, não cogitar acionar a Justiça contra Janot. “Não cogito, trata-se de um problema grave de caráter psiquiátrico. Mas isso não atinge apenas a mim, atinge todas as medidas que foram deferidas no STF. Isso tem que ser analisado pelo país”, disse. Sobre se o episódio terá incidência sobre as denúncias feitas pela Lava Jato, o ministro disse entender que foram feitas por “um tipo de pessoa com essa qualidade psicológica” e que precisam ser “analisadas nesse sentido”.

Perguntado sobre qual seria a motivação de Janot para fazer essa revelação nesse momento, Mendes disse não dispor de elementos para avaliar. “Me parece que ele viveu um momento de apogeu e agora está vivendo um momento de crise de abstinência. Um problema psicológico muito sério e certamente isso explica esses desatinos”, afirmou. “Espero que procure ajude psiquiátrica”, disse ainda o ministro Gilmar Mendes, em nota divulgada hoje à imprensa brasileira.

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