
“A democracia não é perfeita”. Foi assim que a Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, reagiu quando foi interpelada em um evento público sobre como lidar com líderes de democracias que defendem ditaduras e medidas autoritárias. Para exemplificar a pergunta, o participante do seminário citou o fato de que um presidente a atacou nas redes sociais, numa referência à atitude de Jair Bolsonaro. O brasileiro mencionou o pai da chilena, morto pelo regime de Augusto Pinochet, e fez apologia ao Golpe de 1973.
“A democracia não é perfeita”, disse a comissária da ONU. “Mas é o melhor que temos”. “Sem mencionar ninguém, as vezes em alguns países, por vias democráticas, as pessoas elegem pessoas que não são democratas, que não acreditam em direitos humanos, que são racistas. O fato é que isso não estava escondido. Durante a campanha (eleitoral), eles disseram tudo aquilo e as pessoas o elegeram. Portanto, a democracia não é perfeita”, insistiu.
