Vida de desempregado

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POR RICARDO KOTSCHO

De uma hora para outra, os telefones param de tocar.
Ligam apenas alguns velhos amigos para perguntar o que aconteceu e dar um abraço.
Também rareiam as mensagens no correio eletrônico.
É como se você tivesse sido desligado do mundo: te tiraram da tomada, sem aviso prévio.
Estou desempregado pela primeira vez na vida, desde que comecei a trabalhar em jornalismo, com 16 anos.
Hoje faz uma semana que acordo de manhã sem ter o que fazer.
Não há mais anotações na agenda, nenhum compromisso.
É uma sensação muito estranha, de vazio absoluto.
Você descobre que o trabalho não é só teu ganha-pão para pagar as contas no final do mês.
No meu caso, sempre foi a própria razão de viver, minha ligação com o mundo.
Escrever para contar e comentar o que está acontecendo é a única coisa que aprendi a fazer.
Desde o meu primeiro emprego, nunca tinha sido demitido.
Foi uma paulada que não esperava, agora que estou próximo de completar 70 anos, com mais de 50 de carreira.
Nem sei por onde começar a procurar um trabalho novo.
Ao contrário da maioria dos outros 13 milhões de brasileiros sem trabalho, nem adianta distribuir meu currículo porque sou tão antigo que os possíveis empregadores já me conhecem.
O mar mercado, como sabemos, não está para peixe.
O fato de ser um profissional reconhecido e respeitado, que já trabalhou nas maiores empresas de comunicação do país, de repórter a diretor de redação, não é garantia de nada.
Enquanto a maioria das empresas do ramo reduz salários ou passa o facão sem olhar em quem, o mercado em geral busca mão de obra barata para substituir os que ganhavam salários melhores.
Esta é a realidade, e é com ela que precisamos lidar.
Para não me ver parado, minha filha Mariana Kotscho, também jornalista já veterana, abriu espaço em seu Facebook para publicar o que eu tiver vontade de escrever, enquanto monta uma plataforma independente para o meu blog, o Balaio do Kotscho, que está no ar desde 2008. Ela também criou aqui no Facebook uma página para o Balaio do Kotscho, assim já tenho onde publicar o que escrevo enquanto o site está “em construção”.
Já temos até endereço novo em casa própria: www.balaiodokotscho.com.br
Minha filha caçula, a roteirista Carolina Kotscho, que está estreando o Musical “2 Filhos de Francisco”, já falou com a mãe para nos ajudar no que for preciso.
Por enquanto, é o que temos.
Sempre fui empregado, nunca tive negócios ou outras rendas fora do salário.
O que ganho de aposentadoria do INSS mal dá para pagar o plano de saúde.
Então, não tem outro jeito: depois de uma breve folga na Semana da Criança para curtir os netos na praia, comunico à praça que estou de volta ao mercado, como se diz.
Qualquer trabalho honesto na minha área me interessa.
Se alguém estiver interessado em patrocinar meu novo site, é só entrar em contato com minha empresária Mariana Kotscho.
Bom feriadão pra todos.
Vida que segue.
Abraços,
Ricardo Kotscho

Crise da imprensa se dá pela quebra da cadeia de transmissão de conhecimento nas redações

POR ELIANE BRUM, no Balaio do Kotscho

Ricardo Kotscho (Balaio do Kotscho) contou, como repórter, uma parte significativa da história do Brasil desde a ditadura civil-militar até hoje. Ele mesmo é uma memória viva de vários tempos e seu conhecimento nos ajuda a fazer as pontes necessárias entre eles e a entender a dureza do Brasil atual. Trabalhando desde os 16 anos nas principais redações do país, Kotscho se descobriu, perto dos 70 anos, pela primeira vez desempregado.

Parte da crise da imprensa e de seu caminho rumo à irrelevância se dá pela quebra da cadeia de transmissão do conhecimento dentro das redações. A crise ao mesmo tempo causa e é causada por essa quebra da cadeia de transmissão do conhecimento dos mais velhos e experientes para os mais jovens e inexperientes. Não há curso de jornalismo que substitua isso. 

Quando eu comecei, nos anos 80, encontrei colegas mais velhos e experientes, como Carlos Wagner, que me ensinaram tanto a fazer reportagem como a burlar a vigilância de alguns editores (não todos), que eram mais fiéis aos interesses dos patrões do que à relevância da notícia. Enquanto trabalhei em redações, tentei retribuir esse gesto, repetindo-o com os mais jovens que me procuravam. E hoje é o que tento fazer com os meus livros, documentários e palestras – e também por aqui.

Essa transmissão de conhecimento sempre foi fundamental para a formação dos jovens repórteres dentro das redações e para a qualificação do jornalismo praticado nos veículos. Mas como os mais velhos e experientes têm também os salários mais altos, passaram a ser os primeiros a serem cortados nos passaralhos, interrompendo a tradição da cadeia de transmissão de conhecimento e rebaixando ainda mais o nível do jornalismo praticado pelos veículos. (E por “salário alto” no jornalismo ninguém imagine uma fábula… Fora algumas celebridades da TV, os jornalistas, especialmente os da imprensa escrita, sempre ganharam mal, seguidamente até bem mal, se comparado ao volume de trabalho e ao tamanho da responsabilidade).

É muito triste que parte da grande imprensa não perceba que essa é a pior escolha, a que que leva diretamente à irrelevância do próprio jornalismo. E nunca se precisou tanto de jornalismo de qualidade na história recente como agora, neste momento em que o Brasil inventou a democracia sem povo.

Kotscho, infelizmente, não é um caso isolado. Vários colegas que têm feito um trabalho relevante têm sido demitidos nos últimos tempos. E é um sinal muito preocupante esse enfraquecimento da imprensa e a demissão dos mais críticos num momento tão delicado e decisivo do país. Kotscho, espero que a vida inteligente que ainda resiste nas redações do país corra logo atrás de você e com um salário digno!

Por enquanto, muito obrigada pelas histórias que você documentou destes tantos Brasis e pelo que ensinou a tod@s nós!

Por Kotscho

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POR LÚCIO FLÁVIO PINTO, no Balaio do Kotscho

Ricardo Kotscho é um dos melhores jornalistas do Brasil. De uma espécie que, de tão rara, está entrando na lista dos bichos ameaçados de extinção: o repórter de linha de frente, de rua, de contato humano, audacioso, uma individualidade no mundão sem porteiras. Um ser humano de alta decência, coerente e digno. 

Pois Ricardo foi demitido pela Record. Eu o via pegar sua agenda em papel, ler suas anotações e fazer comentários – ao mesmo tempo pertinentes e originais na maré montante dos lugares comuns e da mentalidade de linha de montagem da informação praticada pela imprensa nacional (e também internacional).

Isso não interessa mais ao patrões do jornalismo. Com exceções cada vez menos frequentes, prevalece a mediocridade, o que certamente contribui para a mediocrização das mentalidades. A sociedade se empobrece e fica bitolada, tornando-se campo fecundo para as intolerâncias e a ignorância com pose de sabedoria. O melhor que a imprensa pode oferecer à democracia vai para o arquivo, para a posta restante.

Ricardo é meu grande amigo. Integramos uma confraria de jornalistas que se reunia em São Paulo nos fins de semana em torno do nosso guru, Raul Bastos, todos trabalhando em O Estado de S. Paulo na época. De volta a Belém, sempre que vou à capital paulista procuro um contato. No último encontro, já nos víamos como integrantes de um universo condenado a desaparecer.

Muitos amigos também foram afastados dos lugares nos quais trabalhavam, mesmo no pleno vigor das suas faculdades, com o acréscimo de décadas de rica experiência na profissão. Outros desistiram da volta. Ricardo, demitido pela primeira vez na sua carreira de meio século, ainda tem energia e disposição para buscar a retomada de uma atividade que não é só o seu ganha pão honesto, mas razão de viver.

Desbravando os mares do Oriente Médio

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Os Emirados Árabes se tornaram uma das regiões que mais atraem pessoas no mundo. A contraposição da tradição e as construções ultramodernas fazem desse um destino exótico perfeito para brasileiros se aventurarem. Atenta a essa demanda, a MSC Cruzeiros, em parceria com a Emirates, oferece pacotes completos com voos, traslados, hospedagem em um hotel em Dubai na noite que antecede o embarque no transatlântico e o cruzeiro de sete noites por luxuosos destinos.

De dezembro deste ano a março de 2018, o MSC Splendida será o grande destaque das viagens marítimas pelos destinos do Oriente Médio. O gigante, com capacidade para 4,3 mil hóspedes, oferecerá duas possibilidades de cruzeiros de sete noites com saídas de Dubai. Em uma delas, a rota seguirá até Abu Dhabi, a capital dos Emirados, que abriga o extravagante hotel Emirates Palace e a espetacular Mesquita Sheikh Zayed. Para os fãs de automobilismo e adrenalina, vale visitar o parque temático Ferrari World.

Seguindo viagem, haverá uma escala na Ilha Sir Bani Yas, que teve uma de suas principais praias totalmente reformada para ser um destino exclusivo da MSC durante a temporada. Lá, os hóspedes poderão relaxar em um paraíso, rodeado por palmeiras, choupanas sombreadas e mais de duas mil espreguiçadeiras. Seguindo viagem, a terceira parada do navio será em Muscat, capital de Oman, um dos municípios mais antigos do Oriente Médio. Khor Al Fakkan, um ultraconservador emirado de Sharjah, será a última escala do itinerário. A dica para aproveitar a cidade será o passeio até o Forte Fujairah, localizado próximo à Madhab Road.

A segunda opção de roteiro oferecida pelo MSC Splendida difere da primeira no terceiro porto de parada, que será Doha, no Qatar. O destino, que será a sede da Copa do Mundo em 2022, tem incríveis atrativos como o Suq, um modelo de mercado onde tudo – desde camelos até ouro, pode ser trocado. Nesta viagem, haverá ainda uma parada em Barém, uma ilha de 40 km de extensão, de cultura milenar, também conhecida como “Reino dos Mares”. Um dos pontos turísticos imperdíveis desse roteiro será Al Fateh Mosque, um imenso edifício sagrado, com capacidade para até sete mil pessoas, construído com materiais trazidos de todo o mundo.

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Em ambas as alternativas de cruzeiro, o transatlântico fará um pernoite em Dubai antes do encerramento da viagem, para que os viajantes também tenham a oportunidade de explorar um dos mais luxuosos Emirados. No local, a armadora oferecerá inúmeras excursões, entre elas a que passa pelo famoso Hotel Burj Al Arab e pelo Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo.

Além de conhecer os encantos de cada porto de parada, a bordo, os cruzeiristas também desfrutarão de uma infraestrutura luxuosa. O MSC Splendida possui seis restaurantes, 21 bares e lounges, discoteca, boutiques e joalherias, quadra poliesportiva, cinema 4D, simulador de Fórmula 1 e o autêntico MSC Aurea SPA, com um menu completo de massagens balinesas e tratamentos de beleza, além de uma academia equipada com aparelhos da Technogym – líder mundial no mercado fitness e de bem-estar.

Para quem busca uma experiência ainda mais exclusiva, a embarcação oferece o MSC Yacht Club, categoria de luxo da armadora, com 71 cabines localizadas na proa, uma das mais privilegiadas áreas do navio. Quem optar por essa experiência desfrutará do sistema all inclusive de bebidas, lounge, restaurante e piscina privativos, mordomo 24 horas, excursões personalizadas e muitos outros benefícios.

Especialmente aos pequenos marujos, há muitas opções de entretenimento nas áreas infantis, com produtos e brinquedos das marcas ®LEGO e ®Chicco, além de uma equipe de recreação preparada para animar a criançada com muita segurança, durante toda a viagem. Os pacotes completos para os Emirados Árabes estão disponíveis em reais e podem ser parcelados em até 10 vezes sem juros. Comprando antecipadamente os pacotes de bebidas e de internet, serviços do spa e excursões, é possível fazê-lo com a moeda nacional.

Para mais informações e reservas, basta entrar no site www.msccruzeiros.com.br ou procurar por um agente de viagens. (Texto de divulgação)

Nas mãos do inimigo

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POR GERSON NOGUEIRA

A iminência de ficar fora da Copa do Mundo de 2018 tem gerado um clima de grande apreensão na torcida argentina. Os jornais portenhos se debruçam principalmente sobre o papel a ser desempenhado pela Seleção Brasileira no jogo de amanhã contra o Chile, em São Paulo. Com a classificação assegurada há várias rodadas, o Brasil encara o confronto como um reles amistoso de preparação para o Mundial.

Justamente por isso nossos velhos rivais mostram-se agoniados. Temem que a Seleção não se entregue à disputa com disposição necessária para superar os inflamados chilenos, que virão dispostos a derramar sangue para conquistar a classificação.

O mais interessante disso tudo é acompanhar o desconforto visível dos argentinos por dependerem de um rival histórico. A rodada pode ter desfecho inteiramente favorável a eles, sem depender do Brasil. Caso vençam o Equador, já desclassificado, os vice-campeões mundiais poderão se garantir até em terceiro lugar no grupo sul-americano.

Acontece que jogar na altitude equatoriana é sempre um desafio. A coisa se torna mais complexa por conta do pífio futebol que Lionel Messi e seus companheiros andam apresentando. Depois do tropeço diante da Venezuela, o time optou pelo caldeirão da Bombonera para recepcionar os peruanos, mas não deu certo.

De nada adiantou colocar a massa urrando e cantando nos ouvidos dos comandados de Gareca. O escrete peruano resistiu bem à pressão, anulou Messi e quase conseguiu fazer o gol em lance desperdiçado por Farfan.

A cada novo insucesso fica bastante claro que o maior inimigo da Argentina é a própria Argentina. O drama passa até pelas dificuldades que Jorge Sampaoli tem em encontrar um lugar no time para Paulo Dybala. Destaque do ataque da Juventus, o jogador tem sido mantido no banco sob a alegação de que atua na mesma faixa que Messi.

Ora, mestre Telê pregava que bons jogadores têm escalação garantida, em qualquer posição do time, até mesmo longe de suas funções habituais. O futebol andou passando por algumas mudanças nos últimos 25 anos, mas a sentença de Telê continua válida.

Sampaoli deu provas de sua insegurança ao apostar fichas no ainda inconstante atacante Benedetto, revelação do Boca, em detrimento da habilidade do arisco Paulo Dybala.

Aliás, é difícil entender a transfiguração (para pior) de um treinador que foi tão inventivo na formatação do escrete chileno há até dois anos. Talvez o peso da responsabilidade de dirigir a seleção de seu próprio país explique os maus passos dados por Sampaoli até aqui.

Por ora, os argentinos parecem levar mais fé na competência de Tite no comando da Seleção Brasileira do que em seu próprio comandante, massacrado diariamente pela mídia esportiva.

As desconfianças quanto a um possível relaxamento do Brasil ficam mais no âmbito da rivalidade, mas um mínimo de racionalidade permitiria ver que Tite e seus comandados jamais entregariam um jogo somente para prejudicar o arquirrival.

Além do aspecto espúrio de uma derrota intencional, significaria a admissão pública de um temor que o futebol pentacampeão do mundo jamais teve em relação a nenhum outro país.

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Sob o complexo da reação tardia

A agressividade exibida pelo Papão na parte final do segundo tempo, em Varginha, na sexta-feira, pode passar a ideia de um time sempre corajoso e ousado como visitante. Nada mais ilusório. A reação foi heroica e permitiu a virada improvável, mas é preciso entender que o técnico utilizou quatro atacantes nos 20 minutos finais por absoluta necessidade de momento.

Ao lançar Welliton Jr. e Caion, Marquinhos Santos optou pelo risco máximo como estratégia. Quando fez isso não tinha nenhuma alternativa diante da derrota iminente. Por sorte, os dois jogadores entraram muito bem, fazendo companhia a Bergson e Magno.

Na verdade, o Papão só entrou no jogo na segunda etapa, depois que Emerson defendeu o pênalti e se redimiu da falha no gol do Boa Esporte, injetando motivação extra nos companheiros. O primeiro tempo alviceleste foi abaixo da crítica, sem inspiração no meio-campo e nenhum sentido criativo nas ações de ataque.

Causa certo incômodo ver que time e técnico só reagem depois de ficar em desvantagem. Tem sido assim ao longo de quase todo o returno, com prejuízos sérios à campanha, pois a opção pelo ataque é quase sempre tardia e não tem plena garantia de sucesso.

Individualmente, Emerson, Wellinton Jr. e Diego Ivo foram decisivos. O goleiro pela defesa do penal, Wellinton por cavar a penalidade que garantiu o empate e Diego pelo cabeceio certeiro, redimindo-se do bote errado sobre Reis que quase permitiu ao Boa Esporte matar o jogo.

Os próximos jogos irão dizer se o Papão finalmente aprendeu a lição e vai abraçar a causa ofensiva, principalmente dentro de casa. O primeiro passo é passar pelo CRB, parceiro de instabilidade na tabela e adversário direto na briga contra o rebaixamento. Uma nova vitória dará a confiabilidade necessária para que o time avance rumo a um término de competição mais digno e confortável.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 09)

Tite duas mudanças para jogo final das Eliminatórias

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A Seleção Brasileira terá duas mudanças na escalação para enfrentar o Chile em relação ao último jogo, contra a Bolívia. Ambas já eram esperadas. Na partida desta terça-feira, às 20h30, na arena do Palmeiras, o técnico Tite dará uma chance ao goleiro Ederson, que entrará no lugar de Alisson, e escalará Marquinhos na vaga de Thiago Silva, machucado.

As mudanças foram confirmadas neste domingo, em treinamento no CT palmeirense. A imprensa teve acesso apenas aos primeiros 25 minutos, mas foi possível observar a escalação.

O Brasil irá a campo na última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo com: Ederson, Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Paulinho e Renato Augusto; Philippe Coutinho, Neymar e Gabriel Jesus.

A primeira partida de Ederson como titular já estava confirmada. Ainda na preparação para o duelo contra a Bolívia, na última quinta-feira, o técnico Tite anunciou que daria oportunidade ao reserva, que se consolida como o reserva imediato de Alisson.

Já a troca na zaga foi forçada. Thiago Silva sofreu uma lesão muscular na coxa direita ainda durante o primeiro tempo do último jogo e acabou cortado. Durante o jogo, ele já havia sido substituído por Marquinhos. (Do GE)