
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), herói da direita e da velha mídia brasileira porque defende o impeachment de Dilma e a entrega do pré-sal às petrolíferas estrangeiras, virou notícia na imprensa internacional. Por ter quatro contas secretas na Suíça, uma delas em parceria com a esposa, ex-apresentadora global. Bem, lá fora o escândalo mereceu o noticiário adequado, mas no Brasil as revistas semanais e os telejornais da Globo silenciaram vergonhosamente sobre o fato.
O motivo é simples: Cunha serve aos interesses imediatos, como principal artífice de um golpe no parlamento para derrubar a presidente da República. Impune e convicto da blindagem que tem, age como se nada estivesse acontecendo, limitando-se a uma nota em que desmente as informações da Justiça suíça. Com o cinismo próprio dos que se consideram acima da Lei, avisou que “se cair”, derrubará Dilma primeiro.
Este é um recorte expressivo do Brasil insano que as forças mais reacionárias estão construindo e que teve um ato tristemente simbólico nesta segunda-feira, quando o velório do ex-senador petista José Eduardo Dutra foi alvo de panfletagem ofensiva por parte de um grupo que se diz “Patriotas”.
A Klu-Klux-Kan está batendo à porta. Oremos.