Reféns da malandragem

Por Gerson Nogueira

unnamed (71)Quando dirigente de clube fica à mercê de modelos arcaicos de administração, cedendo aos caprichos da malandragem, é preciso parar para refletir e rever todos os métodos empregados. Por receio de facilitar a vida dos falsificadores, o Paissandu viu-se obrigado a postergar a venda de ingressos para a estreia no Parazão, domingo. Em consequência, o torcedor só poderá adquirir os bilhetes a partir de sexta-feira ou sábado e o clube vai arcar com prejuízos na arrecadação.

Algo está fora de ordem quando um clube centenário como o Paissandu, com uma torcida apaixonada, não tem segurança para comercializar os ingressos de seus jogos. Sendo que esta é uma receita fundamental para equilibrar as finanças. Deve, portanto, merecer tratamento prioritário.

Diversas modalidades de ingresso têm sido testadas com sucesso em todo o mundo, afastando completamente os riscos de falsificação. O código de barras e os chips eletrônicos são os mais utilizados, inclusive em competições da Fifa.

Curiosamente, em Belém, a empresa que controla essa tecnologia de bilhetagem nos estádios não consegue enfrentar a clonagem. Não dá segurança aos clubes e ainda cobra caro por seus serviços!

Lembro de tempos não tão distantes em que as catracas de ferro eram origem das dores de cabeça dos dirigentes e fonte fabulosa de renda para muitos espertalhões. Sempre, porém, havia o envolvimento de algum funcionário ou colaborador do clube. O truque só prosperava porque havia ladrão dentro de casa.

Não duvido que a essência do problema permaneça. Portanto, além de se adequar aos recursos tecnológicos, nossos clubes precisam escolher melhor seus funcionários.

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O desmanche pós-Luxa

As gastanças recentes cobram um alto preço dos clubes neste começo de temporada. O exemplo mais flagrante da pindaíba gerada por um planejamento desastroso vem do Grêmio, um dos grandes que vinha sustentando perfil de austeridade ao longo da década. A construção de moderna arena, no padrão Fifa, reluzia como símbolo de gestão moderna e responsável.

A desgraça foi ter apostado cegamente nos projetos megalomaníacos de Vanderlei Luxemburgo, cuja máxima preferida é juntar um monte de jogadores caros (não necessariamente bons), fazer pose de estudioso e empurrar as coisas com a barriga. Nos últimos anos, essa estratégia não funcionou em nenhum clube que dirigiu.

Depois da saída de Luxa, o Grêmio acertou o passo com um técnico mais barato e barateiro – Renato Gaúcho. Conseguiu vaga na Taça Libertadores, mas faz qualquer negócio para desmanchar os rolos de seu caríssimo elenco. Já liberou Dida, Vargas, Elano (em co-parceria com o Flamengo) e tenta passar em frente Zé Roberto, Kléber e Barcos.

Que sirva de exemplo para o futebol da parte de cima do mapa.

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O gol como trilha sonora

Imprensa paulista garante que Seleção já tem canção oficial, escolhida pelo coordenador Carlos Alberto Parreira. Ele teria caído de amores pelos versos da música “Guerreiro”, da dupla sertaneja Victor & Léo.

Parreira, que nunca foi muito chegado a gol, se encantou com o refrão de finíssima poesia: “Gol, gol, eu quero ver show/Gol, gol, contagiou”. Deve ter adorado a rima.

A depender de sua vontade, os boleiros canarinhos terão essa peça musical como hino inspirador. Quem saiu com a informação foi José Roberto Malia, da ESPN.

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Tsunâmi avança na Copinha

O surpreendente Tsunâmi vai fazendo da Copinha seu palco. Depois de ter seu nome badalado, mas sem chances no time titular da Copa do Brasil Sub-20, o volante tem brilhado no torneio paulista. Graças em boa parte a ele, Max e o goleiro Jader, o Leãozinho venceu a Inter de Limeira e assumiu a liderança do grupo K. À frente do favorito Corinthians.  

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Festa do Troféu Camisa 13

A RBA lança hoje à noite a 22ª edição do Troféu Camisa 13 lança, no Metropolitan Tower Eventos, com participação do alto mundo esportivo de Belém e presença de Sandro Pallaoro, presidente da Chapecoense (SC). Ele vai palestrar sobre a trajetória vitoriosa do clube, que ascendeu da Série D à Série A. Zaire Filho comanda a festa. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 09) 

18 comentários em “Reféns da malandragem”

  1. Continuo pensando que pra você ter um grande time, terá que contratar um bom técnico e bons jogadores. Luxa, realmente não vem acertando.. Penso que seria a hora de parar por uns 6 meses e procurar se reciclar no futebol europeu. Técnico, que nos dias de hoje, e com o nosso calendário super apertado, que ainda prioriza os treinos coletivos aos táticos… Sei não..

    Gerson e amigos, fugindo um pouco do assunto da coluna. Vocês sabem que o técnico do Independente, é o Lecheva… Que eu sempre falei, que quem treinava o Paysandu, era o preparador físico Wellington Vero e não o Lecheva… E que quando Lecheva foi contratado pela Tuna, eu falava, antes da Lusa estrear na 1ª fase do Parazão 2014: É bom levar o Vero junto se quiser fazer alguma coisa no campeonato(Foi rebaixada)… Pois é, dessa vez, Lecheva foi contratado pelo Galo, mas não titubeou e levou o Vero para seu lado… Te dizer..
    – Lembro até hoje, o que disse um jornalista: ” Todos sabem que o sonho do Vero, é ser técnico de futebol, e no Papão, ele dava as cartas” … Não me engano amigos…

    Vero e Nildo(diz-que auxiliares)
    Charles e Lecheva(diz-que técnicos)

    Só não ver quem não quer..

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  2. Preocupante a situação do Grêmio, mas tenho certeza, ser passageira. A prioridade agora são os 3 meses de salários atrasados.

    Fábio Koff herdou boa parte dos contratos amarrados com Luxa, da gestão Paulo Odone, em 2012, inclusive do caríssimo treinador e sua inchada comissão técnica. Assim que acabou a Libertadores, o Grêmio enxugou a folha de R$ 8 milhões para R$ 6 mi. Agora, a meta é baixar ainda mais. Para a casa dos R$ 4 milhões e meio. Me parece ser a medida mais sábia. Quanto as resultados em campo, vejo apenas uma grande interrogação para o Tricolor dos Pampas. Quando sua principal contratação para um ano de competições é até o presente um volante não mais que mediano como Edinho, alguma coisa, está fora da ordem….

    Infelizmente, o futebol está extremamente inflacionado. E nem sempre, o bom e barato do Flamengo do 2º semestre é exitoso. Jogadores e treinadores de qualidade são cada vez mais caros. Basta observamos a janela de transferência desse começo de ano. Clube brasileiro nenhum fez uma contratação de impacto. Talvez, somente o Santos com a possível chegada de Vargas.

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  5. Jáder foi a melhor contratação regional feita pelo Remo.
    Apesar da titularidade pertencer ao Fabiano, Jáder vem sendo credenciado pela torcida e ganhando ritmo com essas competições paralelas. E isso é importante para um goleiro que, provavelmente, será nosso camisa 1 em um ou dois anos, no máximo.

    Fico imaginando como estaria Jáder, se não viesse para o Remo. Tem muito Jovem bom de bola se perdendo aí pelo interior.

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  6. Agora, uma coisa é certa, amigos: Alguém duvida que Valtinho assumirá o comando da equipe principal, se Charles for demitido?
    E eu não reclamo, não.
    -Quem o conhece afirma que é um estudioso do futebol. Busca sempre se atualizar.
    -Monta Equipes ofensivas.
    -Não se limita à esquemas, adaptando o time conforme a necessidade (Retrancou um pouco contra o corinthians, botou um 4-3-3 no jogo passado…)
    -Conhece a região, alguns jogadores adversários, as estruturas do Clube e os jogadores que nele trabalham.
    -Não é caro.
    Qual foi o último treinador que passou por aqui com essas características?

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  7. Eu também não vou reclamar se o Valtinho for guindado ao comando da equipe profissional. Todavia, me preocupa deveras o encolhimento do time, o qual sempre ocorre após o Leãozinho estabelecer uma vantagem.

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  11. De fato não é a mesma coisa, amigo Cláudio. Existem prós e contras, embora eu ainda pense positivo em relação a isso.
    Se por um lado existe uma pressão muito grande, por outro Valtinho iria pegar um elenco mais qualificado e jogaria contra adversários que, NO PAPEL, são proporcionalmente mais fracos.
    Não é o

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  12. De fato não é a mesma coisa, amigo Cláudio. Existem prós e contras, embora eu ainda pense positivo em relação a isso.
    Se por um lado existe uma pressão muito grande, por outro Valtinho iria pegar um elenco mais qualificado e jogaria contra adversários que, NO PAPEL, são proporcionalmente mais fracos.
    Não é o que acontece com a base, que já pegou pedreiras como Vitória, Flamengo, Criciuma e o próprio Corinthians…
    Acho Valtinho de bom tamanho até para uma série C. O rapaz já evoluiu muito de 2005 pra cá.

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  13. Não quero passar a ideia de julgador ou colocando freio no trabalho do Charles, mais convenhamos até pelo Curriculum, Valter Lima é muito mais técnico que Charles Guerreiro.

    Mais vamos deixar o Charles fazer o trabalho dele, o difícil é controlar a paciência da torcida.

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  15. Todo ano a mesma coisa.Eles vencem jogo de meninos e já vão a loucura.Nessa, eu estou com o Cláudio,uma coisa é treinar meninos,onde não existe qualquer pressão.Que o Charles não é um grande treinador,isso tds sabemos.Agora já achar que o Waltinho é o melhor do mundo,num torneio em que o Corinthians que seria supostamente o melhor,tá jogando uma bolinha .Só muita carência mesmo . Esse torneio vai se afunilando,então aguardem se esse sucesso vai continuar.Se essa ilusão não vai logo se acabar,como aconteceu com a seleção de Sub-20 ! Não aprendem nunca.Por isso que esse clube não vai a lugar nenhum !

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  16. Pô, Manoel…Deixe de recalque, amigo.
    Waltinho está muito longe de ser o melhor técnico do mundo, mas como disse antes (e você provavelmente não leu), serve até uma série C.
    Ou você espera que o Remo chame o Guardiola pra, eventualmente, substituir o Charles?
    Estou cansado de ver treinadores caros, retranqueiros e bitolados no Remo. Foram esses que levaram meu clube a lugar nenhum mesmo.

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