Adeus a dois craques da Seleção de Ouro

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Em homenagem a Gilmar e De Sordi, dois heróis da Copa de 1958, um pequeno trecho da inspirada crônica de Nelson Rodrigues que glorificou a conquista do nosso primeiro mundial:

“Brasileiros! Fizeram o diabo com o Brasil. Num sigilo vergonhoso, promoveram um suspeitíssimo sorteio de camisas. Ninguém se lembrou de convidar um mísero brasileiro para assistir à marmelada. Puseram o Brasil para fora do hotel. Mas o que ninguém percebeu é que, verdadeiramente, o craque patrício não estava jogando de camisa. Ou por outra: – o que pendia do peito de Didi era um manto. Manto, digo eu, de príncipe etíope de rancho. E, ontem, não só Didi. Todo o escrete jogou de manto. E, aqui, torcíamos de mantos, também”. 

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