Por um sopro de esperança

REMOXBare Copa Norte sub-20-Mario Quadros (18)

Por Gerson Nogueira

Pode-se dizer, sem exagerar nas tintas, que o Remo renasce das cinzas através dos meninos do sub-20. De repente, o ano que se encaminhava para um final melancólico, sem expectativas maiores, ganhou outras nuances pelos pés da garotada. A Copa Norte caiu do céu para o deserto de ideias e de ânimo que dominava o estádio Evandro Almeida.

bol_dom_110813_23.psDe onde menos se esperava veio um sopro de esperança, com o convite para que o clube participasse do torneio regional. Em outros tempos, caso a equipe profissional estivesse em atividade, a torcida nem tomaria conhecimento da competição. Como não há calendário oficial, todas as atenções se concentram na Copinha.

Consciente dessa oportunidade única de resgate da autoestima, o torcedor abraçou a causa. Tem comparecido a todos os jogos, estabelecendo média acima de 3 mil pessoas (pagando bônus de R$ 5,00). Na sexta-feira, um verdadeiro fenômeno: um público entusiasmado, enfrentando o calor e o desconforto de um horário anti-futebol.

A comovente adesão da torcida contagiou a diretoria, que não mediu esforços para transformar a Copa Norte no principal evento da nova gestão. Os diretores recentemente empossados têm se esmerado em corresponder à confiança do torcedor. Sabem que dependem do crédito da massa para executar um bom trabalho.

Tanto sucesso extracampo deixou em alguns momentos o futebol dos garotos em segundo plano. O Remo não tem, obviamente, um timaço. Mostra alguns bons jogadores, muitos já conhecidos, como Jaime, Ian, Gabriel e Alex Juan. Outros são mais rodados, como Jader. E alguns novos de futuro, como Guilherme, Tsunami, Nadson e Rodrigão.

A mobilização não visa unicamente conquistar a Copa Norte. É mais que isso. Se o time eventualmente não vencer a decisão deste domingo, o envolvimento coletivo já terá valido a pena, como prova de que o esforço de reconstrução é válido. E talvez o Remo estivesse precisando exatamente desta oportunidade para redescobrir valores que andavam esquecidos. Valorizar suas próprias crias, por exemplo. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Novos horizontes para o Papão

Foi a primeira vitória de Arturzinho no comando técnico, e o jogo valeu exatamente por isso. O Paissandu voltou a ter um comportamento tumultuado, sem esquema definido e errando em excesso. Até o meio-de-campo, setor que era o mais arrumado do time, continua instável. A bola queima nos pés dos armadores e raramente chega ao endereço certo.

De qualquer maneira, o Papão de sexta-feira foi bem mais determinado e consciente de seus limites. Arriscou pouco, como sempre, mas foi preciso quando as chances de gol apareceram. Nem mesmo a ausência de cobertura eficiente na defesa foi suficiente para

É preciso reconhecer, porém, que o primeiro tempo foi admirável na medida em que o time se entregou ao compromisso de vencer. De qualquer maneira. Todas as peças funcionavam bem, até mesmo o improvisado Djalma na lateral-direita. Vontade e comprometimento eram evidentes. Virtudes que compensaram a falta de técnica.

Na etapa final, o Papão foi inteiramente envolvido pelo adversário, que só não teve melhor sorte porque também abusou dos passes errados e da má pontaria. Arturzinho teve a felicidade de obter um resultado positivo, apesar das mudanças operadas no time.

Foi um resultado excelente, que pode – dependendo da combinação de outros resultados – até tirar o time da zona do rebaixamento. Alguns pontos precisam ser destacados, como a dedicação de Djalma e o renascimento de Héliton. Vale dizer também que o posicionamento de Diego Barbosa como armador clássico no segundo tempo foi uma boa descoberta.

O triunfo suado e sofrido não obscurece as fragilidades que o time carrega desde o começo da competição. Alguns dos problemas são sistêmicos, e só terão solução quando atacados de maneira ampla. É o caso do crônico defeito na segunda bola, que o Papão perde sempre, sobrecarregando a marcação e abrindo possibilidades para o adversário. Além disso, existem situações pontuais, como nas laterais e cabeça-de-área, que dependem de resoluções práticas – e urgentes.

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Lembrança e gratidão

A coluna de hoje é dedicada aos meus velhos José Dias e Juca Nogueira. O segundo já não se encontra aqui, mas o primeiro continua firme e forte, a guiar meus passos com seu exemplo de vida, pautado na dedicação ao trabalho e à família. Obrigado a ambos, por tudo.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 11)

Águia sem mudanças contra Luverdense

Para tentar se reabilitar no campeonato, o Águia enfrenta neste domingo o Luverdense (MT), em Marabá, pela nona rodada da Série C. A equipe não deve sofrer grandes mudanças em relação aos últimos jogos. Para enfrentar um dos melhores times do grupo, o técnico João Galvão deve apenas escalar Neno na lateral-direita em substituição a Ceará, lesionado. Flamel, Carlinhos, Fábio e Diogo também apresentaram pequenas lesões, mas devem atuar. Outro problema é o número de jogadores “pendurados” com dois cartões amarelos: cinco no total. Ceará, Bernardo, Analdo, Junior Timbó e Danilo Galvão. “Ninguém vai tirar o pé. Se por acaso perdermos algum atleta por cartão, temos um grupo onde todos tem condições de ser titular”, garante Galvão.

Brasileiro Série B – Classificação geral

PG J V E D GP GC SG
Palmeiras 34 14 11 1 2 30 10 20 81.0
Chapecoense 29 12 9 2 1 29 12 17 80.6
Sport 24 14 8 0 6 26 23 3 57.1
Paraná 23 14 6 5 3 19 10 9 54.8
Boa Esporte 23 14 6 5 3 14 14 0 54.8
Figueirense 22 14 7 1 6 28 24 4 52.4
América-MG 22 13 6 4 3 25 19 6 56.4
Joinville 21 14 6 3 5 26 18 8 50.0
Bragantino 19 14 5 4 5 15 13 2 45.2
10º Avaí 19 14 5 4 5 19 20 -1 45.2
11º Ceará 17 14 4 5 5 17 18 -1 40.5
12º ASA-AL 16 14 5 1 8 15 24 -9 38.1
13º Atlético-GO 16 14 5 1 8 10 19 -9 38.1
14º Icasa 16 14 5 1 8 17 28 -11 38.1
15º São Caetano 16 14 4 4 6 17 17 0 38.1
16º Oeste 16 14 4 4 6 13 20 -7 38.1
17º Paissandu 15 14 4 3 7 16 22 -6 35.7
18º Guaratinguetá 14 13 4 2 7 17 22 -5 35.9
19º América-RN 14 14 3 5 6 14 22 -8 33.3
20º ABC 8 14 1 5 8 9 21 -12 19.0