“Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.”
De Gabriel García Marquez
Já são poucos os jornalistas apaixonados pelo jornalismo…
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Certamente, amigo Oliveira. Mas os que resistem são tão ou mais apaixonados que os antigos.
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Não duvido, amigo Gerson. A propósito, eu não disse o contrário só registrei a rarefação. Afinal, em qualquer lugar, paixão é sentimento e prática que acomete indistintamente novos e antigos.
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