Chance de corrigir a rota

Por Gerson Nogueira
COLUNA GERSON_31-05-2013Ainda sem contar com a força plena, pois o técnico Lecheva prefere não alterar a composição da zaga, o Paissandu parte hoje para uma tentativa de correção de rumos na Série B. A competição mais aguardada no clube nos últimos seis anos foi iniciada de maneira errática, com um empate por incompetência em casa e uma derrota por excesso de cuidados como visitante.
Contra o América-RN, adversário do mesmo top, o Paissandu não pode mais tropeçar. Em 16º lugar na classificação, está a um passo da zona da morte, lugar que os clubes paraenses adoram frequentar em competições nacionais de grande porte.
Entendo que uma das chaves para a recuperação técnica do Paissandu encontra-se no meio-de-campo. Com jogadores que se entendiam por música, o time fez campanha relativamente tranquila no campeonato estadual. Capanema, Vanderson, Djalma e Eduardo Ramos. Este quarteto foi o grande responsável pela trajetória vitoriosa, por ditar o ritmo e a pulsação da equipe.
Curiosamente, a ausência de um deles desequilibrou por completo a equação. Djalma esteve fora nos dois confrontos iniciais, tornando o time menos rápido na saída e pouco combativo nas ações de meio-campo. De quebra, tirou de Ramos o guarda-chuva protetor para as jogadas mais criativas. Sem Djalma, a lentidão de Vanderson ficou mais exposta e Capanema passou a ter uma sobrecarga na tarefa de combate.
Mas a falta de Djalma não explica a queda de inspiração de Ramos como organizador do time. Contra alagoanos e cearenses, o chamado maestro bicolor ficou muito abaixo de seu rendimento habitual. Vozes dos bastidores dizem que as razões da letargia estariam na insatisfação do jogador com seus rendimentos no clube. Não se sabe, ao certo, mas é óbvio que o grande destaque do Parazão ainda não jogou nem 50% do que pode na Segundona.
Outro detalhe que ajuda a explicar a acanhada participação do Papão no Brasileiro é a vertiginosa queda de Pikachu. Melhor lateral-direito surgido no Pará em muito tempo, o jogador deixou a voracidade ofensiva de lado, passando a comportar-se como um lateral comum, que vai até às proximidades da área adversária e cruza. Os problemas já eram visíveis desde o certame estadual, mas se acentuaram agora, talvez porque os adversários são bem mais qualificados.
Lecheva tem condições de arrumar a casa da melhor maneira, a começar do crônico drama no gol. A partida desta noite é a ocasião ideal para iniciar a reviravolta. Em caso de triunfo, ganha tempo para encaixar os reforços contratados. Um novo revés, porém, pode conduzir a mudanças que passam inclusive pela comissão técnica.
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A longa espera azulina
Os remistas seguem treinando no estádio Evandro Almeida. O feriado não impediu que Charles Guerreiro movimentasse o elenco, cumprindo a agenda semanal de exercícios e treinos. A imagem dos atletas não esconde um certo desânimo depois que as chances de participação na Série D foram praticamente reduzidas a pó.
Em outra frente, os dirigentes continuam lutando pela vaga. O tempo conspira contra e as circunstâncias não são favoráveis, mas os esforços se mantêm de pé. Padrinhos atuam em outras frentes, ainda.
Tanta luta e aflição poderiam ter sido poupadas caso o time de Flávio Araújo tivesse competência para garantir dois empates nas decisões dos turnos. Isso também se a diretoria não tivesse metido os pés pelas mãos em contratações equivocadas – Ramon e Clébson.
Desgraçadamente, para os azulinos, o “se” é algo que não existe.
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Sobre democracia e exagero
O Ministério Público é um dos pilares da vida institucional brasileira, fiscal da lei e  – por isso mesmo – pedra no sapato de muita gente. Algumas vezes, porém, o rigor de sua conduta acaba dando razão aos críticos. A proibição do amistoso internacional Brasil x Inglaterra no novo estádio do Maracanã, solicitada (e prontamente atendida) à Justiça joga uma nuvem de desconfiança quanto ao caráter político da medida. Afinal, há duas semanas, um outro amistoso, aquele dos “amigos de Ronaldo” – com arquibancadas cheias de operários e suas famílias -, foi realizado sem que o MP tivesse a mais leve preocupação com questões de segurança.
O veto ao estádio lembra muito a suspeitíssima interdição do estádio Engenhão, a pedido da Prefeitura do Rio, torpedeando em pleno voo um vantajoso acordo que o Botafogo costurava com multinacional europeia. Interesses vários podem ter levado ao fechamento do estádio, que, mesmo interditado, continua a receber eventos programados pela prefeitura carioca.
Enfim, coisas do Brasil e de suas instâncias variadas de poder.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 31)

26 comentários em “Chance de corrigir a rota

  1. Amigo Gerson mais uma vez você está sendo perfeito na análise do Paysandú!
    E ainda falando da derrota para o Ceará a própria imprensa cearense reconheceu que o resultado foi injusto, o Paysandú foi garfado e que se o time de Belém fosse mais audacioso poderia ter saído de campo com os três pontos, mas como ficou nítida a proposta de um empate veio aquele presente do Paulo Rafael definindo os números finais a favor do Vovô Alencarino.
    Apesar de ter um time limitado o Paysandú poderia ter tido melhor sorte nos dois primeiros confrontos.
    Agora é esperar que o time seja mais agressivo em campo e pare com este respeito demasiado pelos concorrentes!

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  2. Gerson e amigos, penso que essa queda do Eduardo Ramos, tenha sido o fator primordial do, até, fraco futebol que o Paysandu apresentou até aqui… Num time que tem Alex Gaibú, Djalma nunca fará falta..Aliás, Djalma estava no jogo daqui em que o Paysandu quase perde..
    A grande ausência, hoje, no time do Paysandu, será o Capanema que, por contusão, está fora do jogo.. No Papão, se marcar o Eduardo Ramos, o time apaga, pois ele carrega o time e o técnico, nas costas, e não é de hoje..Quando o Iarley está em campo, ainda ajuda ele a carregar…

    Papão tem que vencer essas duas partidas dentro de casa. EU ACREDITO..

    É a minha opinião.

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    1. Questão de opinião, amigo Cláudio. Gaibu, por mais esforçado que seja, não tem como cumprir as funções de marcação que o Djalma cumpre. Não é craque, mas é útil. Gaibu passou em branco nos dois jogos em que entrou, mesmo tendo liberdade para ir ao ataque. Falta-lhe mobilidade. Basta observar os vídeos das partidas.

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  3. Marcelo Nicácio alegre os ares do torcedor bicolor. Se for tudo o que dizem, promete ser o goleado que tanto precisamos pra cair nos braços da galera.

    Cláudio, o Potiguar tá voltando? Se sim, será que jogará ao lado do Eduardo Ramos?

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  4. Mucura assanhada c tá querendo o q, voltar pra série C, voltar pra série C, voltar pra série C, voltar pra série C, voltar pra série C, voltar pra série C

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  5. Informamos que a torcida REBAIXADOS, estará fazendo sua aparição oficial na terça feira a partir das 17 horas no mangueirão. Informamos que a torcida conta atualmente com um integrante Rocildo Oliveira, e tem como presidente Rocildo Oliveira, vice presidente Rocildo Oliveira e diretor financeiro Rocildo Oliveira. Torcida Rebaixados, secar e rebaixar é a nossa meta.

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  6. Claudio e outros na moderação. Sei que não depende do Gerson, que já explicou várias vezes Mas não entendo e é de chatear qualquer um quando certas coisas passam incólumes. Te dizer.

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    1. Amigo Cláudio, já lhe expliquei inúmeras vezes que os comentários postados – por mais que sejam apagados depois – implicam em responsabilidades do proprietário do blog. Entenda isso, de uma vez por todas.

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  7. Gerson eu nao entendo porquer o Marcelo ainda nao pode jogar se ha menos de 20 Dias ele tava atuando pelo Penepolense! Ta na hora do time acordar comtratar um lateral direito e colocar o Pikachu no banco o cara nao ta jogando nada. Gerson Vandick tem de ser mas professional porquer segura jogadores como Welliton, Esdras, billy, Diego bispo, Joao Nero, Rafael Oliveira, Alvin, Paulo Rafael? Mandando esses cara embora economiza dinheiro pra comtratar pelo menos 2 jogadores de novel seria A

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  8. É verdade amigo Gerson a responsabilidade acaba caindo sobre o dono do blog o que podemos fazer com relação a isso é apenas responder para quem conhecemos de fato. Eu tenho tomado uma postura simples quando vejo que o comentário parte de anônimos ou alguns que não acrescentam informações úteis eu passo direto para ler comentários de quem eu sei que são grandes baluartes e de quem se pode realmente receber uma resposta coerente e que venha a somar com o meu conhecimento. Penso que se todos tomassem essa atitude em vez de ficar respondendo a provocações teriam menos “dor de cabeça”!

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  9. Concordo que o Gaibú é mais útil quando entra no decorrer do jogo e de preferência com o placar resolvido. A habilidade como jogador não é questionável mas a mobilidade deste deixa a desejar pois os adversários são pegadores e rápidos nos botes.
    A dificuldade para sair em contra-ataque é digno de falta de treinos específicos justamente nos itens velocidade e posicionamento do time!
    Eduardo Ramos sumiu nos dois jogos por não saber sair da marcação, é uma deficiência que possui, mas também um bom técnico pode resolver isto com o reposicionamento deste durante a partida.
    O comentário geral entre a mídia do futebol cearense e eles foram categóricos em dizer que mesmo desorganizado em campo o Paysandú levava perigo sempre que apertava o time alencarino!
    O Papão foi garfado e que um empate seria mais justo, mas isso é futebol e nem sempre a justiça prevalece, o que vale é bola na rede!
    Acho que o time tem que deixar de ser previsível, os adversários estudam o Papão, segundo a turma da terra de Iracema, os dois jogos contra o PFC pela decisão do paraense foram balizadores para o treinador do Ceará.
    Pergunto: O Lecheva pelo menos pegou os dois últimos jogos da decisão do cearense para ver como o adversário se portava?
    Como diz o amigo Cláudio, técnico bom e experiente como influencia nessa hora!
    Penso que o Lecheva está dormindo no ponto vendo a banda passar, pelo menos é esta a primeira impressão que fica quando a pelota rola!
    Será que ele observou como o América-RN joga,onde estão as deficiências do adversário, suas virtudes? Este tipo de atitude engrandece o currículo do treinador além de ser necessário para este tipo de competição deixar para agir conforme a música é coisa do passado e que nos dias de hoje não funcionam mais!

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  10. Eu me lembro desse video o Leão levou um sacode de 5 x 1 do São Raimundo. Lembro que eu fui o único a apaludir o mais querido quando ele saiu do gramado, a torcida estava enfurecida. Menos eu, que nunca me chateio com o Leão. Perdendo ou ganhando eu estou lá. Ruin mesmo é agora, já que eu terei que me deslocar para o interior paraense para ver um jogo do meu amado clube.

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  11. Caro Rocildo, conto com a força de tua torcida para rebaixarmos o Cabeça e seu escudeiro Pirão da presidência do Remo, posso contar contigo?

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  12. Gerson e Amigos do Blog;
    No clube na bola de há pouco, o Dinho Menezes informou que o Nicácio fechou com o Grande Bicolor Amazônico e deve chegar na madrugada de segunda-feira, penso que esse jogador não é isso tiudo que alardeiam, mas, se realmente jás contratado resta torcer prá que dê certo, no entanto, não posso deixar de dar meu pitaco a respeito dos valores co salário dêle, dizem que é na ordem de R$ 50.000,00 prá cima; com esse salário é prá fazer no mínimo 3 gol’s por partida e ele já é meio rodado, paneleiro e metido à estrela, conforme comentários que ouvi da imprensa especializada de fortaleza, tomara que não seja um problema a mais. Na contrapartida o gerentão de futebol comeu bola, pois o 3º reserva do Fred, no Fuminense faz mais gol’s quew esse Nicácio, o salário é bem menor, é mais jovem e seria bem mais interessante, haja bvista, que agora eliminado da libertadores, o pó dearroz, vai dar uma enxugada no plantel e a transação fica bem mais favorável de acontecer,
    falo do Samuel, vocês acham que o Abelão vai barrar o Fred, o Sóbis e o Rainer. Quanto ao Gaibú ser melhor que o Djalma todos sabemos, porém, ele não tem o pulmão do Dlama, penso ainda que o Lecheva tem que tirar o salto alto do Picachú.
    No mais, dá para o gasto.
    Ah! ia esquecendo; o Fabiano é uma boa contratação para revezar com o Marcelo no arco Bicolor, ou, quem sabe, botá-lo no banco.

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