Lateral Berg domina a bola durante treino do Remo em Castanhal.
Técnico Flávio Araújo orienta cobranças de falta e posição da barreira.
Mauro, Tragodara e Eduardo em ação durante o coletivo.
A juíza Teresa de Almeida Ribeiro Magalhães, da 18ª Vara Criminal do TJSP, condenou o ex-palmeirense Danilo, hoje na Udinese (Itália), a um ano de reclusão pelo crime de injúria qualificada. O zagueiro, numa partida entre Palmeiras e Atlético/PR em 2011, não apenas ofendeu o oponente com ofensas raciais, mas também, covardemente, cuspiu-lhe no rosto. A pena foi convertida em prestação pecuniária, pelo fato de réu ser primário, e Danilo terá 30 dias, após receber a citação, para depositar R$ 340 mil em juízo.
Saiu a escala de árbitros para a primeira rodada do Campeonato Estadual de 2013. Benedito Pinto da Silva apita Águia x Tuna, sábado às 19h, no Zinho Oliveira, em Marabá. Terá como auxiliares José Ricardo Coimbra e Isaac Araújo. O 4º árbitro será Djonaltan Araújo.
Cláudio Lima será o árbitro de Cametá x Paragominas, também sábado, às 20h, no estádio Parque do Bacurau, em Cametá. Seus auxiliares serão Heronildo Freitas da Silva e Arlene Barreto. Valdeneide Souza será o 4º árbitro.
Para Paissandu x São Francisco, domingo (10h), na Curuzu, o árbitro central será Wasley do Couto, auxiliado por Márcio Gleydson Dias e Alessandro Guerra. O 4º árbitro será Silvio César de Lima.
Na segunda-feira, às 20h30, no Baenão, Remo x Santa Cruz terá arbitragem de Edeval Augusto Figueiredo. Os auxiliares serão Luís Diego Lopes e Rafael Cardoso. Gustavo Ramos Melo será o 4º árbitro.
Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol e vice-presidente da CBF, desponta como futuro sucessor de José Maria Marin no comando da entidade que controla o futebol brasileiro. Em cerimônia realizada nesta quarta-feira, em São Paulo, ele brilhou como nunca, principalmente porque oficializou o patrocínio para 20 campeonatos estaduais. Em acordo intermediado por Del Nero, a montadora Chevrolet patrocinará os torneios, gerando receita para federações que têm torneios deficitários. No evento de ontem, o cartola citou nominalmente os representantes das 15 federações presentes. Das 20 de que a Chevrolet será parceira, só representantes de Alagoas, Amazonas, Paraíba e Minas Gerais não compareceram. O Pará, como sempre, ficou fora do esquema de patrocínio.
Por Gerson Nogueira
Iarley é (ainda) um grande jogador – principalmente para o Parazão e a Série B nacional – e a notícia de sua contratação merece toda a repercussão que vem obtendo. Mesmo aos 38 anos, idade considerada provecta para a maioria dos jogadores de futebol, pode-se dizer que vale o esforço financeiro empreendido pela diretoria do Paissandu. Alguns ruídos durante o processo de negociação chegaram a deixar a torcida com o pé atrás, mas é preciso entender que o negócio da bola tem dessas coisas. Ainda mais quando o atleta tem história, títulos e batalha pelo derradeiro bom contrato da carreira.
Não importa quanto o Paissandu vai gastar com Iarley (alguns arriscam dizer que seu salário ficará em torno de R$ 60 mil). Interessa é o retorno financeiro que sua presença no time irá trazer em arrecadações para o clube. No aspecto técnico, é inegável que Iarley dará ao meio-de-campo um toque de qualidade inexistente nos últimos anos. Se fizermos um esforço de memória, constataremos que o deserto de talentos permanece desde que deixou a Curuzu, há exatos dez anos.Por Janio de Freitas
A decisão, adotada na Venezuela, de adiar indefinidamente a posse do hospitalizado Hugo Chávez tem um precedente: é milimetricamente igual à decisão que adiou indefinidamente a posse do hospitalizado Tancredo Neves. O que faz com que a decisão no caso de Chávez receba exaltada condenação moral no Brasil e no caso de Tancredo Neves fosse louvada, com alívio e emoção, pode ser muito interessante. Mas não é para um artiguinho. E não é tão difícil de intuir, ao menos na superfície.
Convém lembrar que a crítica à solução brasileira só veio, e muito forte, no segundo passo daquele veloz processo. Foi quando a decisão à brasileira avançou muito mais do que a Venezuela: morto Tancredo, o mandato que não recebeu e a Presidência foram transferidos ao vice, sob muita contestação jurídica e ética.
As circunstâncias venezuelana e brasileira são diferentes? Sim, claro. As circunstâncias são sempre diferentes. Mas sem essa de que a oposição Venezuela está lutando pela democracia, e o chavismo é um sistema contrário à liberdade, e coisa e tal. Seja o que for o chavismo e o que pretenda a “revolução bolivariana”, o que a oposição quer é restaurar o sistema de poder anterior: um dos mais corruptos e socialmente opressores da América Latina, de menor e mais imoral “liberdade de imprensa” e de pensamento.
Ao longo do século passado, a Venezuela dos hoje saudosistas deixou exemplos de barbaridade ditatorial escandalosos mesmo para o padrão latino-americano, caso do ditador-bandido Perez Jimenez, entre outros; e uns dois governos decentes, digo dois só para não deixar o romancista e presidente Romulo Bittencourt sem companhia em meio a cem anos.
Mas, a não ser muito eventuais obviedades “de esquerda”, nunca li ou ouvi críticas no Brasil aos donos daquela Venezuela e seu sistema de domínio e exploração.
O que se passa na Venezuela não é uma divergência entre as condições jurídicas e temporais de uma posse, incerta além do mais, na Presidência. Posse de um eleito, também é bom lembrar, em eleições de lisura aprovada por comissões internacionais de fiscalização, entre as quais a respeitadíssima Fundação Carter, com a presença destemida do democrata Jimmy Carter.
A conduta do Itamaraty diante do problema venezuelano, na qual expressa a posição oficial Brasil, mais uma vez se orienta pelo princípio de que se trata de assunto interno do país vizinho, sem justificativa para qualquer interferência externa a ele.
Marco Aurélio Garcia foi mandado, como assessor presidencial de assuntos internacionais, recolher em dois dias as informações, necessárias ao governo brasileiro, sobre o estado de Chávez e sobre a situação política venezuelana. Não houve indicação alguma de que seu comentário representasse uma posição assumida pelo governo brasileiro.
Para Marco Aurélio Garcia, conforme exposto na Folha pela repórter Fernanda Odilla, “como o presidente foi reeleito, ‘não há um processo de descontinuidade’ se ele não tomar posse formalmente” hoje. Há, sim. Não há descontinuidade pessoal. Mas há descontinuidade institucional.
Uma posse presidencial não importa pelo empossado, que pode ser ótimo ou lamentável. A importância é institucional: o início de um mandato na Presidência. E segundo mandato é outro mandato. Como constatado no editorial da Folha “Impasse na Venezuela”, de ontem, “o texto constitucional [venezuelano] não responde de maneira inequívoca às dúvidas suscitadas” sobre o impedimento atual da posse em novo mandato.
Mas, em se tratando de Chávez, é válido dizer que “adiar indefinidamente” é inconstitucional, é arbitrariedade, é opressão. “Brasileiro não tem memória.” Ou, se lhe convém, adia indefinidamente.
Mestre Janio mata a pau, como sempre. Cabra bom.
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