Vista da antiga estação da Estrada de Ferro Belém-Bragança, em São Brás, no final dos anos 50. Um carro de boi passa em frente à estação, diante de vários automóveis estacionados. (Acervo da revista Life)
Dia: 18 de agosto, 2012
Capa do Bola, edição de domingo, 19
Uma reestreia espinhosa
Por Gerson Nogueira
O futebol paraense entra em campo neste domingo para um duplo desafio fora de casa. Pelo retrospecto do confronto e com base no equilíbrio do torneio, cabe ao Paissandu a missão mais indigesta. Até o torcedor mais distraído sabe que superar o Salgueiro dentro de seus domínios constitui uma pedreira para o time de Givanildo Oliveira. As circunstâncias da partida apontam para a necessidade de reforçar o esquema defensivo, mas entendo que está na eficiência ofensiva a chave para obtenção de um bom resultado.

Capa do DIÁRIO, edição de domingo, 19
Delícias do Estado continente
Para quem não foi apresentado à iguaria, a panelada acima é de uma caldeirada de tamuatá, peixe dos mais saborosos que habita os caudalosos rios paraenses, inclusive o Tocantins que banha a minha amada Baião. Preparado com tucupi, tomate, pimenta e cheiro verde e devidamente acompanhado de farinha baguda, o nosso tamuatá é capaz de encantar até finos paladares. (Foto retirada da web)
Escudo do Remo é recolocado no Evandro Almeida
Com a presença do conselheiro remista Paulo Alves e sua filha, que foi a inspiradora da mobilização pela restauração do pórtico do Evandro Almeida, aconteceu na manhã deste sábado a cerimônia de recolocação do escudo do Clube do Remo na fachada do estádio. Uma placa em homenagem ao conselheiro e arquiteto foi descerrada pelo presidente Sérgio Cabeça Braz (abaixo), acompanhado de toda a diretoria do clube, grandes beneméritos, sócios e muitos torcedores. Dentre outros, prestigiaram o ato festivo o presidente do Conselho Deliberativo, Manoel Ribeiro, e o diretor jurídico do Remo, conselheiro Ronaldo Passarinho. Há dois anos, o escudo havia sido destruído por ordem do ex-presidente Amaro Klautau, que visava impedir o tombamento do estádio Evandro Almeida e, com isso, facilitar sua venda. (Fotos: EVERALDO NASCIMENTO/Bola)
Festa do infante faz homenagem ao Glorioso
A frase do dia
“Não, não tem cabimento. Não sou técnico de futebol, não nasci no futebol. Militei como dirigente, adoro, como todo brasileiro, está no sangue. Mas não tem condição, possibilidade. Cada macaco no seu galho. Admiro o Mano, acho ele um grande técnico. Ser técnico de futebol é uma pressão um milhão de vezes maior do que ser técnico de vôlei no Brasil. Então admiro por suportarem tanta pressão e continuarem. Esse é o momento de trabalhar forte, continuar. Temos uma geração talentosíssima e vamos conquistar a Copa de 2014”.
De Zé Roberto Guimarães, técnico da seleção de vôlei feminino, tricampeão olímpico.
Capa do Bola, edição de sábado, 18
Capa do DIÁRIO, edição de sábado, 18
Modificado, Leão parte para cima do Penarol
Para o jogo deste domingo contra o Penarol, em Itacoatiara, o Remo terá um time ligeiramente modificado em relação ao jogo contra o Náutico. O técnico Edson Gaúcho fez alterações na defesa e confirmou Edu Chiquita no meio-de-campo: Gustavo; Dida, Diego Barros, Marcelão e Paulinho; Márcio Tinga, Jhonnatan, Edu Chiquita e Reis; Fábio Oliveira e Ratinho. André, suspenso, será substituído por Márcio Tinga e os ex-titulares Ávalos e Aldivan, por deficiência técnica, foram afastados do time e nem viajaram com a delegação. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)
A internet como vício
Por Zuenir Ventura
Na sua cruzada pela difusão da leitura no país, Ziraldo provocou polêmica aqui na Bienal do Livro de SP, ao afirmar que os pais hoje não percebem que seus filhos estão ficando “idiotas”. E que a culpa é da internet. Muita gente concordou com a afirmação, que a outros pareceu exagerada, até que o professor de física Pierluigi Piazzi disse depois mais ou menos o mesmo, com mais ênfase. Para ele, a internet está criando jovens “imbecilizados”, “deficientes mentais”, uma “geração talidomida”, a ponto de o Hospital das Clínicas ter criado, segundo ele, um departamento de “desintoxicação” desses viciados.
Citou ainda a experiência feita numa universidade dos EUA, quando, impedidos de acesso a computador e celular por três dias, usuários compulsivos desenvolveram a síndrome de abstinência, como a de qualquer dependente de drogas. “Tiveram vômitos, dor de cabeça, febre e convulsão.” Fiquei impressionado, porque um amigo acabara de me informar que, por insistência da família, estava se tratando com um psicanalista para se libertar do celular (e, claro, da internet). Tomara consciência de que estava doente, inclusive porque era mais fácil conversar com ele por telefone do que pessoalmente, mesmo em sua presença.
Apesar de não correr o risco, porque nem celular tenho, acho que atribuir à tecnologia toda a culpa pelo pouco caso com o livro me parece injusto. A responsabilidade tem que ser repartida também com a família e a escola. Num lar onde os pais não saem da frente do computador ou da televisão e não gostam de ler, os filhos dificilmente vão gostar, porque tendem à imitação.
O contrário funciona como estímulo: o gosto pela leitura começa em casa e pode se desenvolver na escola, desde que não seja imposta como obrigação. Pra não dizer que não falei de Alice, minha neta prova que é possível a convivência. Ela lida tão bem com as novas tecnologias da comunicação que me dá aulas de ipad. Ao mesmo tempo, adora ler, isto é, vive pedindo que leiam para ela uma história, inclusive as do Ziraldo.
Aliás, uma vez em Porto Alegre, diante de uma plateia de professoras, eu laentava que os jovens tivessem perdido o gosto pela leitura, quando uma delas me corrigiu: “Só se for o adolescente, porque as crianças estão lendo.” E contou o que ocorrera na véspera, quando cerca de 2 mil leitores mirins tinham se aglomerado para ver e ouvir o autor infantil preferido deles. Seu nome: Ziraldo. Em suma, é preciso não generalizar os casos patológicos.









