Macca critica músicos que usam playback

O ex-beatle Paul McCartney criticou os músicos que fazem uso de gravações de apoio em seus shows ao vivo no último domingo, 1, em entrevista ao jornal britânico Sunday Express. Paul teria ficado chocado ao saber do engenheiro Paul Pablo Boothroyd que alguns artistas faziam uso desse tipo de técnica. Sem citar nomes, tudo o que se sabe é que Boothroyd já trabalhou com nomes como Eurythmics e AC/DC.

“Para mim, a experiência ao vivo é onde o coração da música está”, disse Paul. “Eu já fui a shows em que pensei: ‘Nossa, eu realmente estou neste lugar com Tony Bennett e é como se ele estivesse na minha sala de estar’. Essa é uma grande parte da experiência”. Paul reforçou que os erros ao vivo não degrinem o artista, mas reiteram sua habilidade de tocar ao vivo. “Quando erramos tocando ao vivo, nós sempre nos viramos e dizemos: ‘Vou te contar – isso prova que estamos mesmo ao vivo'”. (Transcrito da revista Rolling Stone)

12 comentários em “Macca critica músicos que usam playback

  1. “Quando erramos tocando ao vivo, nós sempre nos viramos e dizemos: ‘Vou te contar – isso prova que estamos mesmo ao vivo’”.

    P-E-R-F-E-I-T-O !!!

    Não é a toa que esse cara é um dos melhores do mundo!

    Motivo: Nunca teve vergonha de errar!

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  2. Sir Macca não quis ser deselegante, entendo perfeitamente. Mas, nesse caso, não dar nome aos bois acaba afetando gente boa que fica sob suspeita. Não conheço muito da performance ao vivo dos Eurythmics, mas o AC/DC tem vários registros ao vivo que mostram muita disposição, muito talento e algumas falhas por parte dos músicos, que fazem parte do ofício e conferem dignidade à apresentação. O playback esconderia isso, sem dúvida. Não é o caso dos caras.

    Nesses registros, principalmente nos mais recentes, são nítidos o menor alcance vocal de Brian Johnson e mesmo os deslizes de Angus “Guitar Hero” Young. Malcom… bem, Malcom dificilmente erraria seus riffs, que por mais grudentos e perfeitos que sejam, são fáceis de executar. E a cozinha do AC/DC é tão fácil quanto contar até quatro. Colocar um playback nisso seria muito esquisito. E improvável.

    Esse produtor trabalhou com muita gente. Ele poderia pelo menos citar uma lista dos que NÃO fazem. Seria mais justo.

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    1. Mas a referência ao grupo de Angus Young não foi de Sir Paul, Eriko. Quem apontou o AC/DC foi o engenheiro citado na matéria. Acho, inclusive, que o rock não tem muito desse tipo de artifício, pois os shows precisam ser autênticos para que seduzam as plateias. Por outro lado, sabe-se que Madonna, Rihana e toda essa legião de cantoras modernas usa e abusa do playback, e não é de hoje.

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  3. Só para deixar clara a minha admiração por Paul,digo a vocês que esse seria o único show onde faria esforços sobrehumanos para conseguir assistí-lo.Tenho 28 anos e me sinto totalmente desprivilegiado quando ouço atrocidades musicais contemporênas tipo Justin Bieber,Lady Gaga,Luan Santana,Michel Teló etc…Sorte de quem teve a prerrogativa de viver a música dos anos 1960.

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    1. Então não perca a próxima passagem de Sir Macca por aqui, Rafael. Garanto-lhe, depois de vê-lo ao vivo cinco vezes, que vale a pena. É um dos maiores músicos modernos e está em plena forma.

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  4. Acho que todo o mundo musical já usou playback, principalmente em programas de auditório e geralmente em começo de carreira, quando os artistas são obrigados por seus managers a se venderem como prostitutas. Macca tem autoridade suficiente para fazer a crítica pelo fato de que mesmo sendo o maior artista vivo, trabalha feito um louco para mostrar um show com o máximo de perfeição, sem estrelismos ridículos. Só pra efeito de comparação, nos shows do ano passado aqui no Brasil McCartney cantou, praticamente sem parar, durante mais de 2 horas. Já a finada Winehouse deu um show de falta de profissionalismo, chegando a abandonar um dos shows após balbuciar umas 4 músicas, um verdadeiro “Cano” em quem pagou um ingresso bem salgado. Esta é a diferença.

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  5. Rafael, ano passado vi pela primeira vez Paul Mccartney no Rio. Amigo, vai. Porque esse será provavelmente o maior show de rock da sua vida. O cara é a maior lenda viva da música mundial. Algo sobrenatural. Já li pela internet que Paul vem de novo esse ano ao Brasil. Provavelmente em abril. Vale a pena.

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  6. É Rafael, tens toda a razão. Mas o pior mesmo é quando vemos grandes emblemas da boa (e até outrora revolucionária) música junto a nulidades e pré-projetos mal feitos de artistas. Ver Caê e Gil ao lado da (es)forçada Ivete Sangalo, por exemplo, foi de lascar…

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  7. É meu amigo Daniel, historiador e jurunense que nem eu,a Ivete vem aí pra tocar no aniversário de Belém.Se eu fosse você não perderia essa por nada rsrsrsrrs….Desculpem o devaneio de fã dos Beatles,mas já imaginaram o Macca tocando nos 400 anos de Belém lá no pier das 11 janelas,a beira da baía do guajará….seria demais.

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  8. Égua Rafael, amigo historiador e confrade de bairro… Macca em Manga City? Seria demais para este meu pequeno “coração psicodélico” como diz a canção.

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