O Remo prosseguiu a fase de treinos, na manhã desta quarta-feira, em Barcarena. No coletivo, 1 a 0 para os titulares, gol do lateral esquerdo Panda. Formação titular: Jamilton; Balu, Juan Sosa, Diego Barros, Panda; Felipe Baiano, Adenísio, Aldivan e Juliano; Rodrigo Aires e Joãozinho. O atacante Marciano já se integrou ao grupo.
Dia: 4 de janeiro de 2012
Zé da Fiel não aceita reduzir salário
O atacante Zé Augusto, que deve cumprir sua última temporada como jogador do Paissandu, recusou a proposta de redução salarial feita pelo grupo de dirigentes do departamento de futebol. Em entrevista ao repórter Dinho Menezes, da Rádio Clube, Zé disse esgotou a paciência, pois já reduziu o salário (a pedido do clube) em duas ocasiões e que está há cinco meses sem receber.
Por outro lado, a diretoria trabalha com a possibilidade de contratar o volante Mael, atualmente sem clube. Apesar das restrições do presidente Luiz Omar, que dispensou o jogador (juntamente com Dadá) em 2009, acusando-o de ter feito corpo mole na goleada de 6 a 2 frente ao Icasa, pela Série C. Outro que deve ser contratado pelo clube é o desconhecido volante Felipe Manoel, ex-Corinthians e Villa Real, da Espanha. (Foto: MÁRIO QUADROS/Arquivo Bola)
Portuguesa lança nova camisa oficial
A fabricante do novo uniforme da Lusa paulista é a Lupo, que substitui a Pênalty. A apresentação foi via Youtube e a nova camisa dividiu opiniões. Teve torcedor dizendo-se revoltado com as ousadias visuais adotadas pela Lupo. Não consegui formar uma opinião, pois fiquei distraído com o visual do biquíni da moça.
Capa do DIÁRIO, edição de quarta-feira, 04
Papai Ganso
Nas pegadas de seu amigo Neymar, o meia paraense Paulo Henrique Ganso também será pai em 2012. A mãe é uma jovem de Santos, cuja identidade será preservada. Arredio, o jogador se nega a falar sobre o assunto, mas já teria conversado com a família da garota e se comprometido a arcar com todos os curtos. O nascimento da criança está previsto para o meio do ano. A paternidade do jogador do Santos acontece pouco tempo depois de Neymar se tornar pai pela primeira vez. No dia 24 de agosto de 2011 nasceu Davi Lucca, o herdeiro do atacante santista. Ganso, inclusive, é o padrinho do filho de Neymar.
Já a relação entre jogador e Santos não é das melhores. O meia entrou em atrito direto com a diretoria do clube, que culminou com o time da baixada abrindo mão de cobrir a oferta do grupo DIS por 10% dos direitos econômicos do meia santista. (Com informações do Lancenet! e do Portal iG)
Torcida longe da realidade
Por Gerson Nogueira
Uns e outros metem o pau na diretoria do Paissandu por trazer de volta o veterano goleiro Ronaldo. A gritaria maior parte dos fãs de Alexandre Fávaro, grande guardião, responsável por livrar o time de inúmeras situações espinhosas nas últimas temporadas. Para esses torcedores, o substituto não está à altura do ex-titular.
Não há dúvida quanto à superioridade técnica de Fávaro, mas é preciso entender a realidade do mercado da bola, que não oferece grandes alternativas na faixa salarial que o Paissandu pode pagar.
Ronaldo despontou para o futebol há mais ou menos 10 anos, vestindo a camisa alviceleste e destacando-se pela extrema facilidade para defender pênaltis. Teve papel crucial na conquista de pelo menos dois títulos estaduais, em cima do maior rival, justamente por se garantir na decisão em penalidades.
Sofria críticas, porém, pela dificuldade em bolas paradas, principalmente faltas às proximidades da área. Por conta disso, foi liberado pelo Paissandu e buscou outros caminhos, chegando a se sobressair no futebol mineiro.
A reação ao anúncio de seu retorno não significa que esteja sendo execrado pela totalidade da torcida. Muita gente ainda o vê como um bom reforço, capaz de dar segurança lá atrás a um time que nasce jovem, com pouquíssimas peças mais experientes.
O episódio dá uma boa idéia dos humores e da alienação do torcedor paraense, que se recusa a aceitar a pindaíba que flagela os clubes mais tradicionais. Preferem crer que é uma crise passageira e seguem sonhando com contratações de vulto, como ocorria no passado.
Eram outros tempos. Trazer nomes de peso como Dadá Maravilha, Biro-Biro, Paulo Vítor, Alberto, Luís Miller e Júlio (Uri Gheller) César era bem mais fácil. Os salários ainda não estavam tão inflacionados, pois só havia uma divisão nacional e a dupla Re-Pa ainda não tinha o nome sujo no SPC do futebol. Nossos dirigentes ainda eram vistos sem desconfianças quanto a cumprimentos de acordos.
Depois das desastrosas gestões dos clubes e da decadência técnica iniciada no final dos anos 90, e escancarada a partir de 2006, nenhum jogador razoavelmente badalado pensa no Pará como opção interessante para jogar. Antes, prefere tentar a sorte em praças do Nordeste, do Centro-Oeste e do endinheirado interior paulista.
Lá, esses atletas aceitam salários mais modestos por saberem que o mês tem 30 dias, ao contrário daqui, cujos pagamentos chegam a atrasar até 90 dias ou mais, como ocorreu no Paissandu durante a Série C 2011. No fundo, o torcedor é a maior vítima das lambanças perpetradas em Paissandu e Remo por cartolas irresponsáveis, que contribuíram decisivamente para incluir o Pará (Belém, principalmente) na lista negra dos boleiros. E limpar essa imagem é trabalho para, no mínimo, uma década.
Artur Tourinho confirmou à Rádio Clube que está de volta ao futebol profissional. Foi contratado para prestar consultoria à Tuna. Se tiver as condições necessárias para pôr em prática seu indiscutível conhecimento na área, a Lusa vai avançar e pode sonhar com vôos mais ambiciosos.
Os resultados não devem aparecer neste campeonato. Não há tempo para muita coisa, embora algumas medidas já pareçam levar a assinatura do consultor. Entre as quais, a especulada vinda do marqueteiro Túlio Maravilha.
De concreto, vejo como positiva a participação de um dirigente experimentado, vitorioso e capaz lidando com o futebol no Pará. Até por efeito paralelo, a presença Tourinho deve dar nova cara ao campeonato estadual, influindo nas ações dos concorrentes diretos, principalmente Remo e Paissandu. Enfim, pode-se dizer que tem profissional na área.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 04)