São Francisco derrota Paissandu no Barbalhão

O São Francisco derrotou o Paissandu por 2 a 1, na noite desta terça-feira, no estádio Barbalho, e assumiu a liderança isolada do Campeonato Estadual. Depois de um primeiro tempo sem gols e ligeiro domínio do São Francisco, o Paissandu vacilou na etapa final e permitiu que o ataque santareno construísse uma vitória categórica.

Sem o zagueiro Darlan, expulso no final do primeiro tempo, o Papão teve dificuldades para marcar o rápido meio-campo do São Francisco, que foi todo à frente em busca da vitória. O primeiro gol surgiu aos 32 minutos, depois que Maurian levantou na área e o goleiro Ronaldo se chocou com Leo Oliveira. A bola sobrou limpa para Ricardinho marcar.

Apenas seis minutos depois, veio o segundo gol. Em contra-ataque rápido, Leo Oliveira recebeu na entrada da área e chutou para as redes, encobrindo o goleiro Ronaldo. O Paissandu ainda descontou aos 45 minutos, através de Bartola, que fintou dois zagueiros e bateu firme, sem defesa para o goleiro Jader. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

Na cabine mais premiada do rádio papachibé

Ao lado do companheiro Jones Lara Tavares na cabine da Rádio Clube no estádio do Souza, na tarde desta terça-feira, comentando Tuna x Águia. Bom jogo, público na média de comparecimento da galera cruzmaltina e um sol de rachar o cerebelo. A foto é do camarada Everaldo Nascimento, do nosso DIÁRIO.

Águia bate a Tuna no Souza

Com um gol de Valdanes aos 40 minutos da etapa final, o Águia derrotou a Tuna, na tarde desta terça-feira, no estádio do Souza, e recuperou-se da derrota para o Remo na estreia. O jogo teve um primeiro tempo morno, sem grandes lances de área e pouquíssimas jogadas criativas. O Águia foi superior nos primeiros 25 minutos, mas a Tuna, liderada por Beá, equilibrou as ações e levou algum perigo no fim da primeira etapa. O garoto Lineker apareceu muito bem duas jogadas individuais, levando vantagem sobre os marcadores, mas finalizando mal.

No segundo tempo, empurrado pelo bom público presente ao estádio, a Tuna fustigou a zaga marabaense nos primeiros minutos, chegando a marcar um gol através de Beá. O lance foi anulado porque o atacante estava impedido e ainda empurrou um zagueiro antes de tocar a bola para as redes. Acuado, João Galvão substituiu o zagueiro Roberto por Edkléber e Marquinhos por Sató, que imprimiu um novo ritmo ao ataque do Águia, apesar de bons contragolpes puxados por Beá e Lineker para a Tuna. Nos quinze minutos finais, Sató fez várias arrancadas pela ponta direita deixando Valdanes e Branco em condições de finalizar.

Aos 36 e 39 minutos, o camisa 9 perdeu boas chances, uma delas defendida com os pés pelo goleiro André Luiz. Aos 40, porém, não houve jeito: Sato iniciou o lance, a bola chegou ao meio da área e Valdanes aproveitou o rebote para disparar um chute forte e certeiro, vencendo o guardião tunante. O gol calou a torcida e decretou a vitória dos azulinos. (Fotos: EVERALDO NASCIMENTO/Bola)

A frase do dia

“Já vivi isso em 2005. Em 2012, volta isso de novo, vamos parar com isso, respeitar a pessoa independentemente da orientação sexual, do credo, da religião. Estamos no século 21, muita coisa já passou, e continuam preocupados com a vida pessoal dos outros”.

De Richarlyson, criticando a reação de torcedores palmeirenses ao anúncio de sua contratação.

Olimpíada: polícia inglesa esquece dossiê em trem

Parece até coisa de brasileiro. Um oficial da polícia britânica esqueceu documentos relativos à segurança dos Jogos Olímpicos de Londres em um trem e os papéis foram parar na primeira página do jornal “The Sun”. A história que mais parece um roteiro de cinema está sendo contada nas páginas do tablóide sensacionalista desta terça-feira. Um oficial confirmou que um membro da polícia metropolitana perdeu a bolsa com os documentos no último dia 5, mas ressaltou que os papéis não são “operacionalmente sensíveis”.

No entanto, o dossiê tem uma agenda com nomes e números telefônicos de policiais e ainda reportaria discussões sobre os planos antiterroristas para os Jogos. De acordo com “The Sun”, um passageiro do trem – em Dartford, a cerca de 25 km ao leste de Londres – achou os documentos e os entregou ao jornal, que os devolveu à polícia posteriormente. O tablóide diz que nos documentos há detalhes dos planos de segurança para a Olimpíada que começa em 27 de julho e vai até 12 de agosto.

Te dizer…

Patrocínios fazem Senna tirar vaga de Barrichello

Após despontar com favoritismo para o posto nos últimos dias, o piloto brasileiro Bruno Senna, 28, sobrinho do ídolo Ayrton Senna, está confirmado como o companheiro do venezuelano Pastor Maldonado na Williams para a temporada da F-1. A notícia foi oficializada na manhã desta terça-feira e ele substitui o também paulista Rubens Barrichello, 39, que não teve o contrato renovado e continua sem equipe. “Será muito interessante pilotar por uma equipe que teve meu tio como piloto [foi a última de Ayrton, quando morreu em 1994 em um acidente na Itália], particularmente porque algumas pessoas daqui chegaram a trabalhar com ele. Esperamos trazer de volta algumas lembranças e criar outras novas também”, afirmou Bruno.

E completou: “Quero conquistar bons resultados para retribuir o apoio que meu país tem me dado e que me ajudou a conseguir esta vaga. Sou orgulhoso de ser brasileiro e mais motivado do que nunca para mostrar o que posso fazer. Desde que sentei pela primeira vez em um kart, nunca pensei em fazer outra coisa”. Cada vez mais perto da aposentadoria, o que não permitiria o seu vigésimo ano seguido na principal categoria do automobilismo mundial, Barrichello já escreveu em seu perfil no Twitter: “Fala, galeraa…. Pois é, não estarei guiando o carro da Williams este ano… Desejo ao meu amigo @BSenna [Bruno Senna] muita sorte. O futuro está em aberto…”.

Bruno disputou as últimas oito provas de 2011 e conseguiu o sétimo lugar no GP da Bélgica. Os patrocínios que acompanham o piloto, como o do empresário Eike Batista e da Embratel, tiveram peso decisivo para o acerto com os ingleses. (Do Folhaonline)

No terreno das aparências

Por Gerson Nogueira

Há mais de uma semana o mundo do futebol acompanha a emocionante novelinha que envolve Tiago Neves, Flamengo e Fluminense ainda sem chegar a uma conclusão precisa. Impossível saber quem é vilão ou mocinho na história, tal a confusão dos papéis.
Contratações atravessadas e puxadas de tapete configuram uma prática comum entre os clubes brasileiros desde que a primeiro balão de couro chegou por aqui por estudantes ingleses.
Abertura de temporada é período pródigo em rolos dessa natureza. Mas, na transação em torno de Tiago Neves, chama atenção o volume de dinheiro apregoado, algo em torno de R$ 16 milhões, para a liberação do jogador pelo clube árabe que o mantém sob contrato.
Impressiona a desproporção entre o valor pecuniário e a qualidade do futebol. Fala-se nessa pequena fortuna com a naturalidade de quem comenta preços de mercadoria em supermercado.
De passagem vitoriosa pelo Fluminense há alguns anos, o meia-armador fez uma temporada razoável no Flamengo em 2011, mas sem maior brilho. Aliás, apesar da inegável habilidade com a bola nos pés, Tiago Neves está longe de ser astro de primeira grandeza, o que só aguça a curiosidade sobre a visibilidade dada a essa possível pulada de cerca da Gávea para as Laranjeiras. 
Neves é um típico armandinho, como se dizia há até bem pouco tempo. São jogadores que sabem se comportar ali na zona central do campo. Um drible aqui, um passe mais elaborado ali e está aberto o caminho para o sucesso. Quando o cara tem a sorte de contar com um empresário ladino e bem relacionado, aí a coisa vira uma fonte de dinheiro.   
O truque, apesar de mais velho do que a fome, ainda funciona que é uma beleza. Depois de plantar a notícia nos jornais sobre a negociação do Fluminense com os árabes, o representante do jogador saiu imediatamente negando qualquer acordo. Com isso, ganhou visibilidade para o seu atleta, alçado à condição de grande contratação do ano, e ainda atiçou o Flamengo a botar mais dinheiro (que o clube não tem) no balcão.
Para coroar o fim de semana, enquanto os dirigentes dos clubes se esgoelavam falando sobre Neves, este foi inocentemente à CBF “em busca de informações sobre a transferência”. Lá, deixou-se fotografar ao lado de torcedores e desocupados, aproveitando a súbita notoriedade.
Nessa toada, o ardiloso empresário logo, logo planeja outro golpe midiático para encaixar seu pupilo na Seleção Brasileira. É bom não duvidar dessa gente. 
 
 
Djalma Chaves, que morreu ontem aos 65 anos, deixa uma extensa folha de serviços prestados ao futebol do Pará e ao Remo, em particular. Foi vice-presidente da FPF e, apesar do coração azulino, sempre se portou com um senso de responsabilidade raro entre dirigentes do nosso futebol. Advogado e professor, foi sempre uma voz sensata nos embates internos de seu clube e ajudou muitos atletas em fim de carreira. Vai fazer falta. 
 
 
O Paissandu pode até lamentar a ausência da torcida, mas não tem motivos para reclamar de prejuízo na renda do jogo de sábado contra o Cametá. Afinal, o clube incluiu no borderô da partida despesas que os outros times mandantes não contabilizaram e ainda exagerou nos cálculos de outros gastos. Só nas taxas de aluguel do estádio, iluminação, segurança e guarda móvel, o Papão abocanhou cerca de R$ 20 mil, quantia razoável para uma tarde de arquibancadas vazias na Curuzu. 
 
 
Direto do blog
 
“O futebol paraense está em baixa, mas ainda assim consegue botar mais público nos estádios que muitos campeonatos estaduais por aí, os quais só têm público de 2,5 mil pessoas nas finais. Um clássico interiorano que atinge um público de 10 mil na estréia como o Rai-Fran, é algo difícil de ser alcançado até pelo derby de Campinas, que é infinitamente superior a Santarém em tudo. Então, o que está faltando ao Parazão?”.
 
De Luís Antonio, enaltecendo a grandeza da torcida paraense.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 17)