Saiu a escala de arbitragem para a primeira rodada do Parazão. Joelson Silva dos Santos apita Paissandu x Cametá, sábado, às 16h, na Curuzu. Benedito Pinto da Silva comandará S. Raimundo x S. Francisco, sábado em Santarém, às 19h. Marco Antonio Mendonça será o árbitro de Independente x Tuna, sábado, às 19h30, em Tucuruí. E Joelson Cardoso será o mediador de Remo x Águia, domingo, às 9h45, no estádio Baenão.
Dia: 10 de janeiro de 2012
Banpará firma convênio com clubes
O Banpará e o Independente Atlético Clube assinaram nesta segunda-feira termo de compromisso que garante a concessão de patrocínio esportivo ao clube durante o ano de 2012. A assinatura ocorreu durante audiência com o governador do Estado em exercício, Helenilson Pontes, que também é presidente do Conselho Administrativo do Banpará. Participaram da assinatura também o dirigente Augusto Sérgio Amorim (Banpará), o presidente do clube Independente, Wanderley Santos, e o presidente da Federação Paraense de Futebol, Antônio Carlos Lima. O Cametá, e a Tuna também assinam o termo de patrocínio do banco, nesta terça-feira.
Remo, Paissandu, Águia de Marabá, São Raimundo e São Francisco fazem parte da lista dos clubes contemplados com o convênio. O incentivo tem como objetivo proporcionar a melhoria da infra-estrutura dos clubes e das condições de treinamento dos atletas, que assim poderão ter melhores resultados nas competições de 2012.
Adeus a um grande amigo
Daqui a pouco, irei cumprir o doloroso dever de me despedir de um grande e velho amigo. Morreu nesta terça-feira o jornalista Hamilton Pinheiro, veterano das redações de Belém e com longa folha de bons serviços prestados à Rádio Cultura. Alvinegro e remista, HP era figura estimadíssima no meio das comunicações do Estado pela simpatia natural, competência e grande caráter.
Trabalhamos juntos nos idos de 1988 no jornalismo da TV Cultura. Anos depois, tive o prazer de contratá-lo para chefiar a reportagem da TV RBA, a quem dedicou talento e experiência com grandes resultados para o nosso time. Ultimamente, estava apenas na sua querida Rádio Cultura, entregando-se à sua maior vocação: garimpar notícias.
“Prossiga, comandante…” era a frase clássica de HP sempre que reencontrava um amigo. No Twitter, onde marcava presença todos os dias, trocávamos ideias, impressões e piadas inconsequentes. No fim da tarde, postava uma frase que me tocava muito: “São 18h, você sabe onde seus filhos estão agora?”. Manifestação própria de um homem cristão e apaixonado por sua família, cujos descendentes diretos também tenho o prazer de conhecer e conviver, como meu amigo Hamilton Filho, gerente de Circulação do DIÁRIO e a quem encaminho meus votos de conforto e solidariedade neste duro momento.
Que o bravo comandante HP descanse em paz!
Capa do DIÁRIO, edição de terça-feira, 10
Privilégio e admiração
Por Gerson Nogueira
A cada nova glória, vem aquela sensação de que ainda iremos ouvir falar muito desse pequenino Lionel Messi, maior craque surgido no planeta nos últimos dez anos. Não há muito o que fazer. Desde Maradona, Platini, Romário, Zidane e Ronaldo, o futebol não conseguia tamanha unanimidade em torno de um jogador.
Exatamente como acontecia com Maradona, há uma tendência brazuca de negar méritos a Messi pelo simples fato de que nasceu na Argentina. Fosse ele francês ou italiano, certamente a aceitação seria tranqüila. Com três prêmios consecutivos de melhor jogador do mundo, façanha só obtida por Michel Platini, o atacante avança velozmente para a consagração absoluta.
No fundo, o que mais incomoda à torcida brasileira é a convicção de que não há um produto nacional que se possa contrapor ao astro argentino. Historicamente, sempre havia um craque para comparar com o similar deles. Quando eles tinham Di Stéfano no auge da forma, apareceu simplesmente Pelé. Veio Maradona e tínhamos Romário. Em seguida, Batistuta foi eclipsado pelo fenômeno Ronaldo.
Com a safra paupérrima atual, ninguém é páreo para o craque do Barcelona. Neymar é talentoso, sabe fazer gols belíssimos, mas é uma promessa. As últimas dúvidas que restavam a esse respeito foram fulminadas pelo excepcional show de Messi em dezembro no Japão, quando ajudou a humilhar o Santos campeão sul-americano, com sérios abalos para o orgulho nacional boleiro.
Ainda na África do Sul, na Copa que teve argentinos e brasileiros morrendo abraçados nas quartas-de-final, era possível prever a evolução natural de Messi. Contra mexicanos e sul-coreanos, ele só não fez chover. Foi fundamental para os triunfos da seleção alviceleste, apesar da sistemática má vontade dos críticos de seu próprio país.
Nas conversas com os jornalistas argentinos era recorrente a queixa quanto à instabilidade do craque a serviço da Argentina. A comparação com suas impecáveis aparições pelo Barça já era a principal crítica a marcar sua carreira. Seus detratores seguem batendo nessa tecla para enfatizar que ainda não pode ser reconhecido como gênio indiscutível.
Pura implicância. Messi é vítima do freqüente desentrosamento de sua seleção, recheada de “estrangeiros”, como todas as equipes de primeira linha do futebol mundial. Fato agravado pelo fato de que, cercado de fabulosos parceiros no Barcelona, tem no escrete a companhia de pouquíssimos jogadores de fato excepcionais.
Como admirador dos artistas da bola, vejo sempre com renovado prazer os jogos de Messi, seja no clube ou na seleção. Nem todas as gerações têm a ventura de acompanhar o nascimento e o apogeu de um astro fora-de-série. O destino tem nos permitido isso. É um privilégio. Aproveitemos.
Típico representante da leva de jogadores paraenses que não passa pelos clubes da capital, Paulo Rodrigues, atacante surgido no Vitória (BA) e que defendia o Pribram da República Tcheca, morreu tragicamente no último dia 2, vítima de acidente de carro numa estrada às proximidades de Praga. Apesar de desconhecido do torcedor paraense, o artilheiro estava desde 2007 no futebol tcheco. Nascido em Ipixuna do Pará, Paulo desfrutava de certo prestígio na primeira divisão do país e também ensaiava passos fora das quatro linhas, chegando a atuar como modelo para diversas publicações.
Direto do blog
“Sobre a derrota do Remo para o Vasco na Copa SP, algumas considerações. Não existe toque de bola, sempre é ligação direta, apostando na velocidade de Jaime e Reis, bons valores. Além destes, só se salvaram o Alex Juan, o Walace e o Naldo, o que convenhamos neste momento sombrio do futebol paraense já está de bom tamanho. Contudo, a formação dos garotos está muito equivocada. O goleiro já pensa no chutão e quando alguém do meio para frente pega na bola, primeiro arranca e depois pensa em tocar para um companheiro melhor posicionado. Se não corrigir isto na base nunca conseguiremos aproveitar esses garotos no profissional”.
De Allan Silva, apontando pontos positivos e negativos do sub-18 do Remo.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 10)