Pensata: Tolerância social zero

Por Kennedy Alencar, da Folha SP

A vocação do PSDB para se distanciar do povo parece não ter limite. No seu partido, os tucanos paulistas são os campeões de insensibilidade social. FHC chegou aonde chegou porque resolveu um problema concreto do povo: a alta inflação. Os mais pobres eram os que mais sofriam. O reconhecimento aconteceu em duas eleições presidenciais vencidas no primeiro turno.

No governo, porém, FHC deu espaço tímido aos que lhe pediam programas sociais mais amplos, como Vilmar Faria e Ruth Cardoso. Com muito esforço, nasceram programas de assistência social que se tornaram o embrião do projeto que seria massificado na gestão Luiz Inácio Lula da Silva.

Faz pouco tempo que o PSDB e seus aliados tradicionais abandonaram o discurso contra o Bolsa Família. Os tucanos entenderam que valia muito mais a pena brigar pela paternidade de programas sociais hoje elogiados no mundo inteiro.

O governo de São Paulo tem entendido bons resultados na segurança pública como uma aval para praticar a tolerância social zero. Na administração do cordial Geraldo Alckmin, houve violência policial exagerada contra estudantes, ação desastrada da PM na cracolândia paulistana, dirigente da CDHU culpando moradores pelos defeitos de habitações populares e um atentado contra os direitos humanos no Pinheirinho.

Não são casos isolados. Refletem uma visão conservadora, de direita, que enxerga a questão social como caso de polícia. O Brasil até precisa de uma partido de direita, desde que não seja uma direita obscurantista, golpista e autoritária como tivemos antes e durante a ditadura militar de 1964. Para ser uma alternativa de poder competitiva, o PSDB precisa de um banho de povo.

Time: Messi pode ser o melhor de todos os tempos

Lionel Messi, 24, eleito o melhor jogador do mundo pela terceira vez seguida em eleição da Fifa no último dia 9, estampa a capa da revista norte-americana “Time”, a publicação semanal mais famosa do planeta. Sob o título “King Leo” (“Rei Leo”, tendo como referência também o filme “O Rei Leão”), a revista estampa: “Lionel Messi é o melhor jogador de futebol do mundo – possivelmente de todos os tempos. Então, por que os seus compatriotas não o amam?”.

O craque argentino está na capa das versões Europa, Ásia e Pacífico-Sul da “Time” – a exceção foi a dos Estados Unidos -, e a situação acontece em meio ao reinício das discussões entre Pelé e Maradona sobre quem foi o melhor da história. Há uma semana, em entrevista ao jornal francês “Le Monde”, o ex-jogador brasileiro disse que o atacante do Barcelona é o seu jogador favorito hoje, mas que nunca vai nascer “outro Pelé”. “Quando Messi tiver marcado 1.283 gols e ganhado três Copas, conversamos”, afirmou o ídolo de Santos e seleção.

Dias depois, Maradona provocou o brasileiro ao falar sobre sua idade. “Parece que a idade influi em algumas de suas decisões”, disse o argentino no sábado. “Mas a culpa não é toda dele. Já são 20 anos que ele não faz nada. Não o vemos nem no supermercado”, afirmou Maradona, para então emendar outra provocação. “O único lugar em que possamos vê-lo é quando a Fifa o presenteia com algum prêmio, e ele parece um boneco de controle remoto”, concluiu. (Com informações da Folha de SP)

Santos esnoba oferta por PH Ganso

A proposta do Porto para contratar o meia paraense Paulo Henrique Ganso – classificada como cômica pelo presidente do clube da Vila, Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro – era de € 8 milhões (R$ 18,3 milhões). É o que informa a reportagem de Leonardo Lourenço, publicada pela Folha de SP neste sábado. O contrato do Ganso com o Santos é até fevereiro de 2015. A multa está estipulada em € 50 milhões (R$ 114 milhões).

Águia derrota S. Francisco e volta ao G-4

Com uma vitória de 3 a 1 sobre o São Francisco, na manhã deste sábado no estádio do Souza, a Tuna se reabilitou no Campeonato Paraense assumindo a quarta colocação na tabela de classificação, com 6 pontos. O meia André Mensalão abriu o placar aos 25 minutos do 1º tempo, marcando para a Lusa. Aos 29, o zagueiro Bruno Oliveira escorou para as redes um chute disparado pelo lateral-direito Sinésio. O São Francisco descontou aos 29 minutos da segunda etapa, através de Balão Marabá, cobrando falta com perfeição. Com o placar apertado, o jogo ficou muito equilibrado e o Leão santareno passou a pressionar perigosamente em busca do empate. A Tuna tinha um jogador a menos, pois o volante Ilaílson havia sido expulso aos 5 minutos do 2º tempo. Aos 35 minutos, porém, veio o gol que tranquilizou a Tuna e assegurou a vitória. E veio através do veterano centroavante Fábio Oliveira, que já marcou duas vezes em dois jogos com a camisa cruzmaltina. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)