Messi é melhor do mundo pela terceira vez

Lionel Messi fez valer o favoritismo e levou pela terceira vez o prêmio de melhor do mundo, em 2011, nesta segunda-feira, em Zurique, na Suíça. O atacante brasileiro Neymar terminou em décimo lugar. Mais do que o tri, o argentino conquistou no ano o título de celebridade extracampo e se transformou em figura muito mais influente mundo afora. Ganhou mais holofotes que Cristiano Ronaldo e Xavi, os outros finalistas do prêmio que foi entregue hoje na Suíça.

Segundo a Fifa, os votos vieram de técnicos (33%) e capitães (33%) das seleções nacionais e de jornalistas (33%). Messi terminou com 47,88% dos votos, sendo 16,03% dos técnicos, 14,45% dos capitães e 17,40% da imprensa. Cristiano Ronaldo, o segundo, teve 21,60% dos votos (6,84% dos técnicos, 7,46% dos capitães e 7,31% da imprensa). Xavi acabou em em terceiro com 9,23% dos votos (3,02% dos técnicos, 3,46% dos capitães e 2,75% da imprensa). (Do Folhaonline)

Messi se aproxima da consagração absoluta

Da Folha de SP

Poucos foram os jogadores que criaram uma dinastia no topo do futebol. Messi, aos 24 anos, prepara-se para consolidar a maior de todas elas. Só Cruyff, Platini, Ronaldo, Van Basten e Zidane foram premiados três vezes com nobres prêmios que os elegeram os melhores de uma temporada. Desses, só Platini conseguiu triunfar por três anos seguidos, uma série a ser igualada nesta segunda-feira por Messi. Pelé e Maradona, que brigam historicamente pelo trono absoluto do futebol, não tiveram como vencer nem a Bola de Ouro, que até 1995 era restrita a europeus, nem o prêmio da Fifa, que nasceu apenas em 1991, quando Maradona já vivia a decadência.

Nas últimas duas décadas não houve um tri melhor do mundo genuíno. Ronaldo e Zidane tiveram carreiras brilhantes e um tanto quanto acidentadas, com baixos. Até por isso se alternaram muito como melhores do mundo. Messi, que jogou neste domingo no empate por 1 a 1 entre Barcelona e Espanyol, tem despertado cada vez mais comparações com os melhores de todos os tempos. Di Stéfano, argentino que foi o maior ídolo do Real Madrid, reinou no início da Copa dos Campeões e ganhou duas vezes, em anos alternados, a Bola de Ouro.

Pelé teve muitos de seus melhores anos atrelados a conquistas de Mundiais (1958, 1962 e 1970). Como o “Rei” não atuou na Europa, há quem relativize no exterior a soberania dele no futebol. O auge de Maradona, entre 1986 e 1990, talvez lhe rendesse três prêmios de melhor do mundo, mas não estaria muito à frente do que Messi estará a partir de hoje no futebol. O craque do Barcelona, aliás, é o único que venceu o prêmio de melhor do mundo desde que Bola de Ouro e Fifa fizeram uma fusão. Até 2010, não raro ele sofria algum tipo de contestação. Messi, com personalidade discreta e atitude humilde, pouco entra em polêmicas e não se põe como um grande da história. Mas a história está o colocando em lugar com que grandes nem sonharam.

Cuidado com La Pulga!

Torcedor dá pouca importância à Olimpíada

Por Mariana Bastos, da Folha de SP

Uma eventual medalha ouro conquistada pelo nadador Cesar Cielo na Olimpíada de Londres, que começará daqui a 200 dias, fará com que aumente seu orgulho pelo país? Para metade dos brasileiros, a resposta é não ou quase nada. Pelo menos foi isso o que revelou pesquisa encomendada pela rede britânica BBC, divulgada na última semana. Entre os 21 países consultados, o Brasil, mesmo sendo a sede dos Jogos de 2016, aparece em segundo lugar entre os que mais desdenham da Olimpíada como fator de motivação do orgulho nacional. Só os alemães tiveram um índice maior: 59% creem que ganhar medalhas na Olimpíada impacta nada ou quase nada no amor pelo país.

Os britânicos, que sediarão os próximos Jogos, ficaram logo atrás dos brasileiros. Uma provável medalha em Londres-2012 do prodígio dos saltos ornamentais Tom Daley, por exemplo, só deve aumentar o orgulho nacional de 48% dos britânicos. “Estes resultados foram surpreendentes, sugerindo uma falta de entusiasmo olímpico por parte do público que financiará os dois próximos Jogos”, disse à Folha Doug Miller, presidente da GlobeScan, empresa que coordenou a pesquisa.

Curiosamente, os quatro países – a França é o quarto – que lideram a lista de “menos entusiasmados” com a Olimpíada já conquistaram ao menos uma Copa do Mundo. “Se a pergunta fosse sobre a Copa do Mundo, esperaríamos uma proporção muito maior de brasileiros dizendo que [o desempenho da seleção] afeta seu orgulho nacional”, acrescentou Miller. Entre as maiores potências do esporte olímpico, há resultados divergentes. A China, que liderou o quadro de medalhas em Pequim-2008, é um dos países que mais valoriza o desempenho olímpico: 82% dos chineses dizem que isso afeta o orgulho nacional. Já nos EUA, que perderam a supremacia na última Olimpíada, a proporção de pessoas que associam medalhas olímpicas ao orgulho pelo país é muito menor – 46%. É o quinto país entre os menos entusiasmados da lista.

Os mais orgulhosos de seu país a cada medalha olímpica conquistada são os quenianos. Mais de 90% dos consultados no Quênia disseram que os pódios obtidos por seus atletas inflam o sentimento de identificação com o país. O Quênia, reconhecido por ser uma potência do atletismo, encerrou os Jogos de Pequim em 15º, oito posições à frente do Brasil. As cinco medalhas de ouro, cinco de prata e quatro de bronze foram conquistadas todas em provas de média ou longa distância. A GlobeScan entrevistou mais de 21 mil pessoas entre os dias 3 de julho e 8 de setembro de 2011. A margem de erro varia de 2 a 4,4 pontos percentuais.

ENTUSIASMO NORDESTINO

A pesquisa no Brasil foi feita com 806 pessoas de nove capitais: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio, Salvador e São Paulo. Na média nacional, 38% disseram sentir muito orgulho de ser brasileiro quando há conquistas na Olimpíada, 10% afirmam que sentem um pouco de orgulho, 24% dizem não sentir quase nada e 26% não associam medalhas ao sentimento de identidade. Segundo Fábian Echegaray, diretor da Market Analisys, empresa que conduziu a pesquisa no país, as cidades nordestinas foram as que mais associaram feitos olímpicos ao orgulho nacional. O maior índice foi registrado em Recife. Para 53% dos habitantes da capital pernambucana, medalhas aumentam muito o orgulho de ser brasileiro. A média nacional é 38%. “No Nordeste, há muito mais patriotismo esportivo. Pela pesquisa, o nordestino é muito mais sensível a sentir orgulho de ser brasileiro quando a coisa vai bem no campo esportivo”, comenta Echegaray.

Fujam para as montanhas!

O músico baiano Carlinhos Brown promete lançar um “disco de Copa” para o Mundial de 2014 a ser realizado no Brasil. “Estamos com oito músicas prontas. Vamos lançar um ano antes, em 2013, senão ninguém vai saber as músicas quando a Copa chegar”, ameaça o agitadíssimo presepeiro baiano. 

Te contar…

Equilíbrio nos amistosos

Por Gerson Nogueira

Caso se tome como referência os amistosos finais de preparação dos disputantes do Parazão, está mantida a previsão de equilíbrio para as primeiras rodadas. Seis dos times venceram seus jogos. Águia, Independente, Paissandu e Remo golearam. São Francisco e São Raimundo passaram com alguma dificuldade nos testes. E o Cametá tropeçou dentro de casa. 
Na Curuzu, mesmo contra um adversário pouco qualificado (o Independente, da Marambaia), o novo Paissandu mostrou qualidades e alguns destaques individuais. A velocidade, imposta por Bartola e Héliton, é a mais óbvia dessas virtudes. Com facilidade, envolveu o Independente e chegou a 6 a 0 em ritmo de treino.
Leandrinho foi lançado na lateral-direita, com bom aproveitamento. Djalma, Neto e Robinho formam um meio-de-campo ágil, com fortes características ofensivas. Pode até não ser a formação definitiva, mas já permite esperanças ao torcedor quanto a um renascimento da equipe.

Em Barcarena, o Remo ensaiou no mesmo horário da partida de estréia contra o Águia, marcada para o próximo domingo. Sob o sol forte da manhã, ao longo de duas horas, o técnico Sinomar Naves testou diferentes formações, mas ficou evidente que o meio-de-campo é o setor que mais necessita de ajustes e a defesa inspira cuidados.
Marciano estreou discretamente, mas Joãozinho e Rodrigo Aires tiveram boa movimentação, com destaque para o excelente aproveitamento do primeiro nos lances de contra-ataque. Bruno Oliveira, artilheiro no período de preparação no interior, também apareceu bem, aparecendo como boa opção para compor o elenco.
O Independente treinou no sábado, contra um adversário pouco credenciado, mas obteve uma vitória sem problemas. Ró, que volta ao clube após má passagem pelo Remo, fez gol e deixa a impressão de que só se sente à vontade em Tucuruí. Vai depender, porém, da afinação da meia-cancha formada por Gian e Marçal.
Um atacante desconhecido, o garoto Johnny, foi a principal novidade do Águia na categórica goleada sobre um combinado marabaense. Além dele, a dupla Branco-Sató (ex-São Raimundo) destacou-se pelo entrosamento. Forte na marcação, o time de João Galvão terá neste campeonato um ataque capaz de boas variações. Vai dar trabalho.
Por fim, o Cametá não conseguiu superar a seleção de Baião e Mocajuba. O placar nem sempre é o aspecto mais significativo em amistosos dessa natureza, mas a equipe de Cacaio evidencia sérios na defesa e ainda requer ajustes para o primeiro turno. (Foto: JANDUARI SIMÕES/DIÁRIO)          
 
 
A garotada sub-18 do Remo fez jogo duro contra o Vasco, mas perdeu a segunda partida consecutiva na Copa São Paulo e ficou sem chances de classificação. Pela expectativa criada, o saldo da campanha é decepcionante, embora seja indiscutível a qualidade da safra. Mas, pela boa participação anterior, esperava-se bem mais do grupo atual. Grande parte dos garotos passou o semestre sob o comando direto do técnico Sinomar Naves, participando de amistosos do time profissional.
Ontem, os atacantes Jaime e Reis tiveram boa atuação, exibindo muita habilidade. Pareciam desembaraçados e receberam elogios dos analistas ao longo da transmissão. De maneira geral, porém, o time fraquejou na defesa e se ressentiu da má estréia diante do Taubaté. 
 
 
O goleiro Ronaldo, depois de quatro anos rodando pelo Brasil, voltou ao Paissandu na condição de ponto de referência por ser um dos mais experientes do grupo atual. No Bola na Torre, mostrou-se otimista quanto ao processo de renovação do time e elogiou os garotos que viu em ação no amistoso de ontem.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 09)