Perguntinha do dia

Dos técnicos cogitados para comandar o Paissandu no Campeonato Paraense, qual é o mais indicado para a missão: Andrade, Samuel Cândido ou Charles Guerreiro?

Piquet velho de guerra

Para celebrar os 30 anos do seu primeiro título, o tricampeão mundial (1981-83-87) Nelson Piquet deu algumas voltas no circuito com o antigo Brabham-81. Mostrando que continua irreverente como nos tempos de piloto, na última volta ele pegou uma bandeira do Vasco, seu time do coração, e agitou para a torcida paulistana.

“Não deu para escutar de dentro do carro, mas acho que fui vaiado”, brincou o ex-piloto, que apesar de alguns apupos de corintianos, foi muito aplaudido pelo público em geral. Aos 59 anos, Piquet não escondeu a emoção de voltar ao cockpit de um F-1 20 anos após sua aposentadoria da categoria. “Cinco dos meus sete filhos vieram aqui para me ver correr. Eles nunca tinha me visto num F-1”, comentou Piquet. (Com informações do Globo On-Line)

Coluna: O desafio tunante

Por antecipação, como convém aos grandes, a Tuna garantiu ontem sua volta à elite do futebol paraense. O time que venceu o Castanhal e conquistou 14 pontos em 18 disputados obviamente dá para o gasto, mas terá que ser reforçado para a fase principal do Parazão. Mesmo com as dificuldades financeiras vividas pelo clube, Samuel Cândido conseguiu trazer bons jogadores e deu um formato competitivo à equipe, mas sabe que o elenco é limitado para o torneio principal.
Ao final da partida, enquanto torcedores e dirigentes comemoravam o feito, veio do técnico a análise mais realista da situação. Samuel aproveitou para lembrar a necessidade de união das correntes políticas do clube – que passará por nova eleição nas próximas semanas – em torno do objetivo de dar à Tuna condições de permanecer na primeira divisão.
Apelou à colônia lusitana para que apóie o centenário clube de maneira ainda mais efetiva e volte a participar de sua gestão. O exemplo da Portuguesa de Desportos, campeã da Segunda Divisão e classificada para a Série A 2012, foi usado pelo treinador para conclamar os cruzmaltinos a ajudarem a Tuna a readquirir o poderio técnico que sempre teve.
Na verdade, um clube que se tornou referência na formação de jogadores desde sua fundação não pode depender de refugos de outras equipes para sobreviver. Ao longo da última década, a Tuna foi perdendo essa característica, aparentemente cansada de revelar atletas que acabavam ganhando outra destinação sem que o clube pudesse lucrar com eles.
Por sorte, a presença de Samuel no Souza, ele mesmo um ex-jogador do clube, coincide com a retomada das divisões de base da Lusa, movimento impulsionado pelo trabalho de nomes como Antenor e Bosco. Caso consiga estabelecer um vínculo entre as categorias de formação e o elenco profissional, logo a Tuna poderá vir a se beneficiar, tanto no aproveitamento de bons valores como na negociação com outros clubes.
Antes, porém, terá que montar um bom elenco para o campeonato que começa em janeiro. O tempo é curto, a grana também, mas a presença de um técnico comprometido com o projeto é o primeiro passo para uma boa campanha. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

 
 
O gol vascaíno no apagar das luzes do clássico contra o Fluminense adiou para a rodada final a decisão do Campeonato Brasileiro. Sem dúvida, um prêmio para a edição mais equilibrada de todas, desde que o sistema de pontos corridos foi adotado.
Depois da vitória sobre o Figueirense, o Corinthians permanece favoritíssimo, precisando apenas do empate para festejar o título. O problema é que terá pela proa o Palmeiras, seu mais tinhoso adversário. Clássicos, como se sabe, não costumam ter favoritos destacados.
Acontece que o Vasco terá batalha ainda mais terrível, contra o rival Flamengo, empenhado em garantir participação na Libertadores. Que a arbitragem (horrível no clássico Vasco x Flu) não atrapalhe a emoção das torcidas no próximo domingo.   
 
 
Direto do blog

“O paraense gosta de teorias conspiratórias, especialmente com essa síndrome de perseguição construída por nossas elites. Ultimamente, as teorias conspiratórias têm rondado em demasia os torcedores do PSC. Perdem pro Remo e a culpa já foi até de S. Pedro. Perdem o acesso à Série B e a causa sempre é ligada à falta de pagamento ou coisas do gênero. Nunca é pela incompetência. O Pará está precisando sair do divã.”

Por Cássio de Andrade, desvendando a alma boleira do paraense.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 28)

A última jogada de Ricardo Teixeira

Por Juca Kfouri

Olhe bem para esta foto.

Ela foi tirada na última terça-feira, por ocasião do jantar que o empresário José Victor Oliva (em pé, no meio, careca) ofereceu ao narrador Galvão Bueno, ao seu lado, taça de vinho na mão. Note bem quem é a figura poderosa da imagem, o que está cercado pelos demais, no centro de tudo. Sim, é ele, Andrés Sanchez, o ainda presidente do Corinthians, anunciado ontem como novo diretor de seleções da CBF. Nos extremos opostos, à esquerda, o também empresário José Hawilla, e o cartola Ricardo Teixeira, uma relação que já foi sólida e que hoje quase que apenas mantém as aparências, tantos foram os tombos recentes sofridos pelo dono da Traffic.

Mas o essencial é mostrar como Teixeira aparece como coadjuvante, ao lado de Ronaldo Fenômeno, para entender o noticiário mais recente, que dá conta, também, de um convite do presidente da CBF e do COL para que o ex-jogador assuma o papel que Michel Platini fez na Copa da França e Franz Beckembauer desempenhou na Copa da Alemanha, como está na coluna Panorama Esportivo, de O Globo, de ontem.

Teixeira andava isolado a tal ponto que o deputado Romário o humilhou na Câmara dos Deputados e quase não houve reação da bancada da bola. A Fifa até quis entregar sua cabeça a Dilma Rousseff que preferiu deixar o problema com a Fifa. Externamente, Teixeira buscou os apoios de Jack Warner, da Concacaf, de Nicolás Leoz, da Conmebol, de Julio Grondona, da AFA e do quatari que a Fifa baniu, Bin Hammam, o homem que separou definitivamente Joseph Blatter de Teixeira.

E internamente, ao buscar sair dos holofotes, Teixeira, para voltar a ser o homem das sombras, das articulações de bastidores, chamou Sanchez para a CBF e Ronaldo para o COL. E não há de ter sido à toa que disse, assim que tornou pública a contratação de Sanchez,  diante dos jornalistas, que era preciso telefonar para Lula para contar a novidade.

Ele sabe que ninguém que tenha a simpatia de Lula estará isolado no Brasil.

Classificação da primeira fase do campeonato

POS TIMES PG J V E D GP GC SG AP
CHAVE ÚNICA
Tuna Luso-PA 14 6 4 2 0 12 5 7 77.8
São Francisco-PA 10 5 3 1 1 7 4 3 66.7
Bragantino-PA 10 6 3 1 2 9 8 1 55.6
Parauapebas-PA 8 6 2 2 2 8 8 0 44.4
Castanhal-PA 7 6 2 1 3 11 11 0 38.9
Abaeté-PA 7 6 2 1 3 6 9 -3 38.9
Ananindeua-PA 6 6 2 0 4 7 7 0 33.3
Sport Belém-PA 3 5 1 0 4 4 12 -8 20.0

Tuna vence e garante vaga no Parazão 2012

Com a vitória de 3 a 1 sobre o Castanhal, na manhã deste domingo no estádio do Souza, a Tuna conquistou por antecipação o acesso à fase principal do Campeonato Paraense 2012. Com 14 pontos, a Lusa garantiu pelo menos o segundo lugar da primeira fase. Os gols cruzmaltinos foram marcados por Rubran, de cabeça, aos 36 minutos do primeiro tempo; Fitti, também de cabeça, a 1 minuto do segundo tempo e Cassiano, aos 41 minutos. Hélcio descontou para o Japiim aos 40 minutos da etapa final. Principal destaque na Tuna foi o goleiro Alan, fazendo três grandes defesas no segundo tempo, quando o Castanhal pressionou desesperadamente.

No sábado à tarde, o Abaeté foi derrotado em casa pelo Bragantino, por 2 a 1. Juba, de cabeça, abriu o placar para o Bragantino aos 33 minutos do primeiro tempo. Rodriguinho empatou aos 7 do segundo tempo. E Fabinho, aos 39, deu a vitória ao Braga. A torcida abaetetubense se revoltou com o goleiro Miro, apontado como culpado pela derrota, e tentou agredi-lo ainda no gramado. Até o começo da tarde, o guardião estava foragido.

Na tarde deste domingo, em Parauapebas, a equipe local derrotou o Ananindeua por 3 a 1. Del Curuçá fez 1 a 0 para a Tartaruga, aos 28 minutos do 1º tempo. Dez minutos depois, Alexandre empatou. No segundo tempo, Flamel virou para o Parauapebas. E, aos 22, cobrando pênalti, o mesmo Flamel ampliaria para 3 a 1.

A rodada será complementada na próxima quarta-feira, às 15h30, na Curuzu, com o jogo Sport Belém x São Francisco. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

A frase do dia

“Os juízes do Brasileirão já sabiam da amizade de Andrés Sanchez com Ricardo Teixeira. Agora, com o corintiano prestes a virar diretor da CBF, a pressão sobre a arbitragem ganha ares de oficial. Quem vai correr o risco de errar contra o time de um diretor da CBF nas duas rodadas decisivas do Brasileirāo? Isso não quer dizer que o Corinthians será favorecido. Significa que os árbitros enfrentarão uma pressão extra. Seja para não errar contra o time de Andrés ou para mostrar não ter medo.”

De Ricardo Perrone, no UOL Esporte

Coluna: Velhos e novos amores

Volta e meia surgem reações ao fato de paraenses manifestarem predileção por clubes do Sul ou Sudeste. No domingo passado, enquanto o Paissandu afundava em Goianinha boa parte dos torcedores de Belém, incluindo bicolores, concentrava suas atenções nos clássicos da Primeira Divisão exibidos pela TV, o que gerou críticas dos mais tradicionalistas. Há nesse posicionamento de negação da paixão por clubes de outros Estados um ranço natural de ressentimento em face da posição cada vez mais desimportante dos nossos clubes nas competições de âmbito nacional.
Não é de hoje que o torcedor avalia que a CBF e os próprios grandes clubes brasileiros conspiram contra os da parte de cima do mapa. Não se pode negar que a má vontade exista. Muitos jogadores (Romário e Edmundo à frente) chegaram a admitir que não gostavam dos longos deslocamentos até as cidades nortistas e davam sempre um jeito de providenciar uma suspensão ou simular lesões para não vir jogar aqui.
Ao mesmo tempo, malvada que nem o Pica-Pau dos desenhos, dona CBF nunca escondeu que prefere campeonatos menos dispendiosos e todos sabem o quanto as passagens aéreas pesam nas despesas dos torneios. É preciso entender que essa pré-disposição contra o rincão nortista contou com a decisiva colaboração dos nossos representantes, que jamais conseguiram se firmar nas competições de primeira linha – Brasileiro da Série A e Copa do Brasil. O Paissandu ainda conseguiu se equilibrar na elite, entre 2002 e 2005, mas depois disso despencou em queda livre até se consolidar como membro fixo da Série C nos últimos cinco anos. O Remo, nem divisão tem mais.   
A presença cada vez mais fugidia dos clubes locais nas competições importantes acabou por estimular uma geração de torcedores a se afeiçoar por bandeiras de outras regiões. Fenômeno parecido com a forte torcida surgida no Pará (e em toda a Amazônia) pelos clubes do Rio de Janeiro ao longo dos anos 50 e 60, em face da inexistência de campeonatos de âmbito nacional e pela extraordinária influência exercida pelas emissoras cariocas de rádio e TV. Por isso mesmo, apesar do crescente avanço do futebol paulista, persiste até hoje por aqui uma considerável parcela de adeptos dos quatro grandes clubes do Rio.
As situações são parecidas porque hoje é praticamente como se não houvesse um campeonato brasileiro, pois os representantes da torcida paraense estão fora de combate. Diante disso, é compreensível que o fã de futebol se dedique a um segundo clube de coração. Em casos mais radicais, o torcedor optou por uma agremiação carioca, paulista, mineira ou gaúcha por não se identificar com nenhum dos tradicionais clubes paraenses. Com as transmissões de todos os jogos – nas emissoras de TV a cabo -, a tendência é que essa predileção aumente ainda mais, alimentada pela continuada crise do futebol papachibé.
A questão é de natureza quase filosófica: não há lugar vazio, apenas espaço a ser ocupado. Sem correspondência ao afeto que sempre destinou a Remo e Paissandu, o torcedor parte para compensar as dores do amor, ocupando seu coração com outras cores. Felizmente, ainda há gente disposta a empunhar a bandeira da resistência e é dessa força que os velhos titãs regionais devem se nutrir para sacudir a poeira e dar a volta por cima. O que não impede que, logo mais, todos estejam de olhos postos na rodada decisiva do campeonato mais equilibrado (e imprevisível) do mundo. A vida ensina que, para o bem ou para o mal, nada é tão definitivo assim.
 
 
É fato indiscutível que o laurel máximo da temporada caminha aceleradamente em direção aos braços do Corinthians. Aos trancos e barrancos, sabe Deus como, o time de Tite se mantém desde as primeiras rodadas entre os ponteiros da competição. Ao mesmo tempo, ventos políticos inflam ainda mais a nau mosqueteira. Depois da notícia de que toda a premiação (R$ 8,5 milhões) pelo título será rateada entre os jogadores e a comissão técnica, a CBF coroou a semana nomeando Andrés Sanchez para a Diretoria de Seleções. Diante disso, não falta quase nada para que a festa de encerramento da temporada tenha o hino corintiano como trilha sonora. Apesar dos jogos restantes, pode-se dizer que só uma verdadeira hecatombe poderia tirar a taça do Parque São Jorge. 

 

A respeito de nota publicada no domingo passado, criticando a punição aplicada ao companheiro Ronaldo Porto, recebo atencioso esclarecimento do presidente em exercício da Comissão Disciplinar da Assembleia Paraense, Flávio Freire. Em nome da CD, ele explica que “a penalidade aplicada ao mesmo foi de acordo com o regulamento do Campeonato Interno de Futebol, elaborado pelos clubes disputantes” e de pleno conhecimento do próprio associado.
 
 
O volante Vânderson, confirmado para a temporada 2012 no Paissandu, é o convidado especial do Bola na Torre (RBATV) de hoje, às 21h. Guerreiro no comando.
 
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 27) 

Nove títulos mundiais em torno de uma boa prosa

Nelson Piquet chegou bem humorado ao circuito de Interlagos na manhã deste sábado, véspera do GP do Brasil de Fórmula 1. O tricampeão mundial será homenageado pelos 30 anos do primeiro título mundial, em 1981 – o brasileiro dará quatro voltas na pista com a Brabham que utilizou naquele ano. “É muito bom voltar a guiar este carro. Bom até para os meus filhos que não me viram correr. Este foi o carro mais fácil de guiar entre todos os que eu tive nos anos em que fui campeão mundial”, afirmou o piloto em entrevista à Rádio Estadão/ESPN. Piquet estava acompanhado dos filhos Nelsinho – ex-piloto de Fórmula 1 – e Pedro, que dá os primeiros passos da carreira no kart. “Eu não vi meu pai correndo direito, então será a primeira vez. Vai ser bem interessante”, disse Nelsinho, atualmente Nascar.O mais jovem piloto da família, Pedro Piquet, brincou com a situação. “Vai ser muito legal ver meu pai correndo de Fórmula 1. Mas ele não treina já tem uns 30 anos.” Depois de desfilar com a família, Nelson Piquet protagonizou um encontro épico com outros dois tricampeões: o escocês Jackie Stewart e o austríaco Niki Lauda. Eles conversaram em inglês durante cerca de dez minutos, dando boas risadas. (Da ESPN)

Que saudades dessas feras em ação… Bons tempos da F-1 de verdade. 

Remo vence em Ponta de Pedras

O Remo derrotou o Acadêmicos de Ponta de Pedras, na noite desta sexta-feira, por 3 a 0. Um bom público compareceu ao estádio municipal para prestigiar o amistoso. O primeiro gol foi de Aldivan, cobrando falta, aos 23 minutos da primeira etapa. Apesar de dominar a partida, o Remo não conseguiu ampliar a vantagem. No segundo tempo, logo aos 8 minutos, Diego Barros aproveitou rebote do goleiro para marcar o segundo. E, aos 44 minutos, depois de chute de Reis, Zé Inácio tocou para as redes e deu números finais ao jogo.

Credibilidade zero

Por Juca Kfouri

O Brasil é um país engraçado e a CBF não tem graça, nem credibilidade, alguma. Ao embarcar em Santos Dumont de volta a São Paulo, o que mais ouvi, de policiais federais, inclusive, foi que o Corinthians já é o campeão — por causa da contratação de Andrés Sanchez, o pequeno. Não acho que o time será ajudado nem prejudicado pela inoportuna novidade, mas é fácil constatar que se acontecer uma coisa ou outra a responsabilidade será atribuída à CBF.

Erro a favor? Ah, tava na cara, tudo arreglado, dirão. Erro contra? Viu só? Combinaram pra mostrar honestidade!

E, por quê? Porque o passado a condena a tal ponto que ninguém, nem, repita-se, e, provavelmente, principalmente, a Polícia Federal.

E por que o Brasil é engraçado? Porque o que mais se ouve em São Paulo é que a CBF vive fazendo cariocadas. E o que mais ouvi hoje cedo no aeroporto foi que a CBF fez uma “paulistada”. E olhe que Ricardo Teixeira (perdão Minas Gerais, pela lembrança), é mineiro…