A capa

Jornalismo popular é quase sempre sanguinolento e apelativo, aqui ou na terra da Rainha. Ocorre que, às vezes, algo acontece e baixa uma luz de sensibilidade em meio à seca de ideias. É o caso do MeiaHora-RJ, que simplesmente arrebentou hoje com a capa acima. Em imagens simples e sensíveis, definiu tudo. Um trabalho sensacional, digno de elogios. Como jornalista, sinto-me orgulhoso pela agudeza de observação dos colegas cariocas. Como lembra Xico Sá, ao contrário do que diz a velha canção de Chico Buarque, em certos dias a dor da gente sai sim nos jornais.

8 comentários em “A capa

  1. A imprensa tem o poder de multiplicar ideias, basta querer com criatividade e sem sensacionalismo barato fico feliz que no momemto de dor nacional, esse jornal carioca nao precisou estampar na sua capa fotos de criancas mortas para chamar a atencao. Parabens aos editores pela bela capa a mesma ja diz tudo, fica a licao aos demais que nao precisamos fazer apologia ao crime, como ja tivemos jogador segurando arma em capa de jornal.

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    1. Ou, desdobrando o raciocínio, amigo Cássio, o próprio MeiaHora deveria repensar seu conteúdo. Concordo que a reportagem policial por vezes exagera nas tintas, mas, no caso específico de Belém, é uma exigência do público leitor. Nenhum jornal pode existir sem que tenha um caderno dedicado à crônica policial. A questão é cuidar de qualificar essa cobertura e reconheço que neste aspecto ainda precisamos evoluir mais.

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      1. Concordo com você amigo Gerson, o problema esta no nível de educação do povo para assimilar determinados conteúdo de jornal.

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  2. Quem vive de venda, deve e tem que procurar despertar para o seu produto a máxima atenção e interesse. Lógico que o fato não é agradável para anunciar dentro que propõe a forte propaganda, mas não estão errados aqueles que exageram nestes momentos.

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