A fraca campanha no Campeonato Paraense já fez duas baixas no Águia de Marabá. O lateral-direito Ley foi liberado para o Atlético Acreano e o atacante Torrô foi dispensado, podendo seguir o mesmo destino, a convite do técnico Artur Oliveira.
Dia: 26 de abril de 2011
Botafogo reafirma críticas à arbitragem
A polêmica envolvendo o Botafogo e a Anaf (Associação Nacional de Árbitros de Futebol) continua. A polêmica teve início após a eliminação da da Copa do Brasil, diante do Avaí. O Botafogo publicou em seu site uma nota criticando o árbitro Ricardo Marques Ribeiro, a Anaf, e seu presidente, Sérgio Corrêa. Nesta segunda-feira, a Associação rebateu as críticas, ironizando o Botafogo e chamando o clube de ‘incompetente’. Na noite desta segunda, o Botafogo treplicou. Em nota publicada em seu site oficial, o clube carioca chamou o texto da Anaf de ‘grosseiro’. Além disso, o clube disse que a Associação faltou com a verdade em alguns pontos e foi ‘desrespeitosa’.
Botafogo manifesta sua posição e perplexidade com nota da associação
O Botafogo de Futebol e Regatas (BOTAFOGO) vem a público manifestar perplexidade com o conteúdo da nota publicada nesta segunda-feira no site oficial da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf). O texto, escrito de forma grosseira, repleto de informações inverídicas e sequer assinado por algum membro da associação, reflete o despreparo absoluto das autoridades que representam a arbitragem brasileira. A diretoria do BOTAFOGO entende que o fato de divulgar uma Nota Oficial questionando a atuação e contribuição do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, principalmente na capacitação de árbitros no país e sua responsabilidade neste processo, é uma forma de abrir a discussão de um problema que aflige a maioria dos clubes que disputam as principais competições do futebol brasileiro, e é tema central na evolução do esporte no país.
O que o BOTAFOGO não entende é que, ao tomar tal atitude, a Anaf se sinta no direito de expor e discutir questões que competem somente ao BOTAFOGO, sua diretoria, seus funcionários e seus torcedores. O Clube considera grave o fato de a Anaf, instituição importante no cenário esportivo, desconhecer por completo que o BOTAFOGO é concessionário do Estádio Olímpico João Havelange por pelo menos mais 36 anos, por ter vencido licitação pública como único candidato capaz de fazê-lo.
Consideramos no mínimo inadequado a Anaf defender membros de seu quadro de árbitros citando outros erros cometidos na mesma partida. Da mesma forma, lamentamos a postura da Anaf em utilizar o episódio de violência ocorrido no aeroporto do Rio de Janeiro como maneira de agredir o BOTAFOGO, demonstrando total falta de respeito aos jogadores e suas respectivas famílias. O BOTAFOGO considera muito grave o tom ameaçador da Anaf quando esta anuncia que “vai acompanhar e divulgar cada (clube) que emitir notas oficiais pueris com o objetivo de desviar seus próprios problemas”.
Segundo seu site oficial, a Anaf é uma instituição fundada em 25 de outubro de 1997 com o objetivo de representar os árbitros de futebol brasileiros em todos os âmbitos, dando condições a seus associados de exercer suas atividades dentro e fora de campo com tranquilidade, segurança e respaldo provenientes de um trabalho que alia preparo físico a cursos, palestras e treinamentos e o BOTAFOGO entende que sua atuação deve se ater a este objetivo.
O BOTAFOGO é um clube centenário e sua história gloriosa contribuiu significativamente na construção e consolidação do Brasil como país do futebol. O Clube foi eleito pela Fifa um dos 12 maiores do século XX e ostenta a honra de ser a entidade que mais cedeu jogadores às seleções brasileiras em todas as edições da Copa do Mundo.
A diretoria do Botafogo FR tem a exata noção de que “os árbitros são falíveis”, da mesma forma que não espera “a perfeição divina” dos mesmos em suas funções, entretanto reitera a necessidade de mudanças na coordenação da Comissão Nacional de Arbitragem.
Conselho Diretor
Botafogo de Futebol e Regatas
Capa do Bola, edição de terça-feira, 26
Coluna: Festa estranha, gente esquisita
Coisas curiosas ocorrem neste Campeonato Paraense, talvez o de mais forte participação interiorana das últimas edições – sem esquecer que é também o mais enlameado de todos. O fato é que nunca antes na centenária história do torneio os pequenos estiveram tão competitivos num turno da competição. Passada a quarta rodada do returno, três emergentes – Independente, Cametá e São Raimundo – situam-se entre os quatro primeiros colocados.
Mais que isso: o campeão do primeiro turno e dono da melhor campanha no Campeonato Paraense periga ficar fora das finais do returno. O Paissandu, derrotado domingo pelo Cametá, permanece com quatro pontos, a cinco de distância dos líderes desta fase.
Em função do previsível tropeço no enlameado Parque do Bacurau, o time de Sérgio Cosme vai para o Re-Pa decidir sua sorte no returno. Até um empate diante do maior rival praticamente afasta o Paissandu das semifinais, empurrando-a para uma inter-temporada forçada de quase um mês – período de tempo entre a decisão do segundo turno e as finais do campeonato.
Caso esse quadro se confirme, o inconveniente da situação está menos no período de inatividade e mais na perda de ritmo para a fase mais importante do torneio. Como se sabe, equipes que vencem a segunda etapa do campeonato costumam chegar mais entrosadas e embaladas à decisão.
Por outro lado, em caso de vitória no domingo, o Paissandu retoma fôlego para brigar pelo título da Taça Estado do Pará e a conseqüente conquista antecipada do tricampeonato estadual. Já o Remo corre o sério risco de perder o embalo se tropeçar no clássico, já que abrirá espaço para a passagem do São Raimundo, que tem sete pontos ganhos.
Vale lembrar que a quinta rodada, além do Re-Pa, terá jogos teoricamente favoráveis aos mandantes: Independente x Tuna, São Raimundo x Castanhal e Cametá x Águia. Confirmado o favoritismo, os três avançam e a mudança na parte de cima da tabela de classificação dependerá do desfecho do choque-rei.
Com base na pontuação geral do turno passado, times que ultrapassarem a casa dos 11 pontos estarão automaticamente classificados para as semifinais. Por essa projeção simples, pode-se considerar que Cametá e Independente já estão lá (ambos, por sinal, foram semifinalistas na primeira fase). Restam apenas duas vagas, a serem disputadas por Remo, São Raimundo e Paissandu.
Longe de sinalizar a chamada democratização do nosso futebol, o avanço dos emergentes é apenas um reflexo claro da acumulação de pecados acumulados pelos grandes clubes da capital. Remo e Paissandu desceram tanto na escala social que permitiram o avanço natural de times medianos tão cheios de vícios quanto os dois irmãos mais velhos. O equívoco está em enxergar evolução onde há apenas decadência.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 26)
A arte de Atorres
Capa do Bola, edição de terça-feira, 26
Rock na madrugada – Pixies, Wave of Mutilation
Edinaldo se recupera de agressão em boate
Edinaldo, lateral-esquerdo do Remo, continua hospitalizado, depois de ter sofrido agressão de policiais militares na madrugada de segunda-feira, durante festa numa casa noturna da Marambaia. O jogador sofreu traumatismo cranio-encefálico em função das pancadas.
Segundo informações da Rádio Clube, Edinaldo estava na festa ao lado do irmão mais velho. Surgiu um bate-boca com policiais que trabalham na boate e o jogador remista terminou agredido com duas coronhadas na cabeça. Desmaiado, Edinaldo foi levado ao PSM. Os militares foram identificados e serão submetidos a um inquérito policial militar (IPM) na corporação.
O médico do Remo, Ricardo Ribeiro, prestou atendimento ao jogador, que foi atendido inicialmente no PSM da 14 e deverá ser transferido para uma clínica particular depois de fazer um exame de tomografia. “Temos que saber como está a real situação do trauma sofrido pelo Edinaldo. Só a partir dessa tomografia ele será transferido do PSM da 14”, disse Ribeiro.
O contrato do atleta com o Remo vai até 30 de abril e o auxiliar técnico de Paulo Comelli, André Chita, já se manifestou contrário à renovação, em função do histórico de problemas disciplinares envolvendo Edinaldo.