O Independente Tucuruí conseguiu sua segunda vitória consecutiva no segundo turno do Campeonato Paraense 2011, neste sábado à noite, no estádio Navegantão. Derrotou o Castanhal por 2 a 0,com gols dos atacantes Joãozinho e Marcelo Peaberú. O jogo marcou a inauguração do sistema de iluminação do estádio de Tucuruí. O Independente lidera provisoriamente o returno ao lado do Remo, com 6 pontos ganhos. (Com informações da Rádio Clube do Pará)
Dia: 16 de abril de 2011
Jailton Paraíba marca 2 e garante vitória do Remo
Depois de um primeiro tempo desastroso, quando foi amplamente pressionado pelo time do Águia, o Remo reagiu na etapa final e conseguiu construir uma vitória de 3 a 1 dentro do Zinho Oliveira, graças à velocidade e habilidade do atacante Jailton Paraíba, que marcou dois gols e mudou a cara do jogo em favor dos remistas. O jogo foi interrompido aos 5 minutos por queda de energia elétrica numa das torres de refletores. Após 40 minutos de espera, a bola rolou, mas os primeiros 45 minutos foram duros de assistir. Passes errados e chutões davam o tom da partida, embora os donos da casa tivessem mais posse de bola e levassem mais perigo ao gol de Lopes.
Paulo Comelli surpreendeu logo aos 15 minutos ao substituir o lateral-direito Gleison pelo volante Luís André. O técnico remista tentava fechar mais o lado direito da defesa, muito pressionado pelo ataque marabaense. O problema é que o setor ficou desprotegido, obrigando ao deslocamento do meia Tiguinho para guarnecer posição. Com isso, o Remo perdeu um meia criativo e não ganhou um lateral efetivo. Para sua sorte, o domínio do Águia era ilusório, pois a equipe reinava no meio-de-campo, mas não criava situações de gol.
No Remo, Tiago Marabá e Rodrigo Dantas não conseguiam pegar na bola, muito bem marcados e sem apoio da meia-cancha. Ratinho pouco se movimentava e a situação ficou ainda mais difícil no reinício da partida no segundo tempo, quando João Galvão botou o volante Élcio para acompanhar o camisa 8 remista. Aos 12 minutos, numa rápida escapada, Rodrigo finalmente pegou uma boa bola e disparou um chute que Inácio defendeu com dificuldades.
Aos 21, Comelli tirou Rodrigo e lançou Jailton Paraíba. A partir daí, o Remo passou a jogar com dois atacantes abertos pelas extremas, confundindo a marcação do Águia e liberando Ratinho para explorar as jogadas pelo meio. Deu certo. A partir daí, pela primeira vez na partida, o Remo conseguiu trocar passes e buscar envolver a defensiva adversária. Aos 29 minutos, veio o primeiro gol. Tiago Marabá sofreu falta na entrada da área. Marlon cobrou no ângulo e abriu o placar. Quatro minutos depois, também de falta, Ley empatou. A bola resvalou na barreira e enganou o goleiro Lopes. O Águia não teve nem tempo de comemorar: na saída de bola, Marabá recebeu na direita e cruzou rasteiro para Jailton finalizar e desempatar.
O time marabaense tentou reagir mais uma vez, com a entrada do atacante Marcelo Dias, mas brilhou novamente a estrela de Jailton. Ele recebeu passe à altura do meio-de-campo, passou pelo marcador e venceu na corrida o zagueiro Roberto. Entrou na área e tocou no canto esquerdo de Inácio, decretando a vitória remista por 3 a 1. A renda foi de R$ 20.120 mil, com 1.283 pagantes.
Os destaques da partida foram, pelo Remo, o zagueiro Rafael Morisco, o lateral Marlon e os atacantes Jailton e Tiago Marabá. No Águia, o ala-direita Ley foi o principal jogador. (Foto: NEY MARCONDES/Bola)
Ficha técnica: Águia x Remo
Local – estádio Zinho Oliveira, em Marabá, às 19h.
Águia – Inácio; Roberto, Marcelo Mineiro e Darlan; Ley, Analdo, Daniel, Fabrício e Rayro; Alan e Patrick. Técnico: João Galvão.
Remo – Lopes; Gleison, Diego Barros (foto), Rafael Morisco e Marlon; San, Moisés, Ratinho e Tiaguinho; Rodrigo Dantas e Tiago Marabá. Técnico: Paulo Comelli.
Árbitro – Clauber José Miranda. Auxiliares: Fernando de Brito Miranda e Diógenes Menezes Serrão.
Na Rádio Clube, Jones Tavares narra e João Cunha comenta. A TV Cultura transmite ao vivo.
Lula visita templo do Real e fica maravilhado
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma visita ao Real Madri na manhã deste sábado, dia do clássico entre o clube e o Barcelona, pela 32ª rodada do Campeonato Espanhol. Lula, que ganhou uma camisa do time das mãos do presidente do Real, Florentino Perez, visitou o estádio Santiago Bernabéu e não economizou elogios à estrutura da equipe. “Não é apenas um estádio de futebol, é uma casa de espetáculo. É o melhor clube do mundo, porque se preocupa em jogar bem, contratar os melhores jogadores e saber de futebol. Tem uma estrutura extraordinária”, afirmou Lula. “Eu acho que qualquer cidadão do mundo que gosta de futebol, assiste jogo do Real Madri e gosta do Real Madri”, completou, sem dizer para quem torceria no clássico entre Real e Barcelona. (Com informações da Folha SP)
Quem segura o Cruzeiro de Cuca?
Carta do presidente do Condel do Paissandu
Em respeito ao contraditório e à transparência, reproduzo na íntegra a carta enviada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Paissandu, Ricardo da Costa Rezende, contestando crítica exposta em minha coluna no caderno Bola (do DIÁRIO) e reproduzida aqui no blog sobre os desacertos da gestão alviceleste. Registrei os esclarecimentos de Rezende em minha coluna deste sábado (16), mas, por questão de espaço, tive que selecionar apenas alguns trechos. Aqui, a reprodução da mensagem:
“Fui surpreendido com o enredo de seu artigo intitulado “Campeão de trapalhadas”, na qual, distorcidamente, inclui minha conduta (Presidente do Conselho), como co-responsável por eventuais deslizes (na sua ótica), protagonizados pela atual diretoria bicolor. Antes de mais nada gostaria de lhe esclarecer que, desinteressadamente, tenho uma história de trabalho e ajuda ao Clube, trabalhando de forma proativa em favor do mesmo, seja quando fui diretor, presidente e agora no Conselho Deliberativo.
Consegui, com a ajuda de alguns companheiros, recuperar a situação delicadíssima, pela qual passava o clube, após gestões operacionais e financeiras desastrosas, as quais nem vale à pena recordar. Reduzimos o passivo, praticamente impagável, a valores administráveis e jamais deixamos de cumprir com o nosso dever. De forma caolha ou míope, V.Sa. acusa este subscritor (como presidente do Conselho) de OMISSÃO, distorcendo fatos, da maneira que mais convém a sua ótica, tentando manchar minha imagem, o que certamente não conseguirá, pois quem milita seriamente na seara do futebol paraense sabe quem eu sou e o que fiz em benefício do Paysandu.
Não posso responder por eventual equívoco da diretoria na contratação, demissão ou recontratação de jogadores. A diretoria tem autonomia para isso. Cabe ao Conselho fiscalizar o trabalho da diretoria e adotar as providências pertinentes, quando colocada em risco a boa saúde financeira\administrativa do clube. Apenas para efeito de comparação, lembro que na administração do Presidente que quase levou o Paysandu à bancarrota, leia-se, senhor Artur Tourinho, o Conselho Deliberativo não reuniu uma vez sequer em dois anos e meio de gestão, e jamais ouvimos em sua coluna uma crítica a essa ausência de deliberação por parte do Conselho. Na minha atual gestão dentro de tal Órgão deliberativo já promovemos 4 assembléias, sendo que iniciamos o mandato em novembro último, ou seja, temos apenas 5 meses de gestão e já reunimos em quatro oportunidades.
Fique certo, sr. Gerson, que onde a Diretoria faltar ou agir contra os estatutos do clube, o Conselho Presidido por este subscritor agirá. O que não pode é o Conselho agir no dia-a-dia, no cotidiano do clube, pois haveria aí uma intromissão indevida na competência, que é privativa da diretoria. Portanto, caso V.Sa. resolva criticar a diretoria por eventuais equívocos, não estenda sua crítica de forma distorcida em relação ao Conselho, acusando-nos de omissos, pois isso significa falsear a verdade, usando os meios de comunicação de forma leviana. Ficamos ao seu inteiro dispor para mostrar-lhe com riqueza de detalhes o nosso trabalho dentro do Paysandu, caso seus informantes não tenham lhe apresentado os cenários corretos.
Atenciosamente, Ricardo da Costa Rezende”.
Como já dito na coluna, mantenho integralmente as críticas à gestão e à atuação do Conselho Deliberativo do clube, órgão fiscalizador que deveria se preocupar em cumprir suas funções estatutárias. De resto, não houve qualquer ataque de natureza pessoal no artigo, apenas a observação estrita de fatos óbvios (e ululantes) sobre o atual momento do clube.
Tribuna do torcedor
Por Francisco Otávio (fcotavio@click21.com.br)
Caro Gerson, gostaria que você colocasse em debate este imbróglio em que Paysandu está se metendo com o Governo do Estado, referente a não utilização da marca do “patrocinador” na camisa do clube. Não sei se reza em contrato, que devido à transmissão direta pela TV Estatal dos jogos do Paysandu, este deveria postar em seu material esportivo a marca do governo. Outro dia ouvi de uma pessoa ligada à mídia, que o dinheiro que o governo paga aos clubes, é pelo direito de transmissão dos jogos ao vivo e não para que os clubes façam propaganda do governo, logo desobrigando os clubes de estamparem a marca do governo em suas camisas. E baseou a sua tese no fato de que a Globo, detentora da transmissão dos jogos do Brasileirão, não obriga que os clubes usem a sua logomarca. Será que esta posição é unicamente um capricho do LOP ou ele está pegando corda de alguém, objetivando arrancar mais uns trocados do governo?
Capa do DIÁRIO, edição de sábado, 16
Capa do Bola, edição de sábado, 16
Coluna: O maestro tão esperado
Paulo Henrique Ganso jogou muito e contribuiu decisivamente para a vitória do Santos anteontem sobre o Cerro Porteño, pela Copa Libertadores. Pela reação das pessoas, fica a impressão de que ainda terá que jogar muita bola para finalmente convencer a todos da qualidade de seu futebol.
Eu não tenho dúvidas. É craque pronto, como poucos em atividade. E mais: ali, naquela faixa de campo onde tudo começa e acaba, não há ninguém hoje com a mesma clarividência para passes e lançamentos. Tem facilidade para o drible curto e verticalizado, e raramente finta por exibicionismo.
Alia ao físico longilíneo um bom arranque, destreza para cair pelos dois lados do campo e excelente posicionamento na definição de jogadas dentro da área. E, acima de tudo, chuta muito bem. Depois de Sócrates, com quem se parece na elegância e altivez, é nosso primeiro meia-atacante efetivamente completo, com domínio de todos os fundamentos.
Alguém há de citar o Ronaldinho Gaúcho dos tempos de Barcelona, mas a comparação não se aplica porque o atual camisa 10 do Flamengo nunca foi um armador, preferindo posicionar-se sempre a dois passos dos atacantes. Outros podem ainda mencionar Kaká. Ocorre que Ganso é, por excelência, um organizador. Daqueles que sabe arrumar a cozinha e distribui o jogo com categoria e refinamento. Um legítimo maestro.
Houve uma fase nos anos 90 em que até países de pouca tradição boleira esbanjavam bons meias. Havia Etcheverry na Bolívia, Valderrama na Colômbia e Sierra no Chile. No Brasil, ausência total de armadores clássicos. Nenhum herdeiro de Gerson, Didi ou mesmo Pita. Ganso é esse cara que faltava. Pena que, em pouquíssimo tempo, sairá do país para desfilar seu talento nos gramados mais badalados do mundo. O consolo é que, pelo ritmo natural das coisas, será titular absoluto da Seleção em 2014.
Recebi carta de esclarecimento do presidente do Conselho Deliberativo do Paissandu, Ricardo Rezende, em resposta ao artigo “Campeão de trapalhadas”, publicado na quinta-feira (14). Ele rejeita a condição de co-responsabilidade ou omissão diante de eventuais deslizes, protagonizados pela atual diretoria bicolor. “Tenho uma história de trabalho e ajuda ao Clube, trabalhando de forma proativa em favor do mesmo, seja quando fui diretor, presidente e agora no Conselho Deliberativo”, destaca Rezende.
Segundo ele, a diretoria tem autonomia para contratar, demitir ou recontratar atletas e “cabe ao Conselho fiscalizar o trabalho da diretoria e adotar as providências pertinentes, quando colocada em risco a boa saúde financeiro-administrativa do clube”. Promete, por fim, agir caso a Diretoria descumprir os estatutos do clube. “O que não pode é o Conselho agir no dia-a-dia, no cotidiano do clube, pois haveria aí uma intromissão indevida na competência, que é privativa da diretoria”.
O escriba mantém os termos do artigo, que apontou desmandos óbvios e ululantes e cobrou efetiva participação dos conselheiros na vida do clube.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste sábado, 16)