Independente vence a Tuna e vai às semifinais

O Independente confirmou o favoritismo e venceu a Tuna por 2 a 0 na noite deste sábado, no estádio Navegantão, em Tucuruí. Os gols surgiram na etapa final. Aos 15 minutos, o atacante Joãozinho abriu o placar. Aos 32 minutos, Wegno marcou o segundo gol. O resultado mantém o time de Tucuruí na liderança do returno, com 12 pontos ganhos, e matematicamente classificado para as semifinais desta fase.

Cametá bate Águia e se classifica

O Cametá derrotou o Águia de Marabá por 3 a 2, na tarde deste sábado, no estádio Parque do Bacurau, e está classificado para as semifinais do segundo turno. Jailson abriu o placar logo a 1 minuto de jogo. O Águia empatou com Marquinhos, aos 20. Robinho, de pênalti, desempatou aos 23. No segundo tempo, Cassiano ampliou aos 17 e Marcelo Dias descontou para o Águia aos 32. (Com informações da Rádio Clube)

Cinema: anos 80 não foram só do Spielberg

Por André Barcinski

Semana passada, revi na TV “Vítimas de Uma Paixão”, de 1989. Por que não fazem mais policiais assim? Uma história empolgante, Al Pacino no topo da forma, Ellen Barkin expelindo sexo por todos os poros, diálogos geniais, ótimos personagens secundários (John Goodman, Richard Jenkins), uma trilha sonora matadora. Um filmaço. Fiquei pensando: na história do cinema, a década de 80 é considerada a “era do blockbuster”, dominada por Spielbergs, Lucas, e pela infantilização de Hollywood. Mas os 80 também nos deram alguns grandes filmes de gênero: policiais, gângsteres, “noirs”, muita coisa boa.

Revendo esses filmes, duas coisas saltam aos olhos. A primeira é o visual: os cabelos armados das heroínas, os ternos com ombreira dos policiais, muito laquê, calças “baggy” e roupas flúor. A segunda coisa interessante é a música. Era a época dos sintetizadores, e vários filmes do período trazem trilhas sonoras com sons eletrônicos e “espaciais”. Não havia um policial sem uma musiquinha viajante do Tangerine Dream. Fiz uma lista de dez ótimos filmes de gênero dos anos 80. Não incluí os mais óbvios, como “Os Intocáveis” ou “Scarface”, e tentei privilegiar filmes menos vistos. Faça a sua lista e compare.

A Testemunha (Witness) – Peter Weir, 1985: O policial Harrison Ford investiga um crime, descobre que o assassino é um policial (Danny Glover) e acaba metido numa comunidade amish, onde se apaixona pela incrível Kelly McGillis.

Vítimas de Uma Paixão (Sea of Love) – Harold Becker, 1989: Um “noir” fervente, com Al Pacino investigando uma assassina serial que mata os amantes na cama. A principal suspeita é aquela coisa de louco chamada Ellen Barkin. 

Corpos Ardentes (Body Heat) – Lawrence Kasdan, 1981: William Hurt é um advogado entediado, até que conhece um colosso de mulher, Kathleen Turner, que põe fogo em sua cama e o convence a matar o marido. Grande “noir” de Kasdan.

Cão Branco (White Dog) – Samuel Fuller, 1982: Pra mim, o maior filme de Fuller. Uma atriz acha um cão branco na rua. Só depois descobre que é um bicho assassino, treinado para matar negros. De arrepiar.

Viver e Morrer em Los Angeles (To Live and Die in L.A.) – William Friedkin, 1985: Viu “Operação França”? Gostou da perseguição de carro embaixo do metrô de superfície,em Nova York? Pois Friedkin filmou uma perseguição ainda mais insana nesse policial new wave, com William Petersen, o Russel Crowe dos anos 80, perseguindo um falsificador de dinheiro sádico e violento, interpretado por Willem Dafoe.

Dragão Vermelho (Manhunter) – Michael Mann, 1986: Olha aí de novo William Petersen, dessa vez fazendo o policial Will Graham, nessa primeira aparição do personagem Hannibal Lecter nas telas. Graham, que capturou Lecter, pede ajuda ao genial assassino para pegar outro serial killer.

A Honra do Poderoso Prizzi (Prizzi’s Honor) – John Huston, 1985: John Huston tinha quase 80 anos quando rodou este filmão, o penúltimo de sua carreira. É um divertido filme de gângster sobre um assassino de aluguel (Jack Nicholson) que se apaixona e casa com uma rival (Kathleen Turner).

Acerto de Contas (The Big Easy) – Jim McBride, 1987: Dennis Quaid e a deusa Ellen Barkin metidos na investigação da morte de um mafiosoem New Orleans. Umfilme quente, sexy e pegajoso como a própria cidade.

Parceiros da Noite (Cruising) – William Friedkin, 1980: Al Pacino faz um policial que se infiltra no submundo sadomasô gay de Nova York para procurar um assassino serial. Pesado.

O Ano do Dragão (Year of the Dragon) – Michael Cimino, 1985: Antes de virar a piada que é hoje, Mickey Rourke foi o maior bad boy do cinema dos anos 80, um ator intenso e carismático. Aqui, ele investiga a ascensão de um jovem chefão do crime em Chinatown.

P.S.: Uma Confraria de Tolos – O livro é uma obra-prima e está fora de circulação no Brasil há décadas. O leitor Diogo Oliveira teve o trabalho de disponibilizá-lo para todo mundo, aqui. Muito obrigado ao Diogo pelo esforço, e espero que gostem do livro…

Sábato, um dos grandes, morre aos 99 anos

Morreu neste sábado, em Buenos Aires, o escritor Ernesto Sábato aos 99 anos em sua casa, nos arredores da capital argentina. Sábato, um dos maiores nomes da literatura argentina, estava há vários anos praticamente cego e se mantinha recluso em sua residência na cidade de Santos Lugares. Nos últimos dias uma bronquite complicou seu estado de saúde, afirmou sua companheira, Elvira González Fraga, em entrevista à imprensa local. O escritor obteve reconhecimento internacional em 1961 com o livro “Sobre Heróis e Tumbas” e a consagração definitiva ocorreu em 1974 com “Abadon, o Exterminador”, que completam a trilogia iniciada com “O Túnel” (1948), que foi adaptada para o cinema em 2006.