Cosme segue no comando do Paissandu

A diretoria do Paissandu, através do dirigente Izomar Souza, informou ao programa Bola na Torre que o técnico Sérgio Cosme continua no comando da equipe. Segundo ele, só quem pode tomar qualquer decisão a respeito é o presidente Luiz Omar Pinheiro, que está fora de Belém. O técnico Sérgio Cosme também se manifestou, por telefone, informando que cumprirá o contrato que tem com o clube.

Independente bate Paissandu na Curuzu

Com fraca atuação de todo o time, o Paissandu foi surpreendido pelo Independente Tucuruí, por 2 a 0, na tarde deste domingo, no estádio da Curuzu. Durante quase todo o primeiro tempo, o time de Tucuruí exerceu amplo domínio, principalmente pela facilidade nas saídas para o ataque, quando seu meio-campo superava com facilidade a marcação alviceleste. Gian e Marçal jogavam com liberdade e deixavam os atacantes Joãozinho e Peaberu sempre em condições de arremate. Pelo lado do Paissandu, somente Alexandre Carioca mantinha a regularidade. Nas laterais, Sidny até apoiava, mas deixava um espaço que foi inteligentemente aproveitado pelo Independente. Na esquerda, Brayan era constantemente envolvido por Gian e Joãozinho.

Os gols nasceram ainda no primeiro tempo. No primeiro, escanteio cobrado pelo Independente foi escorado de cabeça pelo zagueiro Adson, aos 18 minutos. Ari e Hebert comeram mosca no lance. O Paissandu foi à frente e Sidny chegou a fazer boa jogada, mas o chute foi defendido pelo goleiro Dida. Mendes cobrou falta com perigo e Elvis perdeu um gol feito, após cruzamento de Brayan. Aos 35 da primeira etapa, Peaberu cruzou bola para a área e a zaga bicolor voltou a falhar. Adson, outra vez, cabeceou para as redes. Os jogadores do Paissandu reclamaram porque Peaberu havia acabado de voltar a campo quando pegou na bola. Bobagem, não há regra proibindo o lance.

No segundo tempo, já com Héliton e Andrei em campo, o Paissandu voltou pressionando, com discreto apoio da torcida. Mas bastaram algumas falhas de finalização para a galera iniciar as vaias, culpando o técnico Sérgio Cosme pelo mau resultado e vaiando alguns jogadores, com destaque para o zagueiro Ari. O Independente se dedicava a explorar os contragolpes, aproveitando os imensos claros deixados na zaga do Paissandu. Cosme tirou Alisson aos 30 minutos e lançou Zé Augusto. Como não tinha inspiração para furar o bloqueio defensivo do Independente, os jogadores se limitavam a tentar chutes de fora da área, sem a menor direção. Aos 37, Joãozinho escapou pela direita e perdeu um gol feito, batendo à esquerda de Fávaro. Nos instantes finais, Zé Augusto e Andrei se jogaram na área tentando cavar pênaltis, mas o árbitro não foi na corda. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

Números que impressionam

A renda de Castanhal x Tuna, no sábado à noite, foi pouca coisa maior que as despesas. Arrecadação de R$ 3.300,00 e despesas de R$ 3.175,00. Público pagante de 375 espectadores/testemunhas. Diante de tamanho prejuízo, a pergunta óbvia: por que não marcam um jogo desses para o horário da tarde ou para a manhã de domingo, economizando pelo menos com a iluminação?

Manual para jovens escribas

Por Xico Sá

Dez dicas úteis (de um escriba fútil) para curiosos, estudantes, focas, jovens jornalistas e diletantes de quaisquer gêneros:

1) Assim como falar ao motorista do coletivo, você deve tuitar apenas o necessário com o nome que assina as reportagens. Com um twiiter fake, no entanto, se vingue, desmoralize a chefia, relate as fraudes da redação, poupe apenas a gostosa do telemarketing.

2) Nem todo bêbado ou drogado é um Hunter Thompson. Se beber, esqueça o gonzo e o jornalismo-literário, tente apenas o velho e objetivo lead-sublead, esse caminho é mais fácil do que fazer um 4 diante do guarda.

3) No primeiro escalão do poder, jovem escriba, você só achará as aspas e o lero-lero dando sopa. Invista no último dos barnabés e estafetas. Nesse subsolo da burocracia está o ouro, o grande furo que persegue.

4) Quando o jabá mais vagabundo e banal alcançar 50% do seu salário, leve o inocente presentinho até a mesa do chefe e mostre como o mísero contracheque da firma põe em risco a sua inabalável independência. É importante revelar ao contratante como estão buscando saber o seu preço.

5) Nunca acredite que um assunto é tão velho e batido ao ponto de não poder trazê-lo à tona outra vez com um simples tapa na abertura do texto. Ou você faz ou chupará o chicabon da revolta e da inveja gutenberguiana no dia seguinte. Todo bom repórter é como um bom carroceiro de rua, vive de reciclagem.

6) Se checada mais de três vezes, a maioria das matérias não resiste, não se garante diante do verossímil. Portanto, cheque com moderação ou esteja condenado ao ineditismo.

7) Nunca beba em demasia com sua fonte ao ponto de você ou o próprio “garganta profunda” esqueçam o motivo daquele encontro fundamental para a história contemporânea. Nesse tipo de conversa sigilosa, apenas três uísques.   

8) Você pode ter recebido a reportagem quase pronta –as grandes assessorias hoje vivem disso, amigo-, mesmo assim finja um esforço épico diante do chefe. Conte histórias mirabolantes de como apurou aquele texto, fale baixinho ao seu ouvido, cheio de segredos e mistérios. Como na conquista amorosa, matéria fácil não dá tesão, não tem graça.

9) Apure com rapidez e requinte, deixe a matéria pronta e fuja para o cinema de tarde. Um bom filme o deixa mais ilustrado do que dez anos de jornalismo. Só há um problema nisso: você encontrar por lá, na mesma sessão, um dos seus superiores. Já vive esse drama. Acontece.

10) Viver como mendigo ou se infiltrar entre camelôs para relatar a experiência é fácil. Não tem mais graça. Quero ver encarnar um milionário ou um bom burguês brasileiro. Quem se habilita?

Grandes imagens da semana

Cobertura de nuvens no belíssimo deserto de Kalahari, na África do Sul, na foto acima (de Mattias Klum), eleita uma das melhores da semana pelos editores da National Geographic. Na primeira foto, registro de James Stanfield mostrando as comemorações do ano novo budista, em Miamar, também selecionada pela N. Geographic.

Temporada de Pato?

Pato é o mais menino dos principais homens de frente do Milan, mas é proporcionalmente o mais artilheiro e o mais disciplinado deles na campanha do líder do calcio. O rubro-negro de Milão, que tem jogo duro contra a Fiorentina hoje, fora de casa, vê neste Italiano o amadurecimento do ex-atacante do Inter, que não é expulso como Cassano e Ibrahimovic e é mais contundente do que seu conterrâneo Robinho. A luta para ver quem será o artilheiro do Milan nesta temporada é intensa. Ibra, apontado como a maior estrela do time, tem 14 gols, mas atuou 2.486 minutos – faz em média um gol a cada 177,1 minutos no Italiano.

Pato, destaque com dois gols nos 3 a 0 no clássico contra a Inter na rodada passada (quando Ibrahimovic cumpria suspensão), já anotou 13 tentos em 1.358 minutos – balança as redes a cada 104,4 minutos na liga tão famosa pela dura marcação. Robinho soma dez gols no Italiano, mas sua média de gols por minuto é pior até que a de Cassano – a do ex-santista é 198,7, e a do problemático italiano é 184,8. O aproveitamento ótimo de Pato na conclusão das jogadas vem acompanhado de um cartel com menos cartões e problemas do que de seus maiores parceiros de ataque. Ibrahimovic volta hoje ao Milan após dois jogos de suspensão. No 1 a 1 com o Bari, ele agrediu Marco Rossi com um soco. O sueco já levou sete cartões amarelos na liga.

Cassano, o que menos atuou entre os quatro, já teve tempo para ser expulso uma vez. Acumula na carreira casos de indisciplina, como faltas a treinos, problemas de relacionamento e até ofensa a um presidente de clube. Robinho tem se mostrado calmo em campo, recebeu os mesmos dois cartões amarelos de Pato, mas vive litígio com a Nike e ficou fora da última convocação da seleção. Também admitiu erros no gerenciamento de sua carreira, como na saída do Santos. Pato, um centroavante na seleção de Mano Menezes, foi convocado para o amistoso contra a Escócia, mas não pôde atuar por causa de uma contusão no tornozelo.

Hoje, Robinho, 27, deve ficar na reserva do Milan e assistir à dupla Pato, 21, e Ibra, 29, assumir a artilharia do time. Cassano, 28, suspenso, ficará na torcida pelos companheiros em melhor fase. Com bem menos idade que os parceiros, Pato dá outros sinais de amadurecimento. Se antes o jogador comemorava gols com coraçãozinho para a atriz global Sthefany Brito, de quem se separou após nove meses de casamento, agora mantém relacionamento mais reservado com Barbara, a filha de Silvio Berlusconi, dono do Milan. Às vezes com a barba por fazer, festeja gols com mais fúria e atitude. Parece hoje assustar mais os zagueiros. Pato cresceu e está voando. (Da Folha de SP)

F-1: alemão segue voando e vence segundo GP do ano

A segunda etapa do Mundial de F-1, o piloto alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, novamente foi melhor durante toda a prova e venceu o GP da Malásia, no circuito de Sepang, neste domingo. O brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, foi o quinto e Rubens Barrichello, da Williams, não completou a prova. Vettel foi seguido por Jenson Button, da McLaren, e Nick Heidfeld, da Renault. Com isso, obteve sua 12ª vitória na carreira e lidera o Mundial de F-1 com 50 pontos conquistados. O alemão Mark Webber (Red Bull) foi o quarto colocado. Entre os brasileiros, Massa disputou uma boa prova. Chegou a ser prejudicado pela equipe no primeiro pit stop, que se atrapalhou na troca da roda traseira, mas conseguiu se recuperar e fechou na quinta colocação. O brasileiro tem 16 pontos no Mundial de F-1 e é o sexto colocado. (Do Folhaonline)

Coluna: Presente de Papai Noel

Chega com razoável atraso a cruzada das federações estaduais contra a Série D. A verdade é que a competição nem deveria ter sido criada. Sem se dar ao trabalho de fazer um estudo de viabilidade do torneio, a CBF teimosamente instituiu na marra a quarta divisão, despojada das condições mínimas necessárias para sua sobrevivência.
Nas duas edições iniciais, 2009 e 2010, o torneio apresentou baixíssimo nível técnico e sofreu crescente esvaziamento, causado pela pindaíba financeira dos clubes disputantes. Mantidos a pão e água pela CBF, os 40 participantes da D têm sido obrigados a enfrentar viagens penosas, dificuldades de hospedagem e estádios em péssimo estado.
A torcida, que não é besta, foge dos jogos como o capeta da cruz. Nesses tempos de transmissão ao vivo de grandes clássicos europeus pela TV a cabo, ninguém perde tempo pagando para ver as peladas da quarta divisão. Resulta daí um quadro geral de penúria e prejuízo, com partidas assistidas geralmente por testemunhas. Só há público nos jogos de times de maior tradição e torcida, como Remo e Santa Cruz.
Como não costuma jogar dinheiro fora e detesta ser associada a fracassos, a CBF estimula discretamente a movimentação dos presidentes de federações, capitaneados pelo pernambucano Carlos Alberto Oliveira, para ver se sai dessa sem maiores arranhões de imagem.
Diante da cobrança pelo fim da competição, Ricardo Teixeira mostrou-se compreensivo e sensível à reivindicação. Está mais do que óbvio que a Série D já é carta fora do baralho a partir de 2012, mas inda existem dúvidas sobre o acesso à Série C dos clubes tradicionais, como Santa Cruz, ou abaixo dele, como o Remo. Toda a preocupação dos dirigentes gira em torno do resgate dessas agremiações, cujas torcidas apaixonadas lotam estádios e não suportam permanecer no atoleiro.
O mais provável é que a CBF utilize o ranking nacional de clubes como critério para reestruturar a nova Série C. Santa Cruz é 22º, Remo é 27º. Para os clubes, a notícia é alvissareira. No Coral pernambucano, há um projeto de ressurreição em marcha, com várias ações em desenvolvimento para sanear o clube.
No Remo, que ainda batalha para retornar à Série D 2011, o esforço é mais dramático e lento. Com as finanças alquebradas por duas gestões desastrosas, a diretoria que assumiu em janeiro tenta salvar a temporada e reanimar o torcedor, cabreiro após dois anos sem títulos. Caso se confirme o milagre da volta à Série C em 2012, o principal desafio será evitar cair novamente em desgraça.
 
 
O Independente, em crise neste returno, é o adversário ideal para o Paissandu depois da eliminação na Copa do Brasil e dos desdobramentos do insucesso. Por mais respeito que o time de Tucuruí mereça, certamente não oferecerá maior resistência dentro da Curuzu. É jogo sob medida para a dupla Rafael Oliveira-Mendes quebrar o jejum de gols.

(Coluna publicada no Bola/DIÁRIO, edição de domingo, 10) 

Castanhal e Tuna ficam no 0 a 0

Castanhal e Tuna empataram em 0 a 0, na noite deste sábado, no estádio Maximino Porpino, em Castanhal, na abertura da segunda rodada do returno do Campeonato Paraense. Ambos seguem invictos nesta fase, mas foi o segundo empate consecutivo do Castanhal dentro de casa. A Tuna se mantém na liderança e o Castanhal é o quarto colocado. Neste domingo, acontecem mais dois jogos. O Paissandu recebe o Independente Tucuruí na Curuzu, às 16h, promovendo a estreia de Elvis (ex-Sport-PE) no meio-campo. Em Santarém, no estádio Barbalhão, às 17h, o São Raimundo recebe o Águia de Marabá. A rodada será fechada na segunda-feira com o jogo entre Remo x Cametá, no estádio Baenão, às 20h30.