Há menos de seis meses, ameaças de leilões rondavam o estádio Baenão e a área do antigo Carrossel com frequência. As notícias pipocavam a todo instante e o então presidente remista, Amaro Klautau, repetia sempre o mesmo discurso: o clube precisa vender seu estádio para poder sanear as dívidas. Decorridos três meses da nova administração, a realidade é outra. Com o trabalho desenvolvido pelo vice-presidente jurídico do Clube do Remo, Ronaldo Passarinho, a dívida total do clube junto à Justiça do Trabalho, que antes passava dos R$ 9 milhões agora gira em torno de R$ 7,3 milhões. No total, a diretoria azulina conseguiu uma economia de aproximadamente R$ 940 mil com os acordos celebrados.
Passarinho, com o apoio dos advogados Denise Santos e Pablo Araújo, conseguiu reduzir de 105 para 45 o número de processos que tramitavam contra o clube na 13ª Vara Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT/8). Diferentemente do que alardeava o ex-presidente AK, cujo projeto era desmanchar o patrimônio do clube, o setor jurídico encontrou outra solução para o problema. “Nós estamos provando que há como resolver sem tanto desespero. O Remo está pagando tudo parcelado”, conta Ronaldo.
Entre os casos mais recentes está o do meia Vélber, atualmente no S. Raimundo, que entrou com ação contra o ex-clube. “A reclamação dele era de R$ 242 mil, mas a gente negociou e ficou por R$ 19 mil”, explica o vice-presidente jurídico. Outro que voltou a cobrar o clube na Justiça foi o atacante Fábio Oliveira. Mas, segundo Passarinho, não há motivos para preocupações. “Ele está pedindo R$ 1,9 milhão, sendo que R$ 1,5 milhão é só da cláusula rescisória. Nesse caso, a cláusula é só a favor do clube. A dívida é fruto de acordos que foram feitos com ele antes e não foram cumpridos pela gestão passada”, critica Ronaldo. A audiência está marcada para a próxima semana.
Oliveira, através de seu advogado, revelou que AK o procurou na Série D do ano passado propondo pagar um pacote de R$ 300 mil (salários mensais de R$ 25 mil) para vir defender o Remo, abatendo parte da dívida. O negócio só não saiu porque o próprio atleta não acreditou na generosa oferta. (Com informações do Bola)