Um aleijão antigo do serviço público no Brasil assola neste momento os grandes clubes. É o popular QI (quem indica), que causa espanto nos profissionais sérios e tácita aceitação dos que acham que até corneteiro de arquibancada tem direito de palpitar em contratações. Trata-se do apadrinhamento de “reforços”, prática que é ainda mais freqüente quando os times estão em baixa, os técnicos são submissos e dirigentes tentam driblar a pressão dos torcedores.
No Pará, Remo e Paissandu são tradicionalmente as maiores vítimas dessa praga, que corrói a autoridade dos técnicos e é caminho mais curto para o inchaço irresponsável dos elencos. Com o time oscilando muito, principalmente por falhas no setor defensivo, o Paissandu tornou-se de repente o paraíso para empresários e agentes.
Enquanto a defesa continuar vacilando, a Curuzu seguirá como alvo natural dos negociantes da bola. Não há dia que termine sem que surjam notícias de novas contratações. As mais recentes foram dos beques Nei Baiano (que ainda nem estreou), Hebert, Rafael Lima e Elton Lira. E há mais gente sendo oferecida à diretoria.
Já estavam por lá os zagueiros Ari, Tinoco, Cristiano Laranjeira, Tobias e Wesley, que foi revelado pelo Botafogo (RJ) e trazido ao clube por um colaborador. Os dois últimos não tiveram oportunidades no time principal, e dificilmente terão. Wesley, inclusive, ainda espera regularização de sua situação funcional. Casos clássicos de ausência de bons padrinhos.
Mas a farra de aquisições não se restringe à defesa. No ataque, Sérgio Cosme recebeu um autêntico presente de grego, por ingerência tácita da cartolagem: Cleysson Rato. Além de ter sido imposto na marra ao treinador, um detalhe torna o negócio ainda mais bizarro. O atacante voltou à Curuzu sob as bênçãos de uma das facções “organizadas” do clube. Em outras palavras: a coisa chegou mesmo ao fundo do poço. Vale dizer que Rato já defendeu o Paissandu em outras ocasiões, sem deixar saudades.
O Remo não fica atrás. A folia de contratações indicadas por padrinhos só teve um freio nesta temporada, sob o comando da nova diretoria, que tem dado carta branca ao técnico Paulo Comelli e ao superintendente Armando Bracalli. O Baenão, no ano passado, foi palco de outra modalidade de apadrinhamento, não menos danosa. Partia do próprio treinador, Giba, responsável por contratações desastrosas e que só causaram prejuízos ao clube, inclusive nos tribunais – como comprovam os recentes processos movidos por Paulo Sérgio e Júlio Bastos.
O amigo e desportista Paulinho Oliveira, naturalmente presente à decisão da Taça Guanabara, conversou com a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, e também falou com o técnico Vanderlei Luxemburgo, de quem é amigo há muito tempo. Aproveitou o gancho para indicar Rafael Oliveira aos rubro-negros. Na fase negra vivida pelos atacantes do time, o artilheiro do Parazão pode ter chances.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 1)
Com a enxurrada de zagueiros contratados nos últimos dias, o Paysandu contraria o pensamento de muitos que afirmam ser culpa dos volantes a alta média de gols sofrida. A avaliação do Paysandu é de que a fragilidade de sua defesa é culpa da zaga, está bem claro, pois não há nenhum volante entre os recém-chegados.
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Gerson,
– No que se refere ao Paysandu, concordo plenamente, penso que já deveria ter sido feito um protesto de sua torcida, pedindo a saída desse Presidente;
– No que se refere ao Remo,penso que a notícia foi postada ao contrário, pois, hoje sim, a farra de contratações de dirigentes é muito maior que a quando da passagem de Giba pelo Remo, até porque não tem comparação a postura de um Giba com a do Comeli. Convenhamos. Querer voltar a atacar a diretoria passada de qualquer jeito, penso que nada acrescentará para o crescimento do Remo(até porque, no futebol ela passou e nãodeixou saudades) muito pelo contrário e, conhecendo o amigo como conheço, tenho certeza que esse não é o seu objetivo.
– Penso assim: A farra de contratações do Abelardo Sampaio, na era Sinomar e, a Farra de contratações do LOP nas eras Charles e Sérgio Cosme, essas sim, podem ser comparadas com a atual do clube do Remo. Verdade seja dita. É a minha opinião.
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EM outras palavras, resumindo: FALTA gestão profissional.
BOM dia a todos do blogue.
PALÍNDROMO do dia:
‘Anotaram a data da maratonA’
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Gostei do Palíndromo, amigo Valentim, fiquei alguns segundos tentando ler da direita para a esquerda(rsrs). Um bom dia a todos.
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Palíndromo do dia.
só faltava essa.
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Tentamos contribuir para a elevação do nível intelectual da galera. Melhor palíndromo ou pensamentos do que tantas asneiras que alguns costumam postar neste espaço.
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me desculpe valentim, mas esse negócio de palindromo do dia não levanta o nível em nada.
os pensamentos tudo bem.
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Gostei Valentin;
Valeu!!!
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Esse aí tenho certeza que torce pelo sucesso do futebol paraense.
ferecer, a troco de nada, os poucos jogadores que prestam no nosso futebol mostra isso.
se ele for o empresário do rafael, tudo bem, agora se não for não se justifica essa atitude.
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oferecer, a troco de nada…
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Foi o próprio Sérgio Cosme que declarou : ” os jogadores que eu poderia indicar exigem salários acima das possibilidades do Paysandu ” .Isso nos dá direito de pensar que os zagueiros que aqui estão não são do agrado do treinador.
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Esses que estão aí jogando no maior do norte deveriam ganhar
R$ 545,00 e se descontentes reclamar para o Senado que aprovou o mínimo.
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A diretoria parece que está sofrendo do efeito da Síndrome Marinho Peres, perece que Sérgio Cosme, mesmo sem ser pagodeiro, leva todos, no gogó.
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SE NÃO SABES APRENDE,SE JÁ SABE ,ENSINE- CONFUCIO
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Bastou a divulgação do interesse de alguns clubes pelo Rafel Oliveira e a aloprada intenção do LOP em renovar contrato para aumentar valor de multa, que o jogador parou de fazer gol. Olho gordo, será?
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Gerson, com todo o respeito, mas o próprio Bracalli (ex-atleta de feliz memória para os azulinos), não seria um apadrinhado da atual diretoria!? Você lembra que quando o Cinturão quis se impor ao AK uma das suas cartadas era o o Bracalli?! Outra coisa, a diretoria também tem colocado suas manguinhas de fora no elenco azulino, sim. Tanto é verdade que o Comelli andou dizendo para quem quisesse ouvir que não indicou algumas contratações (no máximo aquiesceu por não ter mais jeito). Se não estou enganado o Tiago Marabá e o Jari são dois exemplos desta interferência (vou checar com exatidão). Segundo declarado, em tom de reclamação, por vários treinadores que já passaram pelo Clube do Remo o grupo que aí está dirigindo, parda ou ostensivamente, o Leão é das mais destacadas na prática de apadrinhar jogadores, descolando-os de uma “super agenda”. De outra parte, a indicação do treinador não é garantia de sucesso nas quatro linhas. No caso do Mais Querido, os exemplos que você mesmo deu alusivos ao Giba (que parece que não se emenda tanto que já levou o Pedro Paulo ao clube do sul que o contratou como treinador) e o próprio Wellington Silva relativamente ao Comelli, comprovam esta realidade. Quanto aos prejuízos nos tribunais, aí independe do apadrinhamento. Procurando me ater ao Leão (sabendo que no rival também é assim) tal decorre da crônica mania da diretoria (qualquer que seja a corrente a que se filie dentro do Clube) de não cumprir com as suas obrigações trabalhistas.
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Antonio, se formos considerar o superintendente (um cargo de confiança) como apadrinhado aí a coisa toda está de pernas pro ar. Veja bem: questiono os critérios, a qualificação e a seriedade de quem indica atletas e treinadores aos nossos clubes. Apenas isso.
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Oh meu caro Gerson, mas é exatamente a estes quesitos questionados por você, e apenas a eles, que me reporto – critérios, qualificação e seriedade de quem indica atletas e treinadores. No mais, apenas ilustro minhas idéias com alguns exemplos, alguns dos quais citam inclusive informações trazidas à baila pela própria imprensa. Aliás, para usar da mesma analogia muito bem utilizada por você, cumpre dizer que, no serviço público, não há nada mais identificado com apadrinhamento e “QI” (quem indica) do que a figura do cargo de confiança, aquele cujo ocupante não precisa ser previamente aprovado em concurso. Agora, especificamente quanto ao Bracalli (repito: ex-atleta de feliz memória para os azulinos), pelo bem do alcance dos objetivos de há muito duramente acalentados pela torcida azulina, minha vigilante expectativa é que realmente a coisa não esteja de pernas pro ar lá nas hostes do Mais Querido.
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