Teixeira foi alvo de duas CPI’s

Por Rodrigo Mattos:

Assim como seus pares no Comitê Executivo da Fifa, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, passou por investigações dentro do Brasil. Foi alvo de duas CPIs, na Câmara e no Senado, que apresentaram diversas irregularidades em sua gestão na entidade. Entre outros pontos, o cartola foi acusado de evasão de divisas em empréstimos feitos pelo americano Delta Bank à CBF. Por conta disso, Teixeira e seus subordinados foram denunciados pelo Ministério Público Federal.

A alegação era a de que a confederação pagou juros acima do mercado. Mas o Tribunal Regional Federal trancou a ação no Rio. Teixeira sempre negou as acusações. Apontou que os empréstimos ocorreram durante crise econômica mundial na década passada, o que elevou os juros. Usou taxas cobradas por outros bancos para embasar sua defesa.

Também na investigação da CPI do Futebol foi apontado que a CBF tinha prejuízo nas operações com a SBTR, então operadora de turismo da seleção brasileira. Segundo a comissão, a empresa foi favorecida em R$ 30 milhões em três anos. Mas a acusação nunca se transformou em processo criminal. A PF indicou que não estava configurado crime, nesse e em outros casos. O Ministério Público Federal discordou, mas não deu seguimento a ações até hoje. (Do Folhaonline)

Cartolas sob suspeita escolhem as 12 cidades

O anúncio das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 determinará a prioridade do investimento federal sobre 12 capitais nos próximos anos. O governo se comprometeu a bancar a infraestrutura do evento. A escolha que determinará o destino desses recursos, porém, passou longe de Brasília.

Foi feita pelo grupo de 25 homens do Comitê Executivo da Fifa. Só um é brasileiro – o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Todos foram eleitos em pleitos que só envolveram cartolas de suas confederações. Vários sofreram acusações de ilegalidades financeiras ou políticas nas bases ou na entidade. Quem encabeça a lista de problemas é o presidente da Fifa,  Joseph Blatter. Em sua gestão, o então secretário-geral, Micheal Zen-Ruffinen, acusou Blatter de ter feito gastos irregulares, somando prejuízo de 360 milhões de libras (mais de R$ 1 bilhão) para a entidade.

Uma das acusações era a de que ele pagara de forma irregular 69 mil libras ao russo Viacheslav Koloskov. Na época, Koloskov não era do Comitê Executivo, mas recebeu verba como se fosse. Hoje, ele está de volta ao órgão máximo da Fifa. Por conta disso, 11 membros do Comitê Executivo da Fifa acusaram Blatter, em denúncia criminal, de utilizar dinheiro da entidade para comprar votos. A disputa precedia a eleição de 2002 para a presidência.

Sob pressão, Blatter reconheceu erros e reviu determinados procedimentos dentro da entidade. Foi reeleito, e Zen-Ruffinen saiu da Fifa. A denúncia acabou sendo retirada. A crise financeira da Fifa, levada a público pelo ex-secretário-geral, foi desencadeada pela falência da ISL (International Sports License). A empresa era a principal parceira comercial da Fifa, que negociava contratos de TV e de patrocínio.

Sua ruína gerou um processo na Justiça suíça em que executivos da ISL admitiram ter feito pagamentos a dirigentes esportivos. Não foram dados nomes. Foi também em um processo que o atual secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, complicou-se. Nos EUA, a Mastercard processou a federação internacional por rompimento de contrato –hoje, o patrocínio da entidade é com a Visa. A corte apontou que Valcke, então diretor de marketing da entidade, mentiu na ação. Sua atuação foi classificada como “qualquer coisa, menos fair play”, alusão ao lema da Fifa.

A entidade teve de pagar US$ 90 milhões para a Mastercard. Valcke sofreu pressão dentro da federação, mas foi perdoado. E virou secretário-geral. Um dos vices da Fifa, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, foi acusado de lucrar US$ 1 milhão com a revenda ilegal de ingressos para a Copa de 2006, na Alemanha. Warner recebeu somente uma multa e foi obrigado a devolver o dinheiro. Contudo seu prestígio no Comitê Executivo seguiu intacto.

Segundo homem da Fifa – é vice sênior -, o argentino Julio Grondona foi investigado por comissão da Câmara de Deputados de seu país, em 2000. Motivo: apurar possíveis irregularidades nos contratos de TV da AFA (Associação de Futebol Argentina). Havia alegações de favorecimento a uma das redes nacionais.

Revistas argentinas apontaram o enriquecimento de Grondona à frente da AFA. mas sem apontar desvio de recursos da entidade. Mais tarde, a investigação da Câmara foi arquivada, e Grondona seguiu forte. O guatemalteco Rafael Salgueiro, também membro do Comitê Executivo, foi acusado por um ex-funcionário da federação local de vender camisas falsificadas da Adidas. (Do Folhaonline)

NBA: brasileiros fora da final

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Com a vitória do Orlando Magic sobre o Cleveland de Anderson Varejão, no sábado à noite, pela Conferência Leste, as finais da NBA não terão brasileiros em quadra. Na véspera, o LA Lakers de Kobe Bryant já havia eliminado o Denver Nuggets, do pivô Nenê Hilário, na Conferência Oeste.

Lula dispara de novo

Pesquisa Datafolha publicada neste domingo informa que o índice de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é classificado como ótimo/bom para 69% dos entrevistados.

A avaliação positiva voltou ao patamar de novembro passado, quando a taxa de aprovação do governo chegou a 70%. Em março, devido à crise financeira, o índice caiu para 65%. (Com informações do Folhaonline)

Bordeaux quebra hegemonia

O Bordeaux derrotou o Caen por 1 a 0, neste sábado, fora de casa, pela última rodada do Campeonato Francês, e conquistou seu sexto título da competição, quebrando a hegemonia de sete anos do Lyon.

O time comandado por Laurent Blanc entrou em campo três pontos à frente de seu único rival pelo título, o Olympique de Marselha, e precisava de apenas um empate para sair de campo com a taça de campeão da temporada 2008/2009.

O único gol da partida foi marcado por Gouffran, aos 3min do segundo tempo. Com o resultado, a equipe encerra sua participação no Francês com 80 pontos.

Orlando vai decidir com Lakers

O time do Orlando Magic ganhou do Cleveland Cavaliers, do brasileiro Anderson Varejão, por 103 a 90 na noite deste sábado e conquistou o título da Conferência Leste da NBA. O Orlando fechou a série melhor de sete liderando por 4 a 2 e disputará a final da NBA pela primeira vez desde 1995.

O Cleveland Cavaliers, que conseguiu a melhor campanha na fase classificatória da NBA e era favorito ao título, tinha uma tarefa inglória: seria apenas o nono time, desde 1947, a vencer um mata-mata após estar perdendo a melhor de sete por 3 a 1. No jogo da última sexta-feira, em Cleveland, a equipe venceu o Orlando Magic por 112 a 102 e diminuiu o placar para 3 a 2.

Dwight Howard foi o nome do jogo e fez a diferença no garrafão adversário com 40 pontos e 14 rebotes, acertando praticamente todas as bolas que tentava. O pivô no final ainda teve o prazer de ouvir os gritos de “MVP” dos torcedores do Magic. (Com informações do Folhaonline e portal da NBA)

Gols de Botafogo 2, Sport 2

Segue o jejum alvinegro no campeonato. Nenhuma vitória até agora. Pelo menos não perdeu.

Estádios ou “elefantes brancos”?

Da Folha de S. Paulo:

A Fifa anunciará oficialmente hoje, às 15h30 (de Brasília), as 12 cidades brasileiras escolhidas para receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Capitais longe da elite dos clubes construirão arenas caras. A reboque, estádios fadados a se tornarem elefantes brancos. A reportagem é de Rodrigo Mattos. 

Com a elite dos clubes concentrada no Sul e no Sudeste, haverá seis ou sete arenas caras erguidas em outras regiões do país. Sem times fortes economicamente, essas capitais devem ver problemas no futuro.

Cientes da ameaça, a maioria dos projetos das cidades candidatas prevê shoppings centers, complexos esportivos e espaços para shows, entre outros itens. Argumentam que, assim, os estádios vão se pagar. A estratégia, porém, é vista com descrença pela consultoria PricewaterhouseCoopers.

Maurício Girardello, consultor da Price, acredita que a maioria das cidades não fez estudo de pré-viabilidade dos estádios e que não foi analisado se há potencial econômico na população para explorar os espaços comerciais, para shows e para o futebol.

Policiamento

Entre os países escolhidos para sediar a Copa, o Brasil é o segundo mais violento –só fica atrás da África do Sul–, segundo critérios de homicídios medidos pela ONU. E, hoje, o país tem um número insuficiente de policiais para garantir a segurança nas 12 cidades-sede.

Das 12 prováveis sedes do Mundial, só uma tem índice de assassinatos abaixo da média nacional –Natal. Todas as outras têm números superiores.

A média brasileira de homicídios é de 23,7 pessoas por 100 mil habitantes. Pelos critérios da ONU, índices acima de 10 por 100 mil pessoas já caracterizam epidemia de violência.

Para Régis Limana, coordenador-geral de Inteligência da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) do Ministério da Justiça, não há uma preocupação em relação ao tamanho do efetivo de policiais.

Limana, que coordena os projetos de segurança do Mundial e da candidatura olímpica Rio-2016, não consegue estimar quantos agentes serão usados em 2014. Segundo ele, ainda haverá reunião com os centros de segurança dos Estados.

Ele, no entanto, já sabe que serão destacados 60 mil policiais para o Rio de Janeiro, se a cidade for sede olímpica. “É bem mais complexo [o esquema de segurança para a Copa]. O aparato que você movimenta para a Olimpíada tem que ser replicado por 12”, disse.

Questionada pela Folha, a assessoria de imprensa do Exército informou que não faz parte de suas atribuições a segurança pública do país. Ou seja, não pretende atuar na Copa.

Som na manhã – Milton Nascimento, Bola de Meia Bola de Gude

Um clássico do Clube da Esquina, quando Milton ainda era Milton. A letra, belíssima, tem muito a ver com este dia.

Longe demais das capitais

Há três meses, quando ainda era ralo o interesse no assunto, escrevi sobre a candidatura de Belém a sub-sede da Copa de 2014. Enumerei os motivos pelos quais a Cidade das Mangueiras teria, na minha opinião, presença obrigatória entre as 12 escolhidas. Em primeiro lugar, Belém é uma das cinco capitais dotadas de um estádio moderno e que precisa de poucos ajustes para se tornar apto a abrigar jogos de Copa do Mundo. A avaliação é de consultorias internacionais especializadas, que apontam o Mangueirão como um dos melhores estádios brasileiros.
Um segundo item, também importante, favorecia Belém. A íntima vinculação de seus cidadãos com o futebol. Poucas são as cidades brasileiras com índices tão altos de presença de público em estádios. Talvez somente Salvador e Porto Alegre estejam à frente nesse quesito.
Outro aspecto fundamental: a acessibilidade. Ao contrário de Manaus e Rio Branco, as outras postulantes regionais, Belém tem a facilidade do acesso por via rodoviária, permitindo a chegada de torcedores de outras capitais.
Mencionei ainda a tradição em sediar grandes eventos, como o Fórum Social Mundial, jogos internacionais da Libertadores e das eliminatórias sul-americanas. Argumentei também com a mais óbvia das vantagens belemenses: a incrível secura do torcedor por futebol, fenômeno que só encontra paralelo em duas outras praças, Salvador e Porto Alegre.
Havia, por fim, o jogo político. Governado por uma petista e contando com o apoio declarado do presidente Lula, esperava-se que nos bastidores a Cidade das Mangueiras estivesse bem representada. Ledo engano.
Nada disso parece ter adiantado. A informação é extra-oficial, a Fifa só confirma as escolhas neste domingo, mas paira no ar uma sensação de tristeza, desânimo e impotência. Belém está às vésperas de receber o que provavelmente será a pior notícia desses últimos 50 anos.
Uma cidade singular, diferente das demais capitais. Maltratada por inúmeros gestores insanos, conserva-se linda e altaneira. Pelo desenho das ruas, pelo jeito único de sua gente, pela chuva, pelas mangas…
A derrota, cantada pelo colunista de O Globo, é tanto mais dolorosa porque acontece num setor que dominamos. Aqui futebol é religião. Nas esquinas, nos escritórios, nas feiras, nos bares. Remo ou Paissandu. Dá ou desce. Oito ou oitenta. Milhares de pessoas têm o hábito saudável de comparecer aos estádios. Ou melhor, de lotar estádios.
Por esse aspecto, nenhum outro lugar merecia tanto estar na Copa.
Infelizmente, essa fantástica vocação esportiva não teria sido capaz de sensibilizar o conselho de anciãos da Fifa, ciceroneados pelo todo-poderoso Ricardo Teixeira. Ao que parece, as escolhas precederam o ritual de visitação dos fiscais. Cartas marcadas, como se especulou ante a indisfarçada simpatia da CBF por Manaus.
 
 
Caso o Globo esteja realmente certo, Belém terá sido preterida por razões obscuras, que desafiam a lógica, a métrica, o bom senso e as próprias exigências da Fifa. Triunfa a cidade sem estádio pronto, sem torcida e sem futebol. Não é crível que embustes marqueteiros suplantem a realidade. Algo de mais forte – e inconfessável – certamente prevaleceu.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 31/05)

Terceiro mandato divide eleitorado

Da Folha de S. Paulo:

Pesquisa Datafolha feita entre a terça-feira (26) e a quinta-feira (28) passadas revela que uma emenda constitucional para permitir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorresse a um terceiro mandato receberia hoje o apoio de 47% dos brasileiros e seria reprovada por 49%.

Em novembro de 2007, a mesma proposta era rejeitada por 63% dos entrevistados e tinha o aval de 34%. A pesquisa mostra ainda que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), possível candidata do PT à Presidência, reduziu em oito pontos a distância de José Serra (PSDB). No principal cenário, ela subiu cinco pontos e foi a 16%; o governador de SP perdeu três pontos e ficou com 38%.

Dilma reduz diferença

Da Folha de S. Paulo:

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), encurtou a distância nas pesquisas entre a sua pré-candidatura a presidente e a do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), informa o repórter José Alberto Bombig, em matéria publicada na Folha (a reportagem está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).

A diferença do tucano, ainda líder, para a petista estava em 30 pontos percentuais em março deste ano e agora caiu para 22 pontos, conforme o mais recente levantamento do Datafolha – Dilma tem 16% das intenções de voto, contra 38% de Serra no principal cenário.

Em relação à pesquisa anterior, a ministra do presidente Lula subiu cinco pontos percentuais, enquanto o tucano paulista perdeu três. O crescimento levou a petista à segunda colocação, empatada tecnicamente com o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que oscilou de 16% para 15%. É o melhor resultado de Dilma na série histórica do levantamento.