CBF abre linha de crédito para clubes das séries A e B

CBF anuncia novas medidas de apoio aos clubes

A CBF vai disponibilizar aos Clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro uma linha de crédito total de até R$ 100 milhões de reais, a juro zero. Os recursos serão concedidos tendo como garantia os valores a receber pelos clubes referentes ao contratos de direitos de transmissão das competições que disputam e prêmios por desempenho nesses campeonatos. Os valores sairão integralmente do caixa da CBF, de forma imediata.

O adiantamento é uma forma de compensar parte da perda de arrecadação que os clubes tiveram com a redução dos valores pagos por direitos de transmissão no trimestre que vai de abril a junho, além de outras fontes de receita, como bilheteria, programa de sócio de torcedor e patrocínios.

Os clubes da Série B receberão um adiantamento total de cerca de R$ 15 milhões, sobre os valores que tem a receber sobre o contrato de direitos de transmissão com o Grupo Globo. Devido ao adiamento do início da competição por conta da epidemia, a emissora fechou com os clubes e a CBF um acordo que redesenhou o calendário de pagamentos, com redução das parcelas previstas para os meses de abril, maio e junho. Com o adiantamento feito agora, a CBF repõe, com recursos do seu caixa, os valores previstos originalmente em contrato. Desta forma, ajuda os clubes a manterem seus compromissos. Assim como na Série A, este adiantamento será feito a juro zero.

A CBF já havia feito outro adiantamento de pagamento de direitos de transmissão aos clubes da Série B, no valor de R$ 11,4 milhões. Assim, os valores antecipados aos participantes da competição signatários do contrato já chegam a R$ 26,4 milhões de reais.

A CBF destinou em abril R$ 19 milhões de reais a título de doação para os clubes que disputam as Séries C e D do Campeonato Brasileiro Masculino e as Séries A1 e A2 do Campeonato Brasileiro Feminino. A ação beneficiou 140 clubes.

Além disso, a CBF destinou R$ 3,2 milhões para ajudar na manutenção das federações estaduais, também a fundo perdido. E adiantou o pagamento de duas taxas de arbitragem aos árbitros do quadro nacional, num valor total de R$ 1,8 milhões. E deu isenção por tempo indeterminado aos clubes de todas as divisões de taxas de registro e transferência de atletas, medida que deve permitir aos clubes uma economia de R$ 4 milhões nos primeiros três meses de aplicação.

Somadas as linhas de crédito, adiantamentos, doações e isenções, o apoio da CBF à comunidade do futebol brasileiro já chegou a quase R$ 155 milhões de reais.

Queda no pay-per-view expõe prejuízos da Globo com a pandemia

Vinheta de futebol da Globo - Reprodução

A pandemia segue fazendo estragos em todas as áreas de atividade. A Globo, por exemplo, tem sofrido prejuízos com o seu serviço de pay-per-view (Premiere) desde que o futebol foi paralisado no país. Mais de 400 mil assinantes debandaram e o prejuízo chega a R$ 32 milhões. A base oficial de assinantes ficou abaixo de 1,5 milhão pela primeira vez desde 2010.

Ranking dos brasileiros mais caros da história dos maiores clubes do mundo

Titular da seleção, goleiro Alisson é o reforço brasileiro mais caro da história do Liverpool - Sergio Perez/Reuters

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não só infectou mais de 6,5 milhões de pessoas e provocou pelo menos 387 mil mortes em todo planeta, como também impactou profundamente o cenário econômico do futebol mundial. Com menos dinheiro nos cofres, os clubes provavelmente serão bem mais modestos na hora de reforçar seus elencos. Resultado: na próxima janela de transferências, os grandes negócios serão raros. E isso inclui aqueles envolvendo jogadores do único país pentacampeão mundial de futebol.

Por isso, será difícil encontrar algum time relevante no cenário europeu quebrando seu recorde de reforço de reforço brasileiro mais caro da história. Dos 19 clubes que tiveram seus históricos de transações analisados pelo “Blog do Rafael Reis”, somente um já derrubou essa barreira para a próxima janela de transferências: o Benfica, que irá pagar 20 milhões de euros (R$ 112,2 milhões) pelo meia-atacante Pedrinho, do Corinthians. Só que esse negócio foi fechado antes da pandemia da Covid-19 chegar à Europa e, muito possivelmente, será o único envolvendo um brasileiro que poderá ganhar o rótulo de recorde em 2020/2021.

Atualmente, as maioria dos clubes analisados tem como reforço brasileiro mais caro de todos os tempos jogadores que foram contratados em 2018. Barcelona (Philippe Coutinho), Liverpool (Alisson), Manchester United (Fred), Juventus (Douglas Costa) e Tottenham (Lucas Moura) fazem parte dessa lista. O Borussia Dortmund é aquele que possui a marca mais antiga. O máximo que ele pagou por um jogador com DNA verde e amarelo foi 25,5 milhões de euros (R$ 143,1 milhões, na cotação atual), lá em 2001, por Amoroso.

O recorde do Manchester City também é da década passada: Robinho, que custou 43 milhões de euros (R$ 241,2 milhões) em 2008.

Apenas dois times do primeiro escalão da Europa têm brasileiros como seus reforços mais caros de todos os tempos: o Paris Saint-Germain, que gastou 222 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) para contratar Neymar, e o Barcelona, cujo investimento em Philippe Coutinho chegou a 160 milhões de euros (R$ 898 milhões). Esses também são os dois únicos negócios envolvendo atletas do país da CBF que ultrapassaram a barreira dos 100 milhões de euros (R$ 561 milhões).

O brasileiro mais caro na história de cada clube

PARIS SAINT-GERMAIN: Neymar (2017), 222 milhões de euros

BARCELONA: Philippe Coutinho (2018), 160 milhões de euros

REAL MADRID: Kaká (2009), 67 milhões de euros

LIVERPOOL: Alisson (2018), 62,5 milhões de euros

MANCHESTER UNITED: Fred (2018), 59 milhões de euros

MANCHESTER CITY: Robinho (2008), 43 milhões de euros

JUVENTUS: Douglas Costa (2018), 40 milhões de euros

CHELSEA: Willian (2013), 35,5 milhões de euros

(do blog de Rafael Reis)

Estados criam portal paralelo para divulgar dados da covid-19 no país

Alberto Beltrame e Jair Bolsonaro

O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, que reúne os gestores dos 26 estados e do Distrito Federal, inaugurou neste domingo (7) um portal “paralelo” para divulgar as estatísticas de coronavírus no Brasil, pois, no site disponibilizado pelo governo Jair Bolsonaro para atualizações acerca da Covid-19, passaram a ser divulgados apenas os dados de confirmações e mortes provocadas pela doença em 24 horas, e não mais o total de casos e o de óbitos desde o início da pandemia.  

De acordo com o conselho, os dados serão atualizados diariamente às 17h – horário em que os dados são enviados ao Ministério da Saúde para consolidação do boletim nacional. O governo federal passou a divulgar, na última quinta-feira (4), os dados apenas ao fim da noite, depois das 21h30.

Os dados ficarão disponíveis no site do Conass. Em nota, o presidente do conselho e secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, disse que as decisões de gestão em saúde devem ser pautadas por “ciência, verdade e informação precisa e oportuna”.

Até as 16h30 deste domingo (7) o site do Conass apontava 680.456 casos confirmados e 36.148 óbitos de pessoas com a Covid-19.