Apoiadora do golpe, Folha sofre nas mãos do governo

Por Luís Felipe Miguel, no Facebook

Do começo de 2014 ao final de 2018, a Folha disputou, com todo o resto da grande imprensa brasileira, o título de Diário Oficial da Lava Jato. Exaltou Moro e Dallagnol como salvadores do Brasil, embarcou alegre em qualquer denúncia que atingisse Lula, fez tabelinha com policiais e procuradores para criminalizar o PT e a esquerda. Foi mesmo precursora daquilo que hoje se conhece como “doutrina Gebran da propriedade”, com os infames “furos” de reportagem sobre os pedalinhos e o “iate de lata”.

Quando a sua campanha pela vitória daquele homem santo, Aécio, não deu certo, a Folha aderiu imediatamente à ideia de um golpe.

Diante de Bolsonaro, hoje, a Folha diz: é preciso contê-lo. Diante de Dilma, ela dizia: é preciso derrubá-la.

Basta comparar os noticiários de uma e outra época. Quem lia a Folha nos últimos anos de Dilma via um país a caminho do caos. Moeda desvalorizada, carestia, desemprego, crescimento econômico pífio – e um governo envolvido em escândalos de corrupção.

Hoje temos moeda desvalorizada, carestia, desemprego e crescimento econômico pífio, mas a Folha não retrata a economia como estando à beira do abismo. Ao contrário, não cansa de exaltar a política econômica de Guedes. Os escândalos de corrupção são noticiados, mas de forma intermitente. E o envolvimento da cúpula do poder com a criminalidade comum é praticamente escamoteado do noticiário.

Quando o golpe de 2016 logrou êxito, a Folha saudou o governo Temer. Fiel a seu estilo, com críticas pontuais, mas apoiando fortemente o congelamento do gasto social, a entrega do patrimônio nacional, a redução dos direitos trabalhistas. Nunca descuidou de negar o golpismo do golpe e manifestou simpatia às tentativas de censura de quem tentava debater o caráter ilegítimo da derrubada de Dilma.

A Folha endossou a condenação forjada e a prisão inconstitucional de Lula. Sua adesão às regras da democracia mostrou-se tão lassa que se dispôs a participar de uma fraude eleitoral – o afastamento ilegal do candidato favorito – para garantir uma legitimação de fachada para o golpe que apoiara.

Nas eleições de 2018, insistiu na tese ridícula dos “dois extremos”, equiparando o amigo de milicianos e entusiasta de torturadores Jair Bolsonaro a um político de credenciais democráticas irretocáveis (e além disso bem palatável para os grupos liberais), Fernando Haddad. Continua batendo nessa mesma tecla, aliás, como mostra o lamentável artigo de Hartung, Lisboa e Pessôa, com chamada de capa na edição de hoje, cujo título, na edição digital, é “Brasil vive entre riscos de extrema direita e recaída lulista” – e cujo resumo é que o país “precisa retomar diálogo para evitar radicalismos”.

Com Bolsonaro no poder, a Folha trabalhou ativamente para cercear a discussão sobre as políticas destrutivas de Paulo Guedes.

A “democracia” que o jornal defende é compatível com a interdição da participação da classe trabalhadora no debate público e o cerceamento de suas organizações.

É a mesma Folha, não esqueçamos, que até hoje não foi capaz de fazer sequer um mea culpa hipócrita de seu apoio, inclusive material, ao golpe de 1964 e à ditadura militar. Ela fará mea culpa de sua participação ativa na destruição da ordem definida pela Constituição de 1988? Certamente não.

Os ataques de Bolsonaro à Folha são, sem dúvida, condenáveis demonstrações de autoritarismo. Mas a solidariedade que o jornal merece, mesmo com todos os seus muitos vícios, devido ao princípio da liberdade de expressão que nós gostaríamos de ver estendido também aos grupos historicamente silenciados, é freada pela repulsa à sua tentativa desavergonhada de se promover como mártir da democracia brasileira.

Como eu já escrevi outro dia: se é para dar dinheiro em favor da pluralidade de informação, que seja para os portais alternativos, para a Rede Brasil Atual, para o Brasil de Fato, para a TVT. Quanto à Folha, que seja bancada por aqueles a quem ela quer dar voz: a burguesia “ilustrada” paulista, a direita “civilizada”, os conservadores “descolados”. Que, aliás, têm condições materiais mais do que suficientes para manter seu órgão de imprensa, caso desejem.

Roberto Carlos: para quem elogiou Pinochet, Geisel e Médici, posar com Moro é fichinha

Por Kiko Nogueira, no DCM

O elemento mais espontâneo na foto do casal Moro com Roberto Carlos no camarim é o sorriso de Mona Lisa do cantor. É um esgar entre a cólica renal e a enxaqueca, esculpido em gesso, meio sofrido. Os três estão fingindo, portanto os três estão cientes de participar de um teatro.

Muita gente boa defendeu que Roberto não tinha como fugir daqueles “fãs”. Ora, claro que tinha. Tudo é coordenado pela assessoria com sua anuência. Inclusive, e principalmente, a fotografia.

Sabia o que estava fazendo. Sempre soube. Ele já elogiou Sergio Moro publicamente algumas vezes. Em 2018, falou que o trabalho do ex-juiz era “maravilhoso” e que “realmente merece todo o nosso apoio e os nossos aplausos”.

Roberto é absolutamente coerente com sua história. É de direita, embora chamado de “ingênuo politicamente”. Ingênuo é você.

Na ditadura, quando tornou-se o maior cantor popular do país, foi condecorado com a Medalha do Pacificador, ocupou cargos em conselhos do governo, teve ajuda do ministro da Justiça para se livrar da censura e foi contratado para dar shows em homenagem à “Revolução” (é como ele trata o golpe de 64).

Puxou o saco dos militares até conseguir a concessão de uma rádio em Belo Horizonte 1979, que manteve por quinze anos. Apresentou-se nas Olimpíadas do Exército em 1972 diante de Médici no auge da repressão. 

Volta e meia, para não pegar mal, gravava um Caetano Veloso.

Em 1976 — um ano depois do assassinato de Herzog — lá estava o rei ganhando a Ordem do Rio Branco, pelos serviços prestados à nação, das mãos de Geisel.

Não faltaram muchas gracias a Pinochet num festival em Viña del Mar, no Chile. Puxa saco, se declarou honrado com a “presença do presidente de um país”.

“É um motivo de orgulho para mim, don Augusto”, discursou (vídeo acima).

Ao contrário do “dedo duro” Simonal, cuja reputação foi destruída juntamente com a carreira, Roberto Carlos foi poupado pelo Pasquim, pela “esquerda festiva” e pelos colegas.

Parte disso é o mais puro racismo da montanha.

Esse é o Roberto. Podia se poupar, a essa altura da vida, do tipo de mico com os Moros. Mas aí não seria o Roberto.

Caixa registra saque de R$ 500 da conta do FGTS mesmo de quem não quer sacar

O trabalhador que não quiser o saque imediato de até R$ 500 por conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) precisa comunicar a Caixa Econômica Federal e solicitar a devolução do dinheiro ao fundo.

O banco já está fazendo o débito automaticamente e manterá o dinheiro fora das contas do FGTS até 30 de abril do ano que vem, a menos que o trabalhador peça o dinheiro de volta — procedimento chamado de desfazimento. Feita a solicitação para a devolução, no entanto, o banco definiu um prazo de até 60 dias para fazer o crédito no fundo de garantia.  

Tire suas dúvidas sobre o procedimento:

  • Enquanto estiver fora do fundo, o dinheiro perde a correção do período.
  • Quem fizer o desfazimento ficará sem acesso ao dinheiro que estava disponível para saque imediato ao longo desses dois meses. Ou seja, não poderá usá-lo no período caso consiga financiamento imobiliário, decida realizar amortização de saldo devedor em contrato imobiliário ou seja demitido.
  • O saque ainda será permitido, mas separadamente, pois os valores ainda não estarão no bolo do FGTS.
  • Quem não pedir devolução do recurso para a conta do FGTS só terá o dinheiro enviado de volta a partir de 1º de maio do ano que vem.
  • Do mesmo modo, o trabalhador que ainda não decidiu se quer ou não fazer a retirada poderá fazê-lo até 30 de março de 2020.

Desfazimento

A medida provisória 889, que regulamenta o programa saque imediato do FGTS, prevê o saque compulsório do fundo e o crédito no banco para quem tem poupança na Caixa. Não prevê procedimento similar para não correntistas do banco.

Técnico que acompanhou o programa de saques de contas inativas do FGTS no governo Michel Temer (MDB), e concordou em falar com a condição de não ter o nome revelado, disse que o saque compulsório não é uma opção correta e considerou inadequado o envio dos recursos para uma espécie de limbo, ainda que seja uma conta provisória da própria Caixa.

Avaliou como irregular o banco público levar 60 dias para devolver o recurso ao fundo em caso de recusa do titular em sacar o dinheiro, pois o correto seria fazer o estorno imediato. A retenção do dinheiro, avalia a mesma fonte, pode gerar questionamento do Banco Central (BC).

Em 2017, a Caixa criou um site para a consulta do saldo das contas inativas, similar ao utilizado agora. Naquela época, no entanto, o trabalhador precisava aderir ao saque. Só então a Caixa retirava os valores das contas inativas e os preparava para o saque no sistema bancário. O banco diz que agora antecipa o processamento do débito da conta vinculada para que os valores fiquem disponíveis mais rápido.

Em nota, a Caixa diz que, “caso o trabalhador identifique que existe esse débito em sua conta do FGTS, mas não tenha interesse em realizar o saque imediato e necessite utilizar os valores para outras finalidades”, pode pedir o desfazimento.

A Caixa afirma que esse pedido é possível no aplicativo e no site do FGTS, mas, na prática, essas opções estão disponíveis apenas para trabalhadores que ainda não tiveram o dinheiro sacado do fundo. Ou seja, os nascidos nos meses de novembro e dezembro.

Para os nascidos até agosto, a consulta no site www.fgts.caixa.gov.br apenas informa que os valores foram liberados e encerra o acesso. Aniversariantes dos meses de setembro e outubro, cuja liberação do saque está marcada para o dia 6 de dezembro, ao acessar o site, são informados de que o pagamento está em processamento. No telefone disponibilizado pelo banco, esses trabalhadores não conseguem cancelar o débito, que já aparece no extrato completo do FGTS.

O desfazimento também era previsto na medida provisória 889, mas apenas para quem tem poupança na Caixa.

Censura, ataques à democracia e bizarrices fazem despencar apoio a Bolsonaro

As bombas midiáticas do presidente Jair Bolsonaro como método para reforçar sua identidade de extrema direita, atacando princípios democráticos, estão virando rotina. Desta vez, ele conseguiu provocar até o ator mais bem pago de Hollywood, Leonardo DiCaprio, insinuando que ele investe em ONGs responsáveis por queimar a Amazônia, a ponto de o ator precisar responder à provocação.

Para além dessa acusação contra DiCaprio — sem base na realidade —, Bolsonaro decidiu atentar contra a democracia ao censurar o jornal Folha de S.Paulo numa licitação de jornais com o governo federal, seguindo os mesmos métodos de governantes de ultradireita pelo mundo. “Recomendo a todo o Brasil que não compre mais a Folha”, disse ele em uma live para seus seguidores, dizendo que vai boicotar produtos de anunciantes do jornal.

A escalada autoritária faz barulho, mas também tira um pouco mais do seu apoio, como constatou o cientista político Andrei Roman, da Atlas Político. A rejeição ao presidente Bolsonaro subiu nos últimos dias, enquanto o número de apoiadores que consideram seu governo ótimo ou bom caiu de 27,5% no dia 12 de novembro, para algo em torno de 25% neste sábado, diz Roman, que monitora por tracking diariamente as redes para clientes do mercado financeiro. “A rejeição voltou a subir”, explica Roman, embora não precise quanto. Mas no último levantamento da Atlas, no dia 12 de novembro, estava em 42,1%.

A lista de descalabros arbitrários do Governo foi grande na semana que passou. O ataque às ONGs contou com o presidente celebrando nas redes sociais a suspeita prisão de quatro brigadistas voluntários do balneário Alter do Chão, no Estado do Pará, cuja detenção foi cercada de diversas incongruências.

A ação foi questionada pelo próprio Ministério Público Federal, que vinha investigando o caso, e afirmou que nunca houve suspeita contra os quatro jovens detidos na terça-feira. Foi também contestada por diversas entidades de meio ambiente e direitos humanos, e repercutiu negativamente no exterior, às véspera da Conferência Mundial do Clima, que acontece em Madri na Espanha.

Os jovens voluntários, João Victor Pereira Romano, Daniel Gutierrez Govino, Marcelo Aron Cwerner e Gustavo Fernandes, saíram juntos da prisão na quinta. A cena da saída, filmada pelo coletivo Mídia Ninja, chocou. Os quatro tiveram a cabeça raspada quando entraram na prisão, e estavam visivelmente humilhados. Saindo de mãos dadas, encontraram seus familiares nos portões do presídio. Um deles caiu em choro convulsivo no choro nos ombros do pai e repete “Eu não fiz nada, pai”. (Do El País)

Com atraso, Fifa pune o ex-chefão

POR GERSON NOGUEIRA

“O Ricardo Teixeira é filho de João Havelange. Existe uma dinastia no futebol. Ele é Ramsés II. Ricardo Teixeira é um dos que ficaram com a riqueza do futebol. Ele, Eduardo Farah, J. Hawilla… Enquanto isso, os clubes ficam cada vez mais perto da falência”, dizia o ex-jogador Sócrates, pioneiro em críticas ao sucessor de Havelange no comando do futebol brasileiro e herdeiro de todas as maracutaias armadas pelo ex-Rei Sol.

Lembrei essa frase do Doutor diante da notícia de que a Fifa baniu Teixeira do futebol profissional, depois da análise e julgamento das acusações quanto à fortuna que juntou graças em propinas recebida pelo então presidente da CBF durante a preparação do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014.

A devassa nos papéis que comprometem Teixeira foi feita por uma equipe independente do conselho de ética ligado à Fifa. Ele era investigado por um super propinoduto que funcionou a todo vapor no período de 2006 a 2012. Teixeira exercia ativo papel junto às empresas que atuariam com mídia e direitos de imagem de eventos da CBF, Conmebol e Concacaf.

O livro “O Delator” (Ed. Record, 2018), dos jornalistas Allan de Abreu e Carlos Petrocilo, desnuda as rapinagens de Teixeira e cúmplices, entre os quais o falecido J. Hawilla, o multifacetado personagem central da obra.

Pela riqueza de documentos consultados pelos repórteres, os auditores da Fifa só precisariam ler o livro para descobrir o tamanho do lamaçal que envolve a CBF e suas ramificações no continente, sob o manto protetor de Havelange e seu sucessor, Ricardo Teixeira.

A decisão, anunciada na sexta-feira pela Fifa, não surpreendeu ninguém, mas revela que Teixeira agiu contra o artigo 27 do código de ética da entidade, que trata da prática de propina. A sanção é o banimento por toda a vida de qualquer atividade ligada ao mundo do futebol.

Inclui questões de campo, mas passa pela parte administrativa, tanto no Brasil como no exterior. O ponto mais importante é a multa de 1 milhão de francos suíços – cerca de R$ 4,7 milhões.

Teixeira, que vive tranquila e nababescamente no interior do Rio de Janeiro, sem jamais ter sido incomodado pela Justiça brasileira, foi notificado oficialmente da dura decisão, que ratifica todas as incontáveis denúncias contra o ex-genro de Havelange.

É improvável que lamente alguma coisa. Seu maior medo era ser preso pela Justiça norte-americana, que costuma prender e jogar as chaves fora. Para um sujeito blindado no Brasil da impunidade, a sentença da Fifa soa como leve brisa.

Formato mais enxuto pode deixar Parazão interessante

A diminuição do número de datas a serem utilizadas (13) torna o Campeonato Estadual de 2020 desde já um dos mais curtos da história recente. O formato contempla os interesses da dupla Re-Pa, mas pode ter apenas um clássico, na 1ª fase, quando todos jogam contra todos.

De minha parte, preferia que fosse mantido o sistema anterior, com jogos entre dois grupos de cinco, com semifinais e finais em um confronto só. Fases finais em dois jogos constituem desperdício de tempo e dinheiro.

O lado ruim da história é a bagunça habitual na montagem da tabela. O Re-Pa, por exemplo, marcado inicialmente para a quarta rodada, não tem data certa para acontecer. Será disputado na sétima ou oitava, num flagrante desrespeito ao torcedor.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 22h30, depois do jogo da NBA, na RBATV. As mudanças na forma de disputa do Parazão e a montagem dos elencos da dupla Re-Pa para a próxima temporada. Na bancada, Giuseppe Tommaso e este escriba de Baião.

Projeto de clube-empresa pode revolucionar o futebol no Brasil

A possível aprovação do projeto de lei 5.08216, que estabelece condições para que clubes de futebol, federações e ligas se transformem em sociedades anônimas (S/A), com ações negociadas em bolsas de valores, é vista por especialistas como uma verdadeira revolução no futebol brasileiro, capaz de superar as mudanças impostas pela Lei Pelé, em 1998.

O PL pode entrar em vigor já a partir de 2020, com práticas e procedimentos que irão exigir dos clubes uma profissionalização sem precedentes na história do futebol no país.

O texto do projeto perpassa diversos temas, como novo regime tributário para clubes, imposição de ratings e criação de regras para a recuperação judicial. Caso seja aprovado no Congresso Nacional, o Brasil passará a ter a mais moderna legislação de clube-empresa do mundo, o que não garante muita coisa, visto que o que realmente importa é a implementação.

Na próxima semana, o Projeto de Lei Nº 5.082/16, que incentiva a criação da via societária e adoção de mecanismos de governança nos clubes brasileiros, será apresentado no Senado pelo relator, o ex-atacante e senador Romário (Podemos-RJ). Depois da aprovação, o PL precisará ser sancionado pelo presidente da República.

Desde a aprovação da Lei Pelé, os clubes precisam elaborar suas demonstrações contábeis e ser auditados por firmas independentes, responsáveis por analisar as informações patrimoniais e financeiras da organização, assim como o desempenho de operações e fluxo de caixa.

Com as propostas do PL, muda o sistema de refinanciamento de dívidas, do pagamento de salário e até da venda dos jogadores para clubes estrangeiros. Para os especialistas, o projeto traz segurança, governança e transparência, além de atrair novos investidores para o mercado.

O problema é que a migração do sistema atual para o de S.A. vai mexer com velhos feudos e a vaidade que costuma acometer dirigentes de futebol no país. Com executivos profissionais, a gestão sai da mão dos cartolas, o que pode ser um processo extremamente doloroso para as castas que dominam os clubes. A conferir.

(Coluna publicada no Bola deste domingo, 01)