Clássico tem pesos diferentes

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POR GERSON NOGUEIRA

Márcio Fernandes e Hélio dos Anjos têm desafios e motivações diferentes para o clássico de domingo. O técnico remista chega pouco pressionado, com elenco completo e situação favorável na tabela de classificação. O comandante bicolor, que ainda não venceu (embora também não tenha perdido nenhum jogo), tem desfalques na equipe e precisa de um triunfo como combustível para a esperada reação do PSC na Série C.

Apesar dessas diferenças, inclusive quanto ao estágio técnico dos rivais, é inegável que o Re-Pa surge como a oportunidade ideal para uma reabilitação do Papão, que ainda não se encontrou na competição e sofre o desgaste dos seis jogos sem vitória (oito no total, incluindo a Copa BR).

Os resultados negativos não impediram que o PSC se mantivesse no quarto lugar, com 10 pontos, o que permite acreditar que a arrancada depende muito de um triunfo capaz de reconquistar o apoio da torcida. Nada melhor, portanto, do que o Re-Pa para que isso seja buscado.

Na partida de sábado, contra o Luverdense, o time mostrou os mesmos pecados das últimas cinco rodadas. Pouca produção no meio-campo e anemia ofensiva. As raras chances de gol surgiram de lances esporádicos e de tentativas individuais.

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Dos Anjos teve pouco tempo para arrumar a equipe, pediu reforços e parece ter se dado conta da necessidade de alterar a maneira de jogar.

Para tornar tudo mais difícil, ele não terá alguns jogadores importantes, como os laterais Tony, Bruno Oliveira (lesionado) e Bruno Collaço. Até Wesley, atacante recém-contratado, se machucou no treino de ontem.

Para Márcio Fernandes, mesmo livre das pressões que o rival sofre, o Re-Pa surge no horizonte como um desafio às pretensões do Remo na Série C. Com a derrota na última rodada, o time perdeu a liderança e viu a chegada de outros times, como o próprio São José.

Algumas apostas não vêm rendendo o suficiente para que o time alcance vitórias com mais tranquilidade e à altura do rendimento coletivo. O foco das preocupações é o ataque, onde Emerson Carioca não faz o que a função exige: gols. A dúvida é se Marcão, que acaba de chegar, será o remédio ideal para resolver o problema.

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Direto do blog campeão

“Concordo que o intervalo curto entre jogos e viagens longas reflita no rendimento da equipe, assim como a grama sintética. Mas observo que o Remo taticamente não foi tão mal e que o gol saiu num dos lances em que o São José aproveitou a vantagem de conhecer melhor o piso e de estar mais descansado. Defensivamente, temos das melhores defesas da série C e talvez a melhor da década do Mais Querido. Mesmo assim, o Remo não mostrou em nenhum momento a qualidade necessária no meio-campo para ao menos equilibrar a partida em alguns momentos.

O Tufa é bom marcador, mas Djalma tem muito mais qualidade, e velocidade. Zotti não é meia burocrático, mas, recuado, não vai produzir bons ataques e contra-ataques. Deve jogar mais avançado. Emerson Carioca está jogando para o time e faz bom papel sem a bola, mas sai muito da área. Carlos Alberto e Ramires têm tudo para serem os caras que aproveitam sobras, que arrematam de longe e ainda entram na área como elemento surpresa, mas precisam combinar com os articuladores. Com a volta de Packer e Yuri, o meio-campo deve estabilizar de novo, mas a má fase de Carioca pode estar aí, na distância entre ele e o gol adversário”.

João Lopes Junior, a respeito da primeira derrota do Leão

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Mudança do local de jogos abre crise no Sub-17

Uma confusão inesperada ameaça a paz na reta final do Campeonato Sub-17. Amanhã, 19, começam as semifinais e uma decisão do vice-presidente da FPF surpreendeu e revoltou os clubes. Em ato isolado, Paulo Romano decidiu que três dos quatro jogos das semifinais serão realizados no estádio Jornalista Edgar Proença.

Não haveria problema se isso não contrariasse as regras do jogo em pleno andamento da competição. Até então, clubes que tinham CT e campo oficial podiam mandar seus jogos, como é o caso da Desportiva.

O dirigente alega neutralidade no processo e afirma que somente o Carajás tem estádio apto a receber as semifinais – como se os jogos do sub-17 exigissem estrutura de futebol profissional. Ao ser questionado pela decisão unilateral, mostrou irritação e descartou o debate.

Pelo regulamento válido até então, a Desportiva, que vai enfrentar o Remo na semifinal, poderia mandar um jogo em seu CT ou no campinho do Ceju. Com a determinação do vice da FPF, as partidas terão que ser disputadas no Mangueirão.

Na avaliação da diretoria do clube, a medida fere frontalmente os termos anteriores, tirando-lhe a vantagem do mando e beneficiando o Remo. Por essa razão, o clube encaminhou reclamação à FPF e, caso não seja atendido, cogita sair da competição.

Os diretores da Desportiva avaliam que as divisões de base vivem hoje uma tremenda crise em função de atitudes desse tipo por parte da entidade que deveria primar pela lisura nas competições e preservar o respeito aos regulamentos e acordos.

Em tempo: o certame Sub-17 classifica campeão e vice para a Copa São Paulo, competição mais importante do futebol amador.

(Coluna publicada no Bola desta terça-feira, 18)

Rock na madrugada – Stone Temple Pilots, Interstate Love Song

Cartaz de festival de rock com imagem de Bozo irrita delegado-deputado

Um cartaz da 3ª edição do Facada Fest, evento de rock dos gêneros punk e hardcore que se realizará no dia 6 de julho, no Mercado de São Brás, despertou a ira de Éder Mauro, deputado federal paraense aliado de Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira, 17, o parlamentar postou a imagem do cartaz do festival em suas redes sociais e fez um comentário em tom de ameaça.

O cartaz mostra um palhaço com faixa presidencial e com um lápis atravessado. Para o deputado, a ilustração é uma alusão a Bolsonaro, chamado nas redes sociais de ‘Bozo’, palhaço ícone da TV dos anos 90. Classificando os organizadores de “turma da lacrosfera teen rock in roll”, o parlamentar fecha o texto dizendo que o evento “já está marcado no calendário da polícia – Força e Honra”.

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Organizadores, músicos e produtores da cena alternativa de Belém sentiram-se ameaçados pela postagem do parlamentar. Diante da repercussão, a coordenação do evento lançou uma nota afirmando que o nome e a arte do festival são provocativos, como expressão de um movimento conhecido justamente por essa característica. Além de explicar a raiz musical, defendem a liberdade de expressão.

Na íntegra, a nota dos representantes do Facada Fest:

“O Facada Fest surgiu da união de bandas autorais de rock (em especial de hardcore e punk) de Belém e região metropolitana, além de alguns coletivos de produtores e produtoras culturais independentes, todos unidos pela mesma causa: o rock raiz, o rock de protesto e de debates sociais.

O nome “facada” é intencionalmente provocativo, sim, mas a nossa intenção é puramente a de tratar essa nomenclatura por abordagem de sátira e escárnio, linguagens presentes na música, literatura e arte como um todo desde sempre.

No Brasil, a catalogação destas modalidades se dá desde o século XVI, pouquíssimos anos após o início da colonização de nosso país. Optamos por essa abordagem para que todas as pessoas tenham o amplo direito e liberdade de interpretarem o nosso nome como bem entenderem, de acordo com os seus próprios aprendizados e leitura de mundo.

A história do nascimento rock pauta bastante disso, há muito debate sobre a liberdade, direitos humanos, direitos políticos, direitos sociais e direito à democracia, tudo isso dentro da criação do rock. Fazemos parte de um estilo musical que surgiu na luta dos guetos dos trabalhadores negros que ainda eram tratados como escravos no Estados Unidos, apesar da escravidão lá ter sido encerrada em 1863. Somos parte de uma cultura musical que nasceu também nas periferias inglesas, onde os trabalhadores (em especial os metalúrgicos e operários da construção civil) encontraram no rock as letras que retratavam a suas rotinas contra a coroa britânica, retratando a forma com que eles lutavam em defesa dos seus direitos trabalhistas e pela melhoria de vida social e de condição humana.

Há sim quem trate o rock como um mero entretenimento, mas esta não é a nossa abordagem. Respeitamos quem tenha essa escolha, mas essa não é a nossa postura, tampouco assim será.

Prezamos pela liberdade de imprensa, liberdade de expressão humana, artística, política e social. Desta forma, compreendemos que a fala do senhor deputado federal Éder Mauro é uma nítida tentativa de intimidação aos nossos eventos, às bandas que abraçam as nossas propostas e ao público que sempre nos prestigia com sua presença.

Para nós, é explícita a postura do deputado em tentar nos atingir com ameaças, inverdades e discurso de ódio, fazendo uso abusivo de seu mandato político e de sua figura pública para nos atacar. Somos todos estudantes, trabalhadores, temos famílias e prezamos pela liberdade e democracia para toda a população, algo que infelizmente o deputado não realizou em suas palavras e postura.

Nossas programações seguirão em frente, não iremos retroceder em nada do que já fazemos. Estamos disponíveis para o diálogo, onde ambas as partes possam ter vozes e serem ouvidas, pois rechaçamos toda e qualquer forma de censura”. (Com informações do DOL)

Nota do editor: Todo apoio à liberdade de expressão, à crítica inteligente e ao espírito contestador do rock. Era só o que faltava festival roqueiro ter que render obediência, acatar ordens e fazer vontades de quem quer que seja. Te contar…

Top 20 dos melhores solos de guitarra da história do rock

O blog CityRag publicou em 2007 matéria especial com os 100 Melhores Solos de Guitarra da História, lista elaborada pela revista Guitar World.

O top 20 ficou assim:

01. Stairway To Heaven – Jimmy Page
02. Eruption – Edward Van Halen
03. Freebird – Collins/Rossington

https://www.youtube.com/watch?v=pl9dc5FhFYU

04. Comfortably Numb – David Gilmour
05. All Along The Watchtower – Jimi Hendrix
06. November Rain – Slash
07. One – Kirk Hammet
08. Hotel California – Don Felder/Joe Walsh
09. Crazy Train – Randy Rhoads (Option 2)

10. Crossroads – Eric Clapton
11. Voodo Chile – Jimi Hendrix
12. Johnny B. Goode – Chuck Berry
13. Texas Flood – Stevie Ray Vaughan
14. Layla – Clapton/Allman
15. Floods – Dimebag Darrell
16. Heartbreaker – Jimmy Page
17. Cliffs Of Dover – Eric Johnson

18. Little Wing – Jimi Hendrix
19. Highway Star – Ritchie Blackmore
20. Bohemian Rhapsody – Brian May