Jornalista é detido por divulgar vazamento de informação

POR MIGUEL DO ROSÁRIO, no blog Cafezinho

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Ainda faltam detalhes sobre as razões. Mas já podemos divulgar a seguinte denúncia. Eduardo Guimarães, do blog Cidadania, acaba de ser vítima de violência judicial, ou mais especificamente, de um sequestro judicial, que é o nome que damos a essa ilegalidade chamada condução coercitiva.

A notícia foi confirmada pelo advogado Pedro Serrano, que informou já ter enviado profissionais para a delegacia da Lapa, São Paulo.

Segundo conhecidos, o motivo seriam investigações sobre um vazamento de notícia sobre a condução coercitiva de Lula, que o blog Cidadania antecipou com exclusividade. Não poderia haver nada mais ridículo: sequestro judicial de jornalista que divulgou vazamento de informação!

O Brasil vive um regime de exceção, isso já está mais do que claro.

A grande imprensa dá, todos dias, vazamentos sobre a Lava Jato.

O juiz Sergio Moro vazou, ilegalmente, gravações íntimas e privadas do presidente Lula e da presidenta Dilma.

Mas eles, mídia e judiciário, protagonistas do golpe, podem cometer qualquer crime, inclusive o pior de todos, que foi avalizar o impeachment sem crime da presidenta Dilma, jogando no lixo mais de 54 milhões de votos.

Para mim, essa notícia revela um judiciário desmoralizado e uma Polícia Federal completamente ensandencida, um fio desencapado, sem controle.

E tudo isso enquanto temos um governo ilegítimo, fraco, refém do próprio Judiciário e, sobretudo, da grande mídia.

A Lava Jato está na rua hoje, fazendo mais uma de suas operações midiáticas, espalhafatosas, vazadas antecipadamente para a grande mídia, desviando atenções do fiasco ferroviário que foi essa sub-lava jato da carne, da crise econômica e das votações antissociais em curso no congresso.

Enquanto a polícia toca o bumbo na rua, o congresso detona a previdência, as leis trabalhistas, os direitos sociais. Já destruíram a economia e a democracia, e agora querem censurar quem os denuncia?

O Cafezinho se solidariza com o blogueiro Eduardo Guimarães e acompanhará o caso de perto.

Este blog também se solidariza com o blogueiro Eduardo Guimarães, um destemido militante das causas progressistas. 

Inauguração que vale é com o povo

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Para desespero dos golpistas, Lula e Dilma inauguram com o povo a transposição do rio São Francisco, em Monteiro (PB). Ninguém nunca antes de Lula havia se preocupado com o maior drama dos nordestinos. Lembrando que, em 1877, uma grande seca no Nordeste matou 1,7 milhões de pessoas. D. Pedro II propôs a interligação do rio São Franscisco, que só sairia do papel em 2007 com Lula. Cabra bom… (foto: Ricardo Stuckert)

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Remo vence e agora é o único invicto

https://www.youtube.com/watch?v=K69n7pKlhsk

Um final eletrizante

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POR GERSON NOGUEIRA

O choque de invictos rendeu um jogo bem interessante, ontem, no Mangueirão. Como mandante, o Remo teve um começo forte, mas em nenhum momento conseguiu dominar completamente o São Raimundo, que se defendia em bloco e saía com rapidez, criando sempre problemas para o setor defensivo remista. A vitória azulina (2 a 1) foi merecida, mas o final emocionante podia ter premiado o São Raimundo com o empate.

Não faltou iniciativa por parte do Remo para manter a invencibilidade. Apesar de jogar sem um atacante de referência, os meias Eduardo Ramos e Flamel se aproximavam sempre da área, buscando jogadas com Jaime e Gabriel, com a constante ajuda de Léo Rosa na ala direita.

O equilíbrio do confronto foi quebrado pela marcação de um pênalti inexistente, que Marquinhos converteu. A vantagem inicial deu mais tranquilidade ao Remo para permanecer atacando, mas o São Raimundo não recuou. Saía rápido da defesa, se organizava e ameaçava em jogadas com Tiago e Eric Foca.

Antes do fim da primeira etapa, outro pênalti marcado, em lance de falta clara sobre Léo Rosa dentro da área. Flamel bateu, mas o goleiro defendeu e a bola ainda bateu no poste direito.

Depois do intervalo, o São Raimundo veio tinhoso, pressionando pelo empate. Tiago chegou com perigo duas vezes, mas foi o Remo que ampliou em belíssima jogada iniciada por Léo Rosa e que resultou em cruzamento de Gabriel para o cabeceio de Jaime, antecipando-se à defesa santarena, aos 14 minutos.

Com 2 a 0 no placar, o Remo passou a ter mais espaço para manobrar e perdeu chances seguidas, mas o visitante continuava vivo e a fim de aprontar. O técnico Lecheva colocou Bilal em campo, tornando o São Raimundo ainda mais ofensivo.

Fininho substituiu Flamel e a meia-cancha do Leão perdeu força com a mexida. Para complicar de vez, o volante Marquinhos foi expulso, forçando a entrada de Lucas Vítor para recompor a marcação.

Em lance rápido pela direita, um cruzamento rasteiro caiu nos pés de Tiago, que só escorou para as redes, diminuindo a diferença a 20 minutos do fim. A partir daí, o Remo se dedicou a administrar o jogo, tentando se manter no ataque para conter as investidas do Pantera. A estratégia deu certo por alguns minutos. Nos acréscimos, a pressão santarena se fez mais intensa e quase decretou o empate.

Um escanteio cobrado pela esquerda resultou em cabeceio de Wanderlan na trave de André Luís. No rebote, a bola se encaminhava para o gol, mas Lucas Vítor conseguiu afastar quase em cima da linha.

A alta voltagem que o São Raimundo imprimiu nos instantes finais mostrou que o confronto podia ter tido outro desfecho, embora o triunfo remista possa ser considerado justo.

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Galo supera General e já está na Série D

O Independente venceu o Pinheirense no sábado e garantiu por antecipação presença nas semifinais do Parazão. De quebra, obteve vaga à Série D 2017 como representante paraense. Méritos indiscutíveis de Léo Goiano, que vem fazendo milagres com o Galo Elétrico.

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Um voto de gratidão ao Pai do Rock

John Lennon disse, de certa feita, que se alguém quisesse rebatizar o rock’n’roll podia muito bem chamá-lo de Chuck Berry. Nada mais justo, pois a história do músico se confunde com o ritmo musical que ele criou no final dos anos 50. Como fiel devota de S. Roque, a coluna expressa seu luto e pesar pela sua morte, ocorrida anteontem, aos 90 anos. Que siga fazendo barulho lá por cima. Valeu, Chuck!

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 20)

Rock na madrugada – Chuck Berry, Roll Over Beethoven

https://www.youtube.com/watch?v=kT3kCVFFLNg

Remo x São Raimundo – comentários on-line

Campeonato Paraense 2017 – 8ª rodada

Remo x São Raimundo – estádio Jornalista Edgar Proença, 16h

Na Rádio Clube, Valmir Rodrigues narra; Carlos Castilho comenta. Reportagens – Valdo Souza, Paulo Caxiado, Hailton Silva, Carlos Estácio. Banco de Informações – Fábio Scerni

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Bola na Torre/RBATV, às 20h45, terá como convidados Eduardo Ramos (CR) e Diogo Oliveira (PSC). Apresentação de Guilherme Guerreiro, com participações de Giuseppe Tommaso e Gerson Nogueira.

Um instante, maestro!

POR GERSON NOGUEIRA

Nenhum time consegue sobreviver sem um meia-armador de respeito, capaz de estabilizar as linhas e fazer a ligação entre os diversos setores. Os esquemas mudam com o passar do tempo, os técnicos inventam subsistemas para impressionar incautos, mas a verdade continua imutável: o futebol não arranjou um jeito de substituir o maestro.

Como nas orquestras e big bands do passado, não é possível fazer show, concertou baile sem que um maestro comande a cena. Ainda na comparação musical, é possível considerar que o camisa 10 seja o guitarrista solo das grandes bandas de rock. Sua presença, tão forte e dominante, por vezes obscurece os demais instrumentistas.

Desde que o futebol passou a ter regras e diretrizes, a distribuição de uma equipe em campo depende da visão de um organizador no meio. É quem dá ritmo às ações, corrige imperfeições de passe e usa a técnica privilegiada para resolver as coisas lá na frente.

Dá para contar nos dedos o número de grandes equipes que sobreviveram à falta de um maestro na companhia. Nem sempre esse jogador tão fundamental precisa trazer nas costas a mítica camisa 10. Johan Cruyff usava o 14 na camiseta, mas era indiscutivelmente o formulador e executor das múltiplas valências do Carrossel Holandês de 1974.

Antes, na Copa de 70, Pelé era o dono da camisa 10 emoldurando com sua genialidade as evoluções do timaço brasileiro em campos do México. A safra era tão boa que, além do Rei, havia Gerson, a distribuir lançamentos de até 40 metros com fantástica perícia.

Talvez só aquele Brasil de 1994 tenha sido capaz de atingir o topo do mundo dispensando um especialista na criação. Parreira povoou o setor com volantes e armandinhos enceradeiras – Dunga, Mazinho e Zinho. Por sorte, a linha de frente compensava a aridez do meio com dois atacantes fenomenais no auge da forma, Romário e Bebeto.

Guardadas as devidas proporções históricas, Leão e Papão têm hoje bons homens de criação, competentes e capazes de tornar o jogo mais bonito e fácil. Diogo Oliveira ainda tenta se adaptar ao sistema elaborado por Marcelo Chamusca na Curuzu. Eduardo Ramos retornou há duas semanas e já se encaixou na engrenagem idealizada por Josué Teixeira. Cada um, à sua maneira, terá ainda grande serventia para seus times. Afinal de contas, felizes os que podem dispor de um maestro para chamar de seu.

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Papão classifica, mas torcida perde a calma

Aconteceu de tudo na sexta à noite na Curuzu. Sandálias arremassadas ao gramado, dois golaços, atuações sofríveis dos dois times e uma arbitragem atrapalhada. O Papão se classificou, mas o torcedor não engoliu a pálida apresentação do time, que saiu vaiado apesar da vitória.

O Papão repetiu problemas já conhecidos. Falta de criatividade, presença quase decorativa dos laterais e uma dificuldade tremenda para vencer o bloqueio defensivo do adversário. O semiamador Galvez nem precisou de muito esforço para dificultar a vida dos bicolores.

Apesar dos atropelos, a vitória começou a ser construída no 1º tempo com bonito gol de Diogo Oliveira, chutando da intermediária, e foi confirmada com outro golaço (de Bergson) nos acréscimos. Nem os gols salvaram a noite, comprometida pelos muitos vacilos do time.

Sem a intensidade prometida, o Papão aceitou passivamente a pressão do visitante. Um minuto antes de Bergson definir o placar, entrada faltosa do zagueiro Lombardi dentro da área poderia ter mudado a história do jogo e da classificação. O árbitro não deu o pênalti reclamado pelos acreanos.

O fato é que a torcida não gostou do que viu, cobrou mais qualidade, sem esquecer de criticar Marcelo Chamusca, que continua a ter seu trabalho questionado – mesmo com seis partidas invictas e sem tomar gol.

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Bola na Torre

Eduardo Ramos (CR) e Diogo Oliveira (PSC) são os convidados desta noite. O programa começa às 20h45, na RBATV, sob o comando de Guilherme Guerreiro.

(Coluna publicada no Bola deste domingo, 19)