O abismo de nove anos

Por Gerson Nogueira

A serena eleição de Alberto Maia em processo de aclamação pelos sócios e conselheiros é só um aspecto a diferenciar hoje a gestão do Papão no cenário desolador do futebol paraense. Enquanto seus oponentes, principalmente o mais tradicional deles, tropeçam nas próprias pernas, o Bicolor segue altaneiro, guiado por cabeças lúcidas e bem-intencionadas. O fato leva forçosamente a uma comparação com o deserto de ideias que campeia do lado azulino.

Quando um clube consegue conduzir sem solavancos o processo sucessório é porque alcançou a tão sonhada estabilidade democrática. Há dois anos, Vandick Lima venceu o pleito em meio a uma acirrada disputa, embora o resultado final tenha se revelado incontestável.

unnamed (89)Desta vez, a coisa foi mais tranquila. Alberto Maia não teve adversário. Méritos de Vandick e de sua gestão muitas vezes tão injustiçada. Depois de um primeiro ano insatisfatório, marcado pelo rebaixamento à Série C, eis que tudo mudou no final do mandato.

Quiseram os deuses da bola que o presidente conquistasse o acesso à Série B e afugentasse os urubulinos de plantão, ávidos em denegrir e escarnecer. Caso não tivesse sido bem sucedido na condução do futebol, mola mestra de todo clube de massa, Vandick estaria relegado hoje à galeria dos presidentes “malditos”.

A confirmar a tese da insustentável leveza do futebol, o Papão saltou de situação extremamente desfavorável na Série C para uma reação espetacular, que culminou com a conquista do acesso. Mas o êxito não deve ser atribuído apenas às forças do imponderável.

Para se reerguer na competição, a diretoria teve o desprendimento de trazer de volta o técnico Mazola Junior, peça fundamental na campanha. O resto da história todo mundo já conhece e se completará amanhã à tarde.

Enquanto isso, nos arraiais remistas, campeia uma crise turbinada pela falta de compromisso com a instituição. Vaidades pessoais pontificam e o clube afunda. A incompetência dá as cartas até na organização de uma eleição, levando a um processo tumultuado e tabajara, que forçou a um repeteco do pleito em dezembro. Isso tudo, claro, se a Justiça não mudar os rumos do enredo.

Não por acaso, os remistas festejaram ontem os nove anos da conquista do Brasileiro da Série C 2005, título mais importante da história do clube. Refletindo a barafunda interna, não houve qualquer comemoração pública do feito. Talvez nem haja mesmo clima para isso.

Na comparação direta com o maior rival, e para usar um termo em voga, o Remo padece de desamor. Seus dirigentes não são comprometidos o suficiente e nem enxergam com clareza a gravidade da situação. Enquanto brigam por poder, os gestores do Papão agregam e avançam. Por isso, num cálculo livre, pode-se dizer que a vantagem bicolor já é exatamente proporcional aos nove anos que o Remo está órfão de glórias nacionais.

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Decisão rende mais de R$ 1,5 milhão

Caso venda todos os ingressos para a decisão com o Macaé no sábado, os cofres do Papão devem registrar nas próximas horas a excepcional entrada de R$ 1.678,750,00, correspondentes a 38 mil lugares no estádio Jornalista Edgar Proença. Só com a venda das arquibancadas, a R$ 50,00 por pessoa, o clube vai arrecadar R$ 1.455.000,00.

A venda direta ao torcedor envolve 32.240 ingressos, sendo 29.100 arquibancadas, 1.840 cadeiras, 1.000 meias, 150 cadeiras para sócios proprietários e 150 arquibancadas para sócios proprietários. Além disso, serão distribuídos 2.760 ingressos de gratuidades e mais 3.000 para sócios torcedores, que registram no borderô com o valor simbólico de R$ 1,00.

Até ontem à tarde, cerca de 30 mil ingressos já tinham sido vendidos.

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Direto do blog

“O Remo paga por ter cometido uma grande injustiça e, pior, uma grande ingratidão com quem o levou ao título nacional, o técnico Roberval Davino. Se entendessem de futebol, a primeira coisa que deveriam ter feito era ter segurado o bom técnico e mantido alguns jogadores a pedido dele. O Remo teria montado uma boa estrutura e certamente hoje não estaria sem série”.

De Cláudio Santos, sobre a conquista do Remo na Série C 2005.

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Rio na Série A: futebol de segunda

Na Copa do Brasil, o Flu já havia sucumbido ao América de Natal, levando de 5 a 2 no Maracanã. Ontem, também no Rio, outro emergente subjugou o poderoso tricolor carioca, impondo uma goleada de 4 a 0. A façanha desta vez coube à Chapecoense.

O vexame vem se juntar a uma rodada trágica para os cariocas na Série A. O Flamengo tomou a segunda goleada (4 a 0 desta vez) para o Atlético-MG em Belo Horizonte. E o Botafogo confirmou sua marcha inabalável rumo ao rebaixamento, perdendo para o Figueirense, em São Januário.

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Cruzeiro com a mão na taça

Com gols de seus principais jogadores, Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, o Cruzeiro virou um placar adverso sobre o Grêmio e manteve a rota rumo ao bicampeonato brasileiro. Com 73 pontos (sete sobre o vice-líder São Paulo), pode conquistar o título já no próximo domingo caso vença o Goiás.

E a derrota do Grêmio permitiu à torcida paraense um rápido reencontro com Ivo Wortmann, ex-técnico do Papão e hoje auxiliar de Felipão. Não foi um bom momento de Ivo, que, inconformado com o resultado, vociferou críticas injustas à arbitragem.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 21)

28 comentários em “O abismo de nove anos

  1. Verdade, Gerson. Ivo esbravejando e declarando ter presenciado a pior arbitragem do mundo, contrasta com aquilo que nos acostumamos a ver nele: serenidade e discrição. Será que a convivência com o ex-treinador da seleção influenciou o outrora pacato Wortman, cuja ira tornou-se ainda mais descabida porque expressa com base em uma avaliação injusta a respeito do desempenho do árbitro?

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    1. Pois é, amigo Jorge. Apesar de alguns erros menores, a arbitragem não foi determinante para o resultado final, até porque errou contra os dois times. O curioso é que o Ivo teve que ser até contido pelo Felipão. Imagine só…

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  2. Eu até acredito que os candidatos azulinos são bem intencionados. Só que boa intenção não basta. O amadorismo das duas chapas é gritante. Se não profissionalizarem o futebol, já era e eles querem entregar a “ídolos”. Um dono de escolinha e outro que quer ser técnico. Assim é difícil. E se o bicolor não iniciar agora a montagem do time da série B, cai de novo. Sobre o meu tricolor, foi 4×1, o que demonstra que o problema é o esquema do Cristóvão. Quero ver ano que vem sem a flunimed.

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  3. Simplesmente FENOMENAAAAAAAALLLLL!!!!!!em todos os verdadeiros sentidos se for verdade. Eu ainda vou esperar o borderô para ter certeza porque quem já me conhece de comentários aqui no blog sabe que não costumo jamais ir pela dúvida ” e vou sempre pela realidade dos fatos onde todos os meus comentários tem no mínimo um um embasamento seguro, e por isso sempre acerto e pouco incorro a erros. Não tenho bola de cristal mas sempre opinar com a razão, nunca com a emoção. Foi assim nos palpites que dei sobre os casos de tapetões( Naviraiense, Portuguesa, Brasilia etc) onde falei que esses eram casos perdidos para esses times e não deu outra, mesmo que juristas renomados e várias pessoas da imprensa e torcedores opinassem que esses times não perderiam a causa. Dei opinião que a diretoria azulina que assumiu em 2013 comandada pelo Pirão iria deixar esse time em má situação no final e acertei o palpite. Falei que Wandick tinha ainda muito tempo e condições de reverter o quadro desfavorável de resultados em campo e terminar seu mandato como um dos melhores presidentes e acertei em cheio. Opinei também na questão de arrecadação nesses jogos bicolores e disse que essa renda da decisão só dava menos de um milhão se o Papão perdesse de lá com diferença de 03 gols, porque até 2 gols de diferença a renda não seria menos que isso. Pelo visto estou acertando mais uma vez. E caso se confirme, porque nos estádios de Belém a gente parece que vê miragem de estado lotado mas a renda não aparece, será espetacular, espetacular renda de 1,5 milhões num jogo de terceira divisão, ingresso muito caro, jogo televisionado direto, adversário não é Corinthians nem Flamengo e nem tem tradição no cenário nacional, e o governo não comprou metade dos ingressos para distribuir por um quilo de alimento. Isso será fenomenal porque serão cerca de mais de 3 milhões de reais arrecadados em 03 jogos de terceira, onde eu acredito que se não tiver enganado, não será record de público, mas será arrecadação contando os 3 jogos. Vamos aguardar…..

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  4. Amigos,

    Eu não vejo um abismo – apesar de respeitar a opinião do escriba – entre Paissandu e Remo, talvez um fosso, como nos velhos tempos de mangueirão. Por sinal, fosso que o Remo não consegue saltar ou quando salta escorrega na hora de adentrar novos espaços.

    Amigos, claro que há grandes problemas de ordem administrativa no rival, mesmo assim, para mim, o grande problema do Remo tem nome e sobrenome: “sem divisão”. É este nó que faz o Remo desandar administrativamente e, por conseguinte, desunir-se mais e mais ano após ano, infelizmente para o futebol paraense.

    Início deste ano, vale lembrar, todos admiramos a ousadia de Pirão que arriscou tudo no campeonato local, tendo êxito neste mesmo que de maneira sofrida.

    Mais que isso, Pirão fez, contra tudo e todos, uma reforma no velho estádio. Tal reforma não foi concluída, não pela ausência de Pirão, mas pela ausência de azulinos de verdade para contribuir com o Remo.

    Apesar dessas ousadias, Pirão sucumbiu na escolha de um técnico competente para montar um trabalho. A escolha de Charles para iniciar um projeto ja havia se mostrado equivocada e a opção e manutenção por Roberto Fernandes, que quase afundou o Paissandu em uma série C, mostrou-se o maior dos erros.

    Em síntese, apesar da diferença ser nítida, eu acredito que se o Rival subir para série C, garantindo calendário, terá como se organizar, voltar a crescer e ser o velho e bom rival que sempre esteve atrás do Papão.

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  5. Carlos Lira,
    A situação do azulino realmente não é de total desespero, mas é preocupante sim. E a preocupação vem num momento que o clube precisa engrenar urgentemente, mas esbarra no entrave da falta de dinheiro para investir, na falta de opções para ganhar dinheiro para investir porque sem divisão garantida é mais difícil patrocínio, principalmente os bons, é temeroso contratar bons jogadores e treinadores porque são caros principalmente para jogarem em Belém(infelizmente foram mal acostumados), e agora esbarra até na intriga entre seus mandatários dizem. Aí entornado tudo isso, ocorre aquilo que já venho falando há tempos: O time vai precisando de “ajudinha extra”, ou vai imperando a soberba para não querer ficar por baixo do bicolor, fazem contrações astronômicas como aqueles jogadores ( leandrão, athos, ER, Z soares etc) com salário de time se série A. Mesmo com todos esses problemas, não perdem a soberba e já estão falando em treinador de expressão no cenário nacional, quem vai pagar eu não sei. Esses são os problemas do azulino, que o Papão quase não teve quando passou 7 anos na terceirona. E teve vários treinadores como Charles Guerreiro 2 vezes, e Lecheva que inclusive subiu o time. Nisso aí não ficou um grande embasamento, mas o Papão economizou para depois seguir firme na sua caminhada. Já o azulino continua comendo ovo e rotando caviar onde parece que a soberba vai piorar por causa desse acesso do bicolor. Mas repito, pela enorme torcida que tem, a situação não é mais grave mas é preciso a diretoria trabalhar com pés no chão e acordar do sonho que tem virado pesadelo.

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  6. Penso que o mal do Remo é a soberba, os azulinos têm que tomar uma forte dose de simancol, cair na real e aí tentar subir os degraus da modéstia até voltarem a uma estabilidade. Os saltos do passados já não podem ser dados hoje.

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  7. Isso sim é preocupante columbia. Os caras vem com tudo para K, com time completo inclusive o ataque, mas o Papão começa a ter problemas sérios na zaga. Renier nunca agradou, e se não corresponder quem vai para o lugar dele no decorrer??? Que Deus nos ajude.

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  8. O Remo está no abismo administrativamente, assim como no futebol.

    Então qualquer solução paleativa, como a contratação de um treinador badalado, é apenas para comover a massa, mais não a solução definitiva.

    Estamos a 09 anos convivendo com o imediatismo.

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  9. Concordo celira. Só que Pirão é político e amador. Quer trazer o ER33 de volta, um jogador que não tem mais disposição pra jogar. Mesmo ganhando por produtividade, nada adiantaria. O ideal era trazer um bom técnico que montasse o elenco, sem influência dos dirigentes amadores.

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  10. A soberba da grande maioria dos torcedores do Remo contribui e muito para o cenário atual de derrocada azulina. Dizem que são os maiores, Maiores de quê? Quem tem mais títulos regionais é o Paysandú, quem tem mais título nacionais é o Paysandú. Quem está na vitrine do Brasileirão é o Paysandú.
    Então, onde eles são os maiores?, em número de torcida? Oficialmente quem mais lotou o Mangueirão foio Paysandú.
    Acho que o Remo vai afundar feito canoa furada.
    A alguns dias conversando via internet com um cidadão remista e comentando que eles deveriam se unir e tirar o Remo da atual situação, o cara simplesmente mandou em me fu…, que eles lotam estádios desde 2005 e que o Remo era problema deles.
    Olha a maturidade do cara! Triste fim do time azulino a depender de pessoas com este pensamento.
    Eu sei que há alguns azulinos conscientes mas, como torcedor, eu quero mais é que o Remo desapareça de uma vez, pois após a extinção do que não presta, surgem coisas melhores. Lembrem que o Paysandú, disparado o MELHOR TIME DO NORTE DO BRASIL, nasceu a cem anos atrás de um raxa daquilo que hoje é a maior vergonha de estado do Pará!
    Portanto, na minha opinião, se o Remo desaparecer, certamente surgirá uma outra agremiação no cenário paraense que possa fazer frente ao Paysandú.
    Ser torcedor do Remo é tristeza certa, ser masoquista, viver no sofrimento!
    Ser torcedor do Paysandú é ter certeza de vitórias, alegrias e muitos títulos, pois o Paysandú sim, contra tudo e contra todos, é o orgulho do NORTE do BRASIL!
    Posso até ser um tanto pesado em minhas declarações mas a depender dos acéfalos torcedores azulinos que vivem da ilusão de que são alguma coisa, o Remo está condenado a extinção!

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  11. Soberba azulina sim amigo Miguelangelo. Mas pela torcida grande que possui, jamais se acabará o clube e a saberba de muitos dos seus torcedores e principalmente mandatários. E de verdade, eu não quero que o clube se acabe porque tenho muitos grandes amigos, parentes e colegas de trabalho azulinos que tem sofriso abessa , mas a soberba eu gostaria que acabasse porque seria melhor até para eles se reerguerem, podem ter certeza. Mas é cada dia pior. Eles não mudam e aí sofrem. Só para ter uma idéia, os concorrentes à presidência que nem eleito ainda foram, já estão falando na contratação de um treinador de expressão no cenário nacional. Nada de Samuel Candido, Charles, Agnaldo campeão 100%. Dizem que vão trazer é um treinador de 80 mil por mês no mínimo, e aí se não trouxerem, vão já se queimar com a torcida porque estão prometendo. Então como esse torcedor ignorante te falou, isso é problema deles. Isso é verdade. Eu comento sobre eles como desportista que sou e não há mal nenhum nisso. Mas eles acham mal a gente comentar, então vamos esquece-los e nos ligarmos no jogão de sábado porque já deu na globo. com que esgotaram se os ingressos. nossa!!!! Só vi coisa maior que isso na Copa dos campeões mas era contra o Cruzeiro 57 mil. E na Libertadores, mas era contra o Boca, 60 mil( em valores de hoje seria 3 milhões de reais), mas contra Macaé 1,5 milhões, é demaisss. Que torcida é essa fantástica que nós somos??? Agora não tem jeito e o título ficou mais importante do que já é, porque essa multidão não pode ser decepcionada e não vai lá para ver o macaé levar o titulo. Ela vai para ver o Papão ganhar e erguer a taça. E esse título, além das vantagens que oferece ao campeão hoje, cuja algumas eu já falei, tem muitas outras vantagens que eu prometo só vou falar se o Papão ganhar o título para não engordar os olhos dos secadores. Caso contrário ficarei calado mesmo. A minha preocupação é que o macaé vem com tudo, totalmente completo para estragar a festa, e o Papão começa a ficar capenga sem a zaga titular. Isso é perigoso em decisão e a história mostra., Mas espero que Deus e Nossa Senhora de Nazaré ajudem o Papão mais essa vez nesse ano.

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  12. Miguel e Edson, um dos problemas dos azulinos é que eles se contentam com 33, freguesia etc. Este ano se acomodaram com o título paraense. Amadorismo puro. Espero que os bicolores não caiam nessa também de se achar os maiores, o objetivo deve ser ficar uns 5 anos na série B, estruturar-se e depois começar a lutar pra subir pra série A.

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  13. A soberba vem de longe, o CR era um clube elitista, mais até do a AP com disputava o RR, então o CR era o clube dos poderosos e o Bicolor o da plebe. Hoje nem isso resta mais aos blues.

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  14. Quanto ao veto do Pablo para o jogo do próximo sábado, tenho o mesmo palpite do amigo Máximo, ou seja, é blefe do Mazola. Acho que ele joga. Mas senão jogar que seja escalado um volante para substituí-lo, pois quero ver o Reniê entrando em campo, apenas para dar a volta olímpica, se Deus quiser!

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  15. A história é muito importante, mas viver de passado é complicado. Hoje o site rival traz a lembrança dos 38 anos em que o Remo desbancou o Botafogo pelo torneio quadrangular Ney Braga. O alvinegro foi campeão, empatado com os azulinos, enquanto o Paysandu ficou em terceiro, empatado com o Naça. Seria o mesmo que os bicolores ficarem só comemorando os 7×0. Enquanto isso, Pirão esqueceu da conquista da série C. Na reportagem, traz a foto do time campeão de 1975 e o torneio foi em 76: Prado, Eduardo, Dutra, François, Luisinho, Caíto, Mancha, Marinho, Rui Azevedo, Lúcio, Rodrigues, Rosemiro, Amaral, Elias, Cuca, Dico, China, Zé Lima, Gabriel, Aderson e Mesquita. Téc.: Paulo Amaral.

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