Por Gerson Nogueira
O Barcelona assombra meio mundo ao revelar que pretende fazer Neymar ganhar pelo menos cinco quilos em massa muscular. A comissão técnica do clube catalão avaliam que o jovem atacante brasileiro é muito franzino para os choques do futebol europeu. A iniciativa desperta justificado temor nos apreciadores dos dribles e da ginga de Neymar.
De imediato vem à cabeça o que ocorreu com Ronaldo Fenômeno no próprio Barça, onde ele chegou fininho e foi adquirindo envergadura ao mesmo tempo que perdia destreza. Além disso, o histórico de lesões que abreviariam a carreira do camisa 9 indiscutivelmente tem muito a ver com o trabalho de reforço da musculatura.
Depois dele, Ronaldinho Gaúcho também se tornou um Hulk nas academias do Camp Nou. Não há registro de sequelas, mas é possível recordar de um período mais brilhante do meia-atacante, antes da transformação física que sofreu na Espanha.
É compreensível a preocupação dos novos donos do futebol de Neymar, ansiosos por vê-lo apto a encarar os forçudos beques europeus. Imaginam que, dessa maneira, ele será mais produtivo, pois terá mais força para resistir ao tranco. Talvez até tenham se assustado com as costumeiras quedas do jogador, que é um emérito simulador de faltas.
O lado irônico disso é que a notícia sobre as intenções do Barcelona em relação ao brasileiro surgiram logo depois da sensacional atuação da Seleção justamente contra a Espanha. Neymar exibiu o estilo serelepe de jogar, aplicando dribles e arrancando em alta velocidade.
Caso ganhe o corpanzil que o Barcelona quer, jamais será o mesmo, trocando a rapidez pela capacidade de absorver pancadas. Receio que a troca não seja vantajosa para Neymar – e para a Seleção Brasileira, que aposta todas as fichas nele para a Copa de 2014.
Quem deve estar rindo de orelha a orelha é Vanderlei Luxemburgo, que apelidava Neymar de “filé de borboleta” quando dirigiu o Santos. Menosprezou tanto que o moleque pegou aversão ao vaidoso treinador. Naqueles tempos, de fato, o atacante não passava de um fiapo de gente. Cresceu, evoluiu e virou esperança nacional, sem precisar a malhação que embrutece.
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Bola na Torre
O convidado de hoje é o presidente do Remo, Zeca Pirão. Além de explicar as mudanças implantadas na administração do clube, falará das expectativas em relação à Série D. Na sexta-feira, a CBF acatou a liminar obtida por torcedores do clube na comarca de Ananindeua e suspendeu o jogo Genus x Nacional (AM), programado para este domingo.
Em consequência disso, há uma reunião programada para amanhã em Brasília que pode definir uma saída negociada para o impasse, beneficiando o Remo. Pirão vai opinar sobre esse novo cenário.
A apresentação do programa é de Guilherme Guerreiro, com participações de Valmir Rodrigues e deste escriba baionense. Começa por volta da meia-noite, logo depois do Pânico na Band.
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O desemprego não poupa ninguém
Os dois técnicos que mais conquistaram títulos brasileiros, Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo, estão desempregados. É cedo para entender isso como uma tendência, mas para evidente que o futebol está se reformulando quanto a receitas e despesas. O rigor nas contas passa a afetar a antiga irresponsabilidade na contratação de figurões, fossem técnicos ou jogadores. Altos salários tornam-se fator de risco.
Muricy foi demitido pelo Santos há três semanas. Luxemburgo foi despachado pelo Grêmio na terça-feira. Há muito que a dupla demonstra acomodação e decadência. Dirigiam dois dos principais clubes brasileiros, mas tinham atuações muito questionadas por torcedores e dirigentes.
No caso santista, Muricy tentou impor seu estilo de cautela obsessiva e acabou se dando mal. Apesar de ter nas mãos o maior jogador do país, foi incapaz de fazer o time jogar com o destemor dos tempos de Dorival Júnior e Emerson Leão. O Santos virou um desenho mal copiado do São Paulo de seis ou oito anos atrás.
Luxemburgo, que tinha orçamento de time mediano europeu para gastar e chamar de seu, exagerou além da conta na capacidade de instituir zonas de conflito com dirigentes e parte do elenco. Sem conseguir extrair o melhor de suas muitas estrelas, o Grêmio foi facilmente apeado da Libertadores. No Brasileiro, a instabilidade técnica impediu que o time brigasse pelas primeiras posições.
Personalistas e teimosos, Muricy e Luxemburgo tinham os maiores salários do futebol brasileiro e sul-americano. Ambos faturavam acima de R$ 1 milhão mensais, chefiando sempre onerosos staffs. O Santos busca um técnico estrangeiro para comandar a era pós-Neymar. O Grêmio optou por solução caseira: chamou Renato Gaúcho para acalmar a torcida.
A curva inflacionária envolvendo os técnicos no Brasil está diretamente ligada a Muricy e Luxemburgo. Antes, prevalecia a tese de que ambos são caros, mas que garantiam bons resultados – embora Luxemburgo esteja atravessando o mais longo jejum da carreira. Depois dos trabalhos recentes, porém, há a certeza de que os salários continuam altos, mas sem o mesmo sucesso de outros tempos. É certo que ambos permanecem muito respeitados, mas suas fórmulas vitoriosas precisam ser atualizadas.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 07)
Pirão, ao que parece, resolveu o problema do Remo, apenas nesse momento, onde fez um empréstimo, no seu nome, mas tanto faz, o pagador sempre será o Remo.
Se o Remo estava precisando de 500 mil para solucionar as besteiras feitas no 1º semestre por Pirão e cia, amanhã precisará de quase 1 Milhão para solucionar esses problemas( 500 Mil + jrs bancários), acrescidos, ainda, de mais dívidas, que serão contraídas de mais farras nas contratações, até o término de seu mandato… Te dizer
Administrar clubes, da grandeza de Remo e Paysandu, pelas mãos de agiotas ou empréstimos bancários, não é a solução. A solução do Remo, está na antecipação das eleições para este ano de 2013..
Égua, depois dessa, vou tomar um banho de praia, pra esquecer agiotas, por um bom tempo…. Te dizer…
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Quando o Rio Branco foi penalizado quem entrou com questão na Justiça comum foram também torcedores. Ou estou enganado?
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Quanto ao Neymar, não dava para o Santos segurar mais um ano?
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Esses “torcedores” do Remo, entraram na justiça baseados em que fatos para conseguir a vaga na série “D”?
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Há uma grande quantidade de posts informando sobre as alegações dos advogados aqui no blog, amigo Antonyo. Basta dar uma pesquisada rápida.
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Umas das coisa boas de ontem a noite no UFC,foi ver o pavilhão azulino tremulando direto de las vegas…Linda a bandeira azulina.
Agora que papelão da bicha enrustida…E olha que o Gerson ja tinha alertadoaqui o beijaço na pesagem de sexta a noite.
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O beijo e aquele fio de voz… te dizer, amigo Juca.
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Eles foram procurar pelo seguro desemprego? To morrendo de pena deles!
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Vai ver que aquela coisa que deu azar ontem!
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Sr. Cláudio Santos, postagem 1
É, parece que o senhor tem razão quando fala que deveria ser estatutária a não devolução de dinheiro aplicado por diretores.
Retiro a contestação em outro tópico.
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