Em entrevista a jornalista Marília Gabriela, em seu programa De Frente com Gabí, o cantor Amado Batista disse sobre um dos momentos mais terríveis da história do Brasil, a ditadura militar, que “eu acho que eu mereci. Eu fiz coisas erradas, então eles me corrigiram, assim como uma mãe que corrige um filho”. Na juventude, Amado Batista trabalhava numa livraria e com este emprego conheceu e facilitou o acesso de alguns escritores, jornalistas e intelectuais aos livros proibidos na época, geralmente de filosofia, política, entre outros. Por esta razão, foi preso pelos militares durante as investigações contra os intelectuais considerados subversivos no período de exceção. “Me bateram muito. Me deram choques elétricos, e ainda um dia me colocaram com uma cobra”, recordou.
O músico também recordou as inúmeras torturas psicológicas e ameaças de morte que sofreu naquele período. “Um dia me soltaram. Todo machucado. Fiquei tão atordoado que pensei em ser mendigo. Queria largar tudo. E virar andarilho”, falou. Quando respondeu a um questionamento sobre a Comissão Nacional da Verdade e se teria vontade em expor a verdade sobre sua história, ele disse que tudo que passou foi por merecimento.
Marília boquiaberta retrucou: “Que coisa errada você fez?”. Amado prontamente disse: “Eu acho que eu estava errado de estar contra o governo e ter acobertado pessoas que queriam tomar o país à força”, e acrescentou: “Fui torturado, mas merecia”. A repórter foi enfática: “Você passou para o lado de quem te torturou!”. O cantor tentou finalizar o assunto dizendo que era passado e que achou que os militares estavam certos, pois se eles não fizessem “aquilo” o Brasil poderia ter se tornado uma Cuba.
Gabí disse que entendia a posição do músico, mas contou que Amado recebe uma indenização pela tortura no tempo da Ditadura Militar, oferecido pela Comissão de Direitos Humanos e da Lei de Anistia e quis saber o valor do salário mensal. Amado resistiu um pouco, mas depois respondeu: “Eu recebo um salário de R$ 1 mil e pouco, todo mês desde algum tempo”, finalizou ele.
Tidizê…
Abre uma exceção para ele no Mico da Semana. Ele merece.
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Sem dúvida, amigo Acácio.. Mas, pensando bem, seria cômico se não fosse patético.
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O pobre do Amado pensa pequeno, e o pior, os milicos não perceberam e ainda o torturaram! Talvez ele ache que mereceu pelos 1,2 mil reais que recebe.
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Este, meus caros, é o maior legado da ditadura: além dos óbvios desmanches do ensino público (que aliás, jamais conseguiu se recuperar) e da cambaleante saúde pública, do fomento do sub-emprego, do arrocho salarial e da criminalização dos movimentos sociais e dos setores progressistas, os homens da caserna conseguiram o que governo nenhum conseguiu: alienar o povo e conquistar dele, mesmo sob porretes, o consentimento e a legitimidade de mediante um discurso “salvacionista” e baseado numa doutrina de guerra interna. Amado Batista mostra-se como mais um entre os muitos vitimados pelo governo dos “homi”. E ano que vem a “redentora” completará 50 anos e ainda será saudada, querem apostar?! Parabéns para todo nós!
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Bem no alvo, amigo Daniel. Como sempre.
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Eu tambem vivi esse periodo não aprovei, porém uma coisa podemos dizer….nesse tempo não existia tanta marginalidade como nos dias de hoje…..nossos jovens eram intelectuais…
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É Sérgio, apesar da “redentora”, de fato era mais tranquilo. Mas eram outros tempos, uma outra sociedade, as cidades não andavam abarrotadas de gente, o tráfico de drogas era incipiente… em resumo, era um outro país.
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Nessa mesma época, meu finado avô sofreu inúmeras vezes com esses mesmos métodos militares de outrora, no entanto conseguiu sobreviver aos mais variados tipos de espancamento, inúmeras tentativas de assassinato por simplesmente não poder expor as suas ideias. Parece que naquele tempo da tal ditadura, era proibido que as pessoas fossem inteligentes, para que não pudessem expressar de forma alguma as suas ideias e mostrsr certo grau de inteligência. Te contar!
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Gerson , qndo penso q já vi Td nesta vida..rs rs rs …
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Hahaha, amigo Edmundo.. tidizê..
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Já viste boi voar Ed? Tem nego que quando pega um chifre voa e depois vai escutar Amamdo Batista rsrsrsrs
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Muitas das sequelas que vivemos hoje são consequências desse período negro da nossa história.
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Não costumo comentar politica partidária, ou regime de governo aqui no blog, não que eu seja alienado sobre o assunto, mas depois de ler este depoimento do Amado Batista posso que dizer nunca imaginei que algum artista daquela época pudesse dar um depoimento tão infeliz como esse. Dizer que mereceu o castigo é demais, digo ainda, se mereceu o castigo ou tortura, devia se negar a receber a indenização. Meu saudoso pai se tivesse visto esse depoimento, com certeza ficaria estarrecido, principalmente pelo que passou nesse período da vida. Eu iniciei no Serviço Público Federal no período dos governos militares, praticamente numa época em que o regime já desgastado caminhava para o fim, o que graças a Deus depois da união de todos conseguimos a abertura politica imaginada, ou seja a plena democracia neste país.
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Amado, cuja música jamais me atraiu, deu um depoimento absolutamente idiota, típico de uma pessoa alienada. Avalizar a tortura, sob qualquer circunstância, é inaceitável.
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ÉGUA ! Quanta ESTUPIDEZ, a desse senhor ! E que contradição: acha que a tortura foi JUSTA, mas tem recebido indenização ! Que cretino.
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Síndrome de estocolmo, é a única explicação para o caso.
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Síndrome de frouxidão e imbecilidade isso sim.
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KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, PODE SER TAMBÉM
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Realmente e muita falta! O meu avô por exemplo não recebeu PORRA NENHUMA, assim como o mau pai e tios pelos males causados por essa tal DITADURA.
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A única parte que concordo é: se os revolucionários tivesses vencido teríamos virado uma espécie de Cuba. Ainda bem que não venceram…
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Marcelo, com todo respeito a sua nobre opinião, mas essa foi a principal bobagem que ele disse.
O Brasil é diferente de qualquer nação do mundo. O nosso povo me faz pensar assim.
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