Por Gerson Nogueira
O drama de um técnico que dispõe de uma multidão para escolher a equipe titular começa pela baixa qualidade da mão-de-obra. Dos quase quatro times que o Remo tem, dá para escolher, com muita boa vontade, 13 nomes. Por esse ponto de vista, a escalação prevista para o jogo decisivo de amanhã é a melhor possível, nas circunstâncias.
Gustavo; Rafael Andrade, Marcelão e Igor João; Dida, André, Edu Chiquita, Laionel e Andrezinho; Ratinho e Fábio Oliveira (Mendes). Marcelo Veiga, que identificou logo a avenida existente na lateral esquerda, tratou de trazer um jogador de sua confiança, Andrezinho. Cuidou também do crônico problema no miolo de zaga, indicando Rafael Andrade.
Como o tempo é curto para treinar a nova formação, Veiga esquematizou o time no 3-5-2, sistema que normalmente usava durante seus sete anos de Bragantino. Na preparação para o jogo, o técnico insiste na aproximação entre os jogadores como recurso para diminuir a possibilidade de erros, principalmente na troca de passes.
É um desafio para qualquer treinador estrear logo em jogo decisivo, onde a derrota significa a eliminação sumária da competição. Veiga, em conversa na RBA no domingo à noite, demonstrou estar consciente dos riscos. Acredita que, na base do diálogo, vai desmanchar a nuvem de intranquilidade que encontrou no Evandro Almeida. Para ganhar a confiança dos boleiros, descartou dispensas antes de garantir a classificação.
Boas intenções às vezes garantem resultados positivos. Veiga talvez esteja no caminho certo do ponto de vista das relações humanas, mas o Remo precisará mostrar contra o Vilhena um time mais arrumado, comprometido e determinado do que aquele que se deixou golear com tamanha passividade pelo Penarol, em Itacoatiara. Acima de tudo, o Remo precisa jogar bola, pois mesmo um adversário modesto pode criar problemas no Mangueirão. A história recente mostra isso.
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A notícia se espalhou como fogo no capim seco, logo depois do empate com o Icasa, sábado à tarde. O Paissandu estaria com duas folhas salariais em atraso, gerando com isso um clima de descontentamento no elenco e o surgimento de situações localizadas, como o caso do meia Robinho, que teria pendências não assumidas pelo clube.
Em entrevistas, no domingo, o presidente não admitiu a dívida com os jogadores. Ao contrário, preferiu bravatear. Aos gritos, disse ter vontade de chegar na Curuzu e dispensar vários atletas. O discurso vazio da falsa valentia, que irrompe sempre em momentos de crise, já não impressiona ninguém, nem mesmo torcedores mais ingênuos.
Ao invés de potocas, a diretoria deve se organizar para cumprir o compromisso com o elenco. Numa competição difícil e equilibrada como a Série C, pagar em dia pode fazer uma enorme diferença neste returno da primeira fase.
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Uma grande publicação europeia finalmente reconhece o campeonato nacional do Brasil como um dos mais fortes do mundo. Trata-se da revista britânica Four Four Two, que situou o Brasileirão num honroso quarto lugar, abaixo apenas dos certames Inglês, Alemão e Espanhol, e à frente de competições tradicionais, como o Italiano, o Português e o Francês.
Na reportagem, a FFT justifica a surpreendente posição do torneio brazuca no ranking pelo grau de equilíbrio entre os times que brigam pelo título. A contratação de bons veteranos, como Forlán, Seedorf e Luís Fabiano, também ajuda a alavancar a imagem da Série A brasileira.
Para variar, o lado negativo diz respeito à atenção com o torcedor. A revista informa que o sistema de transportes é ruim, há muita insegurança nos estádios e os ingressos custam mais caro do que na Europa. No quesito “qualidade do futebol”, o Brasil também não aparece bem, obtendo apenas nota 4, contra 10 dos três primeiros torneios da lista.
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A CBF anunciou ontem uma novidade que pode dar samba no país do breganejo. Vai criar, ainda neste ano, a Copa do Brasil sub-20. O torneio será realizado entre os meses de outubro e dezembro, com 32 participantes de todo o país. O objetivo é promover e valorizar o trabalho das categorias de base, ajudando a revelar jogadores para as seleções amadoras.
A Copa BR sub-20 deve dar vaga para a Taça Libertadores da categoria, que foi criada no ano passado pela Conmebol. Falta definir como serão escolhidos os times participantes, embora a hipótese mais viável seja o respeito ao ranking do futebol profissional.
Gerson e amigos, vejo com muita preocupação essa escalação do Remo. Você chega num clube, com sua zaga desmontada e coloca 3 jogadores que nunca jogaram juntos, com 3 dias de treino e vai para um 3-5-2…Te dizer…
Rafael Andrade, chegou essa semana, Igor, é da base e deve ter aprendido fundamentos, só de olhar para o novo técnico e, o Marcelão entrou no fogo, no jogo passado e faz sua estréia, em casa, nesse jogo.
– Ora, amigos, o ideal a meu ver, era que ele fosse para esse 3-5-2, mas se o Ávalos fosse jogar, pois ficaria com ele, o André e mais 2, fazendo uma linha de 4, para evitar a penetração do time adversário que como falou o técnico, após assistir jogos do Vilhena, tem um ataque muito veloz. Você insistir no 3-5-2, sem o Ávalos, aí eu tiraria o Laionel ou o Chiquita e colocaria o Rudiero ao lado do André e mais o líbero. Espero que dê certo.
– Quanto ao atraso de salários no Paysandu, é porque o LOP não coloca mais dinheiro do seu bolso e como não existe um projeto para captar recursos para o futebol, acaba dando nisso. Infelizmente.
– A CBF cria a Copa do Brasil sub 20, para ajudar a revelar jogadores de base, no Brasil;
– Minas Gerais, criou a Copa BH de base, para ajudar a revelar jogadores;
– A FPF, limita contratações de jogadores de fora para o time de Profissionais, impedindo que os mesmos usem o Parazão para montarem seus times para o Brasileiro, para forçar os times a usarem jogadores de base e locais e cria um campeonato com 4 jogos,para cada time, para revelar jogadores de base… Te dizer…
É a minha opinião.
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Concordo quanto à temeridade de escalar jogadores que pouco treinaram, amigo Cláudio. Ocorre que o novo técnico não tinha muita alternativa, pois tem quatro baixas na equipe. Quanto ao Marcelão, me surpreendo sempre com a defesa extremada que você faz desse jogador. Por outro lado, é sempre crítico com o Igor João, pois ele é jogador caseiro. Camarada, esse discurso é de técnico forasteiro, que vem aqui pra empurrar seus recomendados. Não podemos entrar nesse jogo. Para se ter uma ideia, o Gaúcho disse isso tudo do Igor, mas manteve o Ávalos (tecnicamente, o pior zagueiro em atividade no Remo) sem fazer qualquer restrição. Incoerência total.
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Eu não acredito que a questão seja salarial, o que está fazendo o time perder tantos gols. Será que o Heliton, na frente do gol, só ele e o goleiro, chuta errado porque não recebeu o mês de salário? Duvido. Se é isso, falta inteligência nos jogadores ou alguém pra dizer que se eles forem campeões ou pelo menos conseguir o acesso, conseguirão um emprego melhor em outro time. Os quatro times que passarem estarão na vitrine. Os jogadores que se destacarem poderão conseguir um bom contrato em times de série B ou A. É ou não é? Tem time aí que está devendo também está ganhando. Por isso, pra mim, o que falta é vergonha na cara e vontade de muitos jogadores (que tem certa competência) de vencer, de querer ser vencedor. Agora também tem jogadores que não têm competência mesmo.
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Acredito no trabalho desse treinador, mais jogar com 03 zagueiros contra Vilhena (time semi amador) em pleno mangueirão (outro erro jogo deveria ser no baenão) é exagerado.
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A instabilidade do Paysandu se chama LOP…nenhum ser humano trabalha tranquilo com um presidente de uma instuição tão instavel nas suas decisões…é até vergonhoso para a grandeza do Paysandu.
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Sinceramente, Gerson, Cláudio e demais, começei a ficar desanimado com Papão. Se essa história de salário em atraso for veridica e continuar pelo 2o turno, então, podemos esquecer luta pelo acesso e sim pensar em luta contra o rebaixamento. Ainda vão contratar mais 3 jogadores e pode ser a esperança, mas se o salário tiver em atraso… Só espero que o irresponsável do lop não decida pular fora do barco e deixar que ele afunde…
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Meu caro Heleno, a questão dos nossos clubes passa necessariamente pela profissionalização da gestão. Se não houver uma mudança nesse sentido as coisas continuarão a ser aos trancos e barrancos, dependendo de um rasgo de sorte ou uma fantástica combinação de fatores que nos beneficiem.
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Se a situação do futebol apresentado pelo Paysandu for salário, então o Giva não vai durar muito tempo no comando, a não ser que tenha mudado de comportamento, pois no passado exigia que os salários estivessem em dia.
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Remo acabou de contratar o volante Alceu, 28 anos, ex Palmeiras. Chega hj à noite. São Carlos, Náutico e Grêmio Barueri, além de Kashiwa Reysol e Consadole Sapporo, ambos do Japão e Marília, seu último clube.
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O Salgueiraço, segundo LOP, foi um “motim” encabeçado pelo Sandro e companhia, ano passado o que houve então? E neste ano querem usar os salários atrasados para o insucesso do time, arranja outra que esta não dá mais pra engolir! Santa Cruz e o prórpio Fortaleza estão passando por problemas financeiros da mesma ordem que o Paysandú, mas nem por isso estão entregando o jogo chutando bola pra fora, gols perdidos que até o meu cachorro empurraria para as redes com o fucinho!
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Quanto ao Remo considero a peleja ganha. Agora é pensar no mata-mata. Mas mesmo com este plantel ruim acredito que eles sobem porque os adversários na D são sofríveis demais! Tem que aproveitar a chance de subir agora pois creio eu, que a CBF não bancará nem a D nem a C no ano que vem, pois subindo Fortaleza, Santa Cruz e Vila Nova, o que ficará de ionteressante para a televisão transmitir, os ridículos jogos do Paysandú? Como diz Datena,:”Ah! me ajuda ai!”
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Meu caro Miguel, tenho a mesma opinião. Acho que Remo e Paissandu precisam se garantir nesta temporada, pois desconfio que a CBF vai extinguir a D e deve deixar a C ainda mais na pindaíba em 2013.
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Essa questão de salário atrasado atrapalha e muito, levando em consideração a fama de mau pagador que o PSC tem tido neste anos de administração de LOP/RR.
Quando foi que essa diretoria conseguiu honrar seus compromissos de janeiro a janeiro?
Boleiro já chega ressabiádo, e de manhã antes de vim pro treino concerteza já recebe ameaçã de despejo, bronca da patroa etc.
Como é que vai jogar tranquilo?
*Entra dinheiro de patrocinios
*Entra dinheiro de renda
*Venda de jogador.
Houve economia no parazão
E apesar dessa choradeira por falta de grana, ainda querem contratar umas bombas como o fabricio por exemplo.
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Gerson, antes do jogo passado eu também imaginei que o time que foi escalado era o melhor que havia disponível, mas o resultado foi aquele papelão que todos sabemos. Mesmo assim, agora não posso pensar diferente de você. Nas circunstâncias, este time me parece que é o que de melhor existe por lá.
No miolo da zaga, me parece que o Ávalos é o único de quem não se pode reclamar a ausência. Quanto à escalação dos demais, não se podendo contar com outros e não sendo aconselhável escalar o Ávalos, cumpre escalar estas apostas (o recem contratado, o garoto da base e o que foi mal na estreia fora de casa).
Na lateral esquerda, salvo o Cametazinho que seria improvisação, não me parece que exista por lá ninguém capaz de representar alternativa melhor do que promover a estreia daquele tido como homem de confiança do treinador. Do meio pra frente também é o dá pra escalar.
No que respeita ao desenho tático, creio firme que ele deve ter esperimentado alternativas, sendo que a escolhida certamente foi a que melhor rendeu. Ademais, todos sabemos que só com um dos volantes (desta vez só o André), a proteção aos zagueiros fica muito debilitada. Daí que um terceiro zagueiro pode ter sido a alternativa encontrada para buscar sanear este problema.
Enfim, nas circunstâncias, onde é impossível pretender que o técnico desde logo consiga ver assimilado pelo grupo o melhor de sua filosofia de trabalho e colher os seus respectivos frutos, cumpre esperar que o técnico e os jogadores tenham uma noite feliz amanhã, e que realmente se confirme aquela máxima segundo a qual na estreia de técnico o time sempre vai bem.
Todas as graças ao Clube do Remo e a todos os que lhe integram dentro e fora do campo.
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