Por Gerson Nogueira
A quase sacramentada contratação do meia Magnum pelo Remo é até aqui a melhor notícia sobre um Campeonato Paraense econômico em atrações. O torneio ganha o reforço qualificado de um jogador de comprovados recursos técnicos e que viveu grandes momentos com a camisa do Paissandu e do Santos.
Apesar de veterano, Magnum pode se tornar peça fundamental para a construção do novo time remista, que carece (e muito) de um organizador. Volantes abundam, armandinhos brincam de pira no Baenão. O problema é arranjar jogadores criativos, capazes de levar o time à frente e dar ao meio-de-campo a consistência que um setor tão importante exige.
Quando despontou para o futebol, ainda garoto, Magnum chamava atenção pela facilidade para passes e lançamentos. Aliava a isso uma movimentação excepcional, garantindo dinamismo e velocidade à meia-cancha. Não deve ter mais todo esse fôlego, mas deve ter aperfeiçoado o talento para deixar os companheiros na cara de gol, coisa que fazia com extremo desembaraço quando surgiu no Paissandu.
Digno de elogios também foi o cuidado com que os dirigentes do Remo encaminharam a negociação com Magnum, só deixando vazar a informação quando o acordo já estava praticamente fechado. No empobrecido mercado local, não é fácil arranjar um jogador desse nível. Direcionar os olhos para o exterior – no caso, o Japão – foi prova de competência e boa informação.
Resta agora esperar para ver o jogador em ação e observar a maneira como será utilizado por Sinomar Naves na meiúca azulina, capitaneando a boa safra de garotos revelados pelas divisões de base do clube.
A homenagem da FPF a Bira, maior artilheiro (de uma edição) do certame estadual, tem o mérito de fazer justiça a um de nossos melhores atacantes e serve para reabrir o debate sobre a qualidade dos times atuais de Remo e Paissandu. Bira veio do Amapá e, graças ao faro de gol, ganhou oportunidades tanto na Curuzu quanto no Baenão.
Triste admitir que, hoje, com a crescente ausência de interesse por atletas regionais, um fenômeno como o “Tremendão” talvez passasse em brancas nuvens, sem ser notado pelos nossos clubes.
O amigo Paulinho Oliveira, sempre atento à coluna, manda algumas observações sobre a participação dos garotos do Remo na Copa SP, a partir do comentário de Tavernard Neves aqui reproduzido na quarta-feira. “O futebol – todos os esportes, na verdade – é um tripé de talento + trabalho + quantidade de jogos. O futebol daqui tem essas três vertentes em ordem decrescente: talento, devemos ter aos montes; trabalho, a gente faz com muitas imperfeições; e jogamos apenas um campeonato estadual ridículo, com um ou dois jogos mais puxados”, analisa.
Quanto à necessidade de apoio psicológico aos garotos, Paulinho avalia que antes disso é preciso atender parte do tripé citado acima. “Do que adianta ter o acompanhamento de um psicólogo se me submeto a um exame em universidade de primeira linha sem ter estudo qualificado, nem ter sido submetido a provas de alto grau de dificuldade? Nervoso ou calmo, o resultado seria o mesmo”, acrescenta.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 13)
“o talento para deixar os companheiros na cara de gol, coisa que fazia com extremo desembaraço quando surgiu no Paissandu.”
Foi justamente num lance como este, que o Magnum colocou o Albertinho de cara para fazer o seu célebre gol “cobre leão” contta a Tuna no Baenão.
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Jogadores “amadores” federados, jogam jogam pouco e quando se metem a jogar pelada, são considerados irresponsáveis. O que falta é a federação programar mais jogos e não torneios que duram pouco mais de um mês.
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Não sou iludido em achar que o time do Remo vai ser as mil maravilhas da terra, mas acho que a diretoria tá fazendo um trabalho com pés no chão, conseguindo coletar patrocinadores e materiais esportivos que possam chamar atenção da torcida. Não adianta trazer técnico de fora e contratar um monte de profissional capenga mas com nome pra vir defender o time, que passa por uma penúria tão grande. Pode até não dar certo, mas o exemplo dos pequenos como São Raimundo e Independente pode ser de grande valia pra montar uma estrutura enxuta e um time racional para tirar o Remo dessa situação. No mais, é aguardar como se comporta em campo, mas já fico com uma sensação boa ao ver Adriano, Magnum e Diego Barros aliados com a molecada. É esperar e torcer bastante
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O campenato paraense é um atraso só porque o fanatismo barato prevalece. E a lembrança de episódios bizarros, protagonizados por irresponsáveis, contribui sobremaneira. Albertinho era uma ótima promessa e tinha potencial para ficar rico no futebol, mas hoje vive numa penúria de dar dó, e os dirigentes bêbados, que o aconselharam a fazer o gesto ridículo estão muito bem, obrigado. Não há mistério: quem confia em irresponsáveis? Somente gente sem noção. O mesmo se pode dizer do Alcino, quando resolveu sentar na bola antes de empurrar para as redes do Paysandu. Todos sabem como o centroavante acabou.
PS: Caro Gerson, seria uma grande honra se você acrescentasse na sua indefectível lista de rocks na madrugada o blues Me and Bob McGee, com a Janis Joplin. Pode apostar que você estará fazendo uma ótima ação apresentando-a a quem não conhece.
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Aló amigos azulinos não vão se iludir com o magnum, ele é um jogador de responsa mais pouco se sabe do que ele produziu nesses ultimos anos, vejo o remo so contratar jogadores de fora e cade a base que o sinomar diz em deixar como espinha dorsal, ele esta enganando os torcedores remistas quando ele diz q vai transformar o remo em um time caseiro. E no final ele vai colocar so jogadores de fora sem comprometimento com o time do remo, apesar de eu ser paysandu mais quero os três da capital no mesmo nivel, pois assim o futebol paraense cresce e se torna competitivo, enfim é isso ai cuidado o gado so engorda com o olho do patrao fica de olho torcedores pois o dono do remo ou paysandu são as torcidas que demonstram a paixao por cada jogo que se vai ou compra algum artigo do seu time fiquem de olho.
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Sensatas observações, camarada Lobo.
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Concordo com você Hiran Lobo, reforçando com o Magnum fica melhor ainda, agora e torcer e vê o meu Remo deslanchar nesse parazinho, não posso chamar de outra forma, com 8 clubes e parazinho mesmo, li no jornal de hoje que a federação já mudou datas de jogos do Remo, contra S. Raimundo e Independente, assim fica difícil, compromete uma programação, não vejo necessidade jogos no meio de semana, o campeonato e curto.
Opinião
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Acho o Magnum uma boa aposta do Remo. Agora como bicolor, só me resta torcer pro Papão formar um time jovem e veloz. Gerson, ainda é cedo, mas o que você acha desse Leleu que tá arrebentando nos coletivos da Curuzu?
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Um jogador como o Magnum vai onerar a folha remista.
Se for mesmo contratado, o que eu não acredito.
Mas se for, vai receber bem mais que os demais, então para que não haja aquelas maricagens, vai precisar jogar muito futebol, p/ que os demais companheiros aceitem ganhar menos.
Se não,
A seguir cenas do Vale a pena ver de novo de todos os anos no nosso futebol.
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Gerson, bom dia! Qual foi o último clube do Magnum?
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Analisem muito bem que pelo menos nesse início de temporada, esses dirigentes velhuscos do Remo estão agindo correto na montagem do plantel para o campeonato paraense. Ou seja, estão mesclando jogadores do sub 20, com alguns jogadores experientes mas não idosos para o futebol, que ainda tem muito a render como esse Magno, o máscara. Dessa forma, o Remo tem boas chances de dar certo em 2012, diferente dos outros anos. Mas isso so o tempo dirá porque precisa-se ver a qualidade física e técnica atual desses jogadores e também como vão se destacar os jovens oriundos da base. Porém, Porém e Porém do outro lado da rua não podemos afirmar o mesmo porque as lambanças dos velhuscos de lá continuam e parece mesmo que não tem mas fim enquanto esse LOP estiver por lá. O homem é rabugento mesmo. Logo no início ja se desentendeu com um jogador da base. Com ele é oito ou oitenta. Não tem intermédio nas suas atitudes. Ou seja, Quando não forma o plantel com um monte de jogadores velhos em fim de carreira, sem motivação e por altos salários, se aventura a formar com um monte de jogadores sub 17 e sub 20, achando que vai dar certo. E a história prova que esse método também não dá, principalmente a curto prazo e com pressão, correndo o risco até de queimar jovens valores e grandes peromessas. O correto mesmo é montar a ” espinha dorsal” do time com jogadores esperientes, com boa condição física e técnica, e salários compatíveis com o clube e a competiçao, com idade entre 25 e 31 anos que ainda podem render muito no futebol, e depois completar mesclando com bons valores do sub 20 e incluindo de forma gradativa alguns do sub 17. Essa é forma correta para dar certo a curto e a longo prazo. Mas é so esse LOP rabugento que não sabe disso ou faz questão de não saber. ou é burro mesmo, ou ainda mal intencionado. A prova do fracasso é logo na estréia onde poderia-se ter um grande público pagante, mas teremos somente alguns corajosos que se aventurararão a ir na Curuzu, a tarde, com televionamento do jogo para Belém, com muita chuva caindo a tarde em Belém, pagando R$ 20,00, para ver um time juvenil, mesclado com jogadores velhões que não deram certo em 2011. Coitado do Bicola. É triste a situação.
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http://www.diarioonline.com.br/noticia-183293-remo-apresenta-mais-um-reforco-para-2012.html
aqui amigo leia a noticia do nosso Querido diario do Pará. ELe já é do leão.
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Quanto a Bira suas palavras são perfeitas e a coluna também.O irmão dele tbm veio junto para o Paissandu e depois brilhou no Fluminense .Aldo jogava muito tbm.Pelo Paissandu na década de 80 costumava enfileirar os marcadores azulinos e lá na frente cruzar ou passar para Chico Spina fazer o gol.Merecem os elogios.
A diferença nobre baionense é que aqueles dirigentes são tais quais os de hoje, mas a diferença é que os jogadores do vizinho estado citado e os meninos do interior sonhavam em jogar nos times do Norte mais famosos da época.Paissandu, remo, nacional,Fast Club, Rio Negro, e até na Tuna .Viajavam pra fazer testes, davam um jeito de jogar contra para serem vistos.
Atualmente os jogadores que mostram potencial são levados por um agente.Os emissa´rios dos clubes estão até lá na sua cidade Baião em busca de talentos.Por isso que jogadores como Jobson, Elkesson, e mais uma dúzia saem do interior do Pará direto para clubes do sul-sudeste.E O Paissandu ou o outrora segundo time de Belém vasculham o interior atra´s de promessas ?
Não, acontece por acaso.Mael por exemplo jogava barbaridade já com 12,13 anos , jogava com essa idade no meio dos adultos no Garrafão do norte,nunca foi visto ou ninguém se interessou.Só depois que buscou o espaço dele na capital foi visto pela dupla de BELÉM.
Falar em Belém legal as palavras do Milton neves no twitter ontem : ” Parabens a Belem do Pará pelo aniversário , a terra do PAPÃO DA CURUZU “.
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Concordo com tudo que o Hiran Lobo escreveu. O futebol paraense só vai se reerguer quando os dois rivais estiverem bem montados e competitivos (torço para que o Remo esteja melhor, claro). Essa idiotice de torcer pela falência de um ou de outro é coisa de gente sem visão. Os empresários espertos criaram o Shopping Center porque sacaram que o cliente só comparece em locais que haja concorrência. Experimente montar uma loja de grife num local distante e sem concorrência e veja o que acontece.
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