Alcaide Dudu e suas ideias supimpas

Agora vai. O prefeito Duciomar Costa acaba de ter uma brilhante ideia para incentivar o carnaval de rua de Belém e ao mesmo tempo levantar o astral dos garis. Reuniu toda a categoria na noite desta sexta-feira (05),  no ginásio Altino Pimenta, fazendo mistério sobre o que seria tratado no encontro. Som rolando nas caixas com a animação da bateria da Escola de Samba Grande Família, cerveja e tira-gosto à vontade. Motivo do encontro festivo: proposta de Dudu para que os garis criem um bloco carnavalesco próprio para o carnaval de 2011.
Antes de revelar a genial sacada, o alcaide agradeceu aos garis pelo serviço que fazem nas ruas da Região Metropolitana de Belém. “Gostaria de parabenizá-los pelo grande serviço que é feito por vocês na nossa cidade, infelizmente ainda falta muita conscientização por parte da população em geral, por isso eu vim até aqui pessoalmente propor um convite a vocês”, disse Dudu. Aí, empolgado, lançou a ideia: “Gostaria de convidá-los a formar um bloco para desfilar na abertura do carnaval 2011”. Todos se animaram e, democraticamente, Dudu botou o tema em votação. A maioria aprovou a iniciativa e o Departamento de Limpeza Pública vai mesmo botar seu bloco na rua. Ambientalista de carteirinha, como se sabe, Dudu só fez uma exigência. “A única coisa que eu gostaria de escolher é o tema, que será Meio Ambiente, um tema bem amplo e bastante persistente”, aconselhou.

Nada contra o bloco carnavalesco dos garis, mas o prefeito de Belém deveria estabelecer prioridades na gestão. Por exemplo, melhorar a coleta de lixo nas ruas. Terminar obras que insistem em se perpetuar, como a revitalização da Marquês de Herval, que está prestes a completar cinco anos de obras e destruições – sim, o prefeito manda destruir calçadas quando estas ficam prontas e demolir quiosques quando eles estão quase prontos, tudo com a altruísta intenção de tornar o projeto mais caro ainda.

Coluna: Refúgio dos renegados

Por capricho do destino, o estádio Barbalhão, em Santarém, será palco pelo segundo ano consecutivo de uma decisão do Brasileiro da Série D. No ano passado, o São Raimundo sagrou-se campeão ao derrotar o Macaé (RJ). Neste domingo, o título será decidido por América (AM) e Guarani (CE).
A história do valente América, clube surgido nos arredores da capital baré, merece algumas observações. O time chega à decisão da Quarta Divisão sem desfrutar de patrocínios oficiais, reforços famosos e muito menos comissão técnica importada. Pelo contrário, penou bastante para custear as viagens e gratificar o limitado elenco.
Aliás, não há como não ver na classificação do América à Série C um irônico contraponto às gastanças destrambelhadas do Remo, cuja folha de salários na Série D batia na casa dos R$ 350 mil. Aliás, o time amazonense – que ficou em segundo lugar na primeira fase – vendeu caro a derrota no Mangueirão para o time de Giba (gol de Héliton).
Só se surpreende com a trajetória heróica do América quem se acostumou aos métodos perdulários de Remo e Paissandu. Lá, funciona a matemática simples. Jogadores sem pedigree, garimpados na região, ganham salários inferiores a R$ 3 mil.
Pode-se dizer que o colorado do Amazonas é um refúgio de renegados, como os paraenses Fitti e Ivan, titulares absolutos da equipe que jamais teriam chances no Remo de Giba. Caras talhados para a Série D se juntaram, meio por acaso, para levar o América à Série C. Deu certo.
 
 
No turbilhão de notícias ruins (leilão do Baenão, calote a funcionários e riscos de novas ações trabalhistas), defensores da atual diretoria do Remo insistem ainda em lamentar o desfecho da transação com as construtoras Agre/Leal Moreira pela área do Evandro Almeida. Alguns culpam conselheiros e beneméritos que se opuseram à tresloucada idéia. Bobagem. Para sorte do próprio Remo, a venda não se consumou por óbvia incompetência na condução do negócio, que concentrou por completo a atenção do presidente Amaro Klautau ao longo de 14 dos 24 meses de seu mandato. Somente ele representou o clube nas tratativas com as firmas interessadas. Portanto, o insucesso do negócio não pode ser atribuído a ninguém. É, por justiça, mais uma obra da atrapalhada gestão AK.
 
 
Quando os ventos da decadência começam a bater na janela tudo é motivo para crítica e censura. Desde os tempos de jogador no Flamengo, Luxemburgo sempre foi chegado a um jogo de cartas, mas enquanto colecionava títulos ninguém dava a mínima para o vício. Havia tolerância e compreensão. O dispendioso passatempo (o técnico encara rodadas de até R$ 1 milhão, segundo a Revista da ESPN) só virou o monstro na sala porque o treinador está há seis anos sem ser campeão nacional. O futebol, como a vida, não poupa o fracasso.  

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 7)

Atlético-PR ensina como se faz

Clube grande, que pensa no futuro e não perde contato com o passado, age assim. O Atlético-PR, dono de um dos melhores estádios do país (a Arena da Baixada) está ministrando aulas sobre sua história para os jogadores das divisões de base. Na palestra, o professor Heriberto Machado fala dos títulos mais importantes e apresenta os principais craques da história do Furacão. Belo exemplo, que devia ser imitado por todos os clubes e até pela Seleção Brasileira. Na última Copa do Mundo, o atacante Robinho teve a petulância de dizer que não sabia quem era Nilton Santos e mal lembrava dos craques de 1970. (Com informações do Bola de Meia)

Lençol, finta e humilhação pública

Cabra invocado é esse meia argentino Belluschi, do F. C. Porto. Campo enlameado, levantou a bola e aplicou um lençol no adversário. Não satisfeito, enfiou a bola entre as canetas do infeliz e foi em frente. Lance raro no futebol europeu de hoje, só possível com a participação do talento sul-americano.

As maiores chineladas da Primeira Divisão

Levantamento das maiores goleadas sofridas e aplicadas em campeonatos brasileiros da Primeira Divisão pelos maiores clubes do Brasil. Apuração do blog Futebol em Números.

ATLÉTICO-MG
Maior vitória: Atlético-MG 7 x 1 Desportiva-ES (1982)
Maior derrota: Atlético-MG 0 x 6 Sport (2000)
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BOTAFOGO
Maior vitória: Botafogo 6 x 0 Flamengo (1972); Botafogo 6 x 0 Goiás (1992)
Maior derrota: Palmeiras 6 x 0 Botafogo (1999)
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CORINTHIANS
Maior vitória: Corinthians 10 x 1 Tiradentes-PI (1983)
Maior derrota: Juventude 6 x 1 Corinthians (2003)
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CRUZEIRO
Maior vitória: Bahia 0 x 7 Cruzeiro (2003)
Maior derrota: Santos 5 x 0 Cruzeiro (1983); Cruzeiro 0 x 5 São Paulo (1997)
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FLAMENGO
Maior vitória: Flamengo 8 x 0 Fortaleza (1981)
Maior derrota: Botafogo 6 x 0 Flamengo (1972)
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FLUMINENSE
Maior vitória: Fluminense 7 x 1 Juventude (2004)
Maior derrota: Sport 6 x 0 Fluminense (1996); São Paulo 6 x 0 Fluminense (2002)
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GRÊMIO
Maior vitória: Grêmio 7 x 1 Figueirense (2008)
Maior derrota: Goiás 6 x 0 Grêmio (1997); Palmeiras 6 x 0 Grêmio (1999)
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INTERNACIONAL
Maior vitória: Inter 7 x 0 Bragantino (1997)
Maior derrota: São Caetano 5 x 0 Internacional (2003)
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PALMEIRAS
Maior vitória: Palmeiras 7 x 0 CRB (1984)
Maior derrota: Internacional 6 x 0 Palmeiras (1981)
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SANTOS
Maior vitória: Santos 6 x 0 Paissandu (2004)
Maior derrota: Corinthians 7 x 1 Santos (2005)
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SÃO PAULO
Maior vitória: São Paulo 7 x 0 Paissandu (2004)
Maior derrota: Vasco 7 x 1 São Paulo (2001)
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VASCO
Maior vitória: Vasco 9 x 0 Tuna Luso-PA (1984)
Maior derrota: Atlético-PR 7 x 2 Vasco (2005)

Rock na madrugada – Paul McCartney, Only Mamma Knows