Abílio Diniz e a eleição de Dilma

Eleições 2010: Dilma Presidente

Mensagem enviada aos 400 colaboradores que todas às segundas-feiras pela manhã participam das reuniões plenárias realizadas no auditório do Grupo Pão de Açúcar e distribuído via Comunicado Interno aos colaboradores de lojas e centros de distribuição.

São Paulo, 1 de novembro de 2010.

Prezado Colaborador (a),

Ontem o Brasil foi às urnas e Dilma Rousseff foi eleita presidente da República. Assim como fiz há oito anos, na primeira eleição de Lula, quando vim a público e declarei meu voto para José Serra, venho agora dizer que confiei o meu voto à Dilma Roussef. Estou feliz com a sua vitória e espero que o Brasil e os brasileiros tenham com ela um grande governo, com a continuidade do desenvolvimento sustentável. Nos anos 80 – para mim, minha década perdida – quando fui membro do Conselho Monetário Nacional, o que eu mais almejava para o meu país era democracia, crescimento, geração de empregos e maior distribuição de renda. Demorei muito para ver isto acontecer. Na verdade, isso só ocorreu no governo do presidente Lula.

Lula mudou completamente este país e mudou para melhor. Nesses oito anos assistimos à redução da fome e da miséria, à ascensão das classes sociais mais baixas e ao aumento da classe média. Hoje, temos orgulho, somos respeitados no exterior e Lula entra para a história como o estadista responsável por tudo isso. É claro que ocorreram erros e que não devemos esconder que algumas coisas poderiam ter sido diferentes. Mas olhemos para o índice de aprovação do seu governo: 80% dos brasileiros apóiam o presidente. Tenho certeza de que a vida dessas pessoas melhorou. Lula deixa um legado de crescimento e de melhoria da condição de vida dos brasileiros que dificilmente será esquecido.

Não tenho dúvida de que Dilma representa a continuidade de tudo aquilo que foi feito de bom. Tenho a convicção de que ela e sua equipe de governo têm a mais firme intenção de corrigir os erros e ampliar as ações positivas. Espero firmemente que Dilma cumpra seus compromissos de campanha, reiterados na noite de ontem, em seu primeiro pronunciamento oficial. Entre eles, espero que faça o tão necessário ajuste fiscal, que reveja os gastos públicos e reestruture a máquina governamental em busca de maior eficiência a custos mais baixos. Que combata o nepotismo e os favorecimentos indevidos. E que se aproveite de uma composição mais favorável do Congresso Nacional para aprovar as reformas constitucionais que o Brasil tanto precisa.

Peço a Deus e a todos os brasileiros que ajudem nessa tarefa. Os desafios são enormes. Talvez, neste momento, o cenário externo não seja tão favorável como o que foi encontrado por Lula. Dilma, porém, tem plena condição de administrar e superar as dificuldades para o Brasil continuar a crescer. Desejo muito sucesso a Dilma. Que Deus a proteja, lhe dê saúde e ilumine seu caminho.

De minha parte, continuarei trabalhando firme para ajudar na tarefa de construir um Brasil melhor, mais humano e solidário. Continuarei fazendo aquilo que acredito ser a maior contribuição de um empresário comprometido com o seu país e com o social: crescer sustentavelmente, gerar empregos e contribuir com o aumento e distribuição de renda. Hoje somos 145 mil. Vamos continuar a crescer, aplicando os valores que sempre guiaram o grupo: humildade, disciplina, determinação e garra. Conto com vocês para construirmos um país cada vez melhor.

a) Abilio Diniz

As revelações do (ainda) superpoderoso Havelange

Por Alessandro da Mata, Amélia Sabino e Carlos Alberto Vieira – do Lance!

Os poderes de João Havelange na Fifa permitem o prenúncio: “Blatter será (re)eleito, Ricardo Teixeira se apresenta em 2015”. Aos 95 anos, Havelange só cansou das viagens. Agora, limita-se aos compromissos diplomáticos mais importantes. A Fifa segue a política do brasileiro. No Comitê Executivo, os membros lhe devem respeito e cumplicidade. O discurso pausado e lúcido, com raros lapsos de memória, vai da cortesia e altruísmo à imposição e domínio. E é revelador quanto à escolha da África do Sul para a última Copa. Bem como à definição de Cuiabá (MT) e Manaus (AM) como sedes, e o veto ao Morumbi (SP) no Mundial no Brasil. Havelange atribui revanchismo aos ingleses, por terem perdido o controle da Fifa, às acusações de manipulação de votos para as Copa de 2018 e 2022. E enxerga da mesma maneira os conflitos com lideranças da Uefa. Na entrevista de mais de duas horas, ele faz sugestões aos Jogos de 2016, críticas aos três níveis de governo, à Lei Pelé e à administração do Fluminense. Confira alguns trechos:

INTERFERÊNCIA NA COPA 2014

Algum tempo atrás me ligaram de Cuiabá. Lutei e falei com o (Joseph) Blatter e o (Ricardo) Teixeira para incluírem Manaus e Cuiabá. Para o mundo conhecer a floresta Amazônica, cuidá-la e respeitá-la. Para ver o Pantanal, gostaria que o mundo conhecesse. Um exemplo: 1998 foi a última Copa minha na Fifa. Terminou e a França tinha 60 milhões de turistas ano, classe A e B, deixando 60 milhões de euros. Por conta da divulgação, passou a receber 70 milhões de turistas e euros. O governo tem de entender, e não achar que está gastando. Nunca ninguém foi à África. Antes a Copa era na Europa ou na América do Sul. Fizemos o rodízio e foi o primeiro evento importante lá. Diziam que não daria certo. Só posso dizer isso se lhe der a missão.

PARENTES E AMIGOS DE TEIXEIRA

Olha, só. Precisa acabar com o “vou fazer a Copa e ficar rico”. Estou na Fifa desde 1957. Estava no COI desde 1963 e faltei a três reuniões, paguei tudo do bolso. Quando cheguei à Fifa eram 12 membros da Europa, um da América do Sul, um da Ásia e outro do Caribe (América Central). Todas as decisões eram europeias. Fiz um Comitê Executivo de 24 – oito da Europa, quatro da África, quatro da Ásia, seis das Américas e dois da Oceania. Se vai à Organização das Nações Unidas (ONU) são 180 países na assembleia. Mas se o conselho dos sete (maiores) diz não, acabou. Na Fifa, se é do Taiti e não tem dinheiro, pode participar do futebol.

Nota da Redação: Reynald Temarri é o representante do Taiti e está suspenso da entidade por suposto envolvimento na venda de votos para as Copas de 2018 e 2022.

ELEFANTES BRANCOS PÓS-COPA

O senhor já foi à Holanda? Vá ao estádio do PSV. Eles têm um estádio com centro de convenções, restaurantes e boutiques. Lá é o único lugar com os artigos de venda deles com 30% de desconto. Não será elefante branco. Em Saint-Denis (FRA) hoje se joga futebol, rúgbi e tem corrida de moto. Lá tem 7 mil lugares de estacionamento, metrô e ônibus. Aqui o sujeito se desespera e deixa o carro em qualquer lugar. Uma vez Carlos Lacerda (ex-governador do Rio) tinha um problema político. E me disse: vamos fazer um jogo internacional? Fui ao Paraguai. Paguei e vieram. Entraram 128 mil no Maracanã. E não houve problema político.

TEIXEIRA PARA PRESIDENTE DA FIFA

O Ricardo separou da minha filha e fiquei muito triste. Minha senhora me chamou e disse: “Não esqueça que ele é o pai dos teus netos”. Então, mudei. O Ricardo queria se lançar presidente (da Fifa) em 2011. Disse para se apresentar em 2015, pois o Blatter, em 1º de junho, será (re)eleito. O Ricardo é dedicado, tem 30 anos a menos. Seria um bom presidente por ter administrado a CBF. Acho que seria de justiça em 2015. Com a Copa bem organizada, ele vai demonstrar capacidade para organizar a Fifa. É a oportunidade de estarmos presentes no cenário mundial. O Blatter , em 1º de janeiro (de 2011), será (re)eleito e estarei lá. Ele foi um secretário nota dez, tem cultura e experiência. É um irmão ou um filho. Com o Blatter dará 40 anos da mesma política, e será 50 no total (com o Ricardo Teixeira). No fundo, o Blatter é o Brasil. (…) O presidente da Hyundai (vicepresidente do Comitê Executivo da entidade pela Coréia do Sul) está fora. Eu lhe fiz uma carta para entender que não se metesse. Não é por que ele é rico que será presidente. O Ricardo Teixeira pode ter defeitos, mas se preparou, fala mais de duas línguas, é culto e  vem de um país com cinco títulos. Está eleito na CBF e não sofre oposição na Fifa. Nunca faltamos à Copa do Mundo. O futebol do Brasil.
vai bem e a América do Sul o respeita.

ESTÁDIO DE S. PAULO PARA A COPA

O senhor conhece ou já foi alguma vez à tribuna de honra do Morumbi? Quando sai um gol, o senhor bate a cabeça no teto. Se tiver de fazer, que se faça em um lugar novo, o do Corinthians. Essa é a minha decisão e será a da Fifa. Um estádio novo para 50 mil, 53 mil pessoas.

N. R.: Havelange se refere primeiro ao estádio do São Paulo, cuja proposta de reforma foi rechaçada pela Fifa. Depois, ele se volta ao Fielzão, planejado inicialmente para 48 mil lugares, em Itaquera. Apesar da insistência da equipe de reportagem, o presidente de honra da Fifa se furta a responder de onde virá o dinheiro para a ampliação do estádio para 65 mil lugares, uma exigência da entidade para a abertura do Mundial.

Luiz Omar disposto a endurecer com os técnicos

Em entrevista ao Bola na Torre deste domingo, o presidente do Paissandu, Luiz Omar Pinheiro, procurou explicar o processo de enxugamento da folha salarial, dizendo ser a única maneira de fazer o clube se preparar para as próximas competições. Disse, também, que a eliminação da Série C pode ter como primeira vítima o projeto do Time Negra, equipe B do Paissandu. E foi duro quando falou da relação com o futuro técnico: “Não vou mais ficar olhando técnico mexer errado no time, escalar mal. Nunca agi assim, mas agora, se for preciso, desço ao vestiário no intervalo da partida e mudo o que estiver errado. Sempre respeitei a opinião do treinador, mas não adianta, pois o Paissandu só se deu mal dessa maneira”, ameaçou.

A frase certeira

“Depois de quase quinhentos anos de um Brasil governado sempre pelas mesmas famílias, pelas mesmas oligarquias, houve a ascenção de um filho do povo. A Casa Grande perdeu para os habitantes da Senzala e um Brasil mais justo vai surgindo, mesmo diante de numerosas tentativas para se devolver o poder aos seus antigos detentores. Oito anos, tantas vezes conturbados pelas dificuldades de se governar com um Parlamento viciado na corrupção, é um tempo curto demais para se contrapor aos quase 500 da elite branca e rica brasileira, disposta tantas vezes a vender e a ceder nossas riquezas em troca de vantagens pessoais. Dilma Rousseff, a corajosa mulher dos anos 60, que viveu três anos nas escuras celas do Dops, por afrontar os militares – nisso sobrepujando tantos homens, dispostos por covardia a se submeter aos fardados – é hoje a garantia de um novo governo em favor do povo e não em favor dos ricos e suas oligarquias”.

De Rui Martins, jornalista e escritor

Lulismo é mais impactante que o petismo

Por Ana Cláudia Barros

Na análise do cientista político, Paulo Roberto Figueira Leal, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, a disputa presidencial, que resultou na vitória de Dilma Rousseff (PT), consagrou o lulismo como uma força eleitoral mais impactante do que o próprio petismo. Para ele, os resultados do governo do presidente Lula geraram uma sensação de “bem estar” na população que estimulou o desejo pela continuidade. “Para o eleitor comum, a percepção de bem-estar acaba sendo decisiva no sentido de ter um estímulo ao voto de continuidade. Importa pouco a gente ficar, neste momento, discutindo se foram os acertos do governo ou se foram circunstâncias outras”.

Autor dos livros O PT e o dilema da representação política (FGV Editora) e Os debates petistas no final dos anos 90 (Editora Sotese), Leal destaca que o fato de Dilma sair de uma “absoluta posição periférica”, que ocupava antes de a campanha começar, para a conquista do Planalto demonstra o peso político da figura de Lula. “A primeira eleição presidencial brasileira, desde 1989, sem Lula, teve Lula como personagem central”, brinca. Categórico, o cientista político desconstrói um argumento muito usado pela oposição, sobretudo, no segundo turno: o da alternância de poder como peça-chave para a manutenção do sistema democrático.

“Os mesmos segmentos, que faziam apologia de que era preciso mudar só para não garantir a permanência de um no poder, não acham nenhum problema que o PSDB governe São Paulo há 20 anos, caminhando para 24, ao final do governo Geraldo Alckmin”, alfineta. Na visão dele, o jogo democrático não supõe, necessariamente, a necessidade de alternância. Com a conquista de Dilma, o PT somará 12 anos ininterruptos à frente do comando do Brasil. “Acho que não há nenhum problema que um partido fique tantos anos no poder, desde que isso seja fruto de uma experiência democrática em que não tenha se negado a existência do contraditório. O que não se pode ter é eleição viciada, é eleição que constrange a oposição a não participar dela. Não me parece que seja o caso brasileiro”.

A comparação entre os oito anos da gestões FHC e Lula foi tema presente no debate do segundo turno. Quais os principais erros e acertos governo do PT na análise do senhor?
Paulo Roberto Figueira Leal –
Primeiro, esta foi a estratégia do campo governista, ou seja, enquanto a candidatura Serra tentou o tempo inteiro puxar uma comparação de biografias, a estratégia da campanha da Dilma foi exatamente esvaziar essa comparação e estabelecer a comparação entre os resultados dos dois governos. Do ponto de vista da comparação, de fato, sobre numerosas questões, o governo Lula teve um resultado superior a apresentar, um resultado social superior. Os tucanos e aliados dirão que não por conta do governo Lula, que houve uma série de variáveis externas, de conjunturas internacionais que facilitaram isso. Mas o fato é que, para o eleitor comum, a percepção de bem-estar acaba sendo decisiva no sentido de ter um estímulo ao voto de continuidade. Importa pouco a gente ficar, neste momento, discutindo se foram os acertos do governo ou se foram circunstâncias outras que geraram essa sensação de bem-estar econômico e social. O fato é que ela foi gerada para milhões de eleitores e nesse sentido isso acaba por explicar um certo comportamento do eleitorado de buscar a continuidade. Algo que se manifestou não só na disputa nacional, mas também nas disputas estaduais. Quase todos os projetos estaduais de poder foram vitoriosos nessa campanha. Ou seja, há uma sensação de bem-estar, que alguns jornalistas americanos chamam de “feel good factor” que acaba por estimular uma resposta eleitoral por continuidade mais do que por mudança ou transformação. Nesse sentido, os números são óbvios. Você tem mais de 50 milhões de brasileiros que tiveram ascensão social significativa. Alguns que abandonaram a situação de pobreza absoluta, outros que chegaram à classe média. Você tem índices de geração de postos com carteira assinada batendo recordes seguidos. Você tem uma ampliação do mercado interno.

Como o PT sai dessa eleição em termos de força política?
O PT teve uma ampliação de bancadas, ocupa alguns governos de estado importantes, mas eu tenho absoluta certeza de que hoje, esse processo eleitoral, consolida a percepção de que o lulismo é uma força eleitoral mais impactante, mais relevante do que o petismo. Tanto é assim que você tem índices de popularidade do presidente e do seu governo que são descolados da possibilidade de uma ampliação ainda maior da presença do PT.
Dilma Rousseff sai de uma absoluta posição periférica, que ocupava antes de a campanha começar, para uma vitória, o que significa que a eleição sugere um enorme retorno positivo do ponto de vista eleitoral, senão para o PT, para o campo de sustentação do governo Lula, mostrando que, a primeira eleição presidencial brasileira, desde 1989 sem Lula, teve Lula como personagem central.

Coluna: A encruzilhada remista

Em tempo de eleição histórica para a presidência da República e mudanças no governo do Estado, um pleito bem mais modesto e badalado desponta como prioritário para o futuro de um dos grandes clubes paraenses. O Remo, atolado em dívidas trabalhistas do passado e pendências atuais que em breve deverão engrossar o bolo na Justiça, tem uma única alternativa para escapar dessa enrascada. Precisa, com urgência, eleger um novo presidente para que retome sua vida normal e consiga apaziguar suas diversas correntes políticas.
Nada é mais vital para a democracia do que uma eleição, que renova projetos e consolida avanços institucionais. No caso do Remo, nada é mais decisivo para voltar a respirar ares de grande clube, saindo da encruzilhada em que se meteu pelas ações nefastas das duas últimas gestões.
Como poucas vezes em sua história, a ocasião exige que seus conselheiros façam mais do que a simples obrigação estatutária. Cientes dos números assustadores e dos inúmeros “papagaios” a serem honrados, sabem que os compromissos (e prazos) não podem esperar. Leilões estão à porta e é obrigatório que todos assumam suas responsabilidades.
Isso depende da antecipação das eleições, previstas para dezembro, mas que deveriam se realizar de imediato. Já se desperdiçou muito tempo e energia com o inútil capricho de vender o estádio Evandro Almeida, malfadado projeto do atual presidente e que resultou em desfecho insatisfatório, como praticamente todas as demais iniciativas dessa administração.
Para complicar ainda mais as coisas, as seguidas reuniões do Conselho Deliberativo têm patinado na indefinição, resultando em discussões que minam as pontes para mudanças. Diante da resistência do presidente do Condel em acelerar procedimentos, o processo é travado sistematicamente. Resta a conselheiros e beneméritos a adoção de procedimentos com que a agremiação saia do imobilismo em que se encontra.
Há dois anos sem festejar qualquer conquista no futebol e atualmente fora de qualquer divisão nacional, o Remo se divorciou da torcida nas ruas e periga se transformar cada vez num clube de gabinete, comandado a partir de salões refrigerados, o que é ao mesmo tempo um retrocesso grave e uma flagrante afronta às origens populares de sua bandeira.
Pela vontade dos atuais dirigentes, que elegeram um negócio imobiliário como objetivo maior, é quase certo que os problemas permanecerão sem solução. Não se vislumbra a mínima disposição para transformações efetivas, nem há mais tempo para isso. Todas as tentativas parecem visar interesses menores. Por isso mesmo, os verdadeiros azulinos devem apressar a agenda eleitoral e retomar de imediato o controle da agremiação. Antes que seja muito tarde.
 
Ainda no tema, cabe observar que Paissandu, Tuna e Águia também passarão por eleições nos próximos meses. Que os ventos da mudança atinjam todos os clubes. Mais do que nunca, o futebol paraense precisa desesperadamente de um sopro de renovação.   

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 1)