Dia: 8 de novembro de 2010
Flu tem a simpatia de palmeirenses e tricolores
O Fluminense disputa com Corinthians e Cruzeiro o título do Campeonato Brasileiro. E o Tricolor terá pela frente nos quatro jogos que restam dois rivais do Corinthians: Palmeiras e São Paulo. Coincidentemente, ambos não foram devidamente auxiliados pelo rival no ano passado, quando o Corinthians perdeu para o Flamengo no Brinco de Ouro, em Campinas, e o rubro-negro carioca deu passo importante para o título.
Agora, a campanha ‘Entrega para o Flu’ já começou, principalmente na torcida do Palmeiras, que não tem mais grandes aspirações no Campeonato Brasileiro. O sonho é ver o Flu campeão para estragar o centenário corintiano. A imagem acima, que foi retirada da comunidade do clube no Orkut., recebeu a aprovação da maioria dos participantes. No São Paulo, a irritação com as provocações de freguês após mais uma derrota para o Corinthians foi a gota d’água para jogar a ética para escanteio.
Do outro lado, torcedores do Vasco já usam as redes sociais pedindo que o time entregue o jogo para Corinthians e Cruzeiro, rivais do Flu. O Flamengo ainda vai enfrentar o Cruzeiro, mas até agora a meta de lutar contra a degola é mais importante. (Do Bola de Meia)
Paissandu confirma contratação de Joãozinho
O presidente do Paissandu, Luiz Omar Pinheiro, confirmou no final da tarde desta segunda-feira que Joãozinho Rosa será o novo técnico da equipe em substituição a Charles Guerreiro. Ele aceitou a proposta para retornar à Curuzu depois de 11 anos. Joãozinho treinou o time em 1998, sagrando-se campeão estadual invicto. Deixou o clube em 1999 e foi treinar o Remo no ano seguinte. Depois disso, nunca mais conseguiu se firmar como técnico. Atualmente, é funcionário do Santos, trabalhando como olheiro para as divisões de base. A opção por Joãozinho surpreendeu a todos, pois o técnico está fora do mercado e não deixou a melhor das impressões quando saiu da Curuzu.
Bernardinho, enfim, admite marmelada
O técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, admitiu publicamente, pela primeira vez, que a derrota para a Bulgária, por 3 sets a 0, pela segunda fase do Mundial de vôlei, no início de outubro, foi proposital. Em entrevista à revista Alfa, o treinador aproveitou para pedir desculpas aos torcedores brasileiros pelo episódio.
“Eu queria pedir desculpas às pessoas. Se você me perguntar se eu me orgulho, eu digo: ‘De forma nenhuma’. Vai contra tudo aquilo que eu sempre preguei, os princípios em que acredito”, desabafou o técnico do Brasil. “A gente tinha de tomar um caminho. Mas é um caminho que eu nunca quero tomar de novo.”
Na ocasião, por conta do exótico regulamento do Mundial, a seleção brasileira cairia em um grupo mais fácil na segunda fase do torneio caso fosse derrotada pela Bulgária – o que, de fato, aconteceu. Se vencesse, o time de Bernardinho enfrentaria adversários mais fortes na fase seguinte da competição.
Na entrevista, o comandante da seleção brasileira ainda contou que, após a conquista do título mundial, só conseguiu se abrir e falar sobre a “entregada” contra a Bulgária com amigos próximos. Segundo Bernardinho, até de seu pai ele se escondeu e preferiu não tocar no assunto. (Da ESPN)
Ficou bem melhor assim. Houve de fato a armação e o técnico se deu conta de que devia um pedido de desculpas à torcida brasileira.
Flu não depende da rivalidade entre paulistas
Por Paulo Vinícius Coelho
Esta reflexão começa por uma pergunta. Você acha que Corinthians e Grêmio entregaram o jogo para o Flamengo ano passado? Eu não. Tanto que deu jogo tanto em Campinas, quanto no Maracanã. Isso indica a crença de que o Campeonato Brasileiro de 2010 não se decidirá a favor do Fluminense por causa da falta de interesse de São Paulo e Palmeiras em prejudicar o rival Corinthians. Pode se definir a favor do Fluminense pelos próprios méritos do Tricolor, time que liderou o campeonato por mais rodadas, 20, e dono da melhor defesa do Brasileirão, com 33 gols sofridos em 34 partidas. Vale também lembrar que o Cruzeiro enfrenta o Flamengo, situação semelhante à de São Paulo e Palmeiras em relação ao Corinthians.
Ainda assim, é de se ponderar o que o Fluminense tem feito em campo. Tomou susto de Jonathan no primeiro minuto, mandou na partida até fazer 1 x 0 aos 3 minutos e teve bela atuação de Tartá, aberto pela direita num 4-2-3-1. Mas sem apresentar o futebol com a autoridade de outros momentos do Brasileirão.
Nas últimas oito rodadas, o Fluminense ganhou três vezes, do Avaí, Vasco e Grêmio, todos no Engenhão. Perdeu para o Santos no Rio e para o Cruzeiro fora, empatou com Atlético Paranaense, Internacional e Grêmio Prudente, fora de casa, ambos fora de casa. Não vence como visitante desde a 25a rodada.
E fora de casa jogará contra os dois rivais do Corinthians. O São Paulo, que pode ter chance de brigar por Libertadores, dependendo da combinãção de resultados da 35a rodada (Vasco x São Paulo, Santos x Grêmio, Ceará x Botafogo). Se tiver, entrará em campo disposto a vencer o Flu.
O Palmeiras estará interessado mesmo nas finais da Copa Sul-Americana, mas apenas se vencer o Atlético Mineiro, nesta quarta-feira. Caso contrário, pode até ter mínimas chances de Libertadores por meio do Brasileirão.
O favoritismo do Fluminense deve-se mais à tabela do Corinthians do que à entrega de seus rivais. Vantagem 1: enquanto o Fluminense enfrenta o Goias, Corinthians e Cruzeiro disputam no Pacaembu quem continua na perseguição. Vantagem 2: se o Corinthians for o perseguidor, terá de vencer em Salvador, onde não é fácil ganhar e onde Cruzeiro e Fluminense conseguiram três pontos. É isso o que pode dar o título ao Fluminense. Desde que o Fluminense tenha um desempenho mais próximo do que fez de melhor no Brasileirão.
Corinthians mantém sonho do título
Coluna: O futebol vai às urnas
A sorte está lançada. Remo e Paissandu caminham para suas eleições mais concorridas dos últimos 20 anos. Talvez não seja simples coincidência o fato de que os dois maiores clubes paraenses estejam rachados ao meio quanto à definição de seus destinos políticos a partir de 2011.
O Remo, atualmente sem vaga na Quarta Divisão, vive momento mais aflitivo, atolado em dívidas e alquebrado por uma gestão que passou dois anos lutando obcecadamente para se desfazer de um patrimônio do clube. Os efeitos danosos dessa trapalhada imobiliária se fazem notar no dia a dia da agremiação, hoje entregue à própria sorte. Um gigante popular de 100 anos divorciado de seu principal bem, que é o torcedor.
O pleito do próximo dia 20 – um dia após o leilão de um pedaço do estádio Evandro Almeida – é bem mais que mera disputa eleitoral: é um acerto de contas entre o Remo caótico de Amaro Klautau e um novo Remo, que insiste em buscar ânimo e motivos para sobreviver.
O verdadeiro sentido da democracia, que é a representatividade através do voto, pode ser a saída para a encruzilhada final. Caso o novo Conselho Deliberativo seja à imagem e semelhança do atual, com a mesma omissão por parte de sua direção, é certo que o atoleiro se perpetuará. Na hipótese de triunfo oposicionista, o cenário tende a mudar por completo.
Já no Paissandu, o atual presidente, Luiz Omar Pinheiro, tenta novo mandato, mas enfrenta resistência pelos maus resultados no futebol, embora a gestão não possa ser nem de longe comparado com o caos reinante no maior rival.
Em termos trabalhistas, onde o Remo afundou por completo, Luiz Omar cumpriu todos os acordos e preservou o patrimônio material do clube. Os problemas se concentram no gerenciamento do futebol profissional. Descuidos e equívocos nas contratações fizeram com que, pela quarta vez consecutiva, o Paissandu perdesse a chance de subir à Série B.
Talvez receando mergulhar num pântano tão profundo quanto o do vizinho de Almirante Barroso, associados e conselheiros do clube decidiram lançar uma chapa alternativa. Nomes importantes e respeitados internamente compõem esse grupo e podem, em caso de vitória, mudar os destinos alvicelestes. Pode não ter caráter plebiscitário como no Remo, mas a eleição bicolor será tão acirrada quanto, capaz de cindir inapelavelmente as correntes mais representativas da agremiação.
—————————————————————————————
Com a determinação dos vitoriosos, o Fluminense avança a passos largos rumo ao título do Brasileiro, bafejado pela sorte que costuma abençoar os campeões. O triunfo sobre o Vasco atestou isso. A quatro rodadas do final da competição, as chances estão cada vez mais restritas aos três primeiros – Flu, Corinthians e Cruzeiro, que também venceu na rodada. O Botafogo se desgarrou dos ponteiros com o incrível 16° empate no torneio. Quem empata tantas vezes não pode se habilitar à vitória final.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 08)