Conversei no ar, durante o programa Cartaz Esportivo da Rádio Clube, com meu amigo Odilardo Silva, diretor do Remo e da Atar, sobre os incidentes que marcaram a manifestação de integrantes da Chapa 1/Reconstrução com Seriedade em frente ao estádio Evandro Almeida, na tarde desta sexta-feira. Sob chuva, um grupo de ex-presidentes e grandes beneméritos do clube foi barrado na portaria do estádio, sob a alegação de que haveria uma ordem do presidente Amaro Klautau impedindo o acesso. Odilardo foi avisado por um funcionário e foi até o Baenão, onde discutiu com Ronaldo Passarinho e Ubirajara Salgado.
O grupo queria colocar um novo escudo, em acrílico, no pórtico do estádio para substituir o improvisado emblema colocado na noite de quinta-feira a mando do presidente Amaro Klautau. Odilardo se opôs à ideia, alegando que ninguém está autorizado a tocar na fachada do clube. Os conselheiros – entre os quais, cinco ex-presidentes – sentiram-se ofendidos e o bate-boca foi intenso. Na Clube, pelo telefone, Odilardo deu sua versão para o episódio, lembrando que tomou a iniciativa de proibir o acesso depois de ler a notícia postada aqui no blog sobre o abraço simbólico programado para esta tarde no Evandro Almeida.
Na conversa com este blogueiro, defendeu que as discussões sobre o futuro do clube sejam proativas e elevadas. Concordei com essa afirmação, mas ressalvei que não houve essa mesma preocupação, em preservar intacta a arquitetura do estádio, por ocasião da destruição do escudo de 75 anos a golpes de picareta, por ordem do próprio presidente do clube. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)