Aos pés de Nilton Santos, a Enciclopédia, o escriba baionense registra a visita à Loja Oficial do Botafogo no Mourisco, nesta quarta-feira de nuvens negras sobre o Rio, tumultuada pelos confrontos nas favelas. “Morri” em quase 300 pilas (camisa oficial, bermuda e outros regalos), mas valeu a pena.
Dia: 24 de novembro de 2010
Namorada de Cristiano Ronaldo agita a Espanha
O atacante Cristiano Ronaldo segue fazendo polêmica fora de campo, até sem querer. Sua namorada, a modelo russa Irina Shayk, 24, declarou que a edição espanhola da revista GQ usou o Photoshop – programa de edição de imagens – para criar a ilusão de que estava inteiramente nua em ensaio fotográfica para a revista. A informação é da versão digital do jornal El País. Irina jura que usava somente uma tanga cor da pele quando fez a sessão de fotos, há dois meses na localidade de Chinchón, na Espanha. Ela diz não ter sido consultada pela revista, que “apagou” a peça de roupa em três das 14 fotos publicadas. A agência de Irina diz que a nudez não estava prevista no contrato e que os advogados da modelo estão estudando se entrarão com um processo contra a revista. Em desmentido oficial, porém, a GQ garantiu nesta quarta-feira que tem como provar que a namorada do craque português do Real Madri estava ao natural. E você, o que acha?
As últimas do Leão de Antonio Baena
Da coluna de Guilherme Augusto, no DIÁRIO:
Os Cabeças
Agora parece que não tem mais volta: Sérgio Cabeça e Paulo Mota, ambos da chapa eleita sábado, toparam assumir, respectivamente, a presidência e a vice-presidência do Clube do Remo.
Assédio esportivo
Os integrantes da chapa remista vitoriosa estão sendo assediados por concorrentes da chapa derrotada com mensagens de conciliação, invocando que a grandeza do clube está acima de tudo. É, até pode ser. Ou não, naturalmente.
Maldade atroz
O professor Wilton Moreira, um remista apaixonado, líder, apesar dos seus setenta e poucos anos, da ala jovem do Remo, está sendo vítima, talvez ele nem saiba, de uma maldade atroz. Adversários dele dentro do clube comparam a sua atuação nas eleições com a de Mick Jagger durante a Copa do Mundo na África do Sul.
Anotações sobre o show do ano
Em meio a tantas análises brilhantes sobre o show de Paul McCartney, selecionei o relato do amigo botafoguense Mauricio Stycer. Vale a pena ler.
Por Mauricio Stycer
Encerrado o show, por volta de meia-noite e meia, o público da pista começa a caminhar lentamente em direção à saída. Sem tumulto, sem barulho, sem empurra-empurra. De repente, alguém começa a cantar o refrão de “Hey Jude”. “Na, na na na na na, na na na, Hey Jude”. Em instantes, milhares de pessoas estão caminhando e cantando juntas o sucesso dos Beatles, com que Paul McCartney encerra o show, antes da longa sequência de bis. “Na, na na na na na, na na na, Hey Jude”. Como torcedores do time vitorioso, que cantam o hino do clube na saída do estádio, a plateia deixa o Morumbi em êxtase, repetindo o refrão como um mantra. Cena rara e bonita.
Outros momentos de devoção me impressionaram. Quando Macca tocou os primeiros acordes de “The Long and Winding Road”, um sujeito nos seus 30 anos, em pé atrás de mim, avisou à namorada e ao amigo: “Vou desidratar, velho”. E começou a chorar feito criança. No momento da homenagem a George Harrison, com “Something” cantado em coro por 64 mil pessoas, um homem ao meu lado, mais de 40 anos, derrete-se: “Meu, isso é uma experiência divina”. Amigos dançam abraçados, pulando feito crianças. Gente com mais de 60 anos se esgoela, casais choram… Não me lembro de ter visto nada parecido em um show de rock.
Assisti da pista, a mais de 100 metros do palco. Macca era um pontinho azul lá longe, mas conseguia vê-lo muito bem nos dois telões colocados no Morumbi. Em outras situações, diria que teria sido melhor ver o show pela televisão. Mas aí teria perdido este comovente espetáculo proporcionado pelo público. Apesar do preço extorsivo do ingresso (R$ 300, mais taxas), do cachorro-quente mal esquentado em micro-ondas a R$ 8, do pacote de batata frita a R$ 6, da cerveja em lata a R$ 5 e da confusão na entrada do Morumbi, valeu a pena. Um show inesquecível.
Em tempo: Mais informações, fotos e reportagens sobre o show podem ser encontradas aqui.