Otacílio fora dos planos remistas

Apesar de ser um dos jogadores recomendados pelo técnico Giba para permanecer no clube, o volante Otacílio deve ser liberado pelo Remo nos próximos dias. A decisao ainda não é oficial, mas no Baenão é dado como certo que ele será liberado assim que seu contrato com o clube expirar. Com rendimento aquém do esperado no campeonato, apesar de ser escalado como titular por Giba, Otacílio ainda exigiu reajuste salarial depois da derrota nas finais do returno. O desinteresse da diretoria na renovação com o volante pode desagradar o técnico, que contava com o jogador para a campanha na Série D.

Tabu de um século em disputa

O campeão paraense de 2010 será conhecido neste domingo, a partir das 16h, no Mangueirão. Na decisão, o Paissandu tenta inverter a vantagem contra o Águia e impedir a queda de um tabu que já dura mais de um século. Na partida de ida, no último domingo, em Marabá, o clube do Interior venceu , por 1 a 0, e depende apenas de um empate para ficar com o título inédito. O Paissandu terá de vencer por dois gols de diferença. Se vencer por apenas um gol, a disputa será nos penais. O Águia luta contra uma hegemonia que já dura 102 anos. Nunca em toda história do Parazão um clube fora de Belém levantou a taça de capeão estadual. Os maiores campeões são Paissandu e Remo, com 43 e 42 conquistas, respectivamente. Os outros campeões são Tuna (10 vezes) e o extinto União Sportiva (2).

Paissandu – Fávaro; Cláudio Allax, Leandro Camilo, Paulão e Edinaldo; Tácio, Sandro, Marquinhos e Tiago Potiguar; Bruno Rangel e Moisés. Técnico: Charles Guerreiro.

Águia – Alan; Ari, Bernardo e Charles; Vítor Ferraz, Analdo, Daniel, Tiago Marabá (Diego Biro) e Marcondes; Jales e Douglas. Técnico: João Galvão.

Árbitro – Evandro Rogério Roman (Fifa-PR), auxiliares: Ednilson Corona (Fifa-SP) e Alexandre Rocha de Matos (Fifa-BA).

Ingressos – R$ 15,00 (arquibancada), R$ 40,00 (cadeira) e R$ 7,00 (meia).

Riquelme mais próximo da Gávea

Roman Riquelme foi oferecido ao Flamengo há alguns meses, quando Marcos Braz ainda era o dirigente responsável pelo futebol rubro-negro. Ao Fluminense o nome do craque argentino também foi sugerido. Mas tudo dependia do rompimento definitivo com o Boca Juniors, onde o camisa 10 vivia séria crise, brigado, inclusive, com Martín Palermo, maior goleador da história do clube xeneize. O compromisso de Riquelme com o time da Bombonera chegará ao final neste mês, enquanto ele se recupera de uma cirurgia. Mas o cenário mudou para Roman. Claudio Borghi, ex-jogador do Fla e novo técnico do Boca, quer sua permanência, assim como a de Palermo, e tenta apaziguar tudo.

O clima para Riquelme já não é tão desfavorável no time mais popular da Argentina, a ponto de se tornarem mínimas as chances de ele se transferir para outro clube do país, como o Racing, que demonstrou interesse em tê-lo. Hoje, o dinheiro parece ser a única razão pela qual Roman deixaria seu clube de coração. E é aí que o Flamengo pode ter reais chances de contratá-lo. (Da ESPN)

Húngaro vai apitar a estreia do Brasil

O húngaro Victor Kassai será o árbitro responsável pela estreia brasileira na Copa do Mundo, no próximo dia 15 de junho, em Johanesburgo, contra a Coreia do Norte. Já o brasileiro Carlos Eugênio Simon apitará Inglaterra x Estados Unidos, no dia 12 de junho. Kassai é o mesmo árbitro que comandou a decisão do futebol masculino nas Olimpíadas de Pequim, na China, em 2008, na qual a Argentina levou a melhor sobre a Nigéria e ficou com a medalha de ouro. Agente de viagens, ele é estreante em Mundiais, tem 34 anos e é filiado à Fifa desde 2003. O brasileiro Simon é veterano na competição e fará na África do Sul sua terceira participação. Tem 44 anos, é jornalista e ficou com a responsabilidade de apitar a abertura do grupo C. Faz parte do quadro da entidade máxima do futebol desde 1998.

Coluna: Equilíbrio na grande final

Um dos grandes dilemas do futebol é o placar obrigatório. Nada mais antinatural no jogo do que prever ou planejar um escore. É justamente aí que entra a responsabilidade do Paissandu nessa empolgante decisão com o Águia. Depois de perder a primeira partida, o time de Charles Guerreiro tem sobre as costas o fardo de construir uma vitória por dois gols de diferença para conquistar o tricampeonato estadual.
Na fase classificatória do returno, sem fazer grande esforço, o Paissandu disparou uma goleada de 6 a 1 sobre o Águia, resultado tão claramente anormal que não provocou qualquer abalo na sólida campanha marabaense na segunda fase do campeonato.  
Para o confronto deste domingo, há o ligeiro favoritismo do mandante, vinculado principalmente ao apoio maciço de sua torcida no Mangueirão, mas tecnicamente não se pode dizer que há grande diferença entre os times. Se o Paissandu terá a volta de Tiago Potiguar e Sandro, o Águia contará com Wando, Vítor Ferraz e Samuel Lopes, que não jogaram em Marabá.
Quanto aos técnicos, apesar do significativo trabalho de Charles Guerreiro, que reestruturou o Paissandu após a saída de Barbieri, não se pode subestimar a capacidade de surpreender que João Galvão tem demonstrado. Além disso, a façanha de ressuscitar o Águia no segundo turno não pode ser menosprezada.
Pelo equilíbrio entre os times, desconfio que o título será decidido nas penalidades. E isto é apenas um palpite.  
 
 
A caminho da África do Sul, na cobertura especial da Copa para o DIÁRIO DO PARÁ, Rádio Clube e TV RBA, ao lado dos amigos Giuseppe Tomaso, Valmir Rodrigues e Geo Araújo, este escriba baionense conclama os colaboradores a participarem da coluna Conexão África, que será publicada a partir de terça-feira, 8, quando já estaremos em Johanesburgo. Será um espaço mais amplo dentro do Bola, com comentários diários sobre a Seleção Brasileira, cultura e ambiente no país-sede, como já fizemos na Copa da Alemanha, há quatro anos.
Em Johanesburgo, dona de dois estádios do mundial e sede da Seleção Brasileira, planejo acompanhar pelo menos 12 jogos da primeira fase, saindo para ver outras seleções em cidades próximas. Além da coluna, estarei diariamente também no blog, no Twitter, no hotsite do Diário On-Line e na programação da Clube e da RBA, através de boletins especiais e comentários. Conto com a audiência e a colaboração dos 28 baluartes – que devem se multiplicar nesta Copa.
 
 
O futebol paraense sofreu uma grande perda nesta semana. A morte de Lupercínio, um dos grandes dribladores que o Pará revelou nas últimas décadas, pegou a todos de surpresa e enlutou o Paissandu. Tive a sorte e o privilégio de vê-lo jogar, inclusive com a camisa do meu Botafogo. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 6)