Sandro e Daniel garantidos na final

A Justiça Desportiva acatou recurso apresentado pelo Paissandu e, com isso, o volante Sandro está garantido na final deste domingo.

O Águia não deu a mesma sorte. O volante Daniel foi absolvido, mas o time marabaense não terá na decisão os jogadores Aldivan, Soares e o técnico João Galvão, cuja suspensão foi mantida.

Atacante do Águia prepara despedida

O atacante Wando estreou pelo Águia numa partida contra o Paissandu, no dia 18 de fevereiro. Agora, às vésperas da decisão do campeonato, o jogador revela que sua despedida de Marabá também poderá acontecer diante do rival. Como a final contra os bicolores deve ser sua última partida no Azulão, Wando tenta se recuperar de uma lesão no tornozelo direito para ajudar o clube a conquistar o inédito título. Ele justifica sua possível saída do Águia informando que recebeu excelente proposta do Santo André (SP), para reforçar a equipe na disputa do Brasileiro da Série B. Wando garante, porém, que só responderá ao convite depois do jogo de domingo. (Com informações de Mariuza Giacomin)

Coluna: Um ensaio de punição

À primeira vista, a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva que puniu jogadores e comissão técnica do Águia parece extemporânea e até injusta. Não é bem assim. As cenas de violência e desrespeito ao trio de arbitragem da partida contra o Remo, válida pelo primeiro turno do campeonato, foram dignas do mais tosco futebol varzeano, revelando total descontrole emocional dos atletas marabaenses.
Por mais que o técnico João Galvão e demais envolvidos tenham comparecido ao tribunal para pedir desculpas, como forma de atenuar a pena, não havia como aceitar que o grupo saísse impune das escaramuças praticadas no gramado do Baenão. Curiosamente, depois daquelas cenas vergonhosas, Galvão e seus atletas passaram a professar incontido fervor religioso, definindo suas vitórias como “obras do Senhor”.
Para espanto de todos, no primeiro julgamento, os turbulentos foram absolvidos, levantando sérias dúvidas quanto à isenção do tribunal. A reforma da pena vem ao encontro dos anseios daqueles que defendem o jogo limpo e o respeito às regras.
Já imaginaram se todo mundo que se julgasse prejudicado por uma arbitragem decidisse partir para atos extremos, agredindo árbitros e auxiliares? Seria a instituição plena da barbárie, um golpe de morte do futebol como espetáculo.
Aos que certamente irão alegar que a decisão beneficia o Paissandu, cabe observar que nada disso estaria acontecendo se o Águia tivesse agido com racionalidade depois daquele jogo. Até porque as reclamações eram improcedentes e os acréscimos dados pelo árbitro foram justificados pela “cera” dos jogadores aguianos. 
Ainda existem meios mais civilizados de manifestar insatisfação e revolta. É lícito esperar, porém, que a exemplo do remédio legal usado em favor de Sandro, o TJD arranje um instrumento (efeito suspensivo) que permita ao Águia usar todos os seus jogadores na finalíssima de domingo.  
 
 
Sem fazer alarde, o blog rompeu ontem a expressiva marca de meio milhão de acessos em 13 meses de vida. Aos sócios do nosso boteco de idéias, os sinceros agradecimentos deste escriba baionense.
 
 
Sai outra pesquisa fadada a despertar polêmica. Depois que o Datafolha garantiu que o Paissandu detém a maior torcida do Norte do país, ignorando completamente a massa azulina, pesquisas de opinião entraram na alça de mira dos torcedores. Vem agora o Ibope asseverar que o Remo está entre os 21 clubes que mais têm torcedores entre os jovens brasileiros. Na 18ª posição do ranking nacional de torcidas jovens, o Leão repetiu o sucesso de pesquisa de 2004 do mesmo Ibope, que o colocou entre os 16 clubes mais populares do país, com o Paissandu em 17º. Confusão à vista. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 2)  

Águia quer efeito suspensivo para 6 punidos

O Águia impetrou, ontem à tarde, recurso no STJD pedindo o efeito suspensivo, bem como a reforma da decisão do TJD paraense, que julgou e condenou na segunda-feira à tarde o técnico João Galvão, os jogadores Soares, Aldivan e Daniel, além do preparador físico Roberto Ramalho e o massagista Nivaldo Duarte, a dois jogos de suspensão, o que os afasta da grande decisão do campeonato paraense, domingo, contra o Paissandu.
Julgados em primeira instância e absolvidos pelos incidentes após o empate com o Remo, ainda pelo primeiro turno, Galvão e seus comandados foram novamente a julgamento na segunda-feira, no pleno do TJD. Denunciados por ofensas morais, foram punidos com dois jogos de suspensão. Com todos os recursos esgotados no TJD, coube ao Águia entrar com um recurso no STJD, pedindo o efeito suspensivo. “Nossa expectativa é ainda hoje já tenhamos uma resposta do STJD”, revela André Cavalcante, o advogado do time marabaense, que fez o requerimento por e-mail, acelerando o processo burocrático no Rio de Janeiro.
Impotentes enquanto seus destinos são decididos nos tribunais, Galvão e o trio de suspensos preferiram a cautela para comentar o caso. “O Sul e o Sudeste do Estado estão tristes com essa decisão do tribunal. Estamos chocados, porque já tínhamos sido julgados e inocentados e agora, na semana decisiva, recebemos essa notícia. Mas tudo bem, se tiver que ser será. Vamos dar a resposta dentro de campo”, sentencia Galvão. (Com informações de EDSON CARVALHO JR./Bola)