Japonês vai apitar Brasil x Holanda

O japonês Yuichi Nishimura será o árbitro de Brasil x Holanda, pelas quartas de final da Copa do Mundo, sexta-feira, às 11h de Brasília. A notícia foi dada pelo brasileiro Carlos Eugenio Simon em seu Twitter. Na vitória da Espanha sobre Honduras por 2 a 0, pelo Grupo H, o árbitro asiático não viu o tapa dado pelo atacante espanhol David Villa no defensor hondurenho Izaguierro. O lance repercutiu na África do Sul, mas o comitê disciplinar da Fifa não concedeu nenhum tipo de punição ao jogador.

Aventuras gastronômicas no país da Copa (10)

Costeletas de porco, com acompanhamento de cebolas fritas, saladinha verde e batatas, acompanhada de molhos diversos. Peça de resistência do restaurante Spur Steak Ranches, de culinária mexicana, à margem da autoestrada de Bloemfontein, posta à prova por Giuseppe Tomazo. Jornalistas brasileiros e holandeses em debandada rumo a Porto Elizabeth para cobrir o confronto de sexta-feira não perderam a chance de experimentar o consistente (para dizer o mínimo) cardápio, que também oferece opções da cozinha texana, como um super hambúrguer. Experiência interessante, na modesta avaliação deste escriba baionense, merecendo uma nota 8, com louvor.

Conexão África (23)

Fifa ensaia sair da era das sombras

Pesquisa do jornal espanhol Marca, pela internet, confirmou o que o mundo já sabe: 92,5% (42.249 votos) dos desportistas querem mudanças nas regras estabelecidas pela Fifa para o futebol, especialmente quanto ao uso de dispositivos eletrônicos para resolver situações duvidosas em campo. A consulta foi feita um dia depois do erro escandaloso do árbitro uruguaio Jorge Larrionda, que anulou um gol legal da Inglaterra contra a Alemanha, em partida válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
A bola ultrapassou a linha de gol em cerca de 50 centímetros, mas o mediador e seus auxiliares entenderam que ela não havia transposto a marca fatal. O erro da arbitragem causou um prejuízo irrecuperável aos ingleses, que perdiam por 2 a 1 e iniciavam um processo de reação no jogo. Como o gol foi invalidado, o primeiro tempo terminou com a vantagem parcial para os alemães, que consolidariam a vitória na etapa final, marcando mais dois gols.
Sempre que falhas tão absurdas ocorrem, reabre-se o debate sobre a utilização de tecnologia para dirimir dúvidas de jogo. E, como sempre, os dirigentes da Fifa fecham-se na velha (e conveniente) posição de manter tudo como está, em nome da tradição. Joseph Blatter, como Havelange antes, tem o discurso ensaiado: o futebol precisa da polêmica para continuar sendo apaixonante. Com isso, desvia o foco da questão realmente importante. Pode um árbitro interferir de maneira tão grosseira nos destinos de um jogo? Como mediador, não cabe justamente a ele preservar acima de tudo a lisura do embate? A Copa do Mundo já foi palco de equívocos monstruosos, como o célebre gol da Inglaterra contra a Alemanha, em 1966, quando a bola não entrou e o gol foi confirmado.
Na época, nem que quisesse, a Fifa poderia recorrer à tecnologia para solucionar a questão. Hoje, no entanto, o avanço da eletrônica e a miniaturização de câmeras e sensores permitem que qualquer lance seja esclarecido em poucos segundos. Na partida das oitavas, bastaria a Larrionda interromper o jogo e consultar os monitores à disposição do árbitro auxiliar. O mesmo poderia ter sido feito pelo árbitro do confronto entre França e Irlanda, na repescagem europeia, na jogada irregular de Thierry Henry (tocando a bola com a mão) para o gol de Gallas.
Sofrimentos e perdas financeiras incalculáveis seriam evitados com a simples adoção dos moderníssimos equipamentos eletrônicos usados no tênis, no basquete e no vôlei com extrema presteza. Ontem, o presidente da Fifa finalmente deu um passo para sair das brumas do atraso: reconheceu a gravidade dos casos e prometeu rediscutir o uso da tecnologia em partidas de futebol exclusivamente para esclarecer se uma bola entrou ou não. Sua posição representa um significativo avanço para a obscurantista postura da entidade. A partir do momento em que a eletrônica for aceita para lances de gol, estará aberto o caminho para que toques de mão, como o de Luís Fabiano no gol contra a Costa do Marfim, e impedimentos também sejam marcados com precisão, o que impediria, por exemplo, que o México fosse penalizado pelo gol de Tevez na mais deslavada banheira. A consulta à
tecnologia, no fim das contas, contribui para a justiça dos resultados e preserva a posição dos árbitros, cada vez mais desfavorecidos pelo replay dos lances.
Pelo sim, pelo não, Blatter tratou de encaminhar pedidos formais de desculpas às federações da Inglaterra e do México, diretamente afetadas pelos erros. Muito mais que um gesto cavalheiresco, a providência é uma forma de preservar a Fifa, que num futuro próximo pode passar a ser acionada judicialmente por equipes lesadas financeiramente por lambanças de um árbitro. Afinal, o futebol se transformou num negócio tão gigantesco e globalizado que não pode conviver com erros que revelam o mais completo amadorismo.

Lealdade evita corte de Elano

Por enquanto, é apenas especulação restrita a alguns jornalistas, mas o assunto já circula no Centro de Imprensa. Elano, que saiu contundido do jogo contra a Costa do Marfim, ainda não conseguiu se recuperar e corre até o risco de ser cortado. Não jogou contra Portugal e, apesar das indicações de que entraria contra o Chile, foi excluído da escalação. Ontem, chegou a começar o treino, mas voltou a sentir a lesão na perna. Segundo fontes ligadas à comissão técnica, o volante só foi mantido no grupo porque faz parte do núcleo mais próximo a Dunga e Jorginho e é um dos mais leais seguidores da dupla. Não fosse por isso, o corte já teria acontecido.

Passeio sul-americano na África

A passagem do Paraguai às quartas de final, depois de fazer com o Japão o pior jogo desta Copa, confirma o predomínio sul-americano na fase nobre da disputa da Copa. Junta-se a Uruguai, Argentina e Brasil na penúltima fase do Mundial, no melhor alinhamento de seleções do continente desde a profissionalização do esporte. Somente o Chile tomou o rumo de casa mais cedo, ainda assim porque deu o azar de cruzar com o Brasil, um dos gigantes do continente. A classificação paraguaia às quartas pode provocar semifinais inéditas, entre Brasil x Uruguai e Argentina x Paraguai. Em situação oposta, a Europa entra na próxima fase com três representantes e a África com a solitária Gana.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 30)

Pela vitória, musa paraguaia promete ficar nua

Mais conhecida que os jogadores da seleção paraguaia, a modelo e apresentadora Larissa Riquelme transformou-se em atração na África do Sul. Com roupas sensuais, acompanha os jogos do time guarani e aproveita para fazer seu marketing pessoal. Hoje, ela resolveu radicalizar: avisou que ficará nua caso o surpreendente Paraguai passe pela Espanha e chegue às semifinais da Copa. “Se o Paraguai chegar às semifinais e na final, vou tirar a roupa em frente à praça da Democracia (na cidade de Assunção) até para provar meu carinho pelo povo”, prometeu a moça em entrevista a uma rede de televisão argentina. Questionada se o ideal não seria guardar a promessa para a decisão, Larissa foi categórica: “Em minha opinião, a classificação para a semifinal ou para a final é a mesma coisa”. Sem dúvida, não há motivo para questionar a decisão da musa da Copa. E, pela foto abaixo, Larissa não terá nenhuma dificuldade em se livrar das roupas. Experiência não lhe falta.

Time escalado para batalha de sexta-feira

Dunga não disse ainda, provavelmente vai deixar para os instantes que antecedem o jogo, mas o time brasileiro para enfrentar a Holanda deve ser este: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Felipe Melo, Gilberto Silva, Daniel Alves (Júlio Batista) e Kaká; Luís Fabiano e Robinho. Depois que Felipe Melo e Júlio Batista apareceram para treinar, na manhã desta quarta-feira, ambos têm grandes possibilidades de serem escalados, em função das ausências de Elano e Ramires.

Pela estrada, rumo a Porto Elizabeth

Os internautas devem ter notado que o blog foi pouco atualizado hoje, mas o motivo é mais do que relevante. Saímos bem cedinho do hotel Booysens, em Johanesburgo. Pegamos a auto-estrada, com Tomazão ao volante e Valmir Jorge (Rádio Paiquerê) como navegador, rumo à Bloomfontein, primeira escala de nossa longa viagem até Porto Elizabeth, onde o Brasil decide com a Holanda na próxima sexta-feira (11h de Belém) uma vaga nas semifinais da Copa.

Ao todo, serão aproximadamente 1.200 quilômetros até a ensolarada Porto Elizabeth, que tem como atração o arrojado estádio Nelson Mandela Bay. O cansaço da viagem é atenuado pela visão das paisagens do trajeto, dominada por savanas, criações de gado e campos de milho. Depois das primeiras quatro horas de estrada, paramos para pernoitar num hotel no centro de Bloomfontein. Logo cedo, retomaremos a caminhada.     

Cruyff detona a Seleção de Dunga

Maior craque da história do futebol holandês, Johan Cruyff, não poupou críticas à Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul. Disse que não pagaria para ver a equipe de Dunga, pois eles são “como qualquer outro elenco”. Para Cruyff, a magia do futebol canarinho “desapareceu” no torneio. “Eu não pagaria por um ingresso para assistir aos jogos deste time brasileiro. Onde foi parar o time brasileiro que todos nós conhecemos, desapareceu nesta Copa do Mundo? Eu olho para esta equipe e me lembro de pessoas como Gerson, Tostão, Falcão, Zico ou Sócrates. Agora eu apenas vejo Gilberto, (Felipe) Melo, (Michel) Bastos, Julio Baptista. Onde está a magia brasileira?”, questionou. “Eu poderia entender por que Dunga escolheu alguns jogadores, mas onde está o fora-de-série ou a habilidade do meio-de-campo? Eu não creio que qualquer espectador pagaria para assistí-los. Brasil precisa jogar com mais intensidade, porque eles não são especiais, são exatamente como qualquer outro elenco nesta Copa”, analisou Cruyff. (Com informações da ESPN e diário As)

Grande marcha dos sacoleiros

Dia de folga na Copa e a equipe Rádio Clube/DIÁRIO teve tempo para ir a alguns mercados de bugigangas existentes em Johanesburgo. O alvo preferencial dos sacoleiros brasileiros é o vizinho Paraguai. Aqui, os artigos preferidos são chineses e indianos. Acima, Valmireko diante de uma ala de lojas que vendem todo tipo de tranqueira fabricado no país de Mao Tsé-Tung.