Brasil vence com lampejos de bom futebol

Não houve show de bola, mas foram produzidos bons momentos de futebol, suficientes para garantir a segunda vitória à Seleção Brasileira na Copa do Mundo e a classificação antecipada às oitavas de final. Dois belos gols de Luís Fabiano e um de Elano garantiram o triunfo no estádio Soccer City, por 3 a 1, sobre a Costa do Marfim. É a quinta vez consecutiva – ou seja, desde que os três pontos por vitória foram instaurados no Mundial, em 1994 – que a Seleção chega á última rodada da fase de grupos já com sua vaga assegurada.

Não foi essa a única escrita mantida no Soccer City: a Seleção manteve seu aproveitamento de 100% em partidas de Copa do Mundo diante de equipes africanas. São agora seis jogos só de vitórias. Entre todas essas boas notícias – incluindo aí a boa atuação de Kaká, com participação direta em dois gols -, o jogo deixou também algumas preocupações. O time passou o primeiro tempo sem inspiração, tocando bola para os lados, até que surgiu a tabelinha infernal entre Robinho, Kaká e Luís Fabiano, para a finalização deste último. Sem ser criativo como se esperava, o time dependeu muito da individualidade de seus jogadores. Além disso, Elano sofreu dura entrada de Ismael Tioté pouco depois de marcar o terceiro gol e saiu de campo de maca, substituído por Daniel Alves. E, a dois minutos do fim, quando prevalecia o jogo violento, Kaká foi expulso de campo.

O saldo positivo óbvio é que, mesmo ainda sem exibir um futebol brilhante, o Brasil passou com relativa facilidade pela Costa do Marfim, um adversário difícil de ser batido e que no primeiro tempo se posicionou cautelosamente, esperando oportunidades para o contragolpe. Agora, a Seleção vai fechar sua participação no Grupo G no próximo dia 25, em Durban, quando enfrenta Portugal – que entra em campo nesta segunda-feira, na Cidade do Cabo, diante da Coreia do Norte. Os africanos enfrentam os norte-coreanos, também no dia 25.

 

Itália não acerta o passo

Atual campeã mundial, a seleção italiana deu vexame neste domingo, em Nelspruit, pela segunda rodada do grupo F da Copa do Mundo da África do Sul. Mesmo jogando contra a fraca Nova Zelândia, a Azzurra não passou de um empate por 1 a 1, mesmo placar da estreia diante do Paraguai, e continua sem vencer no Mundial. Com o resultado, o time de Marcelo Lippi tem apenas dois pontos na competição – mesma pontuação dos neozelandeses – e precisa vencer na última rodada para seguir na Copa. O líder isolado da chave é o Paraguai, com quatro pontos, após derrotar a Eslováquia por 2 a 0. Na última rodada do grupo F do Mundial, a Azzurra terá pela frente a Eslováquia, no próximo dia 24, em Johanesburgo, às 11h (horário de Brasília). No outro jogo da chave, no mesmo dia e horário, mas em Polokwane, o Paraguai encara a Nova Zelândia. Cada jogador italiano entrou em campo no Estádio Mbombela com uma faixa preta no braço, em luto pela morte de Roberto Rosato, defensor da seleção vencedora da Eurocopa de 1968 e vice-campeã do mundo em 1970.

Seleção francesa mergulha na crise

A balbúrdia parece não ter fim na seleção francesa. Os jogadores se recusaram a entrar em campo para o treinamento aberto determinado pela Fifa: tudo por causa da expulsão do atacante Nicolas Anelka da delegação, explicaram em carta divulgada neste domingo. Cerca de 200 pessoas esperavam para assistir. Tudo começou com uma discussão entre o capitão Patrice Evra e o preparador físico Robert Duverne. Suspeita-se que a causa da briga tenha a ver com a declaração do lateral esquerdo, quando ele defendeu Anelka e disse que o problema era que havia um “traidor” na delegação. O treino ia começar quando uma calorosa discussão começou no centro de campo entre ambos. O técnico francês, Raymond Domenech, teve que intervir e separá-los.

Os jogadores então saíram e caminharam para o ônibus, um dia após o atacante Anelka ter sido cortado da delegação por ter insultado Domenech no intervalo da derrota de 2 a 0 para ao México na quinta-feira. “Todos os jogadores do elenco francês, sem exceção, gostariam de afirmar sua oposição à decisão tomada pela Federação Francesa de Futebol de excluir Nicolas Anelka”, diz o comunicado. Para completar o ambiente conturbado na seleção francesa, o diretor da federação de futebol Jean-Louis Valentin deixou o cargo depois do incidente entre Evra e o preparador físico.

Leão Azul santareno vence de virada

O São Francisco venceu por 3 a 2 o time do Cianorte na tarde deste sábado (19), em Santarém. O Campo do Marecão recebeu aproximadamente 2 mil torcedores para acompanhar o Leão Azul santareno no seu terceiro amistoso em preparação para o seletivo do Parazão. O Cianorte saiu na frente aos 3 minutos do primeiro tempo, com Tinha, cobrando falta. Aos 26, novamente Tinha, de bola parada, ampliou a vantagem para 2 a 0. O São Francisco começou sua reação ainda no primeiro tempo. Aos 34 minutos, numa cobrança de escanteio, Frizo diminuiu, de cabeça. As modificações e as palavras do técnico fizeram do Leão Azul um time mais ofensivo e decidido. Aos 38 do segundo tempo, Limão chuta na trave e Rodrigão aproveita o rebote e empata em 2 a 2, para alegria dos franciscanos presentes ao Marecão. Um mintos depois, a alegria azulina aumentou com a virada. Aos 39, Frizo desempatou. Placar final: São Francisco 3,  Cinorte 2. (Com informações de Iva Lima)

Jogo do Brasil superlota Centro de Imprensa

Centro de Imprensa do Soccer City apinhado de jornalistas para cobrir o jogo Brasil x Costa do Marfim. Mídia brasileira em peso, mas há muito argentino, indiano, espanhol, sul-coreano, italiano, colombiano e uruguaio por aqui. Casa cheia, ocupando praticamente todos os 1.200 pontos de internet. Na foto do alto, Tommaso afina os instrumentos para a super cobertura de daqui a pouco na Rádio Clube.

Explosão assusta jornalistas em Johanesburgo

Tremendo susto no centro de imprensa (IBC) da Copa do Mundo na África do Sul, em Johanesburgo, neste domingo. Um forte estrondo foi ouvido pelos jornalistas, que saíram correndo para saber o que tinha acontecido. Houve quem achasse que era um terremoto. A segurança do IBC, porém, tranquilizou todo mundo: existem minas de exploração de ouro nas proximidades do estádio Soccer City e as explosões no local podem ser sentidas a até 7 quilômetros de distância.

Holanda brilha nas arquibancadas

A classificação antecipada da Holanda às oitavas-de-final propiciou um grande espetáculo da torcida laranja nas arquibancadas. Desde o jogo com a Dinamarca, a galera nederlandesa brilha pelo entusiasmo e a descontração de suas integrantes. Se houvesse um concurso para avaliar a beleza das arquibaldas, o título já estaria garantido para a Laranja Mecânica.

El País vê “seleção brasileira militarizada”

Robinho não se tornou o melhor jogador do mundo em sua primeira passagem pelo futebol espanhol e acabou deixando o Real Madrid em 2008, após três anos pouco abrilhantados no Santiago Bernabéu. Agora, na Copa do Mundo, o atacante atualmente no Santos parece ter resgatado o prestígio perante o país ibérico ao ser considerado o único “amável” da Seleção Brasileira, segundo coluna no jornal El País deste domingo. Em reportagem do jornalista Ramon Besa, Robinho foi chamado de “único rosto amável de uma equipe militarizada e com um Kaká melancólico”, citando o jeito turrão do técnico Dunga e o momento conturbado do camisa 10. Além disso, segundo o periódico, o atleta “amadureceu e se converteu no expoente máximo do jogo bonito, genuíno representante do futebol brasileiro”.

O jornal espanhol criticou a atuação “apagada” de Kaká na vitória por 2 a 1 sobre a Coreia do Norte e apontou o santista como o protagonista da partida. “Robinho, que veste a 11, jogou um pouco como 10 e estava lúcido, sobretudo em comparação com Kaká”. A postura de Robinho também foi elogiada pelo jornalista, que lembrou o passado “festeiro” do atacante. “Robinho se sente agora mais futebolista que nunca, disposto a pôr fim à sua rebeldia – a mesma que levou a forçar sua saída do Santos para o Real, do Real para o Manchester City e de lá de volta ao Brasil. A pergunta é até que ponto ele amadureceu aos 26 anos, após ser companheiro de festas de Ronaldinho, Ronaldo e Adriano, de ser mais músico que jogador?”

Grande parte da maturidade do santista, segundo o periódico, se deu por conta da mudança de pensamento do jogador. “Deixou de sonhar em ser o sucessor de Pelé. Hoje, simplesmente se pergunta se pode ser o substituto em campo de Kaká ou, então, progredir como Robinho”, finalizou. Com Robinho, o Brasil faz neste domingo, às 15h30 (de Brasília), sua segunda participação na Copa do Mundo de 2010. A Seleção de Dunga, líder do Grupo G com três pontos, enfrenta a Costa do Marfim, que estreou com um empate por 0 a 0 com Portugal. (Do portal Terra)

Brasileiro não resiste a uma fila…

No Centro de Imprensa do estádio Soccer City, ampla circulação de jornalistas à espera do jogo Brasil x Costa do Marfim, que começa às 20h30 (15h30 de Belém). Formam-se até filas bem brasileiras para receber uma sacola com brindes de um dos patrocinadores da Copa do Mundo. Para esclarecer melhor, é comum em Copas do Mundo a distribuição de “regalos” (mochilas, luvas, mantas, cachecóis, canetas, pen-drive etc.), mas aqui na África do Sul esse departamento está bem devagar. Aí, quando aparece um presentinho a moçada toda corre para a fila.

Criador do uniforme canarinho torce pela Celeste

Dona Marlene, 75, está revoltada. Desde que conheceu seu marido, há quase 55 anos, é a mesma história: chega a Copa do Mundo e Aldyr está lá, com o coração na mão pela seleção que, em 1950, tirou do Brasil o sonho do primeiro título. Aldyr Garcia Schlee, 75, criou há 57 anos a camisa verde e amarelo da seleção – um dos mais eficientes cartões de visita brasileiros, da Palestina aos Alpes suíços. Mas ele vai torcer pelo Uruguai, como faz desde que se entende por gente. Nada de birra, garante. É que Aldyr nasceu em Jaguarão, cidade do Rio Grande do Sul que faz fronteira com o país vizinho, e cresceu “escutando na rádio tangos, boleros e notícias do Uruguai”. Ele morava em Pelotas (RS) quando, aos 19 anos, soube do concurso aberto pelo extinto jornal “Correio da Manhã”. O desafio: dar nova cara ao uniforme da seleção brasileira, azul e branco. Usar as quatro cores da bandeira no uniforme era uma das exigências da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, antepassada da CBF). O horror para Aldyr, já que “isso não é uma tradição no futebol mundial”. Para driblar o regulamento, ele decidiu “despejar o azul e branco nas meias e calções”. A ideia colou. Reza a lenda que o modelo repaginado serviria para tirar a zica daquela derrota para o Uruguai no Maracanã. “Precisa desmentir isso”, diz. “Tanto que o Brasil perdeu em 1954, na Suíça”. No dia 15 de dezembro de 1953, o “Correio da Manhã” reproduziu pela primeira vez o modelo canarinho. (Da Folha de SP)

Estratégia da Seleção é explorar laterais

As informações sobre os últimos treinos da Seleção Brasileira indicam que Dunga vai tentar usar os lados do campo para chegar à vitória. Depois das imensas dificuldades enfrentadas contra a Coreia do Norte, o técnico deve liberar os laterais Maicon e Michel Bastos para atacar mais e auxiliar os dianteiros Luís Fabiano e Robinho, guarnecendo suas posições com os volantes Felipe Melo e Gilberto Silva. A Costa do Marfim, ao contrário do que se supõe, não deve se expor contra o Brasil. Sua provável estratégia será esperar a iniciativa brasileira e explorar os contra-ataques. Os jogadores do Brasil consideram a equipe de Drogba a seleção mais complicada do grupo G, principalmente por jogar bem fechada, marcar forte e sair em velocidade. A tática de usar os lados do campo é mais velha que a fome, mas costuma dar bons resultados.

Torcedor disse aos ingleses: “Isto é uma vergonha!”

O torcedor que invadiu o vestiário da seleção da Inglaterra após o vexatório empate sem gols com a Argélia disse aos jogadores: “Vocês são uma vergonha!”. Quem revelou isso foi exatamente o autor da confusão, o torcedor do Manchester United Pavlos Joseph, em entrevista ao diário Sunday Mirror. “A parte louca é que eu apenas estava procurando por um banheiro”, brincou Pavlos. Ele contou que estava esperando pelos primos e pelo tio depois da partida em um ponto combinado, mas eles demoraram para aparecer e a vontade de ir ao banheiro foi mais forte. Pavlos perguntou a um segurança onde tinha um ali por perto, e quando foi ao lugar indicado percebeu que se aproximava dos vestiários da seleção inglesa.
“A próxima coisa que vi foi David Beckham parado na minha frente”, afirmou o torcedor: “Tudo parecia acontecer em câmera lenta”. Ele disse que havia um “silêncio mortal” no vestiário inglês e que os jogadores o miravam “como se estivessem em choque”. Então, Beckham perguntou a Pavlos quem ele era: “Eu sou Pavlos e na verdade preciso ir ao banheiro”. Porém, o fã conta ter pensado que, já que estava em frente aos jogadores, tinha que dizer alguma coisa. “Eu mirei David diretamente em seus olhos e disse ‘David, nós estamos gastando muito dinheiro aqui. Isso é uma vergonha. O que vocês vão fazer quanto a isso?’.” Beckham deu uma versão diferente ao episódio. O meia, que está lesionado mas que acompanha a delegação na África do Sul, contou o seguinte: “Na verdade, o torcedor entrou no vestiário e apenas disse algumas coisas para mim antes de ir embora. Ele não falou nada sobre a nossa atuação. Literalmente entrou, disse ‘olá’ e saiu. Não houve qualquer agressão”. A delegação inglesa reclamou da falta de segurança, e a Fifa já disse que tomará mais providências para resguardar os vestiários das seleções.