
Por Paulo Vinícius Coelho (ESPN)
A grande questão era sentar-se com Muricy Ramalho, em vez do procurador Márcio Rivellino. O empresário já era apontado como vilão, em qualquer negociação que aparecesse, pelo presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. E isso lá atrás, na primeira semana de julho, quando a negociação com Muricy e Palmeiras mal havia se iniciado.
Rivellino atravancou o negócio com o Palmeiras e com o Santos. Na sexta, gente ligada a Muricy temia que o desfecho da negociação levasse ao Santos. Aos amigos, Muricy deixava claro que acredita mais no Palmeiras campeão brasileiro do que no Santos.
E então o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo conseguiu sentar-se com o técnico, não com o empresário. Resultado: fechou. Notícia dada em primeira mão pelo repórter Conrado Giulietti, da Eldorado/ESPN.
Não, o problema não era a grana, que será a mesma negociada no início da história. A questão era apresentar o projeto palmeirense para Muricy Ramalho. Diretamente para ele. Uma vez apresentado, o técnico estava seduzido. Com Muricy, só vai para o Palmeiras o auxiliar-técnico Tata. Ninguém mais na comissão técnica, além do histórico guardião de Muricy.
Tata, diga-se, é aquele mesmo que treinou Remo e Paissandu em outros tempos e era useiro e vezeiro em trazer carradas de pernas-de-pau para enganar em Belém.