Segundo informações do ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, Moro entrou em contato no dia 7 de março para perguntar se Ronaldinho e seu irmão, Assis, “poderiam ser libertados”. “Respondi que não depende de mim”, rebateu o paraguaio.
“Falo seguidamente com o ministro Moro, temos muitos convênios. Ele me escreveu no sábado (7) e perguntou sobre a situação de Ronaldinho. Quis saber se ele e Assis poderiam ser libertados, e respondi que não depende de mim. (Moro) também perguntou se estão em um local seguro, e respondi que sim. Ele não gostou da prisão de Ronaldinho”, contou Acevedo ao canal C9N.
O jogador e o irmão seguem presos na Agrupación Especializada da Polícia Nacional, desde que foram pegos tentando entrar no país com documentos falsos. O advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho, conselheiro da Human Rights Watch, avaliou que Moro passou vergonha.
“Inacreditável. De paladino da justiça, de juiz ‘exemplo’ no combate à corrupção, de magistrado rápido e imparcial, para ministro que perdoa caixa 2 e usa o cargo para ajudar os amigos presos. VERGONHA!”, escreveu no Twitter.
Em resposta à mais uma teoria da conspiração lançada por Jair Bolsonaro, que disse que venceu as eleições de 2018 no primeiro turno, mas que o pleito foi fraudado, internautas levantaram a hashtag #EraLulaNo1Turno e desafiam o presidente a mostrar quem realmente fraudou as eleições.
“#EraLulaNo1Turno Avisa ao Bolsonaro que quem fraudou as eleições foi o ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da justiça. Foi o TSE ao mudar o “entendimento” de sub judice para impedir a candidatura do Lula”, tuitou Tulipa Lula.
“A única fraude que houve foi “vc prende ele e eu te dou o cargo de ministro, Moro. Talkey?#EraLulaNo1Turno #EraLulaNo1Turno”, escreveu Alexandre Reis.
“Na verdade, era #EraLulaNo1Turno! Mas Moro, com um olho no atual ministério que ocupa, foi mais rápido. É assim que age a corja que faz campanha com fake news, falta debates, prende sem provas e julga com parcialidade. Eles mesmos são uma fraude!”, tuitou o deputado José Guimarães (PT-CE), vice-presidente da sigla.
O presidente Jair Bolsonaro mente ao dizer que houve fraude no primeiro turno da eleição presidencial de 2018, alegando ter vencido já na etapa inicial. O sistema de votação e apuração no Brasil é seguro, algo comprovado em diversas eleições pós-redemocratização desde a adoção da urna eletrônica.
Mentiroso e irresponsável, Bolsonaro tem o método de criar fatos diversionistas em momentos de dificuldade e crise. Em discurso em Miami, ele falou que tinha provas da fraude, mas não as apresentou.
Ora, deveria tê-las apresentado na hora, junto com a comprovação de um empréstimo que diz ter feito a Fabrício Queiroz, miliciano e ex-braço-direito da família Bolsonaro. Até hoje, Bolsonaro não apresentou prova disso. Xingou o repórter que perguntou.
Um presidente da República não pode agir como Bolsonaro. Muitos ainda pedem que ele se comporte com responsabilidade, mas é algo impossível, porque ele nunca agiu assim.
Bolsonaro defende torturadores. Sempre os defendeu. Ataca a democracia. Sempre a atacou. Já cometeu inúmeros crimes de responsabilidade, mas essa última fala é preocupante porque se trata de preparação para um golpe. Desacreditar o processo eleitoral é uma estratégia para dizer que não é preciso realizar eleições. Se ele perder em 2022, usará a cartada da fraude eleitoral.
Bolsonaro mente e comete mais um crime de responsabilidade. Já passou da hora de responder a um processo de impeachment no Congresso. Autoritário e despreparado, ele é uma ameaça à democracia no Brasil. Bolsonaro aprofundará as crises econômica e do coronavírus.
O Congresso Nacional e a Justiça Eleitoral precisam reagir a essa acusação mentirosa do presidente da República. Até a manhã de hoje, a reação foi insignificante. O ministro da Justiça, Sergio Moro, anda caladinho. O procurador-geral da República, Augusto Aras, também não faz nada.
Se não der início a um processo de impeachment, haverá omissão do Congresso Nacional, porque Bolsonaro já deu muito mais motivos do que os apresentados contra Dilma Rousseff no impedimento tabajara de 2016. Fraude eleitoral em 2018 foi o uso intensivo do WhatsApp para disparar fake news.
Bolsonaro, Moro, Guedes e cia. tem um projeto de distopia para o Brasil.
A jornalista Maria Cristina Fernandes chama atenção, em artigo no Valor desta terça (10), sobre a hipótese, agora legitimada, de que Jair Bolsonaro não entregue o cargo de presidente em 2022, caso perca a reeleição. Segundo ela, a hipótese decorre do fato de que Bolsonaro não cansa de questionar a lisura do sistema eleitoral no Brasil. Começou ainda em 2018, antes e depois de ser eleito. E segue, em plena crise econômica de 2020, atacando diretamente a Justiça Eleitoral, que referendou sua vitória no segundo turno.
Na noite de segunda (9), Bolsonaro afirmou, perante a imprensa internacional, que tem “provas” de que houve “fraude eleitoral” em 2018. Ele afirma que, em sua visão, foi eleito no primeiro turno.
São três coisas: Bolsonaro dá mais um motivo para que os movimentos de direita que vão às ruas em 15 de março possam melindrar as instituições brasileira; tenta fugir da responsabilidade sobre a crise, já que não tem proposta além das reformas que engatinham, e “dá todos os motivos para se desconfiar de que flerta com um regime de exceção.”
“Com a provocação, Bolsonaro não apenas dissemina a desconfiança nas instituições, mote da manifestação de domingo, como legitima a hipótese de, se derrotado na sucessão de 2022, pode não entregar o cargo”, escreveu a jornalista.
Apontado por muitos como candidato a sucessor de Tite na seleção brasileira, Jorge Jesus disse que aceitaria um convite. No entanto, o treinador português não acredita que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) faça um convite a qualquer treinador estrangeiro.
“Qual treinador do mundo não aceitaria treinar o Brasil? O Brasil tem um leque de jogadores que forma duas seleções no maior nível do mundo. Mas acho que a Confederação Brasileira de Futebol não convidaria um treinador estrangeiro. Acho difícil. Mas as coisas mudam. Nunca achei que o Flamengo iria querer um português. Nunca achei que treinaria o Flamengo. E cá estou, feliz e contente”, declarou em entrevista ao Jogo Sagrado, do Fox Sports.
Ainda no assunto seleção, Jorge Jesus lamentou que o Brasil não conquiste a Copa do Mundo desde 2002. Na opinião do treinador, um país com tantos jogadores bons não poderia ficar tanto tempo sem vencer a competição. “O Brasil já não é campeão desde 2002? Nem sabia que eram tantos anos. O Brasil não pode estar há tantos anos sem ser campeão do mundo. Sabe por quê? Porque tem os melhores jogadores do mundo. Não pode! Não pode!”, disse.
O treinador ainda falou sobre a recepção dos seus colegas de profissão brasileiros quando chegou ao país e minimizou as opiniões negativas. “Não fiquei muito preocupado com a opinião dos meus colegas treinadores brasileiros. Não respondi e não vou responder. Eu quis provar a qualidade do meu trabalho vencendo. E em todo mundo é assim. Talvez o que o Valentim falou foi o mais pesado”, disse. (Do UOL)
A Justiça do Paraguai negou na manhã desta terça-feira (10) o pedido para que Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis cumpram a pena preventiva em prisão domiciliar. A informação foi passada por Osmar Legal, promotor de justiça paraguaio. O ex-jogador e o irmão estão sendo investigados por uso de documentos falsos.
A defesa entrou com pedido de prisão domiciliar e deu como garantia de que os brasileiros não sairiam do Paraguai uma casa na região metropolitana de Assunção, capital do país, avaliada em 800 mil dólares, aproximadamente R$ 4 milhões.
O Ministério Público tinha negado por achar o valor oferecido como garantia muito baixo diante dos ganhos de Ronaldinho ao longo da carreira. O juiz Gustavo Amarilla concordou com as justificativas do MP. As autoridades paraguaias investigam o envolvimento do ex-jogador em outros crimes no país, como o de lavagem de dinheiro.
Ronaldinho e Assis estão presos preventivamente desde a última sexta-feira e podem ficar detidos por até seis meses. A defesa considera a prisão “ilícita, ilegal e abusiva”. Os advogados alegam que ex-jogador não sabia que o passaporte que deram a ele havia sido adulterado.
O caso envolvendo prisão de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis ganhou um novo capítulo. Em entrevista à Rádio ABC Cardinal 730 AM, do Paraguai, o ministro da Secretaria Nacional Anticorrupção, René Fernández, revelou que há indícios que ex-jogador e o seu irmão depositaram dinheiro para iniciar o processo de naturalização.
A quantia depositada gira em torno de 59 milhões de guaranis (cerca de R$ 42,6 mil reais) em uma conta do Banco Nacional do Fomento (BNF), do Paraguai. O valor seria uma espécie de caução para o início do processo. René Fernández, no entanto, não explica se é possível fazer tal pagamento mesmo sem os pré-requisitos mínimos para a naturalização.
– Temos o dado de que uma funcionária do banco andou com os trâmites. O depósito foi feito e não chegou a ser identificado como parte de um trâmite de naturalização. Eles, por ser estrangeiros, não podem ter contas comerciais. O dinheiro segue depositado e não foi extraído ainda. Esse depósito é do fim de dezembro e tentaram retirá-lo em janeiro – afirmou René.
Ronaldinho Gaúcho foi preso na última quinta-feira, no Paraguai, por conta de passaporte falso. A defesa do ex-jogador e do seu irmão Assis, que também foi detido, alega que eles não sabiam que os documentos eram falsos e já solicitou um pedido para cumprir prisão domiciliar. Eles cumprem prisão preventiva decretada no último sábado. (Com informações de Reuters, Lance e Folha de SP)
O Campeonato Paraense entra na fase mais aguda, com definição de posições para classificação às semifinais. Com isso, vai ficando mais atraente aos olhos do torcedor, em função da ousadia que os times passam a adotar porque não interessa mais a ninguém ficar preso a cautelas. Vencer é o que importa, empatar é péssimo negócio
Aliá, a baixa quantidade de empates é um sintoma da agressividade dos ataques. Curiosamente, o Remo é o segundo colocado na pontuação geral, mas tem baixa produção ofensiva, com 9 gols. Segue bem posicionado porque ganhou cinco vezes e empatou apenas uma, mas fica atrás do PSC, que tem o segundo melhor ataque, com 16 gols.
A sétima rodada teve 18 gols marcados, média de 3,6 por partida. Só perde para a primeira rodada, que teve 19 gols. No total, o campeonato registra 98 gols, média de 2,8. São números expressivos, que inserem o Parazão 2020 entre os mais movimentados e ofensivos da década. E esses números podem subir ainda mais.
Um bom comparativo está na tábua de artilheiros. Enquanto no ano passado, o lateral Michel (do Paragominas) foi o principal anotador, com apenas 5 gols, nesta edição a artilharia está com o atacante Pecel (Castanhal), com 8 gols.
Talvez o aspecto mais especial do Parazão 2020 é a postura assumidamente destemida de algumas equipes interioranas, que noutras temporadas se agarravam a esquemas conservadores. Castanhal e Paragominas, posicionados no G4 e com um balaio de gols na competição, são a confirmação de que atacar é bom negócio.
O Japiim, comandado por Artur Oliveira, é o time que mais fez gols até agora – 17. O Jacaré, de Robson Melo (Rogerinho ficou até a sexta rodada), fez 14. São times que correm riscos naturais pela maneira desassombrada com que se entregam aos jogos.
O Paragominas, por exemplo, aplicou goleadas sobre Carajás (5 a 0) e Independente (4 a 0), mas levou de 5 a 0 do PSC. O Castanhal venceu três jogos com contagem de três gols.
As três próximas rodadas prometem ainda mais arrojo e apetite, pois alcançar o G4 ainda é sonho possível para Independente (9 pontos) e Águia (8). Ao mesmo tempo, os quatro primeiros terão que se lançar em busca de vitórias que permitam consolidar posições.
Os quatro da parte inferior da tabela – Tapajós, Itupiranga, Bragantino e Carajás – encaram uma missão quase suicida para escapar ao rebaixamento. Serão jogos interessantes, travados por time abertos e dispostos a vencer a qualquer custo. Com isso, ganha o torcedor, que já vivia enfastiado de tantos confrontos travados e insossos.
Djalma, o polivalente que resolve problemas
Depois do jogo de domingo, o técnico Mazola Junior destacou o comportamento tático do Remo e elogiou as atuações de Eduardo Ramos e Laílson. É claro que outros jogadores também tiveram desempenho satisfatório, embora não mencionados pelo comandante azulino. Djalma foi, seguramente, um dos mais participativos da equipe, desdobrando-se na marcação e na cobertura à frente da linha de zagueiros.
Diante disso, é inevitável o questionamento acerca das escolhas de Rafael Jaques, que ficou por três meses dirigindo o time e não notou as habilidades do meio-campista. Ou não percebeu isso nos treinos ou não foi informado a respeito. Com a dinâmica que Djalma imprime ao jogo teria sido mais útil do que Xaves, titular imexível no esquema de Jaques.
No clássico, além de ajudar a cobrir espaços pelo lado direito da defesa, bastante vulnerável com Nininho, a movimentação de Djalma no meio propiciou a Eduardo Ramos liberdade para ações em direção à área adversária. Com o time mais ajustado, Djalma pode vir a ser o jogador capaz de funcionar como escolta para Ramos, que já não tem fôlego e velocidade para funções de vigilância, como Jaques pretendia.
Gavião do Norte quer jogar sempre aos sábados
O Manaus, adversário da dupla Re-Pa no Brasileiro da Série C, protocolou ontem um ofício junto à Federação Amazonense de Futebol, solicitando a realização das suas partidas como mandante pela competição nacional sempre aos sábados, às 16h (horário local), na Arena da Amazônia.
Segundo o vice-presidente do autointitulado Gavião do Norte, “definimos o dia da semana, o horário e o local para mandarmos nossos jogos pela Série C. Acreditamos que esta uma boa escolha, principalmente para o nosso torcedor, que terá o domingo livre para descansar e curtir a família”.
Como se sabe, a capital baré curte mais torneios de peladas do que futebol profissional, o que tirou dos domingos a primazia de ter jogos importantes.
A generosa e cara mania de repatriar veteranos
Robinho, o eterno “rei das pedaladas”, quer retornar ao futebol brasileiro, depois da passagem fugaz e atribulada pelo Atlético-MG. Atualmente no futebol turco, o atacante ensaia um revival no Santos, clube que o revelou, juntamente com Diego. Viria por R$ 1 milhão mensais.
É compreensível que Robinho tenha esse projeto. Duro de entender é que o Santos embarque na aventura cara de repatriar um veterano que há muito tempo não mostra nada de útil em campo. Sem esquecer dos problemas com a Lei – Robinho responde a processo por estupro na Itália.
(Coluna publicada na edição do Bola desta terça, 10)
“É crime Bolsonaro dizer que foi eleito no primeiro turno. Mentira. Tem gente pedindo responsabilidade. Não tem nenhuma. Despreparado, agravará crise e culpará imprensa, Congresso, coronavírus. Podia apresentar prova da fraude eleitoral junto com a do empréstimo ao Queiroz”.