
Líderes de partidos do centrão e de outras legendas tendem a barrar o projeto de lei enviado pelo presidente Jair Bolsonaro que prevê excludente de ilicitude para operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), comandadas por militares. Eles receiam que texto crie “licença para matar” até na repressão a manifestações, aponta O Globo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está preocupado com o cunho autoritário da medida. Caso a lei seja aprovada, militares e agentes de segurança podem ser isentados por lesionar ou até matar alguém em operações de campo.
Deputados veem semelhança do texto com o recente decreto da autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez. Os parlamentares avaliam que não há qualquer relação da iniciativa com a pauta da segurança pública. A intenção, segundo eles, é dar mais poder ao governo para reprimir protestos políticos.
O líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), é um dos mais críticos: “Esse negócio de dar liberdade para matar eu sou contra. Nós vamos criar uma nova categoria de inimputáveis? É complicado”, diz ele.