A gota d’água pode ter sido no jogo contra o Bragantino. Ele não era cobrador oficial de pênaltis, mas pediu para bater a penalidade, a fim de homenagear a filha recém-nascida. Apesar de fazer o gol, recebeu um pito do treinador. Apesar de chateado com a situação, Caion afirma que continua a ter um carinho especial pelo Papão.
“Minha vontade era de ficar e ajudar o time. Sei o quanto podia, do quanto iria ajudar o clube, mas essas coisas aconteceram e já passei por coisa semelhante, não dá para ter paciência. Tenho propostas de fora do país, mas o motivo para sair não foi esse. Está todo mundo vindo me xingar, dizendo que eu tinha ido embora por causa de proposta. Eu tenho, sempre tive, mas o real motivo para sair não é proposta para fora”, reafirma.
Ao saber da insatisfação de Caion, o técnico João Brigatti mostrou-se surpreso, disse que não tem mágoas e comentou o episódio: “Conversamos, ele e eu, no início do campeonato, sobre o comportamento dele, que é disperso. É um bom garoto, mas é disperso nos treinos. Tenho amigos na Coreia que me disseram que ele não ficou lá por esse motivo. Falta intensidade nos treinos. Dessa maneira fica difícil. Na questão do pênalti, existem atletas pré-determinados para a cobrança. No dia do jogo, ele tomou a bola das mãos do Leandrinho (Lima) e cobrou. Na volta dele, depois que foi ver a filha, chamei perante o grupo e disse que não fizesse mais isso, que no Paissandu existiam regras, que ele passou a frente dos outros”.