De novo na zona, Papão se prepara para encarar o vice-líder da Série B

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De olho na partida contra o Goiás, pela Série B 2018, marcada para esta sexta-feira, a equipe do Paissandu finalizou hoje os preparativos para o confronto decisivo. Um treino apronto foi realizado e a comissão técnica definiu a lista de relacionados, com Magno e Guilherme Santos confirmados no grupo. Os dois apresentaram lesões depois do jogo contra o Criciúma, mas se recuperaram a tempo.

Em entrevista após o treinamento, o auxiliar técnico Alex Nascif disse que ainda faltam detalhes técnicos para que a equipe seja definida. Explicou que os treinos têm sido longe dos olhos da imprensa para preservar os jogadores e permitir maior tranquilidade no preparo do time.

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Apesar de não revelar a escalação, o auxiliar disse que o time vai buscar agredir o Goiás, aproveitando o fator campo e a presença do torcedor.

Com o empate entre Juventude e Londrina, na noite desta quinta-feira, o PSC voltou à zona de rebaixamento, ocupando a 17ª posição. Todos os planos da comissão técnica visam pontuar no jogo de amanhã, mesmo contra o vice-líder da competição. B.

“Estamos indo bem na criação de jogadas. Tanto é que contra o Criciúma colocamos duas bolas na trave no segundo tempo e a gente poderia ter saído com a vitória. Mas eu gosto de ressaltar o desempenho. A gente percebe que a equipe tem criado mais, tido boa posse de bola, bons apoios e está reproduzindo o que estamos treinando. Se deixarmos um pouco de lado esses pontos que não conquistamos, principalmente contra o Criciúma, o desempenho nos deixa tranquilo”, acredita Nascif.

O jogo contra o Goiás será na sexta (28), a partir das 19h15, na Curuzu, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

Campanha de Haddad segue fora do bate-boca e apresenta Brasil de Lula

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O programa da coligação do PT, da tarde desta quinta-feira, manteve o tom propositivo, em forte contraste com a agressividades assumida por Geraldo Alckmin. Entra, com a proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até 5 salários-mínimos, na classe média, que anda arruinada.

Não é preciso dizer qual das duas linhas de campanha está funcionando e que Haddad tem as realizações dos governos de Lula a avalizarem suas propostas. Quanto a bater em Bolsonaro, ninguém tem sido mais capaz disso até agora que seu vice.

O PT soltou uma nota dizendo que é “inacreditável que alguém se candidate a governar o país propondo massacrar ainda mais os trabalhadores”. Vai esperar os efeitos de hoje e amanhã para adotar uma linha de confronto mais ou menos intensa.

Quem tem pressa é Geraldo, que está no desespero.

O fim de um velho mistério

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Da AFP, em Paris

Quem foi a modelo de “A origem do mundo”, a famosa e provocativa pintura do francês Gustave Courbet? Agora, 152 anos depois de sua criação, o mistério foi resolvido. Ela se chamava Constance Quéniaux e era bailarina da Ópera de Paris, segundo o livro “L’origine du monde, vie du modèle”, que será publicado na França em 4 de outubro. Seu autor, Claude Schopp, laureado com o prestigioso prêmio Goncourt de Biografia em 2017, deparou-se sem querer com sua identidade enquanto analisava a correspondência entre os escritores Alexandre Dumas Filho e George Sand.

O objetivo deste pesquisador não era investigar “A origem do mundo”, um nu sem rosto pintado pelo realista Gustave Courbet em 1866 e exposto no Museu d’Orsay de Paris desde 1995.

Sua tarefa era analisar as “alusões” presentes nas trocas escritas entre ambos os autores com o objetivo de “esclarecê-las”. Mas Schopp encontrou uma inesperada errata de duas palavras que se escrevem se forma parecida em francês, interview e intérieur (entrevista e interior), na transcrição de uma carta de Dumas a Sand datada de junho de 1871.

O remetente, hostil à Comuna – movimento de insurreição que tomou brevemente o poder em Paris – vocifera contra um de seus apoios, Courbet. “Não se pode pintar com o pincel mais delicado e sonoro a entrevista (interview em francês) da Senhorita Queniault da Ópera”, escreve Dumas.

“A entrevista? Isso não queria dizer nada”, explica Schopp à AFP. O especialista decidiu confrontar a transcrição com o manuscrito conservado na Biblioteca Nacional da França (BnF), e descobriu que não está escrito “entrevista”, mas “interior” (intérieur). “Foi como uma iluminação”, recorda Schopp. “Normalmente, preciso trabalhar muito para fazer uma descoberta, desta vez foi sem procurar, foi injusto.

“Este testemunho de época descoberto por Claude me permite dizer que temos 99% de certeza de que a modelo de Courbet foi Constance Quéniaux”, diz à AFP Sylvie Aubenas, diretora do departamento de fotografia da BnF.

Buquê de flores

Até agora, sabia-se que a obra tinha sido encomendada pelo diplomata turco-egípcio Jalil-Bey e que Courbet a havia pintado durante o verão de 1866. Antes da descoberta de Schopp, haviam circulado vários nomes em relação à identidade da modelo, como Joanna Hiffernan, amante de Courbet durante esses meses, mas seu cabelo acaju e sua pele branca não correspondiam ao que é mostrado na obra.

Também se considerou a amante do diplomata otomano Jeanne de Tourbey, mas era uma figura muito destacada na sociedade para servir de modelo. O cabelo preto de Constance e suas “belas sobrancelhas pretas”, elogiadas pela crítica quando dançava na Ópera, estão mais de acordo com os pelos pubianos volumosos da modelo, explica Aubenas, cujo departamento conserva várias fotografias da bailarina.

Em 1866, tinha 34 anos. Não dançava havia sete anos e era uma das amantes de Jalil-Bey. Por que seu nome não apareceu antes? Devia ser “um segredo conhecido por todos”, sugere Aubenas. E se Dumas revelou seu nome, foi sobretudo por ressentimento em relação a Courbet. Com o tempo, Constance se tornou uma “mulher de bem”, “respeitável” e entregue às obras filantrópicas.

Um último elemento reforça a descoberta de Schopp: durante a venda da herança de Constance, após sua morte, em 1908, apareceu um quadro de Courbet que representa um buquê de flores e várias plantas em vasos. Na esquerda da composição, destacam-se flores primaverais e na direita, camélias vermelhas e brancas, “as flores destinadas às cortesãs desde Dumas Filho”, autor “A Dama das Camélias”, destaca Aubenas.

Mas sobretudo, no centro, uma planta se oferece ao espectador com uma corola vermelha, profunda e aberta: “O artista e o comprador não poderiam ter feito uma homenagem mais bela a Constance”, acrescenta.

Final da Copa BR será no estádio corintiano

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A CBF realizou sorteio nesta quinta-feira para definir o mando da decisão da Copa do Brasil entre Corinthians e Cruzeiro e ficou definido que a final da Copa do Brasil será realizada na Arena Corinthians. O primeiro jogo acontece no Mineirão. As partidas serão realizadas nos dias 10 e 17 de outubro. O vencedor da decisão estará classificado para a Copa Libertadores do ano que vem e ainda receberá da CBF R$ 50 milhões pelo título. O vice-campeão receberá R$ 20 milhões.

O Corinthians chegou na decisão após eliminar o Flamengo. No primeiro duelo, as equipes empataram por 0 a 0 no Maracanã e no jogo da volta, o time paulista venceu por 2 a 1, gols de Danilo Avelar e Pedrinho. Henrique (contra) fez o gol dos cariocas. Já o Cruzeiro despachou o Palmeiras. No primeiro confronto, a equipe mineira venceu por 1 a 0, gol de Barcos. No jogo da volta, realizado no Mineirão, empate por 1 a 1, gols de Barcos e Felipe Melo.

Datas da decisão

10 e 17 de outubro.

Primeiro jogo, dia 10, será no Mineirão. Segundo jogo, dia 17, será na Arena Corinthians, onde será sabido o campeão da competição.

A testemunha e o psicopata

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Por Aluízio Palmar, no Facebook

Não se trata de política.

É algo mais sério. É questão de caráter.

No ano de 2011, eu fui convidado para falar numa reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.

Durante minha fala, eu contei que um dos envolvidos em torturas na cidade de Foz do Iguaçu, o então tenente Espedito Ostroviski, disse, por ocasião de minha prisão, que a minha mulher não teria a filha que estava esperando. Que eles “dariam um jeito” assim que ela fosse presa.

No momento em que eu contava esse fato ocorrido em 1969, o deputado Jair Bolsonaro, apontando o dedo pra mim, disse aos gritos que eu não poderia ter sobrevivido à tortura. Que deveriam ter me matado. E acrescentou, “só matando para que os comunistas não tenham filhos, pois a ideologia passa pelo sangue”.

Então, se dependesse desse monstro, eu não teria minhas filhas, nem meu filho, netos e netas.

Portanto, não quero estar no mesmo espaço que as pessoas que apoiam esse psicopata. Não quero que os apoiadores de Bolsonaro entrem em minha casa, nem que telefonem. 

Oxalá, que nem passem pela minha rua. 

É uma questão de caráter. Não compactuo com pessoas que apoiam alguém que desejou minha morte e que minhas filhas, filho, netas e netos não viessem à vida.

General vice de Bolsonaro critica 13º salário e adicional de férias

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Em uma demonstração da continuidade de agenda do golpe, o general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), criticou o 13º salário, classificando-o como uma das “jabuticabas” brasileiras.

“Como a gente arrecada 12 (meses) e paga 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais”, disse ele em palestra no Clube dos Diretores Logistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. “São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo”, comentou.

Uma eventual extinção do 13º gera mais dificuldades para o consumo das famílias e, como consequência, para a retomada do crescimento econômico. A declaração de Mourão tem estreita relação com a Reforma Trabalhista, aprovada pelo governo Michel Temer no ano passado.

A proposta gera profunda insegurança financeira e também jurídica aos trabalhadores, porque prevê a ausência de uma jornada regular fixa de trabalho e propõe o negociado sobre o legislado nas negociações entre patrões e empregados.

O governo previa que a medida irá gerar cerca de 1 milhão de novos postos de trabalho este ano, mas as estimativas oficiais dão conta de que não serão criados nem a metade. O posicionamento de Mourão revela a continuidade de uma agenda sem legitimidade popular e que ataca duramente os direitos dos trabalhadores.

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Vitória e derrota

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Por Janio de Freitas

A preocupação com a possibilidade de que militares oponham as armas ao voto encobre, mas não enfraquece, outra possibilidade negativa.

O juiz e os procuradores da Lava Jato, o tribunal federal da região Sul (o TRF-4), o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo já ganharam parte do seu confronto com a maioria do eleitorado, mas as pesquisas comprovam que há dificuldade para ir além. Lula ficou excluído das eleições, no entanto o PT e seu candidato mais do que sobrevivem. Meia vitória é, no mínimo, meia derrota.

Aquelas forças, que já foram chamadas de partido da justiça ou do Judiciário, há semanas mantêm-se como espectadoras. Não é um silêncio confiável, até por não terem experimentado sequer uma derrota nos seus quatro anos, e não se sabe como a receberiam agora. Ou como recebem a perspectiva de tê-la.

Comparados os anos recentes de militares e do sistema judicial, não é na caserna que se encontram motivos maiores de temer pelo estado democrático de direito. Os avanços sobre poderes do Legislativo e do Executivo, os abusos de poder contrários aos direitos civis, ilegalidades variadas contra os direitos humanos —a transgressão da ordem institucional, portanto— estão reconhecidos nas práticas do Judiciário e da Procuradoria da República.

Em tais condições, seria pouco mais do que corriqueiro o surgimento, nos dez dias que nos separam das eleições, de um petardo proveniente de juiz ou procurador para perturbar a disputa eleitoral, na hierarquia a que chegou.

Além disso, as eleições deste ano têm uma peculiaridade: são vistas por muita gente, não como meio de proceder à sucessão democrática de governo, por vitórias e derrotas, mas como oportunidade de fazer o país retroceder ao período pré-Constituinte de 1988 sem, contudo, a caracterização ostensiva de golpe. E nessa corrente não estão só o general Hamilton Mourão e demais apoiadores de Jair Bolsonaro.

Com a hipótese da caserna encobrindo a de varas e tribunais, a formação dos militares voltou à discussão. Reformá-la é velha questão. Tanto que, nos primeiros anos da década de 1960, ainda antes do golpe de 1964, tal discussão já levara o Exército a formar um grupo para estabelecer novo currículo de ensino aos futuros oficiais. Apresentado o plano ao Estado-Maior, porém, teve rejeição sumária.

Entre as novas matérias, estava introdução à sociologia. Sobre a qual o Estado-Maior emitiu sentença definitiva: é marxismo. A reforma não poderia ser apenas na parte de baixo.