Ramos pode continuar no Leão

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A reformulação ampla que a diretoria do Remo pretende fazer no futebol do clube talvez não atinja o jogador mais caro do elenco. Eduardo Ramos, camisa 10 da equipe, com altos e baixos ao longo de seus 109 jogos com a camisa azulina, pode permanecer no Evandro Almeida para a próxima temporada. A maioria dos dirigentes é favorável à renovação do contrato com o jogador, cujo vínculo com o clube expira no fim de novembro.

Por enquanto, nenhuma negociação foi iniciada, mas a diretoria pretende chamar Eduardo Ramos para um acerto tão logo defina as demais situações no elenco. Até o momento, foram renovados os contratos dos goleiros Vinícius e Evandro Gigante. Nesta semana, o clube deve renovar com os jogadores Flamel, Jayme, Dudu e Martony, todos bem avaliados na campanha da Série C.

Ramos está no Remo desde 2014 . Marcou 26 gols em 109 partidas. Foi bicampeão estadual, em 2014 e 2015, além de ter sido figura importante na campanha de acesso à Série C em 2015.

Seis homens detêm a mesma riqueza que metade da população mais pobre

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Seis homens concentram juntos a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país, ou seja, a metade da população brasileira (207,7 milhões). São eles: Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim).

Estes seis bilionários, se gastassem um milhão de reais por dia, juntos, levariam 36 anos para esgotar o equivalente ao seu patrimônio. Foi o que revelou um estudo sobre desigualdade realizado pela Oxfam.

O levantamento também mostrou que os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% da população. E que aqueles que recebem um salário mínimo (937 reais) por mês (cerca de 23% da população brasileira) teriam que trabalhar por 19 anos para obter a mesma renda que os chamados super ricos. Os dados também apontaram para a desigualdade de gênero e raça: mantida a tendência dos últimos 20 anos, mulheres ganharão o mesmo salário que homens em 2047, enquanto negros terão equiparação de renda com brancos somente em 2089.

Segundo Katia Maia, diretora executiva da Oxfam e coordenadora da pesquisa, o Brasil chegou a avançar no caminho rumo à desigualdade nos últimos anos, por meio de programas sociais como o Bolsa Família, mas ainda está muito distante de ser um país que enfrenta a desigualdade como prioridade. Além disso, de acordo com ela, somente aumentar a inclusão dos mais pobres não resolve o problema. “Na base da pirâmide houve inclusão nos últimos anos, mas a questão é o topo”, diz. “Ampliar a base é importante, mas existe um limite. E se você não redistribui o que tem no topo, chega um momento em que não tem como ampliar a base”, explica.

América Latina

Neste ano, o Brasil despencou 19 posições no ranking de desigualdade social da ONU, figurando entre os 10 mais desiguais do mundo. Na América Latina, só fica atrás da Colômbia e de Honduras. Para alcançar o nível de desigualdade da Argentina, por exemplo, o Brasil levaria 31 anos. Onze anos para alcançar o México, 35 o Uruguai e três o Chile.

Mas para isso, Katia Maia propõe mudanças como uma reforma tributária. “França e Espanha, por exemplo, têm mais impostos do que o Brasil. Mas a nossa tributação está focada nos mais pobres e na classe média”, explica ela. “Precisamos de uma tributação justa. Rever nosso imposto de renda, acabar com os paraísos fiscais e cobrar tributo sobre dividendos”. Outra coisa importante, segundo Katia Maia, é aproximar a população destes temas. “Reforma tributária é um tema tão distante e tecnocrata, que as pessoas se espantam com o assunto”, diz. “A população sabe que paga muitos impostos, mas é importante que a sociedade esteja encaixada neste debate para começar a pressionar o Governo pela reforma”.

A aprovação da PEC do teto de gastos, de acordo com Katia Maia, é outro ponto importante. Para ela, é uma medida que deveria ser revertida, caso o país realmente deseje avançar na redução da desigualdade. “É uma medida equivocada”, diz. “Se você congela o gasto social, você limita o avanço que o Brasil poderia fazer nesta área”. Para ela, mais do que controlar a quantidade do gasto, é preciso controlar o equilíbrio orçamentário e saber executar o gasto.

Além das questões econômicas, o cenário político também é importante neste contexto. “Estamos atravessando um momento de riscos e retrocessos”, diz Katia Maia. “Os níveis de desigualdade no Brasil são inaceitáveis, mas, mais do que isso, é possível de ser mudado”.

*Com informações do El País – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

De volta à zona de risco

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POR GERSON NOGUEIRA

O técnico Marquinhos Santos considerou normal a derrota para o Goiás, sábado, no Serra Dourada. Chegou mesmo a parabenizar seus jogadores pelo empenho demonstrado e evolução nos minutos finais. Ao invés de dar parabéns ao time, deveria se desculpar com o torcedor pelo futebol raquítico mostrado na maior parte do jogo contra um adversário que não vencia há sete rodadas e que não teve grande atuação.

Aliás, o começo do Goiás foi revelador da má campanha do time na Série B. Atrapalhado, o time não conseguia formular jogadas simples e errava muito nas tentativas de ataque. Apesar disso, o Papão passou o primeiro tempo inteiro sem dar um chute a gol, limitando-se a afastar os cruzamentos e tentar jogadas sem maior perigo para a defesa goiana.

Na verdade, o time paraense demorou mais de uma hora para ameaçar a meta do Goiás. É verdade que os comandados de Hélio dos Anjos também não demonstravam grande capacidade criativa, perdendo-se nas tentativas individuais de Tiago Luiz e na pouca mobilidade do ataque. O único chute foi dado por Aylon, longe do gol de Emerson.

No 2º tempo, a coisa mudou de figura. Ciente da importância do jogo, o Goiás se lançou à frente em busca do gol. Dos Anjos adiantou seus homens de meio e liberou os laterais para o apoio. Deu certo.

O primeiro gol surgiu de uma falta na intermediária. O cruzamento veio no primeiro pau, mas ninguém da zaga paraense se antecipou e o baixinho Tiago Luiz teve tempo para se abaixar e desviar de cabeça, no canto, sem defesa para Emerson.

Com a vantagem no marcador, o Goiás se animou em campo. Já não errava tanto e começou a ameaçar mais. O Papão, ao contrário, ficou ainda mais perdido, sem conseguir conectar meio-campo e ataque, e exibindo furos na marcação e no posicionamento da zaga.

Foi assim que nasceu o segundo gol. Cruzamento alto da direita para a esquerda do ataque goiano, de lateral para lateral. Carlinhos cabeceou com total liberdade, diante de três defensores do Papão, que se limitavam a olhar o lance. A bola tocou no chão e entrou no canto esquerdo.

Só a partir desse momento o time de Marquinhos Santos mostrou alguma disposição em se envolver no jogo, embora timidamente. Ergueu algumas bolas na área do Goiás até que, aos 37 minutos, um toque de Marcão chegou a Rodrigo Andrade dentro da área. O volante bateu de primeira, mandando para as redes e acrescentando tensão na reta final do jogo.

Ficou apenas na vontade. O Papão não tinha força e ânimo suficientes para uma reação. Já o Goiás se limitava a controlar as ações no meio, embora com certa dificuldade e visivelmente apreensivo nos últimos minutos.

Para quem buscava pelo menos o empate, a indigência ofensiva foi fator decisivo para a nova derrota, diante de um adversário direto na briga contra o rebaixamento. Com 30 pontos, a dois da zona fatal, os sinais de alerta se concentram agora nos seis jogos que o Papão fará em casa. (Foto: CRISTIANO BORGES/O Popular)

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Remo tenta agilizar escolha do novo técnico

Depois de confirmada a licença do vice Ricardo Ribeiro, o Remo vive a expectativa da entrada em cena dos novos dirigentes, à frente Milton Campos, Miléo Jr. e Abelardo Sampaio. Como Campos está em viagem à China, integrando a comitiva do governador, a posse do trio foi adiada. Antes, porém, ainda haverá nova rodada de negociação para definir os limites de ação do grupo dentro da gestão.

De qualquer maneira, o primeiro item da agenda azulina de final de ano é a escolha do técnico. Léo Goiano continua cotado, embora enfrente resistências na diretoria e entre os dirigentes que irão assumir. Entre os que defendem sua permanência, há a convicção de que foi o melhor treinador da temporada, mesmo pegando o bonde andando.

Pesam contra ele alguns erros cometidos na reta final da campanha, com escolhas erradas na escalação e o exagerado defensivismo mostrado em alguns jogos. Há o temor de que não tenha a envergadura necessária para enfrentar momentos de pressão, tão corriqueiros num clube de massa.

Na lista de técnicos lembrados no Evandro Almeida pontificam Paulo Bonamigo e PC Gusmão. Pelas ligações com o clube, Bonamigo leva mais chances. Está sem clube desde que saiu do Fortaleza e no começo deste ano chegou a ser lembrado como parte de um projeto que envolvia investidores de fora, mas que nunca chegou a ser oficialmente apresentado.

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Galo despenca e Micale sai de cena

Rogério Micale, campeão olímpico de 2016, não conseguiu ficar nem um mês à frente do Atlético Mineiro. Teve pouco tempo para trabalhar, não contou com reforços, mas passou imagem de um técnico frágil para o momento vivido pelo Galo.

A presença de atletas desmotivados e em má fase técnica em nada contribuiu para que ele pudesse se estabilizar. Com a derrota para o Vitória, ontem, no Horto, a crise se instalou de vez e é cada vez mais presente o medo do rebaixamento.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 25)

Galeria do rock

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Zak Starkey, pilotando a batera do The Who, foi uma das atrações secundárias do Rock In Rio. Experiente, aos 52 anos, o filho de Ringo Starr mostrou durante o show a competência e o vigor que fizeram dele um dos mais prestigiados bateristas do mundo. Em entrevista depois da apresentação, o cantor e compositor Pete Twonshend revelou que Zak foi influenciado diretamente por Keith Moon, lendário baterista do Who nos anos 60 e 70.

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Foi justamente de Moon que o garoto ganhou aos 8 anos seu primeiro kit de bateria, para desespero do pai, Ringo, que não queria vê-lo na profissão. Com o tempo, porém, o próprio beatle rendeu-se às evidências e passou a apoiar o filho, tornando-se um de seus entusiastas. Antes de entrar para o Who, em 2010, Zak já havia tocado com alguns importantes grupos e cantores do rock atual, incluindo Oasis, Johnny Marr, Spencer Davis Group e Noel Gallagher.

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